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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - III

Onde Nasce uma Paixão 

E assim, aconteceu a coisa mais desejada para a minha irmã que, por toda a viagem, desejava somente uma coisa... Desejava beijá-lo!
E que beijo! Não sabia se o beijava, se o olhava, se o abraçava... Os dois se tornaram um somente... E, eu? Eu olhava para um rapaz estranho, na minha frente, sorrindo para mim!
Capítulo 2

E assim, a estória continua...
 A Chegada

Quando desci do ônibus e vi minha irmã correr para os braços de Lucas, seu namorado, me fez sorrir tanto! Senti um arrepio ao ver a sua felicidade. Era contagiante! 
Neste mesmo instante, olhando para uma outra direção havia um rapaz que não parava de olhar para mim! Eu pude perceber que estava com Lucas, e em questão de segundos comecei a pensar em milhões de coisas de uma só vez. Sei que foram segundos porque, momentos seguidos, meu cunhado veio me dizer olá!
E, pensei:
"Mas, quem é este rapaz? Por que não tira o olho de mim? Por que sorri assim tão fervoroso para mim? 
Meu Deus, eu não quero nem conhecer! Acabei de terminar com meu namorado e no mais, ele é feio demais! Não estou pronta para uma nova história... 
Por que meu cunhado veio com este rapaz? Será que está querendo arranjar alguém para mim para que eu não atrapalhe o passeio dos dois? Mas, tinha que ser logo este? Tudo bem que parece jovem, mas nem tem tanto cabelo! Que estranho... Ele é calvo! Meu ex não era assim, meu gosto é completamente diferente... Gosto de homens com cabelos longos, gosto de homens mais fortes, mais alto! E, porquê não para de sorrir para mim, está me deixando completamente envergonhada. Não sei mais o que fazer, que droga, eu não pretendia isto!"
Eu me conheço e sei o quanto exagero nas coisas antes de vivê-las! Eu sou assim, não sei o porquê?

E, ainda pensando:
"Talvez não seja nada do que imagino, talvez, seja somente um amigo que tinha carro para nos buscar na rodoviária. Talvez, seja até casado, ou já existe em sua vida uma namorada! Queira a Deus que sim, porque eu não gostei nem um pouco dele... Mas, porquê meu cunhado fez isto comigo? Ele sabia que eu só queria momentos de paz!
Não Gostei! Não gostei disto! Poxa vida, estas coisas eu gosto de escolher sozinha, odeio que me façam viver coisas que para mim não são bem vindas! Não tinha um outro mais interessante que este não?
Não... Não... Me desculpe, mas com este eu não fico por nada neste mundo! Nada! Eu não estou pronta nem para falar com um homem quanto mais namorar... Não daria certo e mesmo se eu quisesse seria impossível! Este é completamente diferente fisicamente , não faria sentido. Seria como mudar da água para o vinho. Meu ex jamais seria calvo, ele tem cabelos nos ombros e este  que nem sei quem é ... 
Ai, meu Deus, ele está vindo para minha direção! Eu sou obrigada a sorrir para ele, porque ele não quer parar de sorrir... Que vergonha!

Neste momento, me despertei daquele espaço perdido onde milhões de coisas eu pude pensar em segundos, minha mente parecia que estava para explodir de tantos pensamentos exagerados, de tantas perguntas sem respostas. Mas, porquê eu sou assim?


Assim, Lucas vem em minha direção, trazendo seu amigo pelo braço, como se estivesse querendo me entregar um presente.
- Olá, Olívia, fez uma boa viagem?
Antes que eu respondesse, Letícia responde por mim:
- Nossa, Olívia terá muito o que contar desta viagem, vocês irão se divertir com tudo que aconteceu, mas, antes de tudo, por favor teremos que ir imediatamente em um banheiro, meu amor!
- Esperem! Eu queria apresentar o meu grande amigo Júnior!
Reclamou Lucas...
- Olá, Júnior, muito prazer... Desculpe, mas temos de ir ao banheiro, depois a gente se conhece como se deve. Te peço mil desculpas, mas não estou mais aguentando de vontade de fazer um pipi! Vamos, Olívia?
E assim, Letícia me puxou pelo braço e saímos em uma velocidade que não pude nem falar nada!
Ela sabia que eu poderia agir sem pensar e que daria uma resposta juntamente com mil perguntas... Ela viu o meu rosto com uma expressão diferente como de costume. Meu rosto estava demonstrando um nervoso e, ela me conhecendo mais que tudo, antes que eu agisse sem pensar, quis me tirar dali para falar comigo, e assim, fomos ao banheiro. 
Me lembro que a única coisa que fiz foi dar um sorriso completamente sem graça, visto que eu não me sentia bem com aquela situação!


