Os InVerSos dEnTROoo De MiM!

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Ser diFerENte é ser IGUAL com uma Pitada de AnORmaL.

Seja diFerENte sem se Preocupar com os Pensamentos de uma outra MENTE.

Não vou me adaptar com esta minha nova idade, onde os lugares que passo e encontro adultos como eu, parecem iguais, todos, menos eu... Todos cresceram e eu me sinto mais que perdido, e ainda por cima, pensando que continuo jovem.
Quando se é jovem, a gente por todo instante se sente diferente, audacioso e sempre correndo riscos sem nem se preocupar com as consequências. Agora, nem sei mais quem eu sou... porque tento ser diferente, mas sou igual à toda esta gente.

Onde està, Orlando, aquela alma levada, arteira, animada que vivia se divertindo sem nem se preocupar se tinha ou não tinha uma pessoa amada, ou se iria ser mal falada?
Onde estão os amigos? Aqueles que quando os vejo, parecem robôs enferrujados, pensando que a vida parou, só porque devem cuidar de quem surgiu ao improviso, e serão eles que agora devemos educar.
Nem existe mais em suas faces, belos sorrisos, parece que se envergonham de abrir a boca exageradamente, para gargalhar por tudo que a vida ainda poderia nos ofertar.
Por qual razão eu tenho que ser igual à todos que da minha idade costumam ser?

Olhem pelas estradas da vida, olhem para os rostos que não são jovens, olhem e vejam como são iguais, não fazem nada de anormal. Sao paralisados, desanimados, conformados, vivendo igualmente, sem o desejo de surpreender ninguém... e os jovens ainda continuam a nos vencer, chamando a atenção até mesmo de quem não quer crescer, como eu, ou de quem pensa que a vida já chegou onde deveria chegar, e agora, é hora de envelhecer.   
Não... isto não pode fazer parte de mim, porque eu ainda desejo apimentar muito mais a minha vida. Eu sou normal, sou igual, mas preciso ter aquela pitada de anormal para me sentir diferente, pois, quero me sentir avigorado para poder demonstrar à mim mesmo, diante do espelho, que o meu sorriso não vai ser triste daquele jeito... com a boca fechada igual a de Gioconda, que de velha, não tem nada.

Quando olho aquela imagem naquela tela, sinto vontade de sorrir para ela, sorrir no lugar dela, dar a gargalhada que ela não deu, fazer dos momentos da vida uma grande felicidade, e ainda, poder ser como ela, uma pessoa cheia de capacidade de fazer todos me olharem, só porque estaria sorrindo e não porque seria uma imagem sem vida, esperando a morte chegar ou... esperando um amor que, por muito tempo, conseguiu me ignorar.

Acho que não sou forte o bastante para me apresentar bem, diante da solidão. Ainda estou preferindo encher meus dias com qualquer coisa, mas que seja diferente de sonhos ou diferente desse circuito fechado chamado rotina... só para dar à si mesmo o que comer. Isto não é ser diferente, isto é deixar de aprender por sentir vergonha do que você quer mesmo ser. Crescer não pode ser morrer, endurecer para a vida e de tudo que tem diante de seus olhos. Portanto, se consigo ser o que eu desejo ser, e no final de tudo, ainda conseguir amar, então, vou ter vencido de verdade.
A vida muda as pessoas, não deveria ser assim... depois da juventude, não deveria!

Não deveríamos sentir vergonha de nós mesmos, quando depois que a juventude se vai, deixa marcas, e o que a gente faz é querer esconder o rosto para que ninguém possa te ver, pois, a mente é feliz e jovem, mas o rosto se foi para algum lugar diferente... se foi, porque quando me olho no espelho, nem me conheço mais, me estranho e me envergonho de algo que deveria ser, na verdade, mais de uma daquelas coisas banais.

Autora: Aymée Campos Lucas



terça-feira, 6 de março de 2012

Nem Tatu... Nem Canguru... Eu Quero Ser um Urubu!

Acalma a minha alma! Acalma a minha alma!
Quero olhar a minha vida e bater palma!

O que tenho de fazer para me sentir bem?
O que faço para acabar com esta agonia que me circunda?
Não consigo me sentir bem, em alguns momentos, e isto me faz, muitas vezes, chorar. Queria me sentir protegida por algo que me fizesse reviver, alguém que me desse forças para me refazer, mas não consigo encontrar uma mão solidária e companheira aqui nesta Terra.  
Tudo que vivi me serviu para entender de quanto cada um de nós precisamos de um homem ou uma mulher para poder viver em liberdade e a esta liberdade o ser humano deu um nome... Amizade. 
Eu desejo uma mão amiga por todo instante... Uma mão não só amiga, mas uma que ocupasse os espaços abertos de meus dedos. Uma que estivesse ao meu lado por todo sempre! Uma que pudesse estar ao meu lado de dia e de noite me dando amor ao me proteger.


