Onde Nasce uma Paixão
- Eu sou habituado com cavalos, para mim, eles são como carros!
Respondeu com uma voz rouca e um sorriso diferente...
- Pessoal, para quem não conhece ainda, este é Juliano, o irmão de Cornélia.
E assim, se fez as apresentações, enquanto percebia que seu olhar se fixava em mim! Sentia nas minhas costas os movimentos de Júnior procurando me abraçar mais forte. Júnior dizia de não ser ciumento, mas demonstrava o contrário!
Capítulo 15
Capítulo 15
E assim, a estória continua...
Desejos impulsivos
Controla-se! Apague esta chama... alguém já te ama!
Eu estava muito surpresa com tudo, mas não porque Juliano foi capaz de fazer isto, pois, ouvindo falar dos homens, eles agem assim ao impulso sem temer o perigo, e não adianta Júnior falar que tudo aquilo era absurdo, porque não é verdade. Tudo isto se tornou a coisa mais normal deste mundo. Desejo tanto que ele possa resistir a uma tentação como esta.
Para quem se interessar sobre estas maravilhas da natureza que tem em torno do Sitio em que Olivia conta a sua estória deixo aqui este link onde mostra paisagens e informações sobre tudo que Olivia pode apreciar um pouco:
- Lucas, você tem alguma noticia de Eduardo? Sabe se ele está bem? Me desculpem, mas estou preocupado.
Falou Juliano desejando respostas...
- Esteja tranquilo, ele já está fora de perigo. Cornélia está com Antônio, perto da sala de primeiros socorros, aguardando para entrar, mas está tudo bem!
Sorriu aliviado me olhando e depois, olhou para todos. Ele ainda parecia um pouco fora de ambiente, então, para deixá-lo mais descontraído, Lucas continuou falando...
- Juliano, o que houve com você a dias atrás, você sumiu, cara? Queria te chamar para uma de nossas aventuras. Fizemos um acampamento perto da cachoeira. Deveria ter vindo com uma de suas namoradas, foi muito bom!
- Não exagera, Lucas... Você sabe que não tenho namorada, muito menos coleção delas!
"Nossa, quanta defesa! Será por que ele não quis se mostrar de ser um homem com compromissos?"
Pensei em fração de segundos, enquanto ele continuava a falar:
- E você, ao contrário de mim, está muito bem servido. Sua namorada é bela, como você descrevia.
- Não exagera, Lucas... Você sabe que não tenho namorada, muito menos coleção delas!
"Nossa, quanta defesa! Será por que ele não quis se mostrar de ser um homem com compromissos?"
Pensei em fração de segundos, enquanto ele continuava a falar:
- E você, ao contrário de mim, está muito bem servido. Sua namorada é bela, como você descrevia.
- Obrigada! Ele falava de mim, então? Eu adoro ouvir pessoas dizerem o quanto ele pensa em mim!
Perguntou Letícia toda contente, pois, Lucas era para ela, a sua vida!
- Não só pensa como falava e muito! Havia dias, que até pedia para falar de outra coisa, porque se continuasse eu poderia me apaixonar!
- E eu te mataria, se você ao menos sonhasse...
- E eu te mataria, se você ao menos sonhasse...
Falou, enquanto os dois gargalhavam. O que eu pude perceber, era que Lucas o conhecia muito bem.
Letícia continuou dizendo, abraçando fortemente Lucas.
- Seria inútil você se apaixonar, não teria nenhuma chance porque eu sou louca por este homem, aqui.
- Jamais me apaixonaria pela namorada de um amigo meu.
Falou muito sério. Quando ele fala tem uma firmeza e segurança no que diz, não tem medo de se pronunciar.
- O Júnior você conheceu, não?
- Claro que sim... Esqueceu, Lucas, do dia que fomos à Cuiabá juntos, para comprar uma peça do trator que Antônio precisava?
- Nossa, é verdade, me fugiu da memória. Foi um dia muito divertido.
- O que houve, neste dia? Conta Lucas.
Falei mostrando uma enorme curiosidade.
- Juliano, esta é Olivia, irmã de minha namorada. Eu falei para você que ela viria com a sua irmã?
Ele estendeu a mão e disse:
- Não, você não disse... Olá, Olívia, muito prazer!
Diante de Júnior, ele se apresentou com um profundo olhar. Eu o olhei sem sentir receio e falei:
- Olá, o prazer é todo meu!