E lá vamos nós para aquele banheiro correndo como duas loucas. Eu querendo falar e Letícia interrompendo: 
- Você viu como ele é lindinho?
Ao entrar no banheiro não havia ninguém, apenas nós duas. Que alívio, pois, assim poderia descarregar a minha ira tranquilamente! Não sei porquê eu comecei a imaginar que Letícia sabia disto tudo, mesmo antes de partirmos, mas não quis me dizer porque saberia que desistiria da viagem, mas ela jurou que não sabia de nada, que  tudo aquilo foi surpresa para ela também.
Então, respondi:
- Lindinho? Ele é horrível, mas porque Lucas inventou de trazer alguém?
- Olívia, ele é lindo! Tudo bem que é muito diferente da pessoa com quem namorou por quatro anos, mas ele é lindo, e mais ainda... Ele é mais bonito que Pedro! Seus olhos não conseguem ver nada mais! Tem apenas uma direção. Eu desejaria poder abri-los minha irmã.
Falou minha irmã daquele jeito como se quisesse me beliscar, acordar...
- Tudo bem , você está certa novamente. Ele é bonito sim, só é diferente, mas é bonito. Mas, eu não quero estar com ninguém, ninguém, entende?E, isto, está me deixando muito nervosa!
Enquanto você estava com Lucas, ele não parou de sorrir para mim! Eu já estava totalmente sem graça.
Respondi preocupada.
- Eu sei que para você, coisas assim, neste momento, é muito difícil de viver, mas tenta ser receptiva, não estrague tudo! Tanto você não precisa ficar com ele, ao ponto de namorar ou beijá-lo. Apenas seja amigo, deixe o tempo te levar e viva o máximo estes momentos. Vamos nos divertir muito, eu tenho certeza!
Lucas disse que iremos para o sítio do pai dele, e lá estaremos por todo o tempo... Longe de tudo, e este Júnior é o melhor amigo dele. 
Quando Lucas viveu no Sul de Minas, por muitos anos, ele fez uma enorme amizade com Júnior e então, ao se mudar para cá, Júnior veio para conhecer o lugar e passar todas as férias com ele. Lucas não esperava, mas ele disse que será muito divertido, porque Júnior é uma pessoa muito alegre!
Ela falou novamente me surpreendendo mais uma vez!
- Nós vamos para um sítio? Mas, eu pensei que estaríamos na casa de seus pais! Minha nossa, esta viagem está se transformando em confusão. Eu pensei que estaríamos na cidade para conhecer tudo, porque dizem que é muito interessante. Por que temos que ir para um sitio? Assim, parece que não será como imaginei!
Falei toda surpresa.
- Este é o seu problema, sabia? Você imagina demais e depois, se não é como imaginou, parece que tudo se transforma em tragédia. E não pode ser assim. A vida é sempre uma caixinha de surpresas, não queira imaginar, porque, amanhã, talvez, nem estaremos mais aqui.
Respondeu Letícia
- Cruzes, Letícia, que horror! Não fale mais assim porque me assusta.
- Olívia, a vida é assim, não tem horror, tudo é surpresa, e a gente tem de viver certas coisas para se alegrar, reviver, aprender. Confessa minha irmã, confessa, vai! Não vai me dizer que não está gostando desta aventura? Está sendo tudo maravilhoso desde a nossa partida, pois apesar de haver tantos transtornos, nós conseguimos superar todos. 
- Maninha, você está certa! Eu nunca vivi algo parecido e, a cada experiência, lá no fundo, eu fico é feliz da vida! Estou sorrindo por dentro!
Será que no sítio tem telefone? Devemos chamar a mamãe e dizer que chegamos salvas! 
- Acho que não, tenho de perguntar a Lucas. Caso não tenha, ligaremos antes de partirmos para o sítio. Lucas disse que vai mostrar um pouco de Cuiabá para nós. Ele disse que aqui tem muita coisa linda para admirar! Mas teremos que partir antes de escurecer, por volta das cinco horas.
- Letícia, eu estou morrendo de vergonha dele... Não me deixe sozinha enquanto eu não me sentir bem com esta situação , tudo bem?
- Te adoro, minha irmã! Eu não faria nada que pudesse te deixar mal!
- Letícia, você sabe qual é o nome dele, pois Júnior é porque herdou o nome do pai dele... Você sabe?
- Não, eu só ouvi Júnior! Olha ai! Este seria um bom motivo para iniciar uma conversa, pergunte a ele. 
Lucas disse que ele é muito brincalhão e que perto dele estaremos sempre dando risadas.
Naquele instante, me acalmei... Já não o via como um monstro e sim como uma pessoa normalíssima... No  mais, já conseguia imaginar que era até bonito!
 