Não consigo ter isto sempre perto de mim, porque não sei pedir ajuda... Eu queria ser protegida sem ter que pedir porque eu sou assim e queria uma pessoa do meu lado que fosse igual à mim. Não sou de pedir ajuda porque penso que poderia estar incomodando... Todos neste mundo tem tanta coisa para resolver em suas vidas,  são tantas coisas que nos afligem, que se todos eles não cuidarem, poderão cair em trápola da qual venho me sentindo cair... A solidão, a falta de um alguém para amar verdadeiramente. 
Venho me sentindo mal, me sinto sozinha sem saber o que fazer. E neste momento, a minha única mão amiga é o meu Deus. Esta mão eu sinto e não solto por nenhum instante... Sem ela eu nem sei o que seria de mim.
Oh Deus meu... Acalma a minha alma! Acalma esta alma que vive em conflito dentro de um corpo que treme, que sente dor no coração de um jeito que não consigo entender e que me faz sentir  muita vontade de chorar! Acalma esta minha alma!

Tem vez que sinto vontade de ser um pássaro... Na verdade queria ser um pássaro que voasse para perto do céu. Acho que sendo um pássaro, eu poderia sentir a minha alma calma e lá de cima, eu poderia ver o caminho certo que deveria transitar aqui nesta terra. Sinto falta de minha casa, de minha família e sendo um pássaro eu poderia vê-los quando voasse, ao encontrar esta terra que está tão distante de mim.


Quero ser um urubu, sim. É isto que eu quero! Porque não?
Se pudesse ser um animal era isto que eu desejaria ser neste momento... Se penso em outros animais, não consigo ver razão de ser um animal que vive pisando aqui nesta terra, porque isto eu já sei o que é. Então, porque deveria ser por exemplo, um Tatu ou Canguru? Eu quero ser é Urubu!
Eu não quero me esconder como um Tatu! Não desejaria ficar parecendo uma fugitiva nesta vida, com medo de tudo e de todos. Eu quero mudar este meu jeito de ser, porque mesmo não sendo um Tatu, eu já pareço com ele, já tenho algo semelhante à ele e... Se eu não me corrijo agora, eu vou viver me escondendo, achando que fazendo deste jeito, poderia ser a solução para não sofrer. Mas isto é engano porque mesmo que eu me esconda igual a um Tatu, eu sempre consegui encontrar coisas que me fizeram sofrer, sentir dor, sentir agonia do mesmo jeito. Eu não procurei mas me encontraram e...Ultimamente, foi só sair do buraco por alguns instantes, que pude sentir alguma coisa me atropelando. Algo que parecia ser um caminhão mais que qualquer outra coisa. Se eu fosse um Urubu este caminhão não me atingiria e no final, eu iria limpar um pouco desta sujeira, ao sentir lá de cima cheiro de coisa ruim deste Mundo belo, ao qual o que eu mais quero é poder apreciá-lo serenamente... Se eu fosse um Urubu, eu também poderia chegar lá nas nuvens!
Canguru? Claro que não! Não mesmo!
Eu não quero ficar pulando daqui e dali como um louco por uma terra muitas vezes seca, árida, fugindo dos perigos por ter uma carne apetitosa para outros predadores! É um animal belo, diferente e que me faz sentir curiosidade de ver o seu modo de ser e agir... Deve ser belo ver de perto um Canguru, ver como ele transporta o seu filhote em seu próprio corpo, mas se penso, haja coluna e varizes para suportar se caso este filhote engordar!

Nem Tatu, nem Canguru, eu quero ser é Urubu!
Um Urubu parece que faz tudo direito. E' perfeito, parece do meu jeito.
Quando vai às alturas ele faz loucuras com suas asas... Plana como um aéreo por horas e horas em cima das casas,  aprecia esta linda terra bem lá de cima, corre aos céus como se as nuvens fossem como um ima!

E o corpo? Nossa, o corpo dele é formoso e com penas brilhosas em preto. Sim... Todo preto! 
O preto é a minha cor predileta e se eu fosse um animal não poderei vestir-me, então, desejaria que já tivesse sobre o meu corpo a minha cor predileta, cor de quem curte um belo heavy metal. Eu sei que sendo Urubu, continuarei sentir pelo vento a música que eu gosto e de longe ao escutar, estarei a aplaudir com minhas asas ao planar.


