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domingo, 20 de outubro de 2019

Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo. 4

Júlia tornou a pegar o seu computador e estando mais calma, carinhosamente começou a escrever uma mensagem... Uma mensagem como se fosse uma brincadeira que a fazia sorrir novamente e no final, o que ela escreveu, virou um pequeno poema.
Sem Você
 
Sem você, o que eu posso fazer?
 Sem você, eu não consigo um bem viver!
Eu queria sentir sua pele, teu rosto,
Queria te beijar com gosto!
Sem você, está faltando um pouco de mim,
Porque você faz assim?
Me provoca, mas você vive tão longe...
Parece que vive perto dos monges,
lugar de montanhas e muita neve!
 Eu queria poder me sentir mais leve,
Com seus toques a me perturbar.
Porque ao imaginar,
 Eles me aliviam e me enlouquecem, 
Eu queria te tocar!
 Eles me aliviam e me enlouquecem, 
Mas, de longe, só me jogam para o ar!
Te amo tanto, meu amor!
 Quero poder sentir o seu olhar,
Para esquecer a minha dor

Ao sentir o seu calor!

  De Júlia para Frederico
  

Capítulo 4


E assim, a estória continua...
 A Vida Dele Sem Ela 

Nenhum sinal de romance, através do computador. Depois que enviou uma mensagem para Frederico, Júlia ficou esperando uma resposta, pensou que ele apareceria e ao contrario, ele não apareceu.
Começou a se sentir triste naquele quarto vazio, onde as cortinas bailavam com o vento forte que entrava, o deixando frio e um pouco sombrio. Queria sentir o calor de Frederico, mas isto naquele momento não existia. Ela se lembrou de um cartão que Frederico havia lhe presenteado e pegou para ler novamente. Ao abrir, encontra a rosa que junto ao cartão ele a enviou. Procurou sentir o perfume dele naquele papel velho, mas não existia mais nenhum perfume e assim, ela começou a sentir a solidão naquele ambiente frio de inverno. Estava sendo mais um inverno sem a presença de Frederico ao seu lado. Era Fevereiro de 2010 e a neve ainda surgia em alguns momentos daquele fim de inverno.
Júlia acendeu a sua lareira e pegou seu livro de cabeceira "O Milagre, de Danielle Steel" e começou a folhear páginas por páginas para encontrar onde havia interrompido a leitura que ao iniciar a ler, a fez adormecer alguns minutos depois. Os livros de Júlia são para ela a sua calma. Quando os lê, ela se sente em paz. 
Adormeceu com o cartão e a rosa ao seu lado. Estas lembranças a acalmava ainda mais.

E... Bem Longe Dali...
No Analista... 
Frederico sentiu necessidade de uma consulta com a sua analista, justamente no dia em que Júlia havia pegado o seu computador na revisão, esperando falar com ele. E foi por isto que Frederico não encontrou tempo para conversar com Júlia.
A doutora Stela não o esperava naquele dia, mas mesmo assim ele foi. Queria arriscar e pediria um pouco de atenção à sua analista.
E... Ao entrar na sala de espera, ele encontra um homem que, ali sentado, o deixou curioso. 
Era uma pequena saleta em forma retangular, com uma bela decoração.  Quando se entra, perto da porta, logo se vê quatro cadeiras ligadas uma na outra de cor marrom claro, como se fosse café com leite. Em toda aquela saleta a decoração era em tons pasteis, trazendo para a visão das pessoas um pouco de serenidade. 
As cortinas se contrastavam um pouco... Elas eram azuis, da cor do mar quando se olha ao infinito e isto fazia com que os quadros com imagens somente do mar e toda a sua beleza combinassem de uma tal forma que pareciam dizer alguma coisa. Quem olhasse tudo com muita atenção, poderia se sentir em paz ao esperar o momento de sua consulta. 
Era realmente uma linda sala de espera. O piso era de cerâmica envelhecida cor de areia e ao lado das quatro cadeiras havia uma pequena mesa com uma linda jarra coberta de flores amarelas, vermelhas e lilás que pareciam estarem cheias de vida, por ter sido colocadas, ali, naquele momento. Na mesa tinham também livros e revistas espalhadas de uma forma simétrica.
Todas as vezes que Frederico sente necessidade de uma consulta, é porque sente a falta de Júlia perto dele. Sem Júlia é como se o seu corpo estivesse faltando um pedaço. O seu coração havia o sol, mas faltava a lua... Havia sangue, mas faltava a cor. Seus braços, muitas vezes, sentia a necessidade de abraçar um outro corpo, olhar outros olhos e... O corpo, os olhos que desejava abraçar e olhar, eram de Júlia e de mais ninguém! Quando começava a pensar em tudo isto, nascia nele uma grande angústia que não se resolvia apenas comunicando à distancia. Quando isto acontecia, ele preferia não falar com ela, preferia evitar para não demonstrar sentimentos de fraqueza e somente quando falava com a sua analista, era que o fazia se sentir mais útil e mais vivo novamente, para poder falar com Júlia de desejos, perspectivas de um futuro ao lado dela.

De todas as vezes que Frederico foi à consulta, ele nunca tinha visto uma pessoa esperando para consultar como ele sempre fazia. A curiosidade dele estava imensa, sentia vontade de falar com aquela pessoa, queria saber porque nunca tinha visto aquele homem, ali dentro, queria saber se era a primeira vez que ele teria vindo à uma consulta, então decidiu falar com ele. Pegou uma revista, começou a folhear com se estivesse desinteressado daquele homem e sem o olhar, começou a falar como se estivesse falando sozinho, mas ao contrario, aquele homem o deixava, a cada segundo, mais curioso...

- É a sua primeira vez?
- Como? Me desculpe, não entendi!
- Estou te perguntando se é a primeira vez que vem se consultar?
- Ah! Não. Eu não vim aqui para me consultar. Vim por outros motivos.
- Outros motivos em um consultório de consultas? Talvez você seja o eletricista que a doutora Stela estava precisando, acertei? Lá dentro está tendo um problema com uma tomada... Eu quis ajudá-la, mas ela não deixou, falou que preferia chamar o eletricista.
- Não, você não acertou. Eu sou um investigador particular.
- Um investigador? Curioso. A doutora não parece ser do tipo que precisaria de um investigador. Ela sempre diz que a sua vida é tão certa, tão calma. 
- É, mas... Sempre acontece imprevistos e eu sou uma pessoa que poderia resolver isto, entende?
- Sim, entendo, entendo. Nem doutores, como estes, escapam de problemas. Nesta vida, em tudo pode surgir grandes reviravoltas, principalmente quando uma pessoa passa a não ter tempo para as suas coisas pessoais.
- Isto é verdade! O mundo está de cabeça para baixo, e quem não tem tempo perde o controle de sua própria vida.
- Eu gosto desta sua profissão e digo mais... Eu acho que conseguiria exercê-la com muita facilidade, principalmente se for para ajudar uma pessoa que tenho admiração. Ajudaria e não cobraria nem um centavo pelos meus serviços.
- O que você está querendo dizer com isto? Está querendo me dizer que vai oferecer ajuda para ela?
- Sim, é isto. Não vou deixar ela gastar dinheiro com baboseiras como esta.
- Não é  atoa que você está em um analista... Você está errado. Isto não é uma profissão qualquer. Esta profissão requer muito empenho! Não é só falar que vai fazer e pronto. Tem que saber agir.
- Eu sei agir, eu sei porque aprendi muito bem quando servi o exército.
- Olha, eu não vou nem discutir com você. Não te conheço e pouco me interessa saber quem é você ou o que você já fez na vida. Eu estou aqui porque a Doutora me chamou e não será você a me atrapalhar. Esta decisão depende somente da Doutora, cabe à ela tomar a decisão do que é  melhor a se fazer. Se você quer ajudá-la, ofereça a sua ajuda. Veremos o que ela decide.
- Vou te falar uma coisa... Eu não gostei nem um pouco de você. Você é um belo de um mal educado que aproveita dos problemas das pessoas para ganhar dinheiro. Pois fique sabendo que da doutora você não vai arrancar nem um tostão.
- Veremos. E se você me dá licença, não fale mais comigo. 

A porta do consultório neste momento se abre... Havia um paciente terminando uma consulta, quando a Doutora Stela se sentiu perturbada com vozes alteradas na sala de espera. Quando ela abiu a porta para se despedir do paciente, ela vê que Frederico estava, ali, junto ao investigador parecendo mais um cão de guarda, do que qualquer outra coisa. Naquele dia, ele não deveria se encontrar naquele consultório.


- Frederico! O que é que você está fazendo aqui? Hoje não seria dia de sua consulta.
- Doutora Stela, eu precisava vir de qualquer maneira, tentei telefonar, mas não tive respostas, então, decidi vir por minha conta. Preciso conversar um pouco, não me sentia bem à noite passada e achei que vindo aqui, me ajudaria. 
- Eu tenho compromissos, Frederico. Tenho outros pacientes para atender. Não vê que já tem alguém à espera? Eu não posso te atender, hoje.

E olhando para o investigador, pediu que entrasse e aguardasse um instante. Assim, quando ele entrou no consultório, ela olhou para Frederico dizendo o que pretendia fazer.