  
Assim, retornamos ao encontro deles, observando de longe, notei que realmente ele era muito bonito! Seu sorriso tinha algo surpreendente. Ele sorria e seus olhos sorriam juntos!
Me aproximei muito envergonhada e disse um oi meio sem graça.E, quando Lucas veio ao meu encontro, me abraçou com o seu jeito carinhoso de ser, dizendo de estar muito contente de nos ver, ali, junto a ele.
Lucas sempre foi muito comunicativo, carinhoso, e divertido. Quem o olhasse junto à minha irmã, poderia pensar que ele era irmão dela, porque haviam alguns traços em comum. Lucas também tinha uma pela morena, olhos escuros e com um cabelo, assim, como se tivesse um corte onde ao passar as mãos se movimentavam. Era um rapaz com uma bela estatura e havia ombros largos, por praticar natação. Natação era o seu esporte favorito. 
Minha irmã alcançava seus ombros, mas formavam um lindo casal. Mas, de todos os seus atrativos o que eu gostava mesmo era do seu sorriso! Quando Lucas sorria transformava a sua face com toda aquela pele sedosa, tudo brilhava quando sorria. A sua alegria era contagiante!
- E a viagem? Letícia falou que aconteceu coisas imprevistas?
Perguntou Lucas
- Sim... tanta coisa aconteceu, sem falar das baratas que surgiram pela janela.
Respondi.
- Baratas? Você está brincando?
- Claro que não! Foi assim...
E, ali, me perdi na conversa contando tudo aos dois que gargalhavam quando falava de todo o meu desespero. Logo em seguida, nos dirigimos para o seu carro e entramos. Tínhamos uma aventura pela frente!
Naquele carro em nenhum momento havia silêncio. Todos queriam falar de uma só vez, estávamos com enormes saudades. Somente Júnior estava, ali, à canto observando e muito calado como se estivesse estudando cada mente. Mais ainda, cada pensamento meu. Sentia isto, pois ele não tirava os olhos de mim.
Neste instante, Lucas o olha pelo retrovisor e diz:
- Ei, Júnior, não vai abrir a boca não?
Ele deu uma risada, assim, meio tímido e respondeu:
- Agora não! Estou conservando para abri-la em um momento bem especial!
"Minha nossa! Mas o que ele quis dizer com uma frase como esta?"
Pensei e ao mesmo tempo lancei uma pergunta daquelas que ninguém poderia esperar:
- E como seria para você um momento especial? Este, não é? Me desculpe, mas, para mim, ele está sendo mais que especial por ser tudo muito diferente.
Enquanto todos riam com a resposta dele eu agi diferente o deixando constrangido e sem resposta por alguns segundos. Era como se quisesse fazer guerra. Não sei porquê agia assim.
Quando Lucas começou a falar novamente, ele me responde:
- Eu também estou achando este momento muito especial, mas creio que haverá outros melhores ainda. Momentos de tirar o fôlego!
" Mas que atrevido! Está parecendo que quando ele fala assim, quer me mostrar que virá ao ataque e que vai me conquistar... Mas quem ele pensa que é?  Acho que está pensando que tudo será muito fácil, mas está amargamente enganado!"
E, assim, vai mais um pouquinho de minha imaginação...
De repente, Letícia quebra o gelo daquele silêncio:
- Eu também concordo com você! Estes dias de férias serão cada dia mais emocionantes. Serão dias e dias melhores que este  que estamos vivendo hoje e quando chegar o final de tudo sentiremos aquela vontade de não nos deixarmos, de tão agradável que será. Eu imagino assim!
- E' verdade! Vai ser bom demais!
Responde Lucas
- Espero que sim. Estou precisando de me divertir. Quero poder me sentir bem, como da muito tempo não me sinto!
Falei sem pensar desta vez.
- Por que? Por que não se sentia bem da muito tempo?
Ele me pergunta.
Neste momento, tentei mudar o assunto, pois não pretendia derramar lágrimas de tristeza e, assim, perguntei em cima da pergunta dele:
- Júnior, qual é o seu nome? Gostaria de saber, porque Júnior, muitas vezes, me dá a impressão de que a pessoa não tem nome... Parece que está faltando algo.
E sorri timidamente o olhando fixo pela primeira vez.
- Augusto... Me chamo Augusto!
Respondeu carinhosamente.
- Nossa, que lindo! Você gosta do seu nome? Eu achei lindo!
Perguntei tentando continuar um dialogo
- Sim. Eu gosto muito, para dizer a verdade, mas poucos me chamam assim.
Respondeu com um olhar que buscava ver alguém do passado.
- Quem em especial?
Perguntei sorrindo.
- A minha avó e minha mãe. Elas só me chamam por Augusto e quando minha mãe está nervosa comigo, sempre diz com um tom de raiva "Augusto Júnior!" Quando ela fala assim pode saber que vem bomba!
Respondeu animado.
Lucas iniciou a gargalhar e falou:
- Cara, não sei como você está inteiro. Porque tenho certeza que sua mãe te joga bombas todos os segundos do dia! 
Todos riram e Júnior tentou concertar mas não teve jeito, pois Lucas o conhecia demais e sabia que era um que fazia o que gostava, quase não escutava a sua mãe! 
Era um que desafiava a tudo e a todos!
"Será que ele vai querer me desafiar?" 
Pensei... 
Parecia que ali estava nascendo uma atração, misturada com desafio e... De mim, uma pitada de não vem que não tem! Mais ou menos assim! Não vem que não tem!  Seria como se já existisse uma guerra dentro de mim, pois ele me atrai quando fala, quando olha, quando sorri... Ele me atrai em tudo, mas... Não vem que não tem!


Lucas começou a mostrar lugares lindos em Cuiabá e notei que era uma Capital bem desenvolvida. Ela tinha um verde que a contornava e isto a deixava rica! Quanto verde, era por toda a parte que passávamos... Tinha uma Avenida que ao passarmos, só se via Bancos de todos os Estados... Somente Bancos e restaurantes e depois de muito ver a cidade, Lucas disse:
- Imagino que a fome deve ter tomado contas de vocês?
- Meu amor eu to morrendo de fome! E queria comer peixe. Queria aquele Pintado que você falou no telefone ao qual comeu. Desde aquele dia eu só penso em provar um!
- Amor eu te dou pintado, descolorido, preto e branco, do jeito que você quiser, porque hoje o dia é todo seu!
Todos riram, pensando maldade!
Ali fomos em um lugar onde poderíamos ver o Rio Cuiabá de perto. Havia um restaurante e um balneário onde muitas pessoas frequentavam e nas águas tinha muitas lanchas que circulavam com jovens a surfar... A lancha os guiavam. Era tudo muito diferente do que havia visto em minha vida e eu admirava cada coisa bela deste lugar.
- O peixe tem um sabor maravilhoso, que delícia!
Falei comendo como uma louca! Eu estava com muita fome porque passamos um dia só comendo merendas. 
- Estava pensando uma coisa... Talvez a gente vai poder visitar a Chapada dos Guimarães. Eu tenho de levar vocês até lá. Vocês precisam de ver, é a imagem mais linda que uma pessoa possa admirar. Ali parece que estamos a voar ao encontro do céu!
- Que lindo vida! Eu quero ir.
- Nos vamos, mas agora chegou a hora de irmos para o sítio, porque a estrada é bem longa!
E assim fizemos. Entramos no carro e partimos para mais uma aventura! 
E ele não tirava o olho de mim! E isto me deixava nervosa! Parecia que se eu desse a atenção que ele queria, ali mesmo me beijaria! 
"Será como seria o seu beijo? Do jeito que me olha, parece que não seria nada mal! Olivia, Olivia, esquece isto agora!" 
Pensei demais, ultrapassei limites da minha imaginação...


Mas, eu tinha motivos. Ele estava sendo muito gentil comigo, até a porta do carro ele abria para que eu entrasse primeiro... Que lindo a sua gentileza! 
"Ai, meu Deus, o que será que está me acontecendo? Parece que estou gostando. E será o que irei encontrar lá? 
Na verdade, eu estava muito ansiosa!"
Ali, eu estava em meu silêncio a imaginar...

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 3

Todos os direitos reservados


Segue capítulo 4 




Daqui a alguns dias, esta estoria terá mais um capitulo do meu livro.  Ainda não acabou a tal aventura!

Para quem desejar ler desde o inicio, Aqui foi onde tudo iniciou:

domingo, 9 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - II

 Onde Nasce uma Paixão

Em vez de curtir bem a viagem, eu estava iniciando a sentir saudades do meu ex, e só conseguia pensar nele. Queria aqueles seus braços, neste momento, para me proteger. Eu queria que ele me engaiolasse de novo para não ver o que estava vendo! 
Era tudo muito assustador para duas jovens em aventuras.
Capítulo 1

E assim, a estória continua...