Ele é muito inteligente ou é preguiçoso, sei lá! Só sei que não terei que caçar, não precisarei de matar para poder me alimentar. Não preciso de trabalhar para ter de receber algo em troca. O meu esforço seria para recompensar à mim mesma. Devo só ser muito atento e ao respirar encontrar o meu alimento.
Tudo bem que não vou encontrar a carne assada, não vai estar em uma geladeira para que a carne não apodreça, mas me orgulho em pensar que não serei um assassino e também não serei um que perde tempo na vida. Enquanto tantos matam por ai, um Urubu lá do céu assiste tudo e nem liga... Acho que ele gosta de viver sentindo o vento ao voar ao horizonte...

Ah, eu realmente quero ser um Urubu! Ninguém me caçaria, talvez porque me achariam feio ou não me matariam porque serei um animal que ajudará a limpar esta terra suja de impurezas. Que me importa... Faço isto para ser um bom samaritano!
Preocupar em fazer comida? Eu quero mais viver minha vida encontrando tudo pronto, basta somente avistar o ponto quando eu voar mais uma vez ao céu, com minhas grandes asas paradas que mais parece um dos mais belos aviões que se possa ter inventado... O planador! Iria planar aproveitando as correntes ascendentes de ar quente.


Em minha juventude, eu os via e ao olhar achava este animal diferente, completamente diferente de tudo.
Em minha cidade natal existiam tantos e quando eu viajava para uma cidade que existia o mar, eles voavam às alturas e eu estava ali a observá-los enquanto as ondas quebravam nas pedras. 
Eu os admirava! Que estranho...
Ao olhar, eu sempre pensava... "Se pudesse voltar para este mundo de uma forma diferente, eu desejaria ser Urubu, olha só como ele se impõe no meio da multidão. Quem o olha sente medo, parece que carrega grandes segredos, tem cara de mal, não tem igual!"
E agora depois de tanto tempo, eu ainda penso quero ser um Urubu, mas de preferência desejaria ser um Urubu macho...  De tudo que vivi, sendo um ser humano, eu gerei meus filhos e esta foi a parte de minha história que me marcou completamente e não gostaria de abrir mão desta minha experiência por nada neste mundo. O que vivi foi divino e mesmo me transformando em Urubu eu queria vivenciar isto novamente e... Sendo um Urubu macho eu também estaria ali perto dos ovos, eu ajudaria a chocar os ovos para ver de perto meus lindos filhos nascerem... Os machos também chocam os ovos, mas não sei dizer qual deles é quem cuida depois, eu só sei que a liberdade deles surgem rapidamente. Um Urubu nidifica normalmente no chão, onde põe dois ovos, chocados pelos pais por cerca de 39 dias. Os filhotes nascem brancos e ficam no ninho por dez semanas ou mais. Depois, a liberdade surge e voar é o que ele vai desejar sempre mais!

E... Imaginando tudo isto, acho que minha alma se acalmou um pouco, quando esqueceu do chão em que eu estou me sentindo um louco.


Autora: Aymée Campos Lucas

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tantas Pipas... O Céu Se Coloriu Como Um Campo De Tulipas!


CAMPEONATO DE PIPAS... É O VERÃO QUE ANTECIPA.
MAIS PARECE UM CAMPO DE TULIPAS!

Aquela praia que por todo o Inverno e Primavera estava praticamente abandonada, ao improviso surge um imenso colorido por toda a areia e por todo o céu, com a antecipação de verão... Faltava apenas alguns dias para que o verão recomeçasse, mas aquele "Campeonato de Pipas" fez com que as pessoas saíssem de casa para festejar o sol que mesmo antes do verão chegar, já estava raiando tão cedo!
Tantas pessoas que haviam perdido a vontade de abrir as suas janela bem cedo, se despertaram com os barulhos que a muito tempo não existia naquela praia.
Os olhos de Alexia brilharam ao ver por todo o céu uma grande festa... O céu se coloria com todas as pipas que mais parecia um campo de tulipas. Ela vestiu correndo os seus trajes de banho e sem falar com ninguém, saiu para ver de perto todo aquele esplendor, com o desejo de depois poder se expressar criando um desenho para a sua nova pintura em tela. 
Para Alexia, era sempre um prazer poder ver algo diferente, porque ao ver, criava em sua mente uma imagem, para poder produzir mais um trabalho que na verdade era pura satisfação!
Naquela praia, ela sempre corria e exercitava, mas hoje iria fazer muito mais do que isto, iria admirar belezas criadas pelo homem, que faz a natureza ficar ainda mais bela!

- Viu que coisa mais linda, Alexia! Você chegou cedo na praia? Porque não me avisou? 