Alguns instantes depois, virei meu rosto para Júnior e o olhei carinhosamente lhe dando um beijo suave, enquanto ele, acariciava o meu cabelo.
Lucas continuava a falar sobre minha vinda...
- Realmente não havia falado porque Olívia se decidiu na última hora em vir. Você andou sumido quando tudo isto aconteceu.
- Você havia me perguntado, mas acabei não respondendo. Estive a trabalho e depois, por toda a semana que passou, fui à caça ao jacaré com um grupo de oito pessoas. Estivemos ali, pelas bandas da Bolívia. Estava liberado para caça por todo o mês e assim formamos este grupo. Foi muito bom, pena que seu pai, desta vez, não pôde vir!
- Meu pai está se organizando para uma viagem a Patos de Minas, então, está colocando os trabalhos em dia, pois, estará fora por mais de duas semanas. Ele adoraria ter ido, disto eu tenho certeza.
Você disse que a caça foi boa, pegaram algum jacaré?
- Sim, conseguimos pegar. Tivemos um pouco de problema com a licença, pois um dos homens do grupo, estava com a sua licença vencida e não nos avisou. Tirando isto, foi uma boa caça, mas não tanto quanto a de Júnior! O comparando com um caçador, ele sim fez uma bela caça!
- O que você quis dizer com isto? Está me igualando a um animal? Aqui, não teve nenhuma caça e sim sentimentos.
Falei, o olhando de um modo rude.
- Amor, porque se enraiveceu? Ele só está brincando! É um amigo e brincou... Não vê que é um modo de elogiar?
Falou Júnior querendo acalmar a situação.
- Belo modo para elogiar alguém... colocando você como um predador!
Respondi ainda chateada.
- Me desculpe, não queria te ofender. Muitas vezes, eu me comparo com alguns animais ou coisas da natureza. Os animais são belos e em você, eu vi uma linda borboleta, onde Júnior pegou, em algum jardim, guardando em um vidro para não deixar ninguém se aproximar.
- Errou de novo! Ninguém nesta vida seria capaz, agora, de me aprisionar, muito menos em um vidro, onde não poderia respirar o ar que uma borboleta gostaria de sentir antes de morrer.
- Olívia, porquê você é assim sempre na defensiva? Como Júnior falou, Juliano só estava querendo ser gentil e foi este o modo que ele encontrou. Santo Deus! Tenta ser mais doce, você está muito amarga e estamos aqui em grupo de amigo e não inimigos.
Falou Letícia totalmente rude comigo, ela sempre faz assim, não aceita o meu jeito de ser. Sou um tipo que não gosta de ser comparada com coisas que existem, sem antes me conhecer à fundo.
- Me desculpe, realmente fui indelicada. Borboleta é um belo animal, pena que vive pouco e seria muito triste aprisioná-la.
- Aceito suas desculpas, você não me ofendeu nem um pouco.
Estávamos nos entendendo melhor quando lá de longe um brilho no olhar de Cornélia e um sorriso surgiu para trazer conforto a todos nós.
- Ah meu Deus, Cornélia está toda feliz, vejam!
Falou Letícia.
Quando olhamos, ela fez um sinal nos chamando dizendo que poderíamos ver Eduardo. Ao aproximarmos ela falou:
Quando olhamos, ela fez um sinal nos chamando dizendo que poderíamos ver Eduardo. Ao aproximarmos ela falou:
- Poderão entrar, mas poucos de cada vez. O médico disse que ele deve estar calmo e que não deve ter agitação naquele ambiente. Disse também que Eduardo está muito bem, mas que deveria estar ainda em observação, porque ele passou muito tempo sem poder respirar.
E neste momento, enquanto falava, sem conseguir se segurar, explodiu um choro de desespero só de pensar em algo pior, misturado com a felicidade de saber que o nosso Pai Eterno a amparou.
- Calma! Já passou, não chorar! Você sabe que eu sinto nervoso, não gosto de te ver chorando.
Falei com meus olhos cheios de água e abracei fortemente Cornélia seguindo para o quarto onde estava Eduardo. Peguei na mão de Júnior e entramos deixando Letícia e os dois amigos, lá fora.
- Letícia venha, entre com sua irmã!