- Frederico, aguarde um pouco que eu vou marcar um outro horário para você.
- Doutora, eu preciso de uma consulta hoje... Eu na verdade posso esperar, eu queria ser atendido agora... Por favor, doutora Stela. Depois que o investigador for embora, me atenda.
- Como você sabe... Quem foi que te disse que ele é um investigador? Frederico, isto aqui não é nada que você está pensando.
- Mas, Doutora, eu não estou pensando nada... O que eu poderia estar pensando?
- Tudo bem! Espere, depois te atendo. Não saia daqui!
- Doutora, espera... Olha, eu posso fazer este serviço para a Senhora de graça. Não vai pagando este idiota antes de falar comigo não, ouviu. Eu conheço este bando e posso te dizer que poderá arrancar tudo que te possui e depois, não te apresentar nada que preste.
- Frederico, por favor, não me deixa irritada MAIS DO QUE EU JÁ ESTOU!
- Nossa, não precisa gritar, Doutora, eu só estou querendo ajudar, e se não quer me entender, depois não venha me dizer que eu estava certo. Vai, entra! Eu fico esperando aqui.

Depois de alguns instantes a porta se abre. O investigador ao sair, deu uma olhada para Frederico de uma maneira irônica, como se estivesse  satisfeito do resultado. Frederico sorriu com mais ironia ainda, como se repetisse o mesmo que ele falou momentos antes... "Veremos" e depois entrou.

- Agora me diz o que tem de tão importante que não poderia esperar.
- Eu poderia até esperar, mas depois do que eu vi o que estava para fazer, não poderia deixar de me meter. A senhora está errando em contratar um investigador. Ele vai arrancar tudo que puder da Senhora, Doutora.
- Frederico, eu já te falei que isto não é um problema seu. 
- Doutora, eu quero te fazer uma pergunta um pouco indelicada se me permitir.
- Fale, pergunte.
- Quanto tempo a Doutora não dorme com o seu marido? Você o ama, o deseja?
- Que pergunta é esta? Não, Frederico, eu não vou te responder isto. Esta pergunta é uma invasão de privacidade e não tenho que falar de mim, aqui.
- A senhora já me deu a resposta. Precisa fazer mais sexo com ele, doutora. O sexo é a maquina para um bom desenvolvimento, é ele que te dá forças para ter um bom empenho em tudo que faz... Te faz produzir mais. Lá fora, o mundo é bem claro, parece que tudo está em chamas e quando se faz sexo, é como se conseguisse apagar este fogo para conseguir caminhar com vontade e sem perigo de se queimar. Tem que fazer, Doutora, tem que fazer!
- Meu Deus, Frederico! Se eu deixar, você acabaria mudando as regras e você é quem seria o meu analista. A este ponto, em vez de você vir aqui para falar de seus problemas, você está querendo que eu responda sobre mim?
Assim não dá, Frederico! Mesmo que você me pague para estar aqui, eu estou preferindo cancelar tudo e não te ver mais aqui nas sessões. Eu não quero falar de mim, eu não quero te escutar! Não quero ouvir os seus conselhos, porque eles não me serviriam.
- Ah não? Tem certeza que não, Doutora? Então, porquê que depois que mostrei à Doutora o que poderia estar fazendo o seu marido, a Doutora contratou um investigador? Se tivesse confidenciado comigo, naquele dia, eu mesmo poderia ter te ajudado e descobriria tudo que pudesse de seu marido. Afinal, eu falei para a Senhora que a minha profissão era muito parecida com Agente Secreto. Eu te entregaria tudo de bandeja, e de graça.
- Você fica o tempo todo querendo entender os meus problemas, mas você não pode ser assim, Frederico. Não deveria nunca mais invadir a minha vida. Todos os meus particulares é problema só meu e se devo falar para alguém, este alguém seria um médico como eu e não para você.
- Mas, você acabou de falar deles para um estranho. Ele é muito mais estranho do que eu que já te conheço a meses. E quanto a sua profissão, vindo aqui, eu estou aprendendo muito como se faz. Eu tenho muita facilidade de aprender. Aprendo tudo em um piscar de olhos e... Fazer o analista não é assim tão difícil e se a Doutora conversar comigo, fazer as suas consultas comigo, eu não cobraria. Digamos que seria um pequeno estágio.
Na verdade, eu posso te ajudar, Doutora. Ao te ver, percebi claramente que a Senhora está sofrendo com o marido que tem. Acho até que está vivendo dias de solidão. Eu acho que estou sendo um analista melhor do que a Doutora e sabe porquê?
- Por que? Vai, fala... Desta vez, quero te escutar. Quero escutar para poder ver com que louco estou me metendo.
- Doutora Stela, não me subestime... Em apenas uma de minhas pequenas sessões, eu consegui decifrar o seu maior problema e te digo mais... A Doutora está precisando urgente de sexo!  Eu sô não vou fazer com que a Doutora se apaixone por mim, porque eu já sou um homem apaixonado. Sou um homem de compromisso sério e quando eu olho para você, eu não vejo nada de Júlia em você, então nem adiantaria querer. Físico diferente, modo de ser muito seco, frio para ser exato. Nada haver com Júlia, não me apaixonaria, apesar de saber que seu corpo é espetacular.
- Que absurdo que estou escutando! Como você pode se permitir de falar assim comigo?
- Está vendo, Já se estressou. Se te jogo na parede, a doutora calaria na hora!
- Saia daqui, Frederico! Saia! 
Eu vou te recomendar um outro médico, não podemos continuar.
- Por que? Eu não quero um outro médico. Não adiantaria e se a Doutora não me aceita como eu sou, o que eu posso dizer é que a Doutora não tem competência para exercer uma profissão como esta. Aqui é um mundo de loucos e se a Doutora não sabe lidar com eles é só porque tem medo de virar um deles. 
Tudo que falei até agora, tudo que eu quis mostrar para a Doutora, é que eu estou pronto para ajudá-la a descobrir o que seu marido poderia estar fazendo, para te deixar uma pessoa assim tão amarga. Doutora, me dê uma chance para te provar que gosto da sua pessoa. 
Me desculpe pelos meus modos de antes, eu só queria demonstrar o quanto um desejo, um sexo te faria bem e que se seu marido não o faz, o certo é descobrir onde errou ou descobrir o que ele está fazendo para que a doutora possa tomar um rumo diferente. A Senhora merece ser feliz, Doutora Stela e eu posso te ajudar.
Hoje mesmo se me permitir, eu já iniciaria a investigação e traria muitas respostas da qual, em sua vida, virou apenas interrogações.
- Frederico, você me ajudaria mesmo? Eu poderia confiar em você? Não me prejudicaria de maneira alguma? Guardaria sigilo total sobre este assunto?
- Claro! Este é o meu trabalho, e se te recorda, muitas vezes  a Doutora me perguntou o que faço e nunca falei nada porque é um sigilo total o que faço.
Eu só falo isto para Júlia, mas de você nem falaria. Tanto ela pensa que a Doutora é homem! Não quis falar nada para ela, só para ela não sentir ciúmes... Eu já te contei isto, eu acho que já!


E, depois de tanto rejeitar a ajuda de Frederico, a Doutora Stela resolveu se abrir contando o que estava acontecendo em sua vida... Ela sabia que seu marido a traia desde muito tempo, e estava desejando ter provas sobre isto para poder desmascará-lo. Fazia anos que vivia uma vida sem alegria em sua própria casa. Sempre desejou ser mãe e seu marido jamais aceitou esta ideia. 
Frederico é muito carinhoso quando quer. Ele tem uma qualidade que é visível em qualquer momento que alguém lhe peça amparo ou uma ajuda por algo que não seja capaz de administrar a pessoa. Ele se sente capaz de tudo! Poderia ser pequenas coisas como trocar uma torneira à uma resolução administrativa... Estaria ali, completamente prestativo. Não saberia negar ajuda, na verdade, ele oferece ajuda. Por isso, muitas vezes, ele deixa de viver a sua própria vida por sentir o quanto as pessoas são dependentes dele, principalmente a sua família. A sua família, muitas vezes, demonstram de precisar dele para que ele se sinta sempre ocupado pra não pensar na morte de seu pai que o deixa sempre muito adolorado e quieto em algum canto sem falar com ninguém.
Por gostar de ser assim, desta vez, estava pronto para ajudar a a Doutora Stela, e ela decidiu aceitar a sua ajuda.

- Frederico, a partir de agora direi tudo sobre minha vida para você e irei aceitar a sua ajuda, mas eu deveria te pagar.
- Não, nada de dinheiro, faço isto por gosto e não quero nem um centavo. Então, depois que me falar tudo, não se esqueça de desmarcar com aquele investigador, senão, ele vai começar a agir e vai te cobrar o olho da cara.
- Mas, eu não o contratei. Quando nos falamos, fiz perguntas sobre como funciona o trabalho dele, e depois dele falar dos custos, eu me assustei, era caro por demais... Me lembrei logo da sua oferta e desisti. Eu disse a ele que o chamaria se decidisse fazer todo o trabalho.
- Então, desde quando entrou, a Doutora já havia tomado a sua decisão, e me fez toda esta cena desnecessária? Eu realmente não consigo entender as mulheres. Fazem tanto drama e, no final, já sabem o que querem. Só falta me dizer que vai querer de mim sexo também! Olha, eu já vou dizendo que isto eu não posso!
- Não diz bobagens, eu não tenho nem cabeça para pensar nisto.
- Ah doutora, sexo não precisa de cabeça, basta começar. 
- Frederico, vamos falar do que me atormenta...  Estou decidida e quero começar a lhe contar sobre tudo!