- Eu não quis te acordar tão cedo. Sabia que você viria. Realmente eu vim para cá muito cedo... Acordei com vozes e ao chegar na janela de meu quarto, havia tanta gente aqui na praia preparando as suas pipas que eu não resisti, senti muita vontade de descer para ver de perto. Acho que é um campeonato. Olhando bem, tem cada uma mais linda do que a outra!
Sabe, Denise, quando fiquei olhando, a um certo ponto, senti vontade de me sentir livre como uma destas pipas que estão no ar! Faz tempo que em minha vida me sinto privada das coisas... Na verdade, ela me aprisiona. Eu queria ter a liberdade delas, para sentir mais conforto. Estou tão cansada de lutar, lutar e não me sentir livre.

- E desde quando uma pipa é livre?
Alexia, não suporto este seu romantismo... Tem vez que ele me dá náuseas, sabia? Você é muito mais livre do que todas estas pipas que estão ai no céu. Na verdade, você cria toda esta ilusão romântica para poder criar os seus desenhos, mas não pode passar disso, Alexia! Olhe para você, veja o quanto você é linda e depois pense... A sua liberdade é você quem cria! 
Você de vez em quando precisa ver a realidade das coisas, a realidade da vida! Comece a pensar de uma forma realista e veja o quanto uma pipa está limitada a ter liberdade. Ela não voa se não houver um controle humano. Dependendo do dono que a controla daqui de baixo, dependendo das dificuldades financeiras dele, a linha que seria usada para controlá-la, não lhe daria nem cem metros de liberdade. Este então, seria o limite de liberdade que esta pipa teria. Isto sem falar do dono, que não podendo comprar a linha certa, poderia causar um desastre a esta pipa, ao surgir um vento forte. Ela cairia pelo chão, quando a linha arrebentasse.
Coitada, uma liberdade limitada que ao tentar escapar se soltando para se sentir livre, percebe que sua liberdade era muito limitada. Esta é a realidade minha amiga... Pipa solta, não voa... ela cai atoa! E depois, parece mais uma criança fugitiva... Desaparece e ninguém mais consegue encontrar.
Alexia, em qualquer objeto que olharmos, em qualquer parte da natureza que apreciarmos, poderemos ver a vida como ela é de verdade, em vez usar a ilusão para apreciá-la.
Este papo de que eu vou voar através de meus sonhos, pousar nas folhas como borboletas, sentir seu cheiro através do mar, é pura ilusão. Se for verdade, me fale agora se você já sentiu o cheiro de alguém quando está perto do mar? Se sentiu, te direi que esta criatura fede demais, porque o mar tem este cheiro de maresia que muitas vezes não é nada bom!

- Denise, você algumas vezes me enraivece com suas realidades. Ela tira de mim uma felicidade que poderia estar nascendo. Você é minha grande amiga, mas este seu realismo também me dá náuseas. Eu acho que para vivermos com mais tranquilidade nesta vida, muitas vezes devemos nos iludir, porque muitas vezes a ilusão são sonhos que podemos realizar. 
Tudo bem, voar sem ter asas é um pouco absurdo, mas se sentir livre foi o que eu vi ao olhar estas pipas. Senti vontade de ser livre assim... Eu vi todas elas livres de qualquer coisa em volta que pudesse trazer desconforto. Eu vi seres em busca de alguma coisa, não é que eu vi pipas e cordas e gente controlando... Eu vi o buscar de alguma coisa.

- Ah! Entendi. Mas, porque você precisa de olhar coisas para entender o que quer fazer? Porque não faz e pronto! 
Tudo bem, vamos supor que você consiga a liberdade que deseja, sair sem que nada pudesse te incomodar... O que você faria com ela? Para onde iria?
Este mundo é tão grande, mas em qualquer lugar que você for, pode ter certeza que terá de seguir regras. Até em uma ilha deserta você teria de seguir algumas regras para sobreviver. 
Não se engane, Alexia. A liberdade é e será sempre momentânea. Ela é como a felicidade! Tente, e depois me fala se antes de sua morte, você conquistou esta total liberdade.

- Foi só um desejo que senti, só isto!

- Quer liberdade, Alexia? Você realmente a quer? Não é difícil, na verdade é muito simples... Se tranque em um quarto, onde poderá se conectar com a internet, escute uma bela música, não se preocupe com os problemas lá fora, respire fundo, se acalme e depois ligue o seu computador. Saiba que não tem liberdade maior que esta. O mundo todo estaria diante de seus olhos. E você? Você poderia ir para onde você quisesse, apesar de sabermos que o computador, também vai te ditar algumas regras.