Me Sentia um Ursinho Triste Desejando Amor...
Queria Calor!

Me sentia um ursinho desprotegido desejando amor!
Mas, o que eu estou pensando? Aquilo, não era amor!  Eu estava, ali, naquela viagem que para mim era tudo uma enorme aventura, que imaginando seria cheia de surpresas e começo a desejar o carinho e a proteção de quem não soube me dar proteção. Muitas vezes, ao pensar, me imagino de estar assim por ter vivido quatro anos de minha vida sem poder viajar, aprender a enfrentar meus medos, meus conflitos e, até mesmo, enfrentar uma viagem como esta de um modo mais receptivo às coisas que nunca fizeram parte de minha vida.
Eu, naquele momento, deveria me alegrar e querer sempre perto de mim pessoas como a minha mãe Helena. Proteções que ela nos doava sempre  fazia com que aprendêssemos crescer, reviver sempre! Ela nos protege de longe. Se ela pudesse, colocaria o mundo em nossas mãos e diria: "Vai que o mundo é seu! Mas... Volte sempre!"  Proteção de minha mãe Helena não nos criava dependência, e sim, experiência!
Naquele momento, despertei dos meus pensamentos quando ouvi minha irmã me chamando:
- Ei, maninha... Olívia!... Olívia!!!
Gritou Letícia.
Eu sou assim... Eu me perco, vou para longe e não volto fácil, só mesmo gritando.
Falei:
- Não precisava me assustar!
- Mas, você não me ouvia! Te chamei calmamente e você parecia no mundo da lua. Posso saber onde estava seus pensamentos?
Perguntou Letícia 
- Nem precisaria te dizer.
Respondi relembrando.
- Quer biscoito recheado?
Pergunta Letícia apontando um pacote para mim.
Minha nossa! A minha irmã não parava de comer! Acho que era ansiedade por saber que estava para encontrar seu namorado. Ela o amava tanto! O amor dos dois era sempre viver aventuras, correr em busca de um Sol maior que já existia em suas vidas!
- Biscoito recheado? Mas, nós não compramos isto!
- E nem maçã! Mas olha só que lindas!
- Como você conseguiu?
- Enquanto você dormia, eu fiz amizades com aquele rapaz, ali, e toda vez que vem falar comigo, me traz um presente.
- E você está aceitando? Você não tem jeito. Você não existe! Mas... Eu não dormi!
- Sim que dormiu! Pelo ao menos era o que estava parecendo quando você estava roncando!
- Roncando? Me diz que é mentira! Se isto for verdade... Ai, meu Deus! Eu não levanto mais desta cadeira para nada de tanta vergonha!
Eu sei que mentiu, eu não ronco.
Falei nervosa.
- Como você sabe se estava dormindo?
- O meu amor falava para mim! Falava que eu dormia como um anjo, sempre serena.
- Quando é que você vai parar de chamá-lo de amor? Penso que já está na hora, não?
- Eu sei! Você está completamente certa.
Minha irmã era assim comigo... Sempre me trazendo para a realidade, sempre me fazendo ver a razão de tudo. Muitas vezes, sentia raiva, eu não queria parar de pensar nele porque cada parte de mim e de meu viver existia Pedro em memoria e, as outras coisas se tornaram apenas outras...

Minha irmã era linda! Nos duas não parecíamos em nada. Havíamos uma personalidade completamente diferente e fisicamente então... Era tudo diferente. Quem nos olhava não poderia dizer nunca que éramos irmãs.
Ela era morena que mais parecia uma cabocla. Lábios grossos mas a boca era pequena. Seus olhos pareciam duas enormes jabuticabas e, também, era um pouco menor do que eu. Seu corpo era perfeito, havia curvas para todos os lados que olhasse...
Eu, me descrevendo, diria... Sou branca, pele muito branca, penso que os lábios era a única coisa mais parecida entre nós, porque os meus também são carnudos e pequenos mas meus olhos são verdes e curvas não se via... Quem me olhasse por detrás poderia imaginar uma tábua de passar roupa, quase não havia volume e sim largura. Os meus quadris são largos, mas havia um charme! Eu também sou linda! Eu sei disto por notar o quanto sou admirada ao passar pelas ruas. Acho que foi por isso que meu ex namorado sentia tanto ciúmes de mim! 
Olha só! Já estou novamente a falar dele, mas quando isto terá um fim?


Neste momento, perguntei:
- Quando será que chegaremos em Uberlândia? 
- Está quase chegando. Disseram que passaremos pela cidade antes de chegarmos à rodoviária. Muitos descerão ali. 
- Uma vez, ouvi dizer que suas ruas foram projetadas como em Brasília.
- Onde você ouviu isto?
- Alguém, uma vez, em um bate papo me falou isto. Ele dizia que a cidade de Uberlândia apresenta claras referências às teorias haussmannianas de urbanização. Mesmo que de forma incompleta ou distorcida, a cidade de Uberlândia reflete os princípios haussmannianos ao propor a “divisão da área em secções, quarteirões, lotes, com avenidas e ruas necessárias para a comunicação rápida e fácil de seus habitantes e para a boa aeração e higiene”. E depois eu andei pesquisando sobre esta teoria e descobri que se chamava assim por ter sido criações de Haussmann.
- Teorias haussmanniana... Haussmann? Senhor, o que é isto?
- Você nunca ouviu  falar de Haussmann?
- Minha irmã, já ouvi algo parecido, mas é um bala.
Assim é que se pode ver a diferença de nós duas... Minha irmã não se preocupava em haver uma enciclopédia na cabeça... Eu, ao invés, se pudesse, a cada dia estaria aprendendo algo diferente. 
Ela queria o sol, eu queria os livros!
-Letícia, a gente estudou sobre isto. Me recordo até das imagens dos livros.
Haussmann nasceu e morreu em Paris. Ele foi advogado, funcionário publico, politico, administrador francês e foi nomeado prefeito de Napoleão III. Ele tinha o titulo de barão.
Ele foi o grande remodelador de Paris, cuidando do planeamento da cidade, durante 17 anos, com a colaboração dos melhores arquitetos e engenheiros de Paris. 
Haussmann planejou uma nova cidade, melhorando os parques parisienses e criando outros, construindo vários edifícios públicos, como o L'Opera. Melhorou também o sistema de distribuição de água e criou a grande rede de esgotos.

