Os InVerSos dEnTROoo De MiM!

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sábado, 4 de julho de 2020

Isto é Música!

Destino


Eu sinto saudade de ter um amor amigo
Me dá uma vontade de te ter aqui comigo

A vida não quer me por em teus braços
A minha ilusão não quer terminar, não
O meu coração só pensa em amar você
Porquê você é o meu bem querer

Eu sinto vontade de não sentir o que estou sentindo
É quando não vejo do meu lado pra te ver sorrindo

A vida não deixa criar grandes laços
E os teus abraços se perdem no espaço
Não sei o que faço
Estou em pedaços
O meu coração brigou com a razão

Se o destino existe
Pra mim ele é triste

Vem me amar, vem amar
Quero amar você
Vem me amar, vem me amar 
Quero amar você, aqui.

Autora: Aymée Campos Lucas​
Direitos autorais reservados



sexta-feira, 3 de julho de 2020

Escolhas e a Capacidade de Superar

 Pode demorar, mas vai girar


Por que nem todos podem apreciar a alegria e a diversão?
Por que existe a depressão?

Tem que encontrar um jeito de curar este bicho papão com as próprias mãos. Se sentir saudável, buscando dentro de você a força escondida que te leva lá em baixo, mas se encontrar, você vai se achar admirável, você vai subir e tudo que olhar mirando lá para cima, vai clarear seus olhos e suas ideias vão renascer, por que este bicho acabou de morrer. 

Tudo pode girar se a gente desejar, mesmo sabendo que vai demorar.
Autora: Aymée Campos Lucas





Dentro do Coração


Grandes recordações terão sempre um lugar reservado no coração da gente. 
Coração transparente, coração de vidro que quebra à toa, quando a saudade insiste em reinar e nos dominar.
Autora: Aymée Campos Lucas





O Dom

Consegui. Fui capaz de fazer crescer uma flor!
Agora, estou me sentido poderosa, depois que eu vi ao meu lado esta rosa.
Nem queria que ela morresse, é fruto de meu esforço, decisão, dedicação. Por favor, não morre não!
Autora: Aymée Campos Lucas​





A Diferença é o Destaque

- Olha, um é pouco, dois é bom, três é demais, mas quatro é próprio uma furada...  Então, por favor nos dê licença?
- Não, mas o que fala? Acho que você não está entendendo nada... Quem teria que dar licença daqui são vocês.
- Por que? Por que eu, ou por que ele?
- Porque vocês são iguais a mim e só de olhar isto me cansa, me atordoa. Eu não gosto de me ver em vocês. Sabe, esta igualdade não dá, quero tudo diferente de mim, para sentir gosto em voar!
Autora: Aymée Campos Lucas​





Viver Melhor

Poucas idéias, pouco espaço nesta vida. Um só lugar, pouco ar!
Autora: Aymée Campos Lucas




Vou Esperar


Não adianta ficar em cima do muro ou pendurado num cabide, num varal, esperando o tempo melhorar para que ao menos um de seus problemas possa secar... Não vai secar, ele vai só aumentar.

Os problemas existem e se a gente parar, outros aparecerão sem ter resolvido aquele que você fez esperar.
Tudo vira um mofo só e, seco vira pó... Depois, tente resolver... Oh dó!
Autora: Aymée Campos Lucas​





sábado, 13 de junho de 2020

Isto é Música!

Coração Sem Cor

Oh, meu coração
Você matou minha ilusão
Disse que eu podia
Acreditar na minha razão

E agora, sofrida/o 
Não sei mais o que fazer
Me sinto perdida/o
Morreu todo o meu viver

Coração não pode negar
Que estava tudo em seu lugar
A minha felicidade 
Era todo o meu sonhar

Coração desacreditou
Em tudo que um dia amou
E eu me vi tão fria/o, tão sozinha/o 
Nem sei quem sou

Lá, lá, lá... Lá, la, lá... Lá, lá, lá lá, lá lá, lá lá,
Me sinto perdida
Morreu todo o meu viver.

Coração, não faça isto, não
Preciso de atenção
Eu quero viver er er er er er er
Sentindo o que eu sentia... (Bis)

Autora: Aymée Campos Lucas
Direitos autorais reservados




terça-feira, 30 de julho de 2013

Ser diFerENte é ser IGUAL com uma Pitada de AnORmaL.