- Denise, não é este tipo de liberdade que estou falando. Me trancar, não ver coisas verdadeiras, não respirar este ar que é tão bom quando estamos perto da natureza, não sentir a pele molhada em águas cristalinas dos mares... Sabe, é muito difícil conversar com você. Esta liberdade que falou, eu não desejo... Se você acha que liberdade é isto, Aproveite você tudo isto que falou.


- Desconjuro! Só falei deste modo, para poder te mostrar que uma liberdade plena, nos leva a uma prisão. Porque se uma pessoa não vive as regras, é porque ela se isola e se isolando vive em solidão e vivendo assim, só dentro de um lugar onde ninguém e nada pudesse entrar. Citei o computador porque ele te mostraria coisas do mundo, sem ter de estar fazendo parte desta vida, seguindo regras. 


- Que eu saiba, isto só tem um nome! Eu acho que jamais poderíamos igualar liberdade plena com uma prisão. Eu sempre ouvi dizer que estando dentro de um comodo sem sair, é o mesmo que uma prisão e não liberdade. 


- É, seria se não tivesse um computador... Com ele tudo muda! Mas, eu não suporto estar perto de um computador por muito tempo. Eu quero sair, seguir as regras e muitas vezes conseguir ignorá-las. Eu quero mesmo é me aprisionar nos braços de um homem, eu quero festejar, me acorrentar dentro de um iate... Eu quero viver os pequenos momentos de liberdade que eu tiver, eu quero aproveitar!


- Denise, você está certa desta vez... A liberdade é mesmo momentânea. Mas, ao ver todas estas pipas pelo céu, neste dia de quase um novo verão, me trouxe tantos desejos e olhando eu comecei ver muito mais do que pipas... Eu via Tulipas colorindo tudo, como se todas estas pessoas estivessem ofertando flores para Deus e ele nos presenteando com este sol, que hoje está radiante!


- É a vida, Alexia. E nesta vida, cada um vê como deseja! Hoje você acordou desejando isto, e Deus te mostrou de uma forma bela o que você desejou. 
Temos sempre de agradecer de estarmos vivos, Alexia! Porque quando fecharmos os olhos, só Deus é que vai saber o que veremos. Então viva da maneira que ele te ofertou e se você tiver que buscar algo para você, esteja muita atenta aos sinais dele, porque ele sempre estará te mostrando de alguma forma.

E... Depois de discutirem sobre a vida, saíram caminhando para perto de todos aqueles que festejavam aquele dia de um quase verão! Aquele dia de liberdade!


Autora do conto: Aymée Campos Lucas

Autora da Tela:  Sueli Gallacci


E assim, estou dando continuidade a mais um trabalho em conjunto com Suely Gallacci, criando contos através de suas belas "Pinturas em Telas". 
Quem desejar apreciá-las, poderá encontrar vários trabalhos em seu Blog "A Cor Da Gente"



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Pareço Criança... Eu Gosto Muito do Natal!

Eu gosto muito do Natal!

Sim, eu gosto do Natal, mas não sei porque, este ano eu não estou nem me lembrando tanto dele, da data que está para chegar... Antes eu ficava tão ansiosa!
Aqui, ainda não nevou este ano, está fazendo muito frio, mas a neve ainda não surgiu.  Quando ela cai, faz o Natal ficar mais bonito ainda. Tenho tantas fotos de Milão com neve. São fotos que tirei no ano passado e anos atrás... Depois quero mostrar.
Na minha casa este ano, eu nem montei a árvore que tenho e que todo ano faço questão de montar. Deveria ter montado... Aqui tem uma criança que ao ver um pisca-pisca, faz com que seus olhos brilhem de felicidade e como não tem nada dentro de minha casa, ela passa horas na janela olhando para o lado de fora, a observar as luzes que estão em todas as outras casas... Ela fica olhando e dizendo, vermelha, verde... Vermelha, amarela... Verde, azul.
Tem também uma cadela muito levada e tenho certeza que se ela ver um pisca-pisca, é capaz de ficar latindo o tempo todo. Ela parece que quer nos proteger por todo o tempo, escuta barulhos que a gente seria incapaz de escutar... Ela sabe quando estamos chegando no apartamento e mesmo se moramos no segundo andar, ela começa a latir quando estamos lá na entrada do prédio. Se um de nós sai de casa, ela fica inquieta e enquanto todos não reentram, ela não se dá paz! Muitas vezes, sinto vontade que ela (Lia) fosse mais calma, como muitos outros cães!