O Marido da Doutora Stela já tinha uma outra família e com filhos e foi isto que Frederico descobriu, depois que começou a investigar.
Seria um grande desgosto para a Doutora Stela descobrir tudo isto, mas ela estava preparada para qualquer coisa que fosse descoberta, porque não suportava mais a frieza de seu marido com ela. Ele era um homem totalmente distante da vida dela, surgia em casa só para brigar e se preparar para sair para a sua segunda vida. Homem de duas caras... Este sim precisaria de um analista, e não um como Frederico que demonstra ser fiel e sincero o tempo todo com Júlia, apesar de mentir para ela, sobre a sua doutora ser mulher e não um homem como ele sempre fala.
Na verdade, a sinceridade, nesta vida, falta para todos os seres... Sempre terá algo para se esconder e esconde por medo de perder algo precioso. Mas, e o caso do marido da Doutora Stela, porque ele esconde a verdade? Será que a outra família sabe mesmo quem é ele? Este tipo de pessoa, se esconde não por medo de perder algo, e sim, por saber o quanto está errado com outras pessoas ao qual um dia poderão julgá-lo um homem hipócrita. Isto, para a sua imagem de homem correto não seria nada bom para a sua profissão... Ele é um advogado e advogados precisam demonstrar a sua moral.



Autora: Aymée Campos Lucas
Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo
capitulo 4
Todos os direitos reservados



Na Introdução do Livro se encontra todos os Capítulos que já estão publicados.


Para quem desejar ler o início do meu livro, este é o link:
 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo. 3


Um jeans, um blaizer esportivo e camisa de algodão passa a sensação de descontração e liberdade de ação. 
E assim é um pouco de Guilherme. Tem tanto ainda para falar de Guilherme... Amigo, vizinho, companheiro de risada e melancolias. Uma pessoa que pensa coisas que sente por Júlia, mas não se expõe para ela por não ter coragem. Ele deseja que Júlia possa sentir o mesmo que ele e que não seja preciso falar e sim quando o olhar, desejá-lo. Então, ele espera... Espera sempre! 
Para Guilherme se isto um dia acontecer, tudo para ele seria contentamento.
Um Guilherme sempre presente na vida de Júlia, mas para Frederico um ser não existente.
Capítulo 2


Capítulo 3


E assim a estória continua...
TEM UM ESTRANHO NO MEU NINHO.
Será Que Ele Me Fez Carinho?
 
- Oh, meu Deus! Oh, meu Deus! Por Favor, me diz que isto que está acontecendo aqui, não é verdade.
Mas, o que você está fazendo aqui? Como você conseguiu entrar? Por que está na minha casa, na minha cama?
- Calma, Júlia! Eu posso explicar, não se apavore. Não precisa gritar... Sinceramente, você me assustou! É assim que você acorda pela manhã, assustando a gente? 

Neste exato momento, Júlia sai veloz de sua cama, pegando o seu roupão para se vestir... Ela estava só de calcinha e seu rosto estava desfigurado. Havia um nervoso dentro de si que a deixava apavorada. Ela não conseguia recordar o que aquele homem estranho poderia estar fazendo, ali, em sua cama. Não conseguia entender o que poderia ter acontecido, para que ele estivesse em seu quarto.
Na verdade, ele não era tão estranho assim. Júlia o conhecia. Na noite passada, Virgílio estava presente na festa que aconteceu na casa de Júlia. Virgílio era o primo de Francesco... Estava ali, porque Francesco o levou.
Foi uma pequena reunião de amigos, onde se divertiram um pouco, beberam, enquanto não saiam para ir à discoteca. 
Júlia, nesta discoteca não iria, mas pouco antes em sua casa, com insistência dos amigos, decidiu beber um pouco. Para quem não tem costume de beber, bastava duas doses daquela bebida que Guilherme havia preparado, para se embriagar.
Agora, ao amanhecer, ela se encontrava em uma situação que não sabia o que fazer. Júlia não recordava de nada, não sabia nem menos se havia feito sexo com aquele homem que parecia mais um estranho do que qualquer outra coisa. Na sua cabeça, ainda tonta e dolorida, procurava respostas e... Ao mesmo tempo, pensava incessantemente em Frederico.  

"O que eu fiz? O que posso ter feito na noite passada? Se Frederico descobre sobre isto, ele jamais vai querer falar comigo novamente. Que vergonha! Meu Deus, me ajuda, me ilumina, me dê uma ideia!"


- Me desculpe por toda esta situação, eu estou completamente envergonhada. Não me lembro bem das coisas, aliás, não me lembro de nada... Eu sei o seu nome... Sei que você se chama Virgílio, sei também que  é  primo de Francesco, sei que você veio em minha casa com ele e Valentina, me recordo que, de tanto Guilherme insistir, eu acabei bebendo um pouco e depois, não me lembro de mais nada. Não me lembro quando vocês saíram para a discoteca, na verdade, eu não me lembro nem de ter ido com vocês! Então, depois de tudo, como pude te encontrar aqui em minha casa, na minha cama?
- Não, Júlia, você não foi à discoteca.
- Eu não fui? Então, como você está aqui comigo? Porque você voltou para cá?
. Júlia, acalma-se, eu vou explicar tudo. 
Na verdade, eu não voltei, porque eu não fui, entende? Eu fiquei aqui com você, queria te ajudar depois que você me beijou. 
- Me ajudar? Ai meu Deus! 
- Não, não é isto que você está pensando... Sim, você me beijou, mas foi só isto, depois você se sentiu muito mal, então, eu decidi não ir à discoteca, deveria ficar aqui com você.
- Por que justo você? Por que não ficou comigo a Valentina, por exemplo?
- Nossa, você realmente não se lembra de nada! Pelo visto, não se lembra nem do beijo delicioso que me deu... Você queria me beijar o tempo todo. Me deixou até muito constrangido porquê te vendo naquela situação, eu não queria ser indelicado com você. Te digo mais... O seu beijo é delicioso, me deixou em fogo, sabia?
Eu acabei adormecendo em seu leito, mas não foi propositalmente. Você estava muito mal. Bem, deixa eu te explicar do início, assim, tudo se esclarece.


Virgílio não fez nada que prejudicasse Júlia, não poderia porque Virgílio é um gentil homem. Jamais abusaria de alguém, em uma situação como aquela. Ele se encantou com Júlia desde que entrou naquela casa junto à Francesco, seu primo.
Virgílio passou toda a madrugada a socorrer Júlia. Se não fosse por ele, Júlia estaria sozinha naquela casa se sentindo muito mal e... Apesar dela insistir em dormir com ele, ele se conteve.
Júlia estava nua, porque Virgílio teve de despi-la. Ela tinha vomitado, sujando todo o seu vestido. Virgílio a despiu para lhe dar um banho, mas mesmo assim, ela não melhorou.
  
- Júlia, eu estava saindo de sua casa para ir à discoteca junto com Francesco, Valentina e Guilherme e você de maneira alguma quis ir conosco. Você dizia o tempo todo que alguém lá do Brasil iria te contatar através da internet, e por isto não poderia ir. 
- Sim, é verdade. Eu... Frederico iria falar comigo. Ai meu Deus, será que ele apareceu e eu não dei a atenção que ele esperava? Mas então, porquê você voltou? 
- Depois de tanto Guilherme insistir que você fosse conosco, Valentina conseguiu fazer com que ele desistisse e, assim, saímos. 
Cada um iria com o seu carro e quando eu estava para entrar no meu carro, percebi que tinha deixado as chaves dele na cozinha de sua casa, então, subi novamente para pegá-la e quando você abriu a porta, você me sorriu e antes que eu falasse qualquer coisa, você me beijou.
- Eu fiz isto? Isto não pode ser verdade, eu jamais faria isto.
- É, eu também achei estranho, mas foi o que você fez. Me beijava e me puxava para dentro me provocando... Você chegou a me jogar no tapete, e nem fechou a porta. Ao improviso, você tentava me despir dizendo que me desejava. Você estava realmente me descontrolando. Eu, quase não resisti e...
- Fale, por favor, fale tudo. O que mais eu fiz?
- Deixa pra lá, não foi nada demais, foi somente um susto. Você logo em seguida, depois de vomitar, apagou completamente em meus braços e eu tentei te socorrer, tentei te acordar de todas as maneiras e quando vi que não acordava, eu te despi e te dei um banho... Precisava te limpar e a água poderia ajudar fazer você se sentir melhor. Foi o que eu pensei naquele momento.
Depois disto, eu percebi que você melhorou um pouco, mas não quis sair de perto de você, senti medo de você piorar. 
Quando tudo estava mais tranquilo, eu achei que não seria necessário telefonar para Valentina. Eles estavam em uma discoteca, estavam querendo se divertir e achei que não seria justo atrapalhar. Qualquer coisa que acontecesse de pior, eu estaria aqui para te ajudar, mas como vi que você estava melhor e que respirava tranquilamente, eu acabei adormecendo do seu lado. Foi só isto!