Seja diFerENte sem se Preocupar com os Pensamentos de uma outra MENTE.

Não vou me adaptar com esta minha nova idade, onde os lugares que passo e encontro adultos como eu, parecem iguais, todos, menos eu... Todos cresceram e eu me sinto mais que perdido, e ainda por cima, pensando que continuo jovem.
Quando se é jovem, a gente por todo instante se sente diferente, audacioso e sempre correndo riscos sem nem se preocupar com as consequências. Agora, nem sei mais quem eu sou... porque tento ser diferente, mas sou igual à toda esta gente.

Onde està, Orlando, aquela alma levada, arteira, animada que vivia se divertindo sem nem se preocupar se tinha ou não tinha uma pessoa amada, ou se iria ser mal falada?
Onde estão os amigos? Aqueles que quando os vejo, parecem robôs enferrujados, pensando que a vida parou, só porque devem cuidar de quem surgiu ao improviso, e serão eles que agora devemos educar.
Nem existe mais em suas faces, belos sorrisos, parece que se envergonham de abrir a boca exageradamente, para gargalhar por tudo que a vida ainda poderia nos ofertar.
Por qual razão eu tenho que ser igual à todos que da minha idade costumam ser?

Olhem pelas estradas da vida, olhem para os rostos que não são jovens, olhem e vejam como são iguais, não fazem nada de anormal. Sao paralisados, desanimados, conformados, vivendo igualmente, sem o desejo de surpreender ninguém... e os jovens ainda continuam a nos vencer, chamando a atenção até mesmo de quem não quer crescer, como eu, ou de quem pensa que a vida já chegou onde deveria chegar, e agora, é hora de envelhecer.   
Não... isto não pode fazer parte de mim, porque eu ainda desejo apimentar muito mais a minha vida. Eu sou normal, sou igual, mas preciso ter aquela pitada de anormal para me sentir diferente, pois, quero me sentir avigorado para poder demonstrar à mim mesmo, diante do espelho, que o meu sorriso não vai ser triste daquele jeito... com a boca fechada igual a de Gioconda, que de velha, não tem nada.

Quando olho aquela imagem naquela tela, sinto vontade de sorrir para ela, sorrir no lugar dela, dar a gargalhada que ela não deu, fazer dos momentos da vida uma grande felicidade, e ainda, poder ser como ela, uma pessoa cheia de capacidade de fazer todos me olharem, só porque estaria sorrindo e não porque seria uma imagem sem vida, esperando a morte chegar ou... esperando um amor que, por muito tempo, conseguiu me ignorar.

Acho que não sou forte o bastante para me apresentar bem, diante da solidão. Ainda estou preferindo encher meus dias com qualquer coisa, mas que seja diferente de sonhos ou diferente desse circuito fechado chamado rotina... só para dar à si mesmo o que comer. Isto não é ser diferente, isto é deixar de aprender por sentir vergonha do que você quer mesmo ser. Crescer não pode ser morrer, endurecer para a vida e de tudo que tem diante de seus olhos. Portanto, se consigo ser o que eu desejo ser, e no final de tudo, ainda conseguir amar, então, vou ter vencido de verdade.
A vida muda as pessoas, não deveria ser assim... depois da juventude, não deveria!

Não deveríamos sentir vergonha de nós mesmos, quando depois que a juventude se vai, deixa marcas, e o que a gente faz é querer esconder o rosto para que ninguém possa te ver, pois, a mente é feliz e jovem, mas o rosto se foi para algum lugar diferente... se foi, porque quando me olho no espelho, nem me conheço mais, me estranho e me envergonho de algo que deveria ser, na verdade, mais de uma daquelas coisas banais.

Autora: Aymée Campos Lucas



domingo, 12 de maio de 2013

Existe um lugar certo para chorar?

Eu preciso chorar, mas não encontro um lugar.