Bem isto não vem ao caso, o assunto aqui é Natal...
Não sei porque não dei este prazer para a minha neta, de montar a árvore. Na verdade, eu não sei o porque de tanta coisa que vem me acontecendo e... Se eu não sei, quem é que poderia saber?
A vida de todo mundo tem altos e baixos, e neste período Natalino, a minha está num volume muito baixo, ninguém conseguiria me escutar, porque não consigo nem falar e de conseqüência, esta criança perde momentos em que ela gostaria de ter e pensando bem, eu não acho justo. Então pensei: "Para que o meu alto astral retorne, devo mudar o meu modo de agir". Assim, tomei uma decisão e... Ao acordar,  decidi montar a árvore para minha neta Rafaela.  
Vi a felicidade dela, que estando ao me lado, me ajudou a montar a linda árvore! Agora, ela fica olhando o tempo todo para dentro de casa, não precisa ficar mais na janela, porque o Natal acabou de entrar em nossa casa.


Dias atrás, recebi uma visita de um Padre da igreja Católica da cidade onde vivo. Eles, os padres,  fazem isto todos os anos quando se aproxima o Natal aqui em Milão e em cidades vizinhas. Eles visitam casa por casa e junto à todos da familia, eles fazem orações, iluminando o nosso lar. Depois de orar, nos presenteia um lindo cartão com uma oração para o Natal.  
O Padre, ao se aproximar da porta, não encontrou esta guirlanda que deveria encontrar... A casa estava sem nenhum sinal de Natal, mas mesmo assim, ele à casa minha entrou. Entrou e orou com toda a minha família!
E hoje, senti vontade de publicar esta oração e dizer para todos os meus amigos, que eu desejo à vocês um lindo Natal. com o carinho da familia sempre perto de vocês. Isto, na verdade, é a coisa mais importante do Natal!
Agora, se por um acaso, o Papai Noel se aproximar de minha casa e resolver também entrar, ele será muito bem vindo!


A Oração

Oh Deus onipotente e Padre misericordioso, nós te agradecemos neste dia de Natal por ter mandado o seu Filho Jesus a salvar-nos do pecado e a conquistarmos à tua paternidade.
Pelo infinito amor que ele nos doa, estamos aqui diante de Ti para pregarmos...

Bendiz todas as nossas famílias, para que possamos termos sempre dentro de nossa própria casa, a sua presença através de orações, ao qual nos acalmam e nos consolam...

Bendiz os nossos trabalhos e as nossas iniciativas para um amanhã melhor, cheio de serenidade e de paz.

Infundi em todos nós coragem e serenidade nos dias de prova, doe paciência, capacidade de diálogo e concórdia nas coisas de cada dia. 

Doe às nossas mesas o pão cotidiano, reforça em nós o desejo do pão sobrenatural que é o Corpo e o Sangue do seu Filho.

Distancia de nós cada tentação de egoísmo e de soberba, de infidelidade e de discórdia.

Faz com que possamos sentir sempre a jóia de sermos nós um para o outro e de sermos unidos e abertos a todos os nossos irmãos.

Aumenta em nós a clareza da fé, a certeza da esperança e o ardor da caridade.
Por Jesus Cristo nosso Senhor, Amém.


  
Os InVerSos dEnTROoo De MiM 
Deseja um Feliz Natal,  para todos os amigos e leitores.


Aqui, a neve quando chega é assim...
Todas estas imagens, eu fotografei quando ia para o meu trabalho. 
Caminhava e fotografava!

 
Feliz Natal!



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ao Te Olhar... Desejei Te Movimentar.

 
O HOMEM DO JORNAL

Não sei quando irão perceber que sou um doente... Sou um maníaco. 
Como são ingênuas as pessoas! Principalmente minha esposa que pensa que sou um homem atencioso, primoroso, bondoso. Com toda a minha fúria, a minha esposa é a única que eu procuro não maltratar. Eu dependo dela. Para mim, ela é como uma mãe que não tenho mais... É mais que uma mãe, pois com ela eu descarrego meus desejos de um homem normal. Eu tenho duas faces... Eu sou um hipócrita, mas quem não é?
Ao chegar em casa depois de tudo que faço, ela me recebe de braços abertos e tudo ali dentro de minha casa, está pronto para ser apreciado e aproveitado como se deve.
A banheira já está preparada com sais de banho e muita espuma, e é nela que eu retiro as impurezas de meu corpo, onde em alguma parte dele, ainda se encontra gotas de sangue. O jantar pronto para ser servido, preparado com muito zelo... Depois de tudo isto, descanso um pouco em meu escritório, onde encontro o meu livro de escrivania. Atualmente estou lendo livros de Giorgio Faletti, eles me ajudam em meu oficio... Esto lendo Io Uccido - "Eu Mato". Leio sempre um pouco, tomando um delicioso chá preparado com carinho e não sei o que contém neste chá, parece afrodisíaco! Depois que tomo, só quero uma coisa... Quero pegar a minha mulher à força para fazer do jeito que eu desejo. Sou eu que exijo prazer.