- Só isto? E você acha isto pouco? Ai, que vergonha! 
Sabe, eu não posso beber, eu nunca bebo e por isto, quando isto acontece, eu me altero. Me lembro que quando comecei a beber, eu gostei... Gostei, porque a bebida preparada por Guilherme era doce. Me lembro que gostei do sabor e quis repetir, mas não imaginava o quanto me faria mal. Mas, porquê será que ela não me fez mal quando vocês estavam aqui dentro? Por que só depois que eu estava sozinha, foi que fiquei eufórica?
- Bem, para dizer a verdade, você estava eufórica desde a primeira dose. Estava muito falante, muito alegre e brincava demais com Guilherme e eu, lá no meu canto, te observava e, de vez em quando, sentia o seu olhar sobre mim. Confesso que estava muito atraído por você, mas não me aproximei demais, porque tinha toda aquela gente e Guilherme nem te deixava respirar. 
- É, o Guilherme gosta muito de mim... Eu o considero um grande amigo, mas ele sempre quer de mim algo mais. Tem vez que ele me sufoca com suas vontades incontroláveis. Eu tento fazer ele entender que amo outra pessoa, mas ele não aceita.
- Você ama alguém? Ele vive aqui em Milão? 
- Deixa pra lá, eu não quero falar disto. É uma coisa só minha, entende? Me desculpe por tudo, eu não deveria ter bebido. Eu quero te agradecer pela ajuda que me deu... Se não fosse por você, nem sei o que poderia ter me acontecido, obrigada! 
Ei, você aceita um café? Tem coisas gostosas, lá na cozinha e... Vem, vamos lá na cozinha que vou te preparar algo. Isto poderia ser o meu agradecimento.
- Não, não! Fique quieta aí no seu leito que eu vou lá e preparo algo de bom e trago aqui para você. Se você se levantar, vai se sentir mal.
- Será?
- Eu tenho certeza. 
- Olha, na geladeira tem queijo e presunto e nos armários de cima tem o pó café, tem o açúcar, tem brioches, tem outros tipos de biscoitos.
- Esteja tranquila, eu vou encontrar tudo, não se preocupe.
"Meu Deus, que homem é este? Nossa como é gentil e é lindo também! Mas, porque será que Valentina nunca me falou dele? Talvez seja porque eu só penso em Frederico e não dou espaço para que ela possa falar de outros homens.
Ele é muito lindo. Que vergonha! Agarrar um homem sem que ele esperasse de mim um comportamento assim... Que maluquice! Definitivamente, eu não posso beber! E agora, toda esta situação que criei! E Frederico? Preciso de entrar em contato com ele urgente! Ele deve estar muito nervoso. Eu tinha prometido que falaríamos por toda a noite.
Enquanto Virgílio está preparando o meu café, eu vou aproveitar e ligar o computador, preciso ver se tem recados de Frederico. Como poderei explicar para ele esta minha bebedeira e todo o resto? Melhor não dizer nada."
- Pronto, estou de volta e o café ficou até gostoso! 


Eles se olharam e sorriram, mas o sorriso de Júlia parecia forçado, porque naquele momento, ela estava ficando ansiosa e muito nervosa, ao ver que de Frederico não existia nem sombra em seu computador. 
Depois que olhou as suas mensagens, Júlia ficou muito furiosa... Em seu computador, não havia nenhum recado e Frederico também não telefonou como sempre fazia, não deu sinal de vida.
Júlia mesmo estando irritada, ao ver Virgílio entrar com aquela bandeja toda preparada de um modo romântico como se quisesse adoçar a sua vida, ela sentiu vontade de aproveitar o momento e se vingar de Frederico. Sentiu vontade de fazer isto, sem nem saber porque Frederico não pôde lhe dar atenção.  

Frederico, do outro lado do mundo, teve um trabalho árduo durante todo o seu dia e noite e nem pode se preocupar com Júlia, naquele momento. Seus pensamentos se perderam ao ponto de se distrair, por estar muito ocupado.

Depois que Virgílio se sentou perto dela e começou a falar, ela começou a refletir melhor e percebeu que seu pensamento estava vago, não conseguia se concentrar na conversa, porque só pensava em Frederico. 
Virgílio é um homem muito paciente e calmo. É também uma pessoa muito tímida e apesar de ser muito inteligente, não consegue se expor com facilidade, mas com Júlia, ele estava se sentindo muito livre. 
Virgílio é do tipo que passa dias em casa durante as noites com seu pijama, só para ler mais um de seus livros. Ele não dá muita importância para diversões, como seu primo Francesco faz. 
Ele, na verdade, é o oposto de seu primo e tudo que viveu ao lado de Júlia, ele gostou muito... Gostou porque pôde cuidar dela com carinho e por poder ter escapado da noite que Francesco estava lhe oferecendo. Virgílio odeia discoteca, não conseguiria ficar tranquilo, lá dentro. Foi como se Júlia o tivesse salvado de uma aventura desastrosa.


Júlia, desde o momento que o viu, o achou charmoso e sedutor. Ela o olhava sempre naquela reunião e apesar dele ter sempre em seu rosto, aquele óculos que ofuscava um pouco os seus olhos pretos como jabuticaba, ela, mesmo assim, o achava um belo homem. Os óculos, na verdade, o deixava ainda mais sedutor. 
Virgílio tem uma pele morena e cabelos castanhos. Sua altura chega em torno de 1:78 cm e perto de Júlia ele não é tão alto. Olhando bem, eles formariam um belo par.
Formariam, se Júlia conseguisse esquecer um pouco Frederico. Ela o ama e qualquer outro homem, é outro homem, nada mais. 
Virgílio notou que ela estava muito silenciosa e constrangida, então, decidiu ir embora. Ele olhou para fora por um instante, procurando o que dizer e ao olhar novamente para ela falou...


- Júlia, agora que te vejo melhor, eu vou embora, tudo bem? Não quero que pense que estou aproveitando de toda a situação. 
Acho que você deveria repousar mais um pouco e o melhor que tenho a fazer, é ir embora. Se você me permitir, eu poderia te ligar novamente. Você me daria o seu número de telefone?
- Claro! Seria bom poder falar novamente com você. Eu adoraria!
Você está certo, Virgílio, eu estou mesmo com sono, me sinto um pouco enjoada. Tenho que repousar... Vou te dar o meu número e depois você pode me Telefonar. Me chama, tudo bem!
Quando você vai para sua cidade?
- Daqui a dois dias... Tenho dois dias livres à noite e se você aceitar, te levaria ao cinema ou a um restaurante. Bem, você escolhe.
- Eu prefiro ir ao cinema ou poderíamos nos reunir novamente aqui em casa, ou na casa de Francesco e Valentina, seria divertido. Desta vez, prometo não beber.
- Tudo bem, a gente combina quando eu te telefonar. Quero que saiba que adorei muito te conhecer, muito mesmo.
- Eu também... Aliás, eu adorei o seu café e a sua ajuda foi de grande valor, nem sei o que seria de mim, se você não estivesse por perto. Me desculpe pelo escândalo matutino, não esperava encontrar um homem em minha cama, apesar de agora saber que você foi muito carinhoso comigo. 
Quanto ao beijo, eu não sabia o que estava fazendo, foi horrível, estou muito envergonhada!
- Não! O beijo foi tudo! Eu adorei ter te beijado.
- Acho que é melhor você ir, Virgílio... Depois a gente se fala mais. 
- Eu sei. Então, depois a gente se fala... Eu vou ligar. 

Júlia o acompanhou até à porta e ao se olharem, ele a beijou novamente. Foi um leve toque em sua boca, mas ela deixou que ele o fizesse. 
Quando fechou a porta, ela começou a pensar imediatamente em Frederico e novamente se sentiu culpada.  
"Mas, e Frederico? Por que ele durante a noite passada não me procurou? O que Frederico poderia estar fazendo de tão importante, que pela primeira vez se esqueceu de mim?" 

Esta distância que os dois continuam vivenciando, faz com que o relacionamento se misture, entre o bom e o mal, entre o desejo e a indiferença, entre o amor e a ilusão. Mas, dentro de seus corações, existirá sempre uma luta, para que tudo isto possa sempre reviver e um dia se tornar real por ser muito forte, apesar de cada um encontrar pessoas que os façam pensar em desistir.
Júlia tornou a pegar o seu computador e estando mais calma, carinhosamente começou a escrever uma mensagem... Uma mensagem como se fosse uma brincadeira que a fazia sorrir novamente e no final, o que ela escreveu, virou um pequeno poema.
Sem Você
 
Sem você, o que eu posso fazer?
 Sem você, eu não consigo um bem viver!
Eu queria sentir sua pele, teu rosto,
Queria te beijar com gosto!
Sem você, está faltando um pouco de mim,
Porque você faz assim?
Me provoca, mas você vive tão longe...
Parece que vive perto dos monges,
lugar de montanhas e muita neve!
 Eu queria poder me sentir mais leve,
Com seus toques a me perturbar.
Porque ao imaginar,
 Eles me aliviam e me enlouquecem, 
Eu queria te tocar!
 Eles me aliviam e me enlouquecem, 
Mas, de longe, só me jogam para o ar!
Te amo tanto, meu amor!
 Quero poder sentir o seu olhar,
Para esquecer a minha dor
Ao sentir o seu calor!
 De Júlia para Frederico

 
Autora: Aymée Campos Lucas
Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo
capitulo 3
Todos os direitos reservados


Na Introdução do Livro se encontra todos os Capítulos que já estão publicados. Mas, se quiser continuar é só clicar no capitulo 4, aqui mesmo.