Uma das coisas mais difíceis nesta vida é chorar, não tem como achar um lugar.
Chorar é uma necessidade como qualquer outro tipo de ação,  porque talvez, poderia te curar até de uma depressão.
Mas, se você chora dentro de casa, logicamente vai entrar no banheiro, e se nesta casa vive outros com você, na porta vai bater... se abre, pode saber que deverá responder a este ato sem querer. Parece até que nos condenam e precisam de respostas para que te dê a liberdade. Mas, era somente um desabafo, nem eu mesma sei o porquê de tanto choro. Como posso explicar que as minhas lágrimas não valem ouro?

Desista de fazer isto em casa e vai procurar outro lugar. Onde? Nada melhor que uma igreja, lá, posso chorar e ninguém vai querer saber o motivo deste choro, ali todo mundo chora e depois vai embora. Esquecendo que, ao experimentar este novo modo de chorar, não tive sossego, quando ao chorar, o Padre ao pregar me fazia sentar, ajoelhar e levantar.
Foi assim que percebi que a igreja não era o lugar certo e necessitava imediatamente de encontrar um lugar ali por perto, mas qual? Oh meu Deus! Justo eu que pensava que chorar fosse tão normal.

Nada é fácil neste mundo, nem chorar mais eu posso. De repente, olhando bem em frente, senti vontade de sorrir, minha face se esplandeceu, o sorriso tomou conta do meu rosto, pois, encontrei um lugar que foi Deus a me mostrar com gosto.
Olhei aquele território sem fim, todo para mim. Era um cemitério e ninguém poderia me ver, nem mesmo num aéreo.
Feliz e contente fui chorar, precisava só encontrar um lugar para me sentar... assim, fui escolher:
"Aqui Jaz Maria"... não gostei, decidi que ali não ficaria. Pouco em frente tinha o túmulo de Miguel, tinha da Carmelita e um outro escrito: "Aqui Jaz um Coronel". Tinha túmulo até de um cão e escolhi chorar no túmulo do João.

Quando me preparei para o primeiro respiro de um grande choro e as lágrimas iniciavam a cair, surgiu uma mulher, que mais parecia vigiar por toda a noite e todo dia aquele túmulo, desejando descobrir se João tinha uma amante. E por infelicidade, naquele instante, tudo se transformou em calamidade.
Ela se alterou, me avançou tentando me bater e gritava:
- Então era você, que eu também tive que manter?
Cuspia ao gritar, que mais parecia um chuveiro e dizia:
- Onde está todo o dinheiro que deixei com meu marido? Foi você,  sua safada, que dormia com o meu querido? E agora? Vem chorar para pedir perdão, bem aqui, no túmulo do meu João?
Era uma esposa traída e falida, pensando que fui eu a destruir sua vida.

Naquele instante, descobri que nunca mais poderia chorar no túmulo de uma pessoa estranha. Por pouco apanhava, pois, o João, mesmo morto, ainda tinha alguém que o amava. Na verdade, descobri que não poderia mais chorar, por não encontrar um lugar justo para ficar.

Autora: Aymée Campos Lucas


Escrevi este texto depois de ver na televisão uma comediante italiana recitá-lo, de um modo diferente. Achei maravilhoso, criativo e tiro o chapéu para uma artista como ela.
O tema recitado foi enorme e o que eu escrevi  pouco por tudo que vi ela representar ao utilizar este tema: O CHORO.


domingo, 4 de setembro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XXVI

Onde Nasce uma Paixão

Ao chegar no sitio e descer do carro, Júnior aparece dando passos velozes em nossa direção como se quisesse esmurrar Juliano. Quanto mais aproximava, mais ele falava em voz alta e em um tom rude. Era agressivo e autoritário:
- Olivia, afaste dele! Eu quero que você saia de perto de nós. Eu quero que você afaste de Olivia. Esquece Olivia, entendeu?
- Quem deve esquecer Olivia é você e não eu. 
 Ultima parte do capitulo 25

E assim, a estória continua...
Fazer as Malas... Ir Embora, Chegou a Hora.