E assim vou vivendo minha vida, tentando ser uma pessoa discreta. Todas as manhãs encontro em minha escrivania o jornal que minha esposa gentilmente deixou, para que eu possa ler e ver anunciando mais uma morte. Pego o meu jornal, vou para o Café onde frequento, me sento naquela mesma mesa de sempre, peço uma água, um belo café ao creme e começo a ler o meu jornal. Abro nas crônicas porque o que eu quero ler é sobre mais uma morte que aconteceu em dias antecedentes ou até mesmo na noite anterior. Tanto mistério no ar! Atualmente todos ali no bar, não falam outra coisa que não seja estas mortes horrendas. 
"Será quem matou mais uma dama elegante que improvisamente, foi atacada por alguém em uma rua silenciosa, recebendo uma facada fulminante a deixando nua e estirada pelo chão? E porque todas tem em seu rosto, uma marca registrada... Uma letra C, mas o que isto quer dizer?"
Todos estão ali a perguntar e somente eu sei o que significa. Com esta marca, eu quero dizer que a encontrei no Café, apenas isto. Elas não morrem em uma rua silenciosa...

Todas elas frequentam o Café Nespresso Krups, o mesmo café que eu frequento todas as minhas manhãs, antes de apreciar mais um de meus dias de predador. Sou eu o serial killer e ninguém percebe.
As mulheres daquele bar são mesmo ingênuas! Acreditam cegamente em homens que as cortejam. Quantas vezes vi entrar uma senhorita sozinha e depois sair acompanhada com algum homem que ali estava. Saem sorridentes como se tivessem ganhado o dia. Ingênuas porque estes homens estão aqui, pretendendo mais uma vez, cortejar uma delas. São apenas aventuras passageiras. No meio destes homens, ali estou a esperar que uma bela mulher saia sozinha, porque é do lado de fora que procuro me aproximar, fazendo com que aceite conhecer a minha livraria. É muito fácil a aproximação, no meio de toda a multidão. Convido sorridente para conhecer a minha livraria... Descrevo toda a beleza que possa existir lá dentro, comparando com a beleza dela e falo: 
"Ainda não teve o privilégio de conhecê-la? Faço questão que me acompanhe... Você precisa de conhecer tudo que tem ali para ser apreciado. Se aceitar te levo imediatamente. Vai encontrar as mais belas estorias que os autores podem nos oferecer. Vai encontrar as estórias de Moby Dick... Sabe que olhando e observando você por toda a manhã, percebi no ar, por você conseguir demonstrar, que você é forte e corajosa como Moby Dick?"
E ela sorri... Ela se contorce de felicidade.
"Fale mais"... Diz ela
"Grande como Guliver... Esperta como Gato de Botas! Muitas vezes ao te olhar, te vi ingênua e singela como Branca de Neve e o melhor de tudo é poder ver em você, um rosto carente, desejante de paixão como Cinderela!
"Que beleza as suas palavras... Nunca ninguém me viu assim." Falou ainda mais sorridente.
"Tudo isto tem em minha livraria, quer ver? Eu lhe mostro tudo que tem ali, até chegar na melhor parte"...
"Qual?" Logo pergunta.
"O romantismo juntamente com o erotismo. Tem cada livro que ao ver as ilustrações a gente não resiste... Ali mesmo naquele chão eu te possuo!"
Falo e elas aceitam. Sinto até que querem ir direto para a prateleira do livros eróticos.
Nem sou tão belo, mas sei conquistar! Como podem acreditar em elogios como estes? Em meias palavras enganadoras. Não tem como definir uma pessoa apenas com um olhar. Estes elogios, são elogios que se usam quando se conhece à fundo uma pessoa. Elas acreditam no primeiro encontro. Parece que necessitam de elogios baratos. Parece que são carentes.
É tudo tão fácil! Vou ao bar, tomo um café, bebo minha água fresca, faço de conta que não estou vendo nada do que está acontecendo ali dentro, procuro ler o meu jornal, enquanto escolho a presa da semana ou muitas vezes, espero 15dias passar ou até meses. 
Depois vem os elogios, a conquista rápida, a satisfação de conseguir levá-la onde quero, mesmo ela sabendo o que vai receber de mim. Carinhos e sexo e... É um prazer conquistado, não sou violento em minha aproximação, nem tão pouco quando as possuo. Procuro conquistá-las suavemente, lentamente dando afeto. Em dias assim, não abro a livraria, permanecemos por todo o tempo juntos e sem pressa. Mostro tudo que elas desejarem ver e depois começo o meu ritual com tamanho desejo. Sinto os corpos quentes sobre mim... Eu as deixo brincar de amar com muito ardor.
Nem sei porque no final de todo aquele sexo desejado, eu mais uma vez, me torno um assassino. Este momento, é o meu maior prazer. É grandioso. Me sinto um vampiro!
Quando leio os jornais, vejo o quanto as investigações estão longe de descobrir quem é o Serial Killer. Não deixo rastros e cada uma, eu escondo em lugares diferentes e distantes uma da outra. Única coisa que coincide, é a marca idêntica que elas recebem em seus rostos, a letra C... Café. 