 Paris e suas ruas projetadas.

- Olívia, eu realmente não sei o que faria sem você! Você parece um livro aberto!
- Eu também não saberia o que fazer sem você... Eu encho a sua alma de aprendizado, e você traz vida e muito sol para mim!
- Belo o que você disse!
Eu sorri...
Que lindo ao chegar e poder admirar Uberlândia! A descrição era realmente verdadeira, as ruas eram paralelas a outras e então, ao ver as luzes da cidade por ser noite, pareciam que todas estavam em fila... Toda a cidade era assim!
Estava ansiosa para chegar na rodoviária, porque poderíamos provavelmente trocar de lugar. Muitos desceriam ali, mas poderia acontecer de outros entrarem e não ter como poder mudar de lugar. Já estava orando e pedindo a Deus para que isto não acontecesse.
Chegando lá entrou somente um casal, havia então lugares livres... Que alegria que sentimos. Sentamos então, justo perto do rapaz que Letícia fez amizade e assim, passamos a conversar muito com ele. Era um jovem em que os pais viviam em Cuiabá e ele estudava em Minas e, como era período de férias, estava indo ao encontro deles. Ele nos falou que ao chegar em Goiás faríamos baldeação.
- O que é isto? 
Perguntou minha irmã... Mas, desta vez, nem eu sabia o que era.
- Vamos trocar de ônibus, porque a viagem é longa e este não resiste. 
Senti felicidade por isto, pois imaginei que poderíamos entrar em um ônibus melhor que este e disse:
- Espero que seja melhor que este!
- Não espere tanto! Esta empresa é uma das mais econômicas, por isto não nos oferece tanto conforto.
Disse ele.
- Ah, então é por isto que quando paramos são lugares diferentes e estranho?
Falei.
- Estranho? Falamos a verdade... E' um horror! Eu nunca vi igual!
Falou Letícia...
- Como é Goiás? E' belo?
Perguntei.
- Sim, Goiás tem seu encanto... Quando chegarmos lá penso que estará amanhecendo, então, vocês poderão ver o Sol nascer no horizonte, é maravilhoso! Parece que as nuvens se encontram com a  terra!
Depois, pela estrada vão poder ver tantos Cerrados que será uma vegetação típica de locais com as estações climáticas bem definidas (uma época bem chuvosa e outra seca) e regiões de solo de composição arenosa. Tem a sua beleza, por ser um horizonte sem fim!
- Eu desejaria fotografar, mas dentro do ônibus não sei se conseguirei.
Falei.

O Amanhecer

E assim, vimos o amanhecer... Tudo era lindo demais! 
Já havíamos trocado de ônibus... Fizemos a tal da baldeação. Nossa que nome feio! Pensei... Parecia que iríamos entrar em um balde e não em um ônibus. E, na verdade, foi mais ou menos isto, pois o ônibus continuava desagradável, era desconforto total. Nossa sorte era que estaríamos longe do banheiro.
Eu e Letícia sentíamos raiva quando víamos outros ônibus a passar por nós, eles eram sempre grandes, muito diferente!
O calor começou a nos incomodar demais! Eu comecei a sentir mal e queria ficar bem quieta. 
Neste momento fizemos uma parada em um lugar um pouco mais interessante, havia um café da manhã bem gostoso e poderíamos usar o banheiro que era bem limpo. Seria uma parada daquelas longas, onde se quiséssemos tomar um banho antes do café, poderíamos. E assim fizemos...
Que sensação agradável de fresco e o café oferecido daquele lugar estava por demais saboroso! Eu durante toda a noite não havia merendado quase nada... Comi uma maçã e uns biscoitos... Eu sempre ao viajar sentia enjoo que muitas vezes não me deixava apreciar o melhor da viagem, que era conversar, brincar, sorrir!
Depois deste momento sublime que vivi; posso dizer sublime, visto que a maioria das vezes passamos por momentos que não esperávamos; tivemos de novamente partir. 
Dali em diante o que fazíamos era apreciar pela a janela aquele horizonte, plantações de sojas que pareciam infinitas, e muitas Emas no meio de toda a plantação... O motorista parou por pedido de um senhor, porque havia uma Ema próximo da estrada e ele queria fotografar.
Minha irmã tirou fotos de uns jovens que pediram ajuda a ela naquele momento. Esta foi uma das coisas mais agradáveis desta viagem. Poder parar e admirar, respirando aquele ar diferente, mas muito quente!