Lucas buzinava aquele carro sem parar porque não queria se atrasar... E assim, pegamos a estrada rumo à capital Cuiabá. 
Meus olhos estavam cheios d'água  por não sentir vontade de ir embora, mas deveria ir. 
Cornélia passou toda a manhã comigo e me fazia sorrir um pouco com sua brincadeiras e dizendo que não via a hora de poder rever este meu rosto que a alegrava tanto. Tantos abraços, tanto carinho, tantos conselhos que mais parecia uma irmã mais velha que sofria por saber que estaria longe de mim. Em minha mala havia aquilo que ela me prometeu que faria... O bolo com recheio de bananas que ela desejava oferecer para minha mãe. Era um bolo especial, não tinha preço porque seu valor estava com sabor de amor doado. Estava recheado de amor! Um valor imenso que ninguém conseguiria comprar. 
- Bonequinha, vai! Lucas está ficando nervoso e se você demorar mais um pouco, ele te abandona aqui... Eu adoraria que você não fosse, porque sei que vou chorar demais sabendo que não vou te ver aqui, mas você tem que ir.
Saiba que estarei te esperando e não vejo a hora deste dia chegar...
- Por que ele não veio Cornélia? 
- Porque ele é teimoso como uma mula. Eu insisti tanto para que ele viesse, mas foi inútil... Pegou o cavalo e desapareceu. Brigou muito comigo dizendo que eu não deveria ter dito para você, de estar longe dele e nem acreditar nele. Ele estava mesmo revoltado.
- Eu queria vê-lo. Queria tanto poder tocá-lo e ver seu sorriso para mim... Será que ele um dia vai poder me perdoar?
- Ele não tem que te perdoar, porque você não errou. Agora, vai! 
Falou me empurrando em direção ao carro com os olhos cheios de lágrimas. A beijei e entrei no carro que, estando ligado, não demorou um segundo para sair dali. Eu e Letícia, de longe, dávamos adeus sem parar. 
A minha vida era aquele lugar, vivi tanta coisa que jamais esquecerei daqui. Eu aprendi a amar novamente. Eu gostava de sentir o cheiro de seu suor, quando ao me tocar, exalava por todo o seu corpo. Tinha um cheiro de madeira e muitas vezes, seu corpo, exalava um vapor quente em meu rosto, de tanto que me desejava. Era um amor forte, eu não sabia que sentiria outra vez. E agora, me distanciando de tudo isto e principalmente dele, de um modo que nunca imaginaria de acontecer, estou me sentindo triste, vendo uma escuridão sem encontrar uma saída, era como se a noite não tivesse mais fim para mim.
Sentia um desprazer por ter dito um dia à Júnior que o amava. Não era verdade... Nunca consegui amá-lo. Eu estava carente e ele soube aproximar dando carinho, mas desde o início que o encontrei, sempre encontrava defeitos em seu modo de ser e agir comigo, não era assim que eu queria viver com um homem! Eu queria muito mais que silêncio, muito mais que dependência, muito mais que beijos, abraços e sexo.
Júnior, agora, está tão longe de mim... Apesar de tê-lo defendido quando Juliano o esmurrou, foi muito difícil ter de explicar a ele que não deveria esperar mais nada de mim. Foi realmente difícil dizer que não o amava como ele queria, mas consegui dizer...


Foi como se estivesse mudando a cor de seus olhos e todo aquele brilho que existia, estivesse se tornando cinza. Quanto desprazer em ver o seu rosto triste e perdido. Foram momentos dolorosos demais... Eu estava ali perto dele a falar sobre o que estava realmente sentindo por ele e ele se decepcionava, mas ao mesmo tempo, tentava encontrar uma saída.  
Como descrever o que eu sentia quando falei? Senti remorso em vê-lo tentando se agarrar naquele pequeno brilho de meu rosto... Um brilho que surgia assim do nada, só para demonstrá-lo que tinha muito carinho por ele. Era apenas carinho, não era amor, eu sei que não era. Júnior não queria acreditar e aquele brilho lhe dava novas esperanças mas... No final, preferiu se calar ao ver que eu não estava brincando.
Ele foi embora no outro dia, sem nem se despedir de mim. Me deixou dormindo e pediu que Lucas o levasse para bem longe dali, antes que eu acordasse. Ele falou para Lucas que não suportaria me ver para se despedir porque causaria um rio de lágrimas em seus olhos outra vez! Disse que estava por todo o tempo cabisbaixo e tristonho... 