Nas declarações dos jornais atualmente, dizem que as investigadores pensam que a letra C pode representar um nome de uma pessoa. Estão longe de encontrar a verdade... Me chamo Robert. 
Muito antes de deixá-las em algum lugar, eu calmamente as lavo, retirando sinais que eu possa ter deixado e seus vestidos não estarão mais com elas. Eu os queimo. Que trabalho árduo!
Porque Faço isto? Acho que é só porque não pretendo que elas continuem a me procurar. Não quero que elas atrapalhem a minha vida conjugal. Não desejo que nenhuma delas se intrometam em meu maior particular que é o meu casamento. Meu casamento é tão lindo, tão agradável, tão verdadeiro e prazeroso. Meu casamento é a minha felicidade e não desejo destruir isto.
Muitos se soubessem de mim, poderiam pensar que sou louco. Não... Não sou um louco. Sou doente de desejos. Sou apenas um homem com um tesão incontrolável!

Autora do conto: Aymée Campos Lucas
Autora da Tela: Sueli Gallacci


Sueli, como havia te prometido, hoje decidi criar um dos contos, olhando a sua obra de arte.
A autora desta tela, é para mim uma pessoa maravilhosa e admirável, ao qual me considero amiga. Com ela posso ser eu, posso brincar, falar o que penso porque somos muito parecidas e conseguimos nos entender muito bem.
Sueli tem dois Blogs... A Cor Da Gente e Cronicas & Agudas. 
Em A Cor Da Gente se encontra suas obras de arte, ela expõe e nos ensina todas a técnicas de uma pintura. Ela não esconde segredos... Gosta de ensinar, talvez por amar tanto esta bela arte.
Seu blog é um encanto. Eu adoro, apesar de ultimamente ela não está tão presente como antes.
Aprendi muito com ela, apesar de saber que não sou capaz de criar uma tela. Aprendi para saber apreciar como se deve.
Ao olhar para as suas telas, além de observar o que ela ensina, eu procuro movimentar as suas pinturas... Invento. Procuro também dar um nome diferente, só para brincar com ela, e com isto vendo esta tela que se chama: Café que é criação de Sueli, eu modifiquei dizendo de se chamar: O Homem do Jornal... Um homem nada Formal!
 O conto eu sei que é um pouco exagero, porque nenhum crime é perfeito.


Foi assim que tudo aconteceu... Eu enviei um recado para ela e aqui mostro um pouco dele:

Olá,
Memorável! Eu fiquei daqui encantada! Fitei em minha mente para não esquecê-lo.
Quando vi anunciar a sua postagem no meu blog, pensei que você estaria mostrando o trabalho de algum artista que você admira.
Ao ver a sua assinatura na tela fiquei novamente deslumbrada!
Sueli não tenho palavras para dizer o quanto amei este quadro. Parabéns mil vezes pela a sua dedicação!
Eu queria conseguir ser assim na minha escrita... Cada vez mais ser admirada!

Lendo a sua explicação, você dizia uma coisa que já tinha percebido antes que lesse o que escreveu. Percebi que quanto mais distante a pessoa,  mais os rostos desapareciam, focando mais aquele senhor com o jornal. Achei este detalhe muito interessante.
Me deu a impressão que no quadro houvesse uma estória para contar e o personagem principal seria o homem do jornal. 
Olhando para este seu quadro se pode escrever mais de uma estória, criar movimento nele, dar vida a este homem, contando que no seu dia a dia, ele é um solitário em busca de momentos... 

E Sueli me respondeu:

Aymée, querida,
Sinta-se a vontade para criar uma história para o homem do jornal rsrs. Tenho certeza que com sua criatividade a história será linda e emocionante.

Beijos Carinhosos Amiga linda que amo! 
Aymée Campos Lucas

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