Falou Cornélia
Letícia sussurrando falou:
- Eu entro depois, com Lucas e seu irmão.
Era uma linda criança! Estava dormindo naquele momento e assim, não pude ver seus olhinhos e nem o quanto era levado e ativo como sempre descrevia Cornélia. Mas sabia que logo isto aconteceria.
Depois de alguns minutos dentro do quarto, sai abraçada com Júnior dando vez aos outros.
Falei sorrindo para Letícia:
- Ele é tão lindo Letícia, você vai amar vê-lo!
Falei e fixei meus olhos para Juliano que estava atrás de minha irmã, ele me intrigava.
Ao improviso, ele ao passar por mim, pegou a minha mão que estava solta verso à minha perna, e a apertou muito forte.
Ao improviso, ele ao passar por mim, pegou a minha mão que estava solta verso à minha perna, e a apertou muito forte.
Senti este meu coração disparar, mas nem olhei para trás. Não consegui ter nenhuma reação para tudo isto, era como se eu fosse apenas um pedaço de madeira e dentro parecia existir veias onde corria sangue que, ao sentir este toque de mão, o esquentou fazendo borbulhar exageradamente!
Como pode existir pessoas tão diferentes. Ele demonstra ser o oposto de mim.
É completamente impulsivo, não tem medo de agir, não tem medo de correr riscos.
Seus impulsos parecem que surgem quando ele deseja algo que lhe faz bem. Se torna impetuoso, fogoso e selvagem como se nem mesmo ele conseguisse se dominar.
Eu, muitas vezes, sou impulsiva mas somente quando estou irritada... Eu não penso para falar e agir. Esta parecia ser a nossa diferença. Ele é assim impulsivo em ações que deseja para ele e eu quando não desejo algo para mim.
Pegou na minha mão e se Júnior percebesse, poderia surgir tantas divergências, mas ele não teve medo.
Neste momento, eu não fiz nada, não agi impulsivamente mostrando toda a minha ira, como faço sempre. Parecia que eu não estava irritada. Comecei a pensar e outra vez, entrei em meu silêncio a imaginar...
"Mas, por que não fiquei irritada? Por que parecia ter gostado? Será que consegui pela primeira vez me controlar? Talvez, eu tenha me controlado... controlado toda a ira por estar gostando muito de Júnior e não querer que nada deste mundo destruísse o que estava vivendo. Sabendo como sou... eu me conheço, jamais iria me controlar se algo me irritasse.
Não tenho respostas pelo meu modo de agir. Quem está confusa agora sou eu, pois, seu toque em minhas mãos causou um frio enorme em minha barriga... tanto tempo que eu não sentia isto tão forte assim!
Não ficamos por tanto tempo ali, Lucas tomou a decisão de ir à casa de sua mãe.
Cornélia estava com seu marido e quando tudo se normalizasse, eles voltariam para casa. Antônio possuía um carro, era antigo, mas servia para resolver coisas longe do sítio.
Me despedi dizendo que iria em sua casa para visitar Eduardo.
Aproveitei e pedi que me esperasse com milho cozido na mesa, pois, um dia antes, ela havia falado que Antônio fez uma bela colheita deles.
Aquele terreno produzia de tudo um pouco. Era uma terra rica onde o plantio criava uma paisagem invejável.
Queria que este dia chegasse logo, porque queria falar com Cornélia de seu irmão, estava muito curiosa sobre ele. Cornélia nunca havia falado dele, e me pergunto por que não falava?
Havia uma outra curiosidade que também me deixava sem respostas... Eu comecei a me perguntar, por que Antônio foi para tão longe procurar um hospital, sendo que ali perto havia Elisa que sabia lidar com primeiros socorros? Todos diziam que Elisa era uma profissional de primeira qualidade, então, isto me deixou muito curiosa e não via a hora de perguntar a ela o porquê disto.
Estando ali no hospital, senti que não era o momento para as nossas conversas, daquelas que se falava sobre tudo.
Quando estávamos no carro para irmos em direção à casa dos pais de Lucas, Juliano falou algo à Lucas, antes que ele entrasse no carro... me deixou curiosa.
Lucas ao entrar no carro, havia esquecido de falar mais uma coisa com Juliano, então, gritou:
- Hei, Juliano! O que faz nesta noite?
- Nada de especial.
- Então, vai lá em casa para jogarmos umas partidas de baralho. Precisamos mostrar às mulheres o quanto somos bom nisto.