E assim, ele se foi e eu não sinto tanto a sua falta como ele poderia desejar. Me lembro dos belos momentos e me vem um sorriso no rosto por tudo que vivi ao lado dele, mas sinto também um remorso no coração por não ter aprendido a amá-lo. Ele demonstrou por todo o tempo ser um homem bom e leal, mas faltava o sal!
- Estamos chegando... Eu não queria que este dia chegasse e, a cada segundo que passa, já me sinto sozinho amor!
Falou Lucas tristonho tentando consolar Letícia e ela o abraçava tão forte que impedia de dirigir...
- Atenção! Deste jeito não chegaremos vivos lá!
Falou Lucas sorrindo.
- Vida, eu não consigo te soltar... Já estou sentindo a sua falta mesmo estando do seu lado.
- Eu sei amor, eu também sinto o mesmo.
Me doía o coração em vê-los triste assim.
Parece que a viagem não foi tão demorada, logo chegamos em Cuiabá. Cuiabá... Que bela capital! 
Daqui terei grandes recordações e a principal foi o dia que encontrei Juliano e nos amamos, mas me lembro também do dia em que cheguei aqui e vi Júnior sorrindo para mim... Ele me deixou muito constrangida com seus olhares. Me lembro que ao chegarmos aqui em Cuiabá, tivemos de tomar vacinas antes de sairmos da rodoviária. Quem chega nesta capital e vive em outro Estado tem sempre que tomar algumas vacinas e agora, ao lembrar, fiquei imaginado como será que Júnior reagiu a isto? Em pensar, comecei a rir em vê-lo gritando, só porque deveria tomar a sua dose de vacina. Ele tinha medo de injeção e isto, com certeza, o deixaria apavorado. Vire e mexe eu me lembro dele porque quando Júnior queria ser divertido, ele conseguia ser. Era algo que pertencia a ele e que o deixava especial. Sempre gostei de homens que nos fazem sorrir e nele existia isto mas... Era algo raro de se ver. 
Juliano não era um homem do tipo palhação como Lucas e Júnior... Juliano sempre demonstrava seu lado mais sério, mas por detrás desta mascara, havia aqueles seus olhos que sorriam ao me ver e isto me dizia sempre o quanto estava feliz do meu lado. 
Tudo estava sendo difícil, neste momento... Letícia não parava de chorar e quando eu falava com ela, sentia a sua voz trêmula ao me responder.  
Cada minuto passado era para ela uma tortura e eu, por todo instante, naquela rodoviária, esperava poder vê-lo pela ultima vez, mas ele não aparecia.  Como desejava ver Juliano, ele se tornou a minha alegria! A todo instante eu fico escutando a sua voz, ao relembrar o que  me dizia. Ele estava revoltado, irado e talvez decepcionado. Foram as suas ultimas palavras para mim e depois, ele se foi e desde então não me saem da cabeça...
"Por que Olivia? Por que você está defendendo ele? Não fui eu quem começou a dar murros, você viu que não foi e na hora que fui me defender, você defendeu ele e não à mim. E isto, eu não consigo entender."
Falou e me olhou com olhos de revolta e se foi. Eu não fiz nada para impedir, só queria poder levar Júnior para dentro de casa e cuidar de sua ferida.


Juliano não conseguiu entender o quanto tudo aquilo que estávamos vivendo me fazia sentir mesquinha, e o mínimo que poderíamos fazer naquele momento era nos calar e... Ele se afastar para não provocar alguma tragédia, onde a situação poderia se tornar muito mais violenta, junto com uma frieza que existia diante de alguém que só pedia para ser amado por mim. O ciúmes dele o fez cego.
- Aqui diz plataforma 5... Devemos seguir para o lado esquerdo. Vamos porque estamos atrasados.
Falou Lucas
- Nossa! O ônibus é lindo Letícia!
Falei toda eufórica ao avistar o nosso ônibus.
- Ainda bem, pelo ao menos isto de bom para nos deixar mais alegre.
Respondeu enquanto entregávamos as bagagens ao condutor para que ele as organizasse dentro do compartimento de bagagens. Dentro delas havia um tesouro e todo cuidado era pouco com elas, então falei:


- Senhor, esteja atento em colocá-las ai, porque nesta mala tem um pouco de minha história vivida aqui.
Ele sorriu como se dissesse: "Esteja tranquila, ela vai ser a mala mais bem cuidada de todas as outras..." 
Eu havia colocado a minha máquina fotográfica no meio de minhas roupas e aquela máquina vivenciou um pouco de minha vida ali. 
Depois que o condutor organizou todas elas, Letícia me fala:
- Olivia, entra e encontre os nossos lugares enquanto me despeço mais um pouco de Lucas.
E assim fiz... Depois de me despedir dele. O olhei triste e me despedi lhe dando um grande abraço e um beijo em seu rosto.
- Tranquila cunhadinha, ele vai se arrepender, pode ter certeza disto... Olha ele ali!
Falou Lucas deixando um mistério no ar.
- Onde? 
Perguntei procurando Juliano por toda a parte.
- Vida! Vamos fazer o favor de parar, não é hora de brincadeiras.
Falou Letícia brigando com ele e tirando toda a minha esperança... Lucas mais uma vez brincava.
- Desculpe, só queria animá-la um pouco.
- Está perdoado, você conseguiu me animar, nem que seja por um segundo.
Respondi e entrei deixando os dois se beijando sem parar ao se despedirem. Eu queria viver uma cena como esta, eu queria beijar Juliano em uma rodoviária, eu queria sentir seu corpo junto ao meu, eu queria que todos ali, pudessem me ver beijando... Queria que olhassem para nos e verem o quanto eu poderia estar feliz em beijá-lo. Mas eu fiz com que isto se tornasse impossível e agora só me entristece.
O ônibus estava para partir quando Letícia entra com os olhos cheios d'água, vindo ao meu encontro. Desta vez tudo estava diferente... Não tínhamos a alegria em nossas faces, não tínhamos vontade de viajar e também não tínhamos que sentar la atrás, estávamos sentadas bem na frente e seria uma viagem mais tranquila em comparação com a nossa vinda. Pela janela, ela ainda falava com Lucas enquanto o ônibus aquecia o motor:
- Vida vem logo me buscar, me promete isto vida! Eu amo você como uma louca e não conseguiria ficar por muito tempo longe de você!
Fala Letícia pela janela, com o corpo praticamente fora.
- Eu não vejo a hora deste dia acontecer... Sonha comigo todos os dias meu amor, estarei aqui organizando tudo para estarmos o mais rápido possível juntos.
Eram dois loucos apaixonados e eu não fazia outra coisa que observar toda aquela cena, desejando que Juliano viesse ao meu encontro.  "Porque fui brigar com ele? Mas também porque ele esmurrou Júnior daquele jeito, deixando feridas em seu corpo? Odeio violência e não quero ser motivo para que isto venha a acontecer... Depois de ver tudo que Elisa viveu e o que aconteceu com Rubens, ele age daquele modo. Eu me assustei com a sua reação. Agora eu estou sentindo a sua falta e acho que depois de tudo não poderia vê-lo outra vez."
Quando o ônibus começou a sair da plataforma de embarque, Letícia pegou minha mão e a levou para perto de seu coração. Ela queria me mostrar o quanto ele pulsava acelerado, por estar vivendo tudo aquilo. Seus olhos estavam cheios d'água o tempo todo... Ela perdeu o controle de si e a tristeza tomava conta. Eu não sabia como consolá-la por estar triste também.
Letícia estava na janela e o tempo todo olhava para fora tentando ver Lucas por mais alguns segundos quando de repente ela me puxa com toda a força, para me mostrar o que estava vendo. O ônibus passou
pertinho dele...  Era Juliano! Ele estava ali e eu não podia fazer nada.