 
Um calor imenso, como se a respiração não existisse, como se faltasse oxigênio. Pobre empresa, nem um ar condicionado havia naquele ônibus, pobre de nós!
Quando chegou a hora do almoço eu não quis descer, não gostei do lugar. Perdi a fome e não via a hora de chegarmos em Cuiabá. Já tínhamos atravessado grande parte do Goiás. Me recordo bem de uma das cidades que se chamava Mineiros, pois foi esta cidade que destacou mais das outras, tanto pelo tamanho, quanto pelo nome Mineiros dentro de Goiás, em vez de Minas Gerais. 
Eu ali distraída dentro do ônibus olhava minha irmã que comprava coisas. Eu havia avisado a ela de comprar somente coisas fechadas e olhar a validade do produto. Antes dela sair me disse:
- Olivia você não muda mesmo, nem na hora da fome você dá uma trégua! Você quer algum refrigerante ou água?
Eu respondi: 
- Os dois. Bebo água agora e depois mais tarde bebo o refrigerante. 
- Acho melhor você fazer ao contrário, porque refrigerante é melhor gelado! 
E saiu rindo. Ela estava certa desta vez!
- Meu Deus! Ah! Letícia! Ah!
Eu comecei a gritar, gritar sem parar!
Minha irmã veio correndo com o seu amigo para ver o que era... Eu perdi todo o controle do meu corpo e entrei em desespero, quando o ônibus ali parado naquele Sol fortíssimo, começou a sair pela borracha da minha janela, muitas baratas. Isto mesmo, acreditem quem quiser, mas é a pura verdade, eram b a r a t a s... Eram enormes baratas... 
O motorista também veio até a mim e viu o meu desespero, e somente na minha janela que elas surgiram, mais nenhuma havia aquilo.
O motorista as matou com um veneno que havia, pois ele carregava consigo veneno por saber que isto poderia acontecer. Mudamos de lugar....  Naquele momento tive o privilégio de sentar bem mais na frente, mas eu não tive mais sossego... 
O que me fez distrair e esquecer aquela situação agoniante, foi uma bela criança que procurou falar comigo e me acalmar. 
Dizia:
- Olhe lá para fora! Não fique olhando para dentro não! Se você olhar para fora, você não vê coisas feias!
- Mas aqui dentro tem também coisas lindas! Olha só o quanto você é linda!
Falei para ela e ela sorria! 
Por todo o tempo ela estava a olhar para fora e a perguntar para sua mãe: 
- Mãe, falta muito para chegar?
Ela estava agoniada como eu em olhar para toda esta estrada que não tinha fim! Era tudo muito belo, mas sentíamos cansaço de tanto viajar!


Quando chegamos em Cuiabá e descemos daquele ônibus, eu estava com um só pensamento: "Assim, eu não viajo nunca mais!"
E, aconteceu a coisa mais desejada para a minha irmã que por toda a viagem desejava somente uma coisa... Desejava  beijá-lo! 
E que beijo! Não sabia se o beijava, se o olhava, se o abraçava... Os dois se tornaram um somente... E, eu? Eu olhava um rapaz estranho na minha frente sorrindo para mim!

Autora: Aymée Campos Lucas
 Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 2
Todos os direitos reservados

Segue capítulo 3



Para quem quer acompanhar aqui é o inicio:

Esta estória ainda continua... Tanta coisa ainda vai acontecer! 
E' um livro, um romance em que pretendo atingir muitos capítulos. Preferivelmente escrever de 29 a 30 capítulos.
Pesquisas realizadas sobre Haussmann foram retiradas da Wikipedia - Google.it

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - I Introdução


Onde Nasce uma Paixão

O meu namoro acabou! O meu namoro de quatro anos não existia mais. Eu sofri tanto, não sabia mais o que fazer!


Me chamo Olívia, tenho vinte e dois anos e a quatro anos atrás pensei de ter encontrado o amor de minha vida, aquele que não me abandonaria jamais, aquele que os sonhos a cada dia cresciam. Eu era em meio disto tudo uma apaixonada, onde depois de muito conviver, modifiquei o meu modo de ser para agradar aquele homem que dizendo de me amar, preferiu me largar.
Com toda a dor, única pessoa que pôde me acalentar foi minha mãe e irmã, pois os amigos não existiam mais! Eu havia afastado de todos para não causar ciúmes a ele. Ele era ciumento, sim, e isto foi a ruína de meu namoro.
Eu sempre fui por toda a minha juventude uma pessoa muito alegre, viva, receptiva a tudo e todos. Gostava de estar com amigos, ir para as festas que sempre organizávamos e gostava imensamente de dançar... A dança, para mim, era um modo de me comunicar com os meus melhores amigos. O meu corpo dizia o quanto eu era feliz! E atualmente, eu não consigo dançar como antes e isto me entristece porque dançar era tudo para mim, a música era como um alimento!

Quando o conheci não pretendia ter um namorado... Eu estava de férias em um litoral e, juntamente com amigos, o conheci. Ali, era tudo diversão, mas sentia que ele não estava só se divertindo. Ele desejava me conhecer melhor, conhecer meus pais, minha cidade e eu me empolguei com tudo isto que era uma grande novidade para mim, aceitando o envolvimento. Conheci toda a sua família e, depois deste dia, o namoro iniciou ao ponto de durar quatro anos de minha vida. 
Ele me colocava nas nuvens com seus carinhos e quando saíamos, ele usava seus braços como um escudo, como se quisesse me proteger do mundo. Não percebia que aquilo era uma jaula. Ele não me protegia... Ele me impedia de comunicar com o mundo. 
Quando estávamos com os nossos amigos e eu falava sobre algum assunto interessante e divertido que causava risos da parte dos outros; por existir em mim um modo diferente de ser e de ver as coisas da vida; ele mudava a expressão de seu rosto... Ele se transformava e se não parasse de falar, tudo piorava ao ponto de brigarmos quando voltássemos para casa. Este ciúme só existia da parte dele, porque eu o deixava ser como o conheci... Sempre brincalhão e divertido com todos! Eu tive de me silenciar, mas ele permaneceu a mesma pessoa, ele não perdeu a liberdade que eu perdi. Eu não tinha ciúmes, porque sabia que ele cuidava de mim... Seus olhares eram sempre para mim, sua vida era em volta de mim, então, para que sentir ciúmes dele? Não era necessário.