Para quem desejar ler o início do meu livro, este é o link:
Introdução de: Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo
 




sábado, 17 de setembro de 2011

Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo. 2

Ele gosta de falar com sua analista porque apesar dela demonstrar frieza, muitas vezes, ela procura ter um dialogo com ele e assim o faz esquecer do tempo quando está, ali, a falar. Para ele cinquenta minutos é pouco e o assunto principal em seus diálogos é quase sempre sobre Júlia e suas frustrações por estar distante dela. 
Frederico por viver distante de Júlia, muitas vezes, mente para ela por receio de deixá-la com ciúmes... Por isto, preferiu dizer que a sua analista é homem... Um homem muito feio. Assim, deixaria Júlia sempre tranquila para que eles possam viver momentos, sem se preocupar com brigas um com o outro. Ele achou melhor assim...

Capítulo 2

E assim, a estória continua...
NO PARTY!
Ela e Eles

- Finalmente, Júlia... Mas, onde você estava que não via o seu telefone fora do gancho? Tem quase uma hora que estou tentando te ligar e não consigo.
- Amor, que saudade! Mas, estes são modos de começar a falar comigo? Não vou ganhar nem um olá carinhoso primeiro, não? Estava com saudades, muitas saudades! 
Hoje, pela manhã, quando sai, deixei o telefone fora do gancho, amor. Só agora percebi isto. Eu cheguei e fui para a cozinha lanchar... Estava com fome.
- Minha fome é só uma... Tenho fome de você!
- Não diz bobagens, você é um comilão! Come sem parar, enquanto fala comigo.
- Só biscoitos. Comida ruim. 
Hoje, eu estava um pouco nervoso, queria falar com você e você não aparecia. Por isso, agora eu estou super nervoso!
- O que houve? Aconteceu algo drástico? Do jeito que você está falando me assusta, sabia?
- Ah, linda, eu estava nervoso porque meu chuveiro estragou ontem e, até agora, nem tomei banho. Um calor da porra horrível que está fazendo aqui, só você vendo!
- Porque não tomou banho frio?
- Eu disse que o chuveiro estragou, entende? Não disse que acabou a luz.
- Ah, agora entendi... O que você fez? Um dia sem banho não mata ninguém!
- Finalmente caiu a ficha. Tenho que ter paciência com você, pois te explicar as coisas leva tempo.
- Engraçadinho... Você está muito chato, não gosto de te ver nervoso. Fala logo o que fez.
- Malabarismo por todo o dia, pra lá e pra cá nesta casa. Ainda bem que estas coisas eu consigo resolver sozinho, porque se tivesse que chamar um técnico, pagaria um saco de dinheiro.
- Você mesmo que instalou? Eu não conseguiria... Parece tão difícil!
- Não, claro que não é difícil, eu vou te ensinar. Eu demorei a comprar, mas instalar foi fácil. Comprei hoje quando voltava do analista. Estava precisando de comprar desde ontem e não conseguia lembrar. Quando saía da consulta, logo de frente eu vi uma loja especializada... Tudo para banheiro. Quando entrei para escolher o chuveiro, fiquei confuso, foi difícil escolher porque tinha variedades e cada um mais perfeito que o outro. Se estivéssemos podendo nos falar com o computador, eu iria te mostrar. Queria que você pudesse ver o chuveiro que eu comprei pensando em você. Quando você vai pegar o seu computador?
- Diz isto sério? Quando você o comprou pensou em mim? 
Deddy, vou pegar o computador amanhã, depois do trabalho.
- Claro que pensei em você! Linda, você precisa ter mais confiança em mim, porque eu não estou brincando. Eu quero você vivendo comigo e o mais rápido possível. Depois eu vou fotografar só para te mostrar. Ele é enorme, muito largo e sai água exageradamente. Tão exagerada que se estivermos em dois debaixo dele, parece que estaremos debaixo de uma cachoeira. Será o nosso paraíso e todas as noites poderemos ir para esta cachoeira e divertirmos um pouco.Você gosta de fazer sexo debaixo de cachoeira, Linda? Neste chuveiro, você se sentiria como se estivesse debaixo de uma linda cachoeira! E eu estaria bem perto, te tocando toda.

 
- Eu adoro banheira! Uma banheira cheia de água quente com sais de banho, muita espuma e gotas de óleo perfumado... Que bom, só de lembrar senti vontade. Deddy, sabe o que vou fazer agora? Eu vou lá no banheiro enquanto falo com você, só para preparar a banheira. Eu vou deixá-la enchendo de água bem quente e depois que nos falarmos, vou mergulhar nela. E' tarde aqui e amanhã é sábado. Vou trabalhar pela manhã, então amor, eu tenho que dormir mais cedo.
- Eu sei disto e fico triste. Eu sempre sei que horas são em Milão... Eu sempre sei porquê aqui em minha casa tenho dois relógios na parede. Um deles vejo as horas daqui e o outro me serve para ver as horas daí e agora em Milão são 23:30 e aqui...
- Ai são 18:30, acertei? 
- Sim, acertou. Aqui é tão cedo ainda e você já quer dormir. Se ao menos tivesse com o computador neste momento perto de você, eu poderia te ver tomando banho nesta banheira... Eu quero ver! Eu preciso ver! Júlia, eu quero te ver toda nua dentro da banheira. Hoje estou precisando disto, preciso demais ver você um pouco. Saber como você faz, eu preciso!
- Amor... Pare de fazer assim! Me dá raiva quando você mostra este seu desespero. Porque não pega logo este avião e vem para cá? Poderia parar de comprar coisas para a nossa sua casa, sabia? Dias atrás, você me mostrou quatro travesseiros que lhe custaram um horror! Deveria parar de pagar um analista e ao invés disto, deveria comprar uma passagem, nem que seja só para um fim de semana. Se você fizesse isto, aí sim poderia fazer tudo que deseja em vez de querer ver. Eu não vou te mostrar nada deste modo assim tão longe.
- Júlia, não faz assim... Eu quero mergulhar aí com você, nem que seja na imaginação! Eu já estou até imaginando como seria...  Eu mergulho e você fica sentada esperando que eu chegue bem perto de você. Eu vou de mergulho!
- Frederico! Comporta-se. A gente não pode falar nada com você, amor! Se falo, você logo pensa em sexo!
- Linda, debaixo do chuveiro é muito bom, mas mergulhar em uma banheira eu nunca experimentei. Eu estou imaginando que deve ser maravilhoso. Acabei de tomar uma decisão. Eu vou voltar naquela loja e vou comprar tudo para reformar o meu banheiro. Vou colocar uma banheira aqui.
Linda, esta sua ideia de pegar um avião para te encontrar, não é nada ruim. Eu vou pensar como fazer e vou ver a passagem. Mas eu não vou conseguir ficar só um fim de semana, seria impossível!
- Amor, eu gosto tanto de você! Eu gosto demais! Se você fizer esta viagem, vai ser maravilhoso porque eu vou poder te ver.
Eu fico contente quando vejo você se preocupar comigo, providenciando coisas que me agradam, coisas que eu gosto. Você quer comprar para poder me agradar. Acho que você pensa que fazendo assim, eu vou sempre me sentir bem ao seu lado e nunca me arrepender de ter mudado toda a minha vida, para estar com você. 
Meu amor, não é hora de consertar banheiro... E' hora de me conhecer. Não aguento mais te ver longe de mim!
- Eu sei... Eu sinto isto e quando vou para perto do mar e olho todo este oceano... Eu me desespero!