- Oh meu Deus ele veio! Ele veio me ver... Porque só agora?
Queria descer mas o ônibus só acelerava mais e mais... Era impossível!
Meus olhos sorriam ao vê-lo mas ele não conseguiu nos ver. Letícia neste momento da um enorme grito:
- Juliano!
Mas nem assim ele pode nos ouvir e o caminho se fez em direção à Minas Gerais... Comecei a chorar de emoção abraçando minha irmã e desejando que todo aquele momento mudasse e que o passado voltasse pelo ao menos por alguns minutos atrás, me bastava apenas alguns minutos... O tempo dele poder se aproximar de mim. 
- Porque só agora? Eu queria tanto ter vivido este momento ao lado dele!
- Se você fosse mais realista, nada disso teria acontecido.
Falou Letícia quando perguntei:
- Porque você está falando isto?
- Porque você deveria ter ido procurar por ele quando estava lá no sitio... Tivemos mais de oito dias lá depois que ele se afastou e você não fez nada, deveria ter ido ao seu encontro para poder esclarecer tudo que se passava na sua cabeça, mas ao invés... Ficou esperando por ele. Quantas vezes Cornélia repetiu para você que ele é teimoso que nem uma mula? Foram milhares de vezes e ela falava assim para te mostrar que era você que deveria dar o primeiro passo... Porque se dependesse de Juliano ele não faria. Cornélia conhece o irmão que tem. Agora não adianta se lamentar. A viagem teve um fim e agora só Deus sabe o que poderá acontecer daqui para frente, porque se depender de você e Juliano isto vai demorar séculos! Não seria fácil ver tudo isto voltar novamente ao normal com este modo de agir de vocês dois.
Olivia, quando a gente ama não devemos esperar o amor vir ao nosso encontro... Nos devemos ir atrás dele do mesmo jeito que corremos à procura de um oásis no deserto. Todo cuidado é pouco para não perdermos qualquer oportunidade que possa aparecer unicamente em nossa frente. Então maninha se você conseguiu ver esta água, te aconselho de beber até a ultima gota que puder dela, ou recolher o máximo para poder sentir todo o recolhido junto a você para quando o deserto acabar você ainda se sentir viva, estando segura e feliz.
- Nossa mas que reflexão linda Leticia! Linda demais! Eu senti na pela toda a imagem transcrita por você de uma pessoa sedente de desejo e amor! Mas tem hora que te odeio minha irmã e muitas vezes este seu jeito de falar me fere. Porque não me alertou assim quando estávamos no sitio? Eu precisava tanto da sua visão!


Perguntei muito irritada quando me reponde:
- Tanto eu quanto Cornélia te alertamos sim, mas você não quis escutar... Juliano é igual a uma mula e você igual a uma lesma. Você precisa aprender a mudar este seu jeito de ser, porque senão vai continuar a perder muita coisa que deseja por medo de agir. Tem que ser você a perceber tudo isto sozinha, não pode depender de conselhos para agir porque  não devemos esperar as atitudes de outros para procurarmos a nossa felicidade, só te digo isto porque te amo e quero que você possa ser uma pessoa feliz neste mundo.
- Fala mais Letícia, por favor...
- Maninha eu não estou falando coisa com coisa, estou muito triste. Não queria te ferir e saiba que se não falei diretamente com você te indicando como deveria agir, foi porque não conseguia pensar em mais nada que não fosse Lucas e esta nossa separação. Se não fosse por isto eu teria feito você ir ao encontro dele. Alguma coisa eu faria, mas fiquei cega nestes dias. Não liga não, a culpa não é sua... Juliano deveria ter entendido e não fazer o que fez. Se todas as vezes que ele errar você tiver que ir ao encontro dele, ele ficaria muito convencido e se sentiria poderoso. Você agiu certo, pode ter certeza.  

O que falei antes foi só porque a nossa felicidade é tão momentânea e  gente sempre consegue estragar tudo e no seu caso poderia ter consertado para hoje poder despedir dele como eu fiz e fazer uma viagem em paz, e não agoniante pensando que você e ele não poderiam mais se ver. 
Te chamar de lesma não foi uma ofensa... Foi um sinal de alerta.
Depois de alguns momentos me acalmei um pouco. Pedi para que Letícia me deixasse ficar um pouco na janela para poder respirar o ar la de fora, pois o ônibus estava causando em mim um grande enjoo e estando na janela poderia respirar melhor e aproveitar para olhar a cidade e toda a paisagem que afastava de nos, enquanto o ônibus andava veloz... Havia andorinhas pelos fios de eletricidade que mais parecia de estarem se despedindo da gente ao observar o ônibus passar... 
"Adeus Olivia, Adeus!... Você vai voltar e a gente estará aqui a te esperar!" 
O canto das andorinhas dizia isto para mim...