Na minha cidade, a minha estrada se restringiu em ir à escola - casa, casa - escola, e se por algum motivo devesse sair, teria de ser somente com minha mãe ou irmã, nada de amigos, nada de bate papo no telefone, nada, nada! 
Minha mãe era uma pessoa muito caseira, então, eu não tinha muita escolha, eu ficava em casa. Neste período, aprendi a fazer trabalhos manuais como bordar, tricotar  e até cozinhar! Quando não estava com ele, usava meu tempo livre também para ver filmes na televisão. Vivendo assim, eu achava que era feliz! 
Como as coisas podem mudar tanto! Como pude ser tão submissa! E com o tempo, eu me modifiquei a tal ponto que, eu passei a sentir o mesmo ciúmes que ele sentia... Mas havia um motivo. Eu comecei a percebe-lo um pouco distante... Aquele namorado que vinha todos os fins de semanas e não via a hora de chegar, estava arranjando desculpas para não vir ao meu encontro. Eu, ali m minha casa, que não podia me mover e ele, não sei fazendo o que longe de mim. 
O meu ciúmes ultrapassou barreiras, eu comecei perder o controle do meu ser! Quando iniciava a brigar por ciúmes, eu entrava em crise de nervos, me alterava como uma louca! Nada mais era normal... E ele  não suportou ver em mim o mesmo ciúme que ele havia, pois era desse modo o seu comportamento e quando eu deixei de agir como ele desejava,  terminou o namoro.
Para mim não foi nada bom! Sofria demais e minha mãe começou a se preocupar com o meu jeito perdido e silencioso. Ela não sabia como agir comigo, não sabia mais o que fazer, quando nesse mesmo período, minha irmã estava planejando uma viagem para o centro do Brasil... Ela queria ir ao Mato Grosso e nos vivíamos em Minas Gerais.
Minha irmã é quatro anos mais nova que eu e... Se eu era uma pessoa cheia de vida, minha irmã era dez vezes mais que eu. Quanta energia, quanta luz e alegria existente nesta pessoa linda que conseguiu curar tanto a minha dor! Ela conseguiu fazer reviver em mim, um pouco de curiosidade e alegria... Minha irmã Letícia me fez renascer!


Letícia tinha um namorado que ao mesmo tempo era o nosso vizinho e seu pai era um Gerente de Banco, daqueles que se locomovia de um Estado a outro. Depois de viver por anos em nossa cidade, seu pai teve de se transferir para Mato Grosso, onde assumiria o cargo de gerente do Banco do Brasil da cidade de Cárceres, Mato Grosso. 
Tão longe de nossa cidade... Uma situação assim deveria também abalar a minha irmã, por ter este namorado desde quando ele chegou na nossa cidade. Eram dois anos de namoro, mas nem assim ela mudou... Tudo era normal para ela,  e mesmo com a distância, ela iria procurar algum modo de tudo se resolver para se sentir mais feliz do que já estava se sentindo. 
Minha irmã é uma pessoa muito forte, decisiva e realista. Ela encontrava soluções para tudo e não deixava o namorado a dominar, ela o contradizia e nem assim o perdia, ao contrário de mim que tinha medo de contradizer e perdi!
Neste seu período de namoro, me fez relembrar um dia em que minha irmã chegou em casa com o namorado e antes de entrar, ficou a conversar dentro do carro dele quando iniciou a brigar, mas... Isto era normal! Seu namorado Lucas, de repente liga o carro porque ela queria entrar e ele não queria que ela entrasse em casa. Então ele ligou o carro e ela começou a gritar:
- Pare o carro que quero descer. Se você não parar, eu pulo! 
Ele não acreditou e continuou a acelerar o carro quando eu estando lá na calçada de minha casa, vi minha irmã saltando do carro! Não se machucou, por sorte não!
Letícia é assim, se ela diz que vai fazer algo ela faz! Não sei porque ela não tem medo de nada, não tem medo de enfrentar a vida. 
Eu sempre fui muito diferente dela em tudo. Eu era delicada demais e sentia muito medo de enfrentar de frente a vida!
Minha mãe deixou que ela fizesse esta viagem para tão longe e seria eu a acompanhá-la...
Nasceu em mim uma nova vida, ela me mostrou um novo caminho, uma pequena alegria surgia, pois sempre gostei muito de viajar e aquela viagem poderia me trazer novos ares... Era um novo amanhecer para mim que depois de meses em silêncio, comecei a sorrir mas ao mesmo tempo ainda me preocupava, caso o meu ex namorado viesse a saber. Pedro poderia sentir raiva de mim. Que tola... Eu ainda tinha medo de perdê-lo mais do que já havia perdido.
E assim a viagem se concretizou e lá vamos nós duas rumo ao Mato Grosso! Mato Grosso era um Estado distante, que para chegar levaria dois dias.Tudo seria muito divertido e aventuroso! Eu não via a hora deste momento chegar... De poder entrar naquele ônibus que nos levaria para aquela região, onde todos diziam de ser tudo muito diferente de Minas... Onde as estradas seriam retas, somente retas com ricas plantações de soja e no meio das plantações poderíamos ver tantas Emas a passear nas plantações e o horizonte se encontrava com o céu... Diziam que era tudo horizonte, tudo lindo demais e diferente!


 A Partida... 
A viagem tão desejada faria parte da minha vida!