Olha só o que eu vou fazer agora para te provocar... Eu vou até ao banheiro, vou ligar a água e você vai escutar o barulho dela como se estivesse sentindo as águas do imenso Oceano.
- Linda, não provoca... Deste jeito eu atravesso o oceano a nado! Faz assim, tem jeito de deixar o telefone dentro do banheiro enquanto você toma banho?
- Sim tem jeito, mas eu não vou tomar banho falando com você.
- Porque não?
- Deddy... Você não iria me deixar em paz! Tem outra coisa também, nós estamos nos falando em telefone e depois quando a conta chegar, será um absurdo.
- Mas, porque você quer paz? Quer paz, vai para o céu! Você perto de mim tem que esquecer que existe esta palavra no dicionário, porque eu não te daria paz por nenhum minuto sequer. 
Não se preocupe com contas. Falar horas com você, não é problema para mim. Dinheiro não é problema.
- Então deveria usá-lo para vir aqui. E não adianta me pedir mais nada! Mude de assunto.
- Eu também vou tomar um banho, agora que instalei o chuveiro. Eu estou todo amarrotado, meu cabelo precisa de ser cortado e por não ter lavado ontem, está todo atrapalhado. Se você pudesse me ver agora, iria se assustar.
- Eu queria ver e sei que não me assustaria. Deddy, eu adoro te ver quando você acorda daquele jeito todo amassado. Eu já te falei isto, esqueceu? Te falei que quando te ver assim perto de mim eu subo em você e te amasso mais ainda, porque isto me excita, e você está falando deste modo, só porque sabe disto.
- Não... Nem me lembrava. Você falou isto para mim?
- Frederico! Eu falei sim.
- Estava brincando linda... Eu me lembro sim e não vejo a hora de você subir em mim. Aí então, eu me viro e deixo você me guiar para onde você quiser. E bem em cima de mim, vou te pedir para dançar com todo o seu corpo, deixando cair a blusa bem devagar...
- Amor, será que eu estaria de blusa do seu lado? Você acha?
- E' mesmo, pensei errado. Mas eu gosto de ver você tirando. Faz assim, nesta hora você veste uma só para eu poder ver você tirar.
- Senhor, mas que fixação! Deddy, a banheira encheu... Eu vou ter de desligar porque aqui...
- Já sei, aí é tarde! Eu vou tomar um banho agora também. Beijos, linda, amanhã eu te ligo.
- Não! Amor, você esqueceu? Amanhã tem computador e quando eu chegar do trabalho vou logo ligar.
- Que bom ouvir isto. Teremos toda a tarde, toda a noite de sábado e o domingo inteiro. Eu vou dormir logo, só para te ver amanhã. Não vejo a hora de dividir tudo que posso com você. Beijos loucos, amor meu!
- Beijos, beijos, mil beijos.

Neste momento, Júlia desliga o telefone toda sorridente. Ela gosta dele demais. Júlia tenta fazer Frederico sossegar este seu modo fugaz de ser, porque pretende que ele cumpra com a sua promessa, podendo ir logo ao seu encontro. Júlia pensa que se continuar fazendo todos os seus caprichos, ele nunca vai cumprir o que prometeu e ainda promete. 
Júlia, muitas vezes, tem um semblante triste. A distancia de entes queridos, a faz se sentir assim muitas vezes, melancólica...  O estar longe de toda a sua família e agora também de Frederico, lhe dói o coração! Quantas vezes ela se trancou em seu quarto para chorar. Júlia é muito sentimentalista e qualquer situação que possa causar a ela grande emoção, ela chora. Em seus olhos descem lágrimas de felicidade ao relembrar, mas a maioria das vezes é por se sentir desamparada, por tudo que um dia viveu e foi interrompido. Júlia amou muito um homem que ela desejava tanto que permanecesse ao seu lado. Um amor que infelizmente teve um fim e que toda a perda a fez amadurecer ao ponto de conseguir administrar a sua vida de uma maneira independente de qualquer sentimento. 


Atualmente Júlia tem vinte e nove anos. São anos de vida que a deixou com mais beleza do que já havia.
Quando Júlia decidiu sair de seu País para viver no exterior, foi porque desejava estar ao lado de uma pessoa, em que ela amou muito e confiou. Um namoro longo no Brasil e um grande crescimento no exterior.
Cresceram e se desenvolveram em um Pais Europeu, Itália e cada conquista do casal, era para ela uma dádiva, um grande presente de Deus, por nunca se sentir perdida e desamparada, conseguindo ver sempre seus pés bem seguros ao chão. Existia uma felicidade que ela jamais poderia imaginar que, um dia, teria um fim doloroso. O Tempo foi cruel... Com o passar do tempo, nada mais deu certo. 
Quantas vezes Júlia chorou por relembrar todo o sacrifício, todas as renuncias que ela teve coragem de fazer, para depois de muitos anos juntos, prometendo amor verdadeiro, acabar se separando por assistir com seus próprios olhos, a ilusão tomando conta deste relacionamento. 
Júlia seguia uma estrada e ao lado existia apenas um fantasma de um ser... Este seu grande amor, procurava seguir uma rota completamente diferente, onde ela jamais poderia entrar.  
O fim é uma palavra cruel para alguém que não espera jamais encontrá-la em sua frente. Ela encontrou este fim e, desde então, Júlia passou a ser somente um ser, onde a solidão a dominou por anos afora. Júlia sofria sozinha, até o dia em que ela passou a gostar desta solidão. A solidão a fez corajosa. Atualmente quando Júlia se sente sozinha, é porque ela quer estar sozinha, pois o tempo, desta vez, foi para ela um amigo. Um amigo que lhe deu paz interior e muitos amigos de pele que lhe aquece a cada dia, amigos em que poderia verdadeiramente confiar. Foram destes amigos que recebeu amparo.
Quando Júlia agora chora, ela chora de saudade de amores que realmente estão vivos em sua vida, Se serão eternos, só o tempo dirá. 
O tempo a curou e com isto Júlia iniciou a sentir necessidade de amar novamente... Sentia um vazio dentro de si que precisava ser completado. Ela se sentia pronto para este novo passo, mas procurava escolher a pessoa certa. Depois da decepção vivida, ela não conseguia acreditar fácil nas promessas feitas e lhe bastava um sorriso um pouco estranho, para ela ter duvidas em alguém que tentasse se aproximar.  Ao observar algumas cenas que vivia, com pessoas que procuravam se envolver com ela, estas a fazia ver que não era o homem justo. 
Ao improviso surgiu em sua vida Frederico. Foi Júlia quem o encontrou, através de seu computador.


Júlia é tão linda! Linda em sua fisionomia destacante e linda em todo seu interior. Quem a olha, jamais daria vinte e nove anos para ela. Aparentemente carrega em si apenas vinte e três anos, no máximo. Seu sorriso faz com que seus amigos se sintam bem perto dela. Em lugares que Júlia vai, se tiver uma criança por perto, esta criança sempre sorri para ela. Ela sempre se pergunta: "Por quê estas crianças sentem vontade de aproximar de mim?"
Ela não consegue entender o quanto é linda, o quanto é doce! Júlia ao se olhar no espelho, vê uma simples mulher, ela se acha tão comum, não consegue ver o que os outros veem. Sem duvidas, ela se destaca em qualquer lugar que vai e seu maior destaque está em seu olhar misterioso e brilhante. Júlia tem a pele branca como a neve, mas seu sangue é tão vermelho, tão quente, tão desejante. Seus cabelos são longos e tem uma mistura de cor que vai desde o castanho claro ao vermelho dando um ligeira impressão de ser ruiva. Sua altura é 1:68 cm e tem um peso muito equilibrado, apesar de sempre achar que esta engordando.
Foi com esta beleza destacante que Frederico não resistiu quando recebeu dela um lindo e-mail. Parecia mais uma carta de amor, do que pequenas apresentações em uma rede social a um estranho. Ela não conseguiu, por nenhum instante, ver Frederico um homem estranho. Era ele! Era Frederico o seu novo amor!
Júlia se apresentou para Frederico, dizendo que ele era o homem justo, o homem que ela estava procurando a muito tempo. Júlia falou tudo que sentia para ele, com uma coragem que jamais teve diante de um outro homem. Talvez, sentiu coragem, por não tê-lo diante de seu rosto, do seu corpo e sim uma foto. Todo aquele seu modo de ser e pensar, a atraiu imensamente. Lá estava Frederico em uma foto ao lado de um cão que parecia abraçar com carinho seu dono. Nesta foto, Frederico estava com um enorme chapéu que lhe dava uma beleza contrastante a tudo que Júlia via na Europa. 
Ao ler o seu perfil, que dizia de ser um homem que perdeu a graça de viver depois de ter perdido o seu pai, ela quis se aproximar e lhe enviou uma musica como se dissesse: "Oi, eu existo, eu estou aqui... Levanta para me olhar vai! Olha para mim só por um instante... Me olha, porque você é tudo que um dia eu desejei..."  
Aquele perfil para Júlia, não era de um homem falso, apesar dela pensar que os homens em geral, tem pequenas manias para driblar um relacionamento ou mesmo uma apresentação. Fazem igual em um campo de futebol... Ela conseguiu perceber que ele procurava se mostrar de um modo sincero. Havia fotos em seu perfil que permitiam ver toda a sua família, ver tudo que ele gostava de fazer para viver bem e uma das coisas que a encantou muito foi ver o quanto ele amava a natureza, os campos, os animais... Gostava das águas de rios e de nadar, gostava de tirar leite de vaca, mas por detrás deste homem, havia também um homem sofrido e desiludido com a vida, por ter visto de perto um modo de viver extremamente cruel, durante o tempo que passou no exército.  