A minha única felicidade em tudo isto que estava deixando de viver, era saber que logo poderia abraçar a minha mãe Helena e ver também a minha avo! Nos tínhamos tanto para contar e mostrar... E quando abríssemos as malas estaria perto de nos o amor de Cornélia através de seu saboroso bolo. Ela fez uma embalagem para proteger de todo o calor da viagem nos dizendo que o Bolo chegaria perfeito para que nossa mãe pudesse experimentar...
Com toda esta agitação que vivi por todo tempo desta viagem eu havia esquecido de meu lindo ursinho... O meu único testemunho de uma dia maravilhoso com Juliano. Ele agora esta aqui viajando comigo para conhecer uma outra belíssima região... A região de Minas Gerias. Era uma longa viagem mas o caminho de volta parecia que passava mais rápido. Não sei porque é assim? Voltar é sempre mais rápido!

Para você amor meu!

Depois de um longo caminho, Letícia adormeceu e eu comecei a ouvir música e ler. O livro me alegrava um pouco e me distraia com coisas que lia. Mas o tempo era longo e ler, o tempo todo, me cansava e dormir era para mim impossível então peguei um lápis interrompendo a minha leitura para escrever um pouco. Tudo para mim se tornava distração para tentar não pensar em toda aquela cena que vi e não pude viver. Mas ao escrever, o que me vinha em mente era somente Juliano...

"Um grande amor vivi e jamais irei esquecer. Não seria possível esquecer você meu amor. A cada sorriso seu, meus olhos se deslumbravam, a cada razão que me mostrava, eu conseguia aprender ser eu mesma. Me desculpe de não ter entendido a sua mensagem... Todo o seu querer, de me ter por inteira
Eu quero que saiba que eu não estava dividida por dois homens, desde quando você me tocou pela primeira vez e ao me beijar, te desejei... Te desejei. Queria que você fosse meu namorado e nunca mais nos separarmos. Eu encontrei em você, tudo que procurava no amor. Naquele momento, eu simplesmente estava procurando não magoar, quem demonstrava de me querer bem. Mas você não conseguiu entender...
Eu não sei se Cornélia contou a você o que eu fiz depois que você se afastou de mim, mas quero que saiba que tudo que fiz, faria imediatamente, mesmo se você não tivesse se afastado de mim magoado.
Como posso agora dizer o quanto te amo? Você nem poderia ler o que estou escrevendo, e sei também que você não gosta de declarações feitas em cartas, mas isto não é uma carta... Estou somente escrevendo... Este modo está sendo a única maneira de poder me desabafar e dizer o quanto te amo! Te amo sem fim e quando eu voltar para um novo passeio, eu quero olhar em teus olhos e dizer tudo isto pessoalmente. Me espere... Me espere Juliano! Eu quero tanto te ver novamente. Vai demorar, mas me espere meu amor! Porque eu te amo!
Te ver e não poder ter te tocado, me fez sentir você tão dentro de mim! O meu presente está viajando comigo e quando eu chegar em minha cidade, será ele a me aquecer quando estiver pensando em nós dois. Este ursinho agora é tudo para mim! 
Te amo!
- O que está fazendo?
Perguntou Leticia ao acordar.
- Nada demais, apenas escrevia coisas que penso e desejo... Cretinices de amor, que se eu reler acabo rasgando. 
- Não rasgar, falar de amor nunca poderia ser cretinice. Creia! Um dia tudo que você está escrevendo, poderá te servir.
- Você acha?
- Eu tenho certeza!
Respondeu com total segurança, sorrindo para mim. Eu e Letícia eramos duas irmãs que sabiam se divertir sempre, principalmente quando estávamos juntas.
O tempo passava e Leticia estando ali acordada, me fez distrair com nossas longas conversas... Logo estaríamos em casa. Minas Gerais já havia surgido naquele lindo horizonte, onde o céu se encontrava com a terra.
 

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capítulo 26
Todos os direitos reservados



Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link:


Ao escrever este capitulo me emocionava ao ler... Muitas vezes, meus olhos enchiam d'água. Eu sou chorona demais e me emociono comigo mesma (risos).
Agora, todos sabem quem Olivia realmente amou e a sua partida fez com que ela perdesse um pouco a esperança de ter vivido profundamente este amor.
Este capitulo ainda não é o final do Livro. Tem coisas para acontecer, aguardem!




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