- Claro que vou, será um prazer! Na verdade, um enorme prazer. Vou levar vinho, vocês gostam?
- Muito! Para mim vinho é a melhor bebida que puderam inventar.
- Então, nos veremos mais tarde. A que horas vocês estarão lá no sítio.
- Creio que por voltas das sete ou oito já estaremos em casa. Te deixo um grande abraço, amigo!
E afastando se despediu de todos com um aceno de mão. Próprio aquela mão que antes, me deixou confusa!
Ao sairmos aproveitamos para apreciar um pouco a cidade de Cárceres. Pensei que, naquele momento, ninguém mais falaria de Juliano, mas ao contrário, foi o assunto mais falado.
Lucas confirmou à todos a presença dele, domingo, junto a todos nós, rumo a Chapada dos Guimarães.
- Vida, ele vai de cavalo ou com a gente?
- Não, ele vai com seu carro, ele tem um carro. Vai levar alguns equipamentos de pesca, sua barraca e outras coisas que possam nos servir.
- Vai levar uma namorada também?
Perguntei curiosa.
- Não, ele disse que vai sozinho.
Dentro de mim senti um sorriso escondido.
- Mas, vida, se ele tem um carro, porque foi buscar Cornélia de cavalo?
- Amor, você não ouviu ele falando que o carro dele estava na oficina, depois que voltou da caça?
- Não, eu não ouvi isto, acho que foi porque depois que vocês contaram de Elisa, não escutei mais nada, pois, fiquei um pouco abismada com tudo que ele contou.
- Do quê vocês estão falando?
Perguntou Júnior, por não entender nada.
- Ah... Pura bobagem que falamos, quando vocês estavam lá no quarto do hospital.
- Bobagem não, vida, você não pode achar coisas deste tipo uma bobagem, pois, para mim, tem outro nome. E se chama falta de respeito e muito safadeza!
Falou Letícia muito irritada de ver Lucas pensar que certas coisas possam ser normal.
Fiquei tão curiosa que me alterei:
- Meu Deus, do que vocês estão falando, afinal o que aconteceu? Fala!
Letícia, neste momento, vira para trás e começa a falar:
- Quando vocês entraram no quarto para ver Eduardo, Lucas convidou Juliano para ir conosco na Chapada dos Guimarães, dizendo para ele levar uma garota junto. Repetiu aquela frase sobre coleção delas, lembra?
Sacudi a cabeça dizendo que lembrava...
- Pois, então... ele se defendendo, negou, mas Lucas querendo ferver a coisa, insinuou sobre uma história antiga que ele teve com Elisa e neste momento, Olivia, Juliano revelou algo que ao contar, me deixou abismada sim, pois, não poderia imaginar uma coisa desta.
- Então diz, estou curiosa... nossa, este lugar é pequeno, mas as coisas fervem por aqui, minha nossa!
Falei toda eufórica...
- Ele contou que Elisa se encontrava com ele, várias vezes, na sua casa. Contou que Elisa o provocou no bar do seu Filipe quando frequentava para jogar com amigos, o levando para o magazine e lá fizeram sexo. Você já imaginou algo assim? Era no mesmo lugar em que o marido se encontrava.
E Lucas vive lá, entende! Agora que sei como ela é, não confio mais. Se ela foi capaz de fazer tal coisa, seria capaz de fazer com outros, mas meu namorado, não? Eu acabo com ela se souber disto, e você, Lucas se fizer algo assim horrível comigo, te prepara, porque faço muito pior!
Esta era a minha irmã! Ela custa a brigar e ameaçar, mas se o faz, ela cumpre com o que falou, ah... sim que cumpre!
- O que você faria comigo, amor?
Perguntou Lucas.
Perguntou Lucas.
- O pouco que faria, seria te deixar por toda a vida, e o muito, nem queira saber.
Respondeu Letícia.
- Não sei quem é o pior desta historia... Se é Juliano que não respeitou um homem que o tratava bem ou ela que não deu valor nenhum por tudo que o marido fez para estar com ela.
Falou Júnior, impressionado com o que escutou.
- Mas, como foi que tudo isto aconteceu, ele contou?
Perguntei tentando achar uma resposta para defendê-lo de tudo isto, como se a culpa não fosse dele. Não entendia porque queria defendê-lo.