Minha mãe se chama Helena. Que mulher bondosa! Ela nos amava demais e era capaz de fazer tudo que pudesse para nos dar um pouco de felicidade. E ao me ver triste, ela só queria que eu pudesse reviver novamente, queria me ver contente de novo... Em momento algum, ela não se preocupou em brigar com a pessoa que me deixou naquele estado. Ela sabia o que a vida nos poderia oferecer, ela sabia que em nossas vidas existiriam dramas, derrotas, mas sabia também que poderia estar do nosso lado quando algo de ruim viesse ao nosso encontro. Procurava nos proteger, e desta vez, ela sabia que um pouco de energia e luz em minha vida me daria paz! Era como se eu fosse em busca de um auto conhecimento, porque tudo estava apagado em mim.
Eu e Letícia começamos a preparar as bagagens mas esquecemos do principal, comprar as passagens através de uma agência de viagem. Éramos leigas no assunto e o que pensamos foi que nós duas deveríamos ir na rodoviária da Capital de nosso Estado, Minas Gerais. Pensamos que chegando lá encontraríamos fácil as passagens e ao contrário não foi assim...
Saindo de nossa cidade foi tudo muito tranquilo, as bagagens estavam prontas. Não víamos a hora da partida que seria à noite e chegaríamos pela manhã à Belo Horizonte.
Nossa mãe Helena comprou algumas roupas novas para nos alegrar, nos deu um pouco de dinheiro além daquele da passagem e embarcamos. Seria uma viagem longa até a Capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, e lá não haveria ninguém a nos esperar. Quando chegássemos em Belo Horizonte, nem sairíamos da rodoviária. Dali mesmo, procuraríamos uma empresa de ônibus que nos transportasse à Cuiabá.
Pensávamos que seria tudo muito simples, mas ao desembarcar pela manhã e procurar a empresa melhor, descobrimos que deveríamos ter prenotado a viagem. Os ônibus naquele dia já estavam lotados, e assim fomos em busca de uma outra empresa que também iria para o mesmo lugar. Aquele vendedor nos disse que tivemos muita sorte em  conseguirmos encontrar passagens, mas as cadeiras não poderiam ser lado a lado, pois não tinha posto livre com duas poltronas juntas, havia acabado, e se demorássemos mais um pouco não teríamos nem conseguido embarcar, pois o ônibus já estava quase partindo.O vendedor das passagens nos orientou, dizendo que poderíamos conversar com o passageiro e pedir para trocar de lugar com a gente, visto que uma delas seria na frente a pessoa indicada não exitaria em aceitar. E assim fizemos ao entrar.
Antes compramos um pouco de merendas, e entramos. Quanta decepção! Era um ônibus de fazer vergonha. Não conseguíamos imaginar como que uma empresa pudesse oferecer aos seus passageiros, um ônibus como aquele para fazer uma viagem de dois dias...Era Medonho! Era sujo e tinha pouco espaço.
Eu por muito tempo da viagem, não conseguia aceitar de ter errado tanto assim... De não ter me preparado, procurando entender melhor como deveríamos agir. Minha mãe nesta hora não pode nos ajudar porque ela era uma pessoa que não fazia viagens longas, então também era leiga no assunto. 


E assim entramos... Nossas cadeiras como disse, eram distantes uma da outra... Uma sentaria um pouco mais na frente, enquanto a outra sentaria na ultima fila do ônibus, perto do banheiro, que antes de partir já fedia. Que sofrimento para nós duas, porque ao entrarmos, demos o privilégio a um passageiro de sentar na cadeira da frente para que nós duas pudéssemos estar juntas e ele aceitou. 
A cada pessoa que entrava no banheiro parecia que iríamos morrer sufocada. Eu nem conseguia merendar, comecei a sentir nojo do alimento mas minha irmã não perdia o apetite. Nada a afligia... A viagem era longa e minha irmã era muito comunicativa, então chegamos a criar amizade dentro do ônibus, a rir, a nos divertir, para esquecer todo o drama daquela viagem maluca que mais parecia improvisada. 
Tínhamos de atravessar uma grande parte de Minas em direção a Uberaba, Uberlândia, estávamos indo em direção ao Triângulo Mineiro, e tudo era muito lindo... Mas quando chegava os momentos em que o ônibus deveria parar, ele nunca parava junto aos outros ônibus lindos que estavam indo para o mesmo lugar. O motorista desta empresa faziam paradas diferentes que mais parecia um bordel em vez de autogrill.
Eu ali dentro já estava imaginando que o Mato Grosso poderia ser horrível, pois o ônibus nos mostrava cada lugar estranho... Em vez de curtir bem a viagem, eu estava iniciando a sentir saudades do meu ex e só conseguia pensar nele. Queria aqueles seus braços, neste momento, para me proteger. Eu queria que ele me engaiolasse de novo para não ver o que estava vendo! Era tudo muito assustador para duas jovens em grandes aventuras. Poderíamos chamar, na verdade, de uma aventura de louco, pois não sabíamos para onde iríamos certamente, sabíamos que chegaríamos para viver uma Aventura de Louco, daquelas que Todo Mundo Quer um Pouco!

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 1 - Introdução 
Todos os direitos reservados

Segue capitulo 2 



Esta aventura terá continuidade depois de alguns dias, quando as duas irmãs chegarem ao lugar destinado. Elas, depois de conhecer parte de Cuiabá, irão passar dias calorosos e alegres em uma fazenda, cujo o proprietário é o Pai do namorado de Letícia. Ali, sim, será a maior aventura, pois, as duas estarão dentro de uma fazenda onde o Pantanal é próximo! Tudo muito diferente!

Daqui, você poderá seguir todos os outros capítulos desta estória. 
Clique em cada um desses números abaixo para continuar seguindo o meu livro:
"Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco" 




domingo, 2 de janeiro de 2011

O Sol é Cheio de Segredos!



O Sol

O sol surge para todos!
Mas...
Para cada um 
Ele age diferente.
Em cada dia vivido
Um estará sofrendo
Outro estará correndo
Muitos estarão sorrindo
Muitos estão apenas indo...
Aqueles que vão de lugar a outro
São descobridores e peregrinos, 
Tem os observadores e escritores
Os cantores e doutores
Tem criança vendo cores
Pessoas colhendo flores
Muitos são apenas doadores
São tanto os tipo de lutadores
Tentando sobreviver, crescer!
Tudo isto poderá inverter 
O importante é saber sentir, ver!
E aquele que correu 
No amanha será ele o sofredor
Aquele que andou
No amanha será um perdedor
E aquele que sorriu
No amanha encontrara muita dor!

O sol surge para todos!
Não adianta imaginar
Não adianta se enganar
Não adianta querer adivinhar
Cada dia será diferente...
E se todos nesta vida aprenderem
Serão capazes de sobreviver
No novo amanhecer
Com alguma vitoria
Com alguma derrota
Sendo fortes, recebem esta gloria!
Devemos ser um lutador
Mesmo vendo um amanha 
Surgir o Sol que nos alimenta
E ao mesmo tempo causando dor.

Sol redondo, Sol quadrado,
Sol fraco, Sol forte, 
Sol brilhante, Sol Nublado, 
Sol com sombra, Sol molhado
Este Sol que desejamos
Para construirmos o que imaginamos
Construirmos o que Almejamos
Ele vai surgir te fazendo sentir
- Ei vamos! Ei vamos!
Mesmo interrompendo seus sonhos
Não tenha medo!
Este sol é o seu segredo!

Autora: Aymée Campos Lucas 



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