 Uma vez, em suas conversas, Frederico falou para Júlia que depois que um soldado deixa de combater, ao voltar para casa, é muito perigoso para esta pessoa ainda sentir a necessidade de matar, como se depois de tudo, ainda sentisse sede como se fosse uma grande perda ter de abandonar o exército... Era como se tornasse um vicio. Ele viveu muitos anos dentro do exército e agora, é um homem pronto para qualquer combate que existir, para defender o Brasil de inimigos.
Frederico tem em sua casa, armas de todos os tipos. Se tornou um colecionador de armas antigas e modernas e muitas delas, ele mesmo a construiu. Sabe lidar com elas como se fosse um brinquedo. Frederico é capaz até de construir bombas, e foi treinado para todo o tipo de sobrevivência... Ele diz sempre que é uma vida muito sofrida e faz com que a pessoa se torne fria em situações que a vida comum doa para um ser. A frieza faz parte de ensinamentos do exército, mas apesar de tudo que viveu ali dentro, ele tem total satisfação por ter vivido. Ele ainda espera a qualquer momento, ser chamado para atuar em qualquer guerra que existir e em sua jaqueta de exército tem escrito: "Pronto emprego". Fazer parte das tropas da ONU, para ele, foi um grande mérito.
Frederico é capaz de fazer toda a limpeza em um animal para poder embalsamá-lo. Ele conhece todo organismo humano, sabe todos os pontos onde deve atingir um homem para matá-lo e sabe também separar cada parte de um animal e dizer que órgão  seria aquele que poderia estar em suas mãos. 
Frederico é um homem prudente, um homem silencioso, homem de poucas palavras, ele se abre muito com Júlia, mas com outros não, por isso, sentiu necessidade de um analista. Ele é também um homem muito corajoso. Não tem medo de fazer experiências em animais, ele não tem medo de tudo que aprendeu um dia. Foi treinado para agir como aquele personagem dos filmes Rambo, Silvester Stalone. Se tivesse que passar dias em uma selva sozinho procurando sobreviver, ele não teria medo e sairia de lá pronto para mais uma nova descoberta. Frederico não tem medo de lutar, não tem medo da vida, apesar de sempre dizer que a vida é cruel... "Linda, o mundo é cão e a vida é cruel" é assim que ele sempre fala para Júlia.

Quando Júlia enviou para Frederico a sua primeira mensagem, não esperava que ele respondesse. Dias se passaram quando, um dia, ela se preparando para deitar, recebeu dele apenas um "Bom dia, brasileira"... Ele não sabia que naquele instante Júlia estava acordada, talvez, imaginou que já estivesse dormindo. Frederico enviou este recado desejando que ela pudesse ler ao acordar, este "bom dia". Ele queria causar uma grande impressão, porque ele se apaixonou imediatamente por Júlia. 
Júlia estando acordada, viu aquela pequena mensagem e se alegrou demais e  antes mesmo do amanhecer, naquele mesmo instante, o respondeu carinhosamente: " Eu vou dormir agora, aqui é muito tarde, mas ainda não é dia!"
Desde então foram se conhecendo. E agora, sabendo que existe Frederico, Júlia  procura mostrar para ele que não está brincando de amar. Amor para Júlia, é algo muito maior que qualquer outra coisa. E assim, eles se equalizam e se sentem, sem nem mesmo se tocarem... Enormes desejos ao ponto de sentir um abraço, sem nem mesmo existir, por estarem tão longe um do outro.
Júlia vivendo na Itália, fez muitos tipos de trabalhos em que estrangeiros conseguem se introduzir... Um estrangeiro quando vem para o exterior a trabalho, deverá saber que não tem muitas escolhas. Vivendo em Milão, Júlia começou com trabalhos domésticos e com o passar do tempo conheceu pessoas que a ajudou a trabalhar como vendedora em uma repartição de uma grande loja. Uma loja que existe em quase todas capitais da Europa, como Paris, Londres, Barcelona, Lisboa. 


A melhor amiga de Júlia se chama Valentina. Júlia também trabalha com ela e é Valentina que está sempre ao lado de Júlia para tudo que for preciso. São amigas de coração e vivem praticamente vizinhas... O edifício de Júlia é ao lado do edifico de Valentina. 
Valentina Nasceu na Espanha, por isto é uma bela morena. Nasceu em outro País mas desde muito pequena vive em Milão porque sua mãe se casou com um italiano e viveram apenas três anos na Espanha. Ela tem a sua vida independente dos pais, mas não vive sozinha. Junto a ela tem o seu companheiro Francesco que veio da Toscana para cursar uma faculdade e conhecendo Valentina, decidiram viver juntos porque se amam e já pensam em se casar, quando ele terminar os estudos. 
Francesco vai se formar para Veterinário, ele adora animais, principalmente cães. Ele cresceu em fazendas, e em sua região, seu pai, seus tios e avós possuem grandes terras e seu sonho é conseguir ter seu próprio consultório em Milão e se especializar em cuidados para cães. Francesco entende tudo sobre cães. Em seu apartamento tem também Gaia, a sua cadela da raça Dálmata. Para o casal Gaia é como uma filha de tanto carinho que recebe de Francesco e Valentina. 
Quando Valentina se entristece, procura sempre Júlia para desabafar. Júlia tem uma enorme paciência com ela. Valentina se altera muito quando briga com Francesco. Por pequenas coisas ela cria caso, por ser ciumenta. Não consegue aceitar que Francesco faça coisas, onde ela não pode estar presente. Essas pequenas coisas que homens gostam de fazer sem mulheres. Ela não aceita, porque Francesco também não aceita que ela saia sem ele. O único lugar que ele não cria caso, é quando ela vai estar ao lado de Júlia um pouco, assim, toda vez que ele decide sair sem ela, ele logo fala: 
"Vai na casa de Júlia meu dengo, não vou demorar..."
Algumas vezes, ela aceita sem criar caso, pois gosta mesmo de estar ao lado de Júlia, mas quando vê que Francesco não volta logo para casa, ela começa a ligar sem parar e cada ligação, ela demonstra dependência, ira, desilusão, ao ponto de dizer que não o quer mais. Isto acontece por apenas alguns momentos, porque no final de toda a briga, sempre termina com dengo de todo o jeito e Francesco voltando correndo para casa.
Um dia desses, Júlia, estando ao lado Valentina depois de uma ligação, precisou passar horas procurando acalmá-la, dizendo de deixar Francesco respirar um pouco e Valentina não conseguia escutar, só queria ligar para brigar...
"Você prometeu que voltaria logo! Mas que droga de promessa é esta? Você é mesmo um bruto mentiroso... E quer saber mais, não quero mais te ver, nem pense em voltar para casa porque vou trancar com a chave que você não tem, sabia? Desaparece da minha vida e nem quero explicação! Tanto, nem me importo mais se você não vier, não vou sentir sua falta porque de um homem assim, eu quero distância."


Fim de uma chamada e Júlia, tenta mostrar a ela que não deve agir assim, pois cria feridas que não se curam e... Valentina só responde sem pensar:  
"O que me importa se crio feridas, ele já criou um câncer agindo assim... Feridas é pouco perto do que ele está fazendo."
 Passando alguns minutos, depois de refletir e ver que está errando, ela novamente o chama:
"Amorzinho, me desculpe de ter sido grosseira. Eu não queria dizer tudo aquilo, mas senti raiva por estar querendo ficar ao seu lado um pouco... Volta agora para casa! O que? Não vai voltar? Mas você é mesmo um idiota, sabia? Não sei porque perco meu tempo com você... Não desliga! Não desliga! Pronto. Pronto, Francesco? Cretino... Ele desligou na minha cara!
Júlia, com toda a paciência e não sabendo o que fazer ou de que lado deveria estar, procura mostrar todos os tipos de razão, demonstrando que os dois erram e não só Valentina: 
"Vocês não deveriam agir assim, deveriam ter mais paciência porque amar desta forma, acaba tendo um fim."
E depois que Júlia fala com Valentina, usando a palavra "vocês", Valentina se acalma e procura, outra vez, falar com Francesco, mas, desta vez, aceitando o que ele quis fazer e também o que ele quer que ela faça... No final, Francesco sempre vence, pois em vez de criar caso, ele faz silêncio.
"Francesco, meu amor, não quero brigar por pouca coisa, eu estou sendo mesmo estúpida. Não vejo porquê razão você não possa estar um pouco com os seus amigos. Não vou mais me preocupar com isto. Mas, eu estou sentindo muito sua falta, meu amor, tenta não voltar tarde demais porque quero tanto ficar com você e ver um belo filme. Te amo, meu amor e sem você não quero viver!"
E assim, responde Francesco:
- Já estou a caminho, meu dengo! Vou chegar logo, logo... Na verdade, desde a sua primeira chamada, já estava voltando. Estou voltando bem depressa porque estou morrendo de saudades de você, meu amor... Te amo muito também! 
Amor, como está Gaia, você a levou para um passeio?

Sim, Valentina já havia levado Gaia para o seu passeio no parque... 
E' um amor inconstante, um amor que precisa ser amadurecido porque na verdade, os dois formam um lindo casal.
Estes são os melhores amigos de Júlia, depois de Guilherme...


Tem alguém batendo na porta e Júlia vai abrir.
- Eu preciso de açúcar, me socorre, por favor?
- Oi, Guilherme, entra!
- Lá em casa acabou todo o açúcar e Valentina está vindo com Francesco, daqui a pouco, para tomarmos uns drinques antes de sairmos. Por que você está de pijama, já vai dormir?
- Tenho açúcar no armário de cima do lado esquerdo, Vai lá e pega você, Guilherme, pois está no
alto. Eu sempre uso pijama tarde da noite.
- Vem com a gente hoje, Júlia? Nós vamos em uma discoteca famosa, lá em Corso Como.
- Nem adianta me convidar para estas saídas, "No Party," não insista... Você sabe que não gosto e não quero irritar Frederico. Acho que, daqui a pouco, eu vou poder falar com ele. Peguei o meu computador esta tarde e hoje, vou poder vê-lo. Até agora, ele não está online.
- Ah... Esse Frederico. Quando é que você vai  parar com estas ilusões? Passa dias, passa meses e anos e tudo continua igual. Você fica acreditando em uma pessoa que nem vê e nem sabe se é verdadeiro. 
Júlia, você vive em Milão, é uma metrópole que tem tanta diversão no sábado e você em vez de sair conosco, fica sempre em casa a espera de um fantasma. Você sabe o quanto a gente queria poder sair com você... A gente também gosta de ficar perto de você, poxa vida!
- Guilherme, não adianta falar sobre isto, eu já cansei de explicar que eu quero voltar para o Brasil e quero conhecer Frederico. Ele não é uma farsa. Seria impossível ser... Ele também deixa de sair, só para ficar horas comigo a falar. Ele me diverte demais.
- Eu também seria capaz de fazer você se divertir muito. Eu sou capaz de muito mais! Nós somos vizinhos e desde quando te conheci, sempre quis poder ter uma oportunidade de sair com você e não consigo. Se você aceitasse, eu tenho certeza que você não me deixaria mais sozinho.
- Já vem você com este assunto. E desde quando você é um homem só? A cada dia ou semana tem uma garota nova do seu lado. Coitadas... Você as ilude com palavras carinhosas mas não dura nem três ou quatro dias e depois, prefere dar o fora nelas. Eu não entendo isto! Como posso acreditar em você? Como poderia imaginar que comigo, você não faria o mesmo. Eu sou sua amiga, Guilherme... Não tem jeito, a gente tem de ser somente amigos e nem tente estragar isto. 
- Jamais serei um amigo seu! Sou sim um ombro amigo que te deseja para te escutar quando você está chorando, mas saiba que se você me permitisse, de ir mais além já teria te beijado a muito tempo já poderia ter saído como você... Eu te quero para mim Júlia, Eu queria poder te dar carinho, ser seu homem,  poder te ver ao meu lado dormindo comigo e não faria como faço com as outras mulheres. Você sabe que não. Eu só estou com elas, para poder ver o tempo passar sem tanta mágoa... Eu só estou com elas porque não tenho você perto de mim e isto me dói muito existe esta mágoa mas não gosto de demonstrar.
- Você não pode levar nossas conversas para este lado, porque senão eu vou começar a te evitar.
- Você não conseguiria ficar longe de mim, porque sou também o teu anjo protetor e isto, você não pode negar.
- Isto é verdade, você sempre cuida de mim com carinho, principalmente quando estou triste.
Guilherme, porque você trouxe a bebida para cá, em vez de pegar o açúcar e levar para seu apartamento? Vocês marcaram um encontro aqui? Nem me avisaram! Valentina não me falou nada e hoje, pensei que você sairia com Beatrice. 
- Aquela possessiva? Esquece... Já não existe mais. Para mim não existe, mas... 
- Continuo não entendendo. Vocês já não estão mais juntos?


- E' esta a razão, Júlia, eu trouxe tudo para cá porque não posso acender as luzes lá de casa. Tenho até que tomar banho aqui se você permitir. Eu estou puto com muita raiva de Beatrice. Aquela ali, não entende que eu não quero mais nada com ela e está ali em baixo vigiando o meu apartamento, controlando as janelas. 
- Tá brincando comigo, não? Guilherme, que história é esta? Ah, esta eu quero ver, daqui de cima daria para ver o carro dela?... Definitivamente, não consigo te entender. A cinco dias atrás, você falava de Beatrice o tempo todo, falou até que tinha encontrado, desta vez, a mulher certa e hoje me fala isto? Você vai acabar apanhando desta mulher.
- Cinco dias atrás... Agora, a história é outra, não a suporto mais. Você acredita que só porque ficou comigo cinco dias, ela acha que me ama, que  a vida dela é comigo? Disse que não vive sem mim e começou até a fazer projetos para a minha vida, queria mudar a decoração do meu apartamento tirando coisa de macho para colocar cortinas de seda... Tá brincando comigo? Veja só se iria permitir isto? Agora que estou evitando de falar com ela, ficou pior ainda... Ela fica ligando sem parar. Eu tive de trocar o meu numero por causa disto, depois tenho que te dar o numero novo. 
Hoje, quando estava chegando em casa do trabalho, ela estava em pé perto do carro dela e olhava para cima a observar o meu apartamento sem parar. Quando a vi, dei meia volta e fui para o apartamento de Francesco e Valentina e lá de cima, comecei a controlar, mas ela não sai dali. Que merda... Que transtorno!
- Como você conseguiu subir, sem que ela pudesse te ver?
- Nem te conto, que vergonha! Eu usei um vestido de Valentina, com um chapéu daqueles de turistas cor de rosa e entrei.

Neste momento Júlia gargalhava sem parar. Gargalhava de rolar no sofá. Guilherme tem este poder de fazer com que Júlia dê enormes sorrisos pelo seu modo de ser. Guilherme é louco por Júlia e todos os dias, ele arranja um motivo para bater em sua porta. Hoje foi porque precisava de açúcar... Todos os dias, ele precisa de algo para a cozinha. Guilherme odeia ir ao supermercado e quando vai, parece que esquece de parar de comprar. Enche o carro de despesas com guloseimas e o básico nunca compra. Ele sempre pensa que não vai precisar e no final, bate na porta de Júlia para pedir socorro e ela sempre o socorre.
Foi Guilherme que conseguiu um bom trabalho para Júlia e também Valentina. Ele conhece muitas lojas de Milão, conhece vários empreendedores e gerentes e através de um deles, conseguiu com que Júlia e Valentina trabalhassem em uma linda e famosa loja no centro turístico da cidade. Elas trabalham na repartição de cosméticos. Júlia, tem uma coleção enorme de perfumes, por trabalhar nesta repartição, mas o seu predileto continua sendo o primeiro perfume que escolheu, quando chegou para viver aqui. Júlia gosta de um dos perfumes de Cacharrel.
Guilherme é Jornalista e Publicitário. Ele tem estas duas profissões mas preferiu optar em trabalhar com a publicidade, onde criou comerciais televisivos que se tornaram famosos. Ele também cria publicidades para outdoors. Este é o trabalho predileto para ele. 


Guilherme é um homem de trinta e nove anos, alto 1,82 cm, tem sua pele muito clara e é também magro mas malhado. Sua boca é o destaque em seu rosto. Ele tem os lábios finos que se alongam por todo rosto. Sua boca é grande e quando sorri, faz o seu rosto, que tem uma forma um pouco quadrada, ficar fenomenal. Ele adora um jeans em seu corpo, não consegue usar outro tipo de calça. Guilherme é muito esportivo em seu modo de vestir, mas sempre tem sobre sua blusa de malha de cores pastéis, um blaizer para deixá-lo bem mais charmoso. Ele usa em situações informais ou no trabalho, que o faz parecer um executivo mais liberal. 
Um jeans, um blaizer esportivo e camisa de algodão passa a sensação de descontração e liberdade de ação. E assim, é um pouco de Guilherme. Tem tanto ainda para falar de Guilherme... Amigo, vizinho, companheiro de risada e melancolias, que pensa coisas que sente por Júlia, mas não se expõe para ela por não ter coragem. Ele deseja que Júlia possa sentir o mesmo que ele e que não seja preciso falar e sim, quando o olhar ,desejá-lo... Então, ele espera... Espera sempre! Para Guilherme, se isto um dia acontecer, tudo para ele seria contentamento.
Um Guilherme sempre presente na vida de Júlia, mas para Frederico um ser não existente.


Autora: Aymée Campos Lucas
Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo
capitulo 2
Todos os direitos reservados

Na Introdução do Livro se encontra todos os Capítulos que já estão publicados. E se desejar continuar a ler segue aqui o capitulo seguinte:
Capitulo 3


Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o link:
Introdução de: Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo



Olá, Leitores... Bem, o que dizer hoje? 
Diria que o capítulo é grande, mas vale a pena ler porque é divertido. Um texto que criei para dar boa risadas.
Os nomes escolhidos para os personagens são nomes com pronuncia em italiano como Beatrice Ce = Tche Guilherme deveria ter sido Gugliermo Gli = Lhi, mas preferi deixar em português.
O nome Francesco Ces = Tches

São personagens estranhos, parecem loucos, mas se prestarmos atenção em pessoas desta vida, os loucos estão em toda a parte. E, estes que estou criando, não é nada em visto do que já vi por ai. Uma pessoa poderá achar estranho e impossível amar assim ou achar que não existiria alguém assim, mas, desde os tempos antigos, cantores te mostram o que seria o amor no futuro. 
Rita Lee com a frase: A gente faz amor por Telepatia... No chão, no mar na lua, na melodia
Raul seixas com a frase: Enquanto você se esforça para ser, um sujeito normal e fazer tudo igual... Eu do meu lado aprendendo a ser louco, maluco total... Uma loucura real... Controlando a minha maluquez, misturada com a minha lucidez eu vou ficar, ficar com certeza Maluco Beleza... (risos)
Pity diz: Eu vou equalizar você, em uma frequência que só a gente sabe.



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