- Amor, por que você quer saber?
Falou júnior querendo interromper o assunto.
- Curiosidade, apenas curiosidade. Eu achei Elisa tão boa pessoa com esta coisa de cuidar da saúde de tantos que precisam, fazendo a voluntária.
- Pois então, cuida mesma bem da saúde de todos, porque Juliano falou que ela faz isto sempre, e não era só com ele, não. Disse que aquela mulher é insaciável! Disse que, muitas vezes, mesmo tendo estado com ele, ela levava outros, lá para magazine, mesmo se Juliano estivesse lá Já pensou que horror?
Ele falou que entrou no jogo dela por um tempo, mas depois, sentiu foi muito nojo dela e desde então, não coloca mais os pés no armazém. Cornélia sabe disto tudo.
Ele disse que foi Cornélia que insistiu para ele largar aquela mulher, pois, poderia acabar em morte, porque conhecendo o seu Filipe, se descobrisse tudo, Juliano não existiria mais. A mulher sim, mas o homem que tocasse nela, não!
Ele disse que foi Cornélia que insistiu para ele largar aquela mulher, pois, poderia acabar em morte, porque conhecendo o seu Filipe, se descobrisse tudo, Juliano não existiria mais. A mulher sim, mas o homem que tocasse nela, não!
Ele falou também que um outro rapaz, depois que dormiu com ela algumas vezes, se fez descobrir o levando à morte.
Disse que seu Filipe não usa suas mãos para tal ato, pois tem quem faz para ele. O rapaz ficou morto esticado no chão. Tem tanta gente sozinha neste mundo, porque alguém tem de se envolver justo com quem esta já envolvido?
Falou Letícia muito irritada.
Eu estava muito surpresa com tudo, mas não porque Juliano foi capaz de fazer isto, pois, ouvindo falar dos homens, eles agem assim ao impulso sem temer o perigo, e não adianta Júnior falar que tudo aquilo era absurdo, porque não é verdade. Tudo isto se tornou a coisa mais normal deste mundo. Desejo tanto que ele possa resistir a uma tentação como esta.
Me recordando do que Cornélia falou, posso lembrar que ela havia comentado que existe, sim, homens muitos sinceros e pacientes, não magoando jamais a quem ama!
Disse de ser algo raro, mas que existe. É raro, pois, quando o assunto é sexo, eles não gostam de negar a uma mulher toda a sua potência.
O bicho homem não nega fogo a ninguém. O homem, em geral, costuma dizer que estavam quietos, mas que existem mulheres que os provocam, que a culpa é toda da mulher que não tem sossego.
Tudo isto me faz rir. Tudo é um pouco irônico, esta guerra de sexo e toda esta falta de controle.
Quanta decepção senti por Elisa. Pensei que ela era tão cúmplice do marido, tão apegada a ele, em vez, era pura ilusão. Eu vi uma bela união e apesar de ter achado seu Filipe tão feio, pareciam tão unidos e ao contrário, não existia nada de cumplicidade, era apenas duas pessoas trabalhando juntas e cada uma fazendo não sei o quê, para magoar uma a outra.
Tudo estava me perturbando, não sabia mais o que pensar. Estava tão feliz com meu namoro e ao improviso toda esta história estava atrapalhando sentir a sua pele, o seu sorriso perto de mim. Estava com saudade de tudo isto e olhando Júnior pedi carinho.
Me sentia feliz! Eu gostava daquele homem que me dava carinho sem fim. Ele era paciente, calmo e muito meloso quando queria. Não agia por impulso, parecia que suas ações eram sempre bem analisadas, para construir um futuro procurando não errar e isto me dava segurança.
Esta palavra, segurança, era para mim muito importante em um relacionamento.
De repente, perguntei a Lucas novamente sobre Elisa:
- Lucas, mas por que você não nos contou tudo isto quando falamos sobre Elisa, naquele dia?
Perguntei, me senti curiosa.
- Não achei necessário. Não queria destruir a imagem que vocês viram dela, porque apesar de tudo, ela é uma boa pessoa, não é má. Talvez, seja só infeliz.
Explicou Lucas, então, respondi:
- Você tem razão Lucas, muitas vezes, ninguém tem culpa do que possa acontecer. Acontece, só isto!
Acontece porque na vida aparece surpresas inesperadas que a gente, talvez, nunca tendo vivido. não sabemos como se deve fazer. Então, obviamente erramos e os erros vão servir como escola da vida, fazendo a gente decidir em aprender a não errar novamente. Caso continuamos a errar, ou será porque ainda não aprendemos, ou apenas porque gostamos de continuar no erro. Eu vejo assim!
Do modo que você contou, Juliano aprendeu, mas a Elisa não. Talvez aprendeu, mas quis continuar, por gostar.
Depois de falar pensei...
"Porque eu estava defendendo Juliano? Eu sentia esta necessidade. Sentia vontade que ele fosse um homem respeitoso, honrado. Desejava isto, mas não poderia estar desejando. Ele não fazia parte de mim em nada, então deveria esquecer esta pessoa. Mas não consigo, porque ele invadiu a minha vida, sim... Invadiu na hora que tocou a minha mão.
Estávamos circulando pela cidade de Cáceres e nem estávamos observando tanto, porque o assunto do carro estava em alto vapor.
Tudo correu muito bem, depois. Fomos visitar a mãe de Lucas que mesmo sendo uma visita ao improviso, nos recebeu com muito carinho e nos preparou um jantar maravilhoso. Deveríamos ter vindo no fim de semana, e aproveitarmos todo o dia para visitar a cidade de Cáceres, mas estando ali, mudamos todos os planos.
Agora, poderíamos ir na Chapada dos Guimarães, neste fim de semana, meu pé já não doía tanto. Mesmo que Elisa tenha se mostrado uma pessoa diferente do que eu imaginava, posso dizer que apesar de tudo, ela fez um belo trabalho em meu pé. Todos os chás que tomei e fusões preparadas com suas ervas que pude colocar em meu pé, trouxe um alívio acabando com toda aquela minha dor. Elisa curou meu pé.
Cárceres era uma cidade muito bonita. O Rio Paraguai passava por ela, onde havia um cais que protegia parte da cidade . Havia uma barca enorme onde turistas faziam viagens por aquele rio que era navegável. Era uma enorme barca.
Este Rio Paraguai, em Cárceres, faz com que a cidade tenha um grande evento anual muito famoso mundialmente.
A cidade de Cárceres se desenvolve em torno da pesca esportiva sendo sede de um evento mundial: o Festival Internacional de Pesca (FIP), registrado no Guinness Book como o maior campeonato de pesca do mundo, em águas fluviais. O evento reúne mais de 1500 participantes anualmente. Para quem ama a pesca e não pode visitar esta cidade, neste período, creio que seu coração se torna adolorado, pois, este evento é mesmo invejável!
Quanta beleza por esta águas onde grandes barcos podem navegar, tranquilamente, por ser um Rio profundo!
Por amar tanto a água, ao descer do carro para apreciar toda aquela beleza, tive que fazer o mesmo que fiz ao chegar, tirando os sapatos e me deliciando nas águas do Rio Paraguai!
Júnior sorria para mim relembrando os nossos primeiros momentos em Cuiabá. Nossa, quanta coisa agradável já havia vivido com ele. Eu estava feliz de poder ter conhecido Júnior e sentia que ele também estava!
Mesmo não imaginando que tudo isto aconteceria assim, tão rápido, em minha vida, sentia que estava amando realmente aquele homem sério, calado, amoroso, às vezes, rude, desconfiado, inseguro... Quanta coisa já conhecia dele!
Autora: Aymée Campos lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 16
Todos os direitos reservados
Segue capítulo 17
Capitulo 16
Todos os direitos reservados
Segue capítulo 17
Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link:
E' incrível o que uma mente e uma caneta pode fazer.
Isto é maravilhoso para mim. A cada momento, eu sou um destes personagens colocando cada mente a pensar e falar.
Eu posso fazer o bom se tornar ruim. Todos pensavam que Elisa era um anjo de mulher e agora, meu lápis modificou tudo isto, quando minha mente quis usá-la para poder mostrar um pouco da personalidade de Juliano.
Criar, inventar e no final tudo parecer real!
Amo escrever... amo! Não consigo parar, se tornou o meu vicio.
Para quem se interessar sobre estas maravilhas da natureza que tem em torno do Sitio em que Olivia conta a sua estória deixo aqui este link onde mostra paisagens e informações sobre tudo que Olivia pode apreciar um pouco:
Nota importante: