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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XXII

Onde Nasce uma Paixão

- Olivia, Amor, o que está fazendo?
- Estou tomando um banho. Me senti suja e resolvi me lavar e refrescar um pouco. 
- Está tudo bem, parece que ouvi você chorar, posso entrar, amor?
Perguntou carinhoso.
- Não! Não entre, por favor. Eu não chorei... Por que está perguntando isto? Acho que você se enganou ou então sonhou. Vou sair logo, já estou terminando.
- Tudo bem... Então eu vou dar uma volta ali fora enquanto você termina. Vou ver com Lucas o que estão programando. 
Saiu e me deixou do jeito que eu desejava. Mergulhada em minhas dúvidas, afogando os meus desejos!

  E, assim, a estória continua...
Toc... Toc... 
Quem Bate?

Eu queria que a cada instante vivido fosse de alegria, mas não é assim...
Inesperadamente surgem situações que me deixam completamente triste e cheia de indecisões.
Eu chorei tanto! Eu chorei de uma maneira que fazia tempo que não chorava. Agora, observando a banheira, eu acho até que a água aumentou...
Comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte, quando ainda estava mergulhada naquela água que, a cada instante, esfriava. Minha pela estava transformada, cheia de rugas, por passar horas ali dentro.
Ao sair da banheira os meus olhos escureceram por alguns instantes. Tive a sensação que poderia desmaiar, a qualquer momento, mas segundos depois, tudo voltou ao normal... Que estranho! Não precisava nem olhar no espelho para saber que meus olhos estavam completamente inchados.
"Eu não posso me abater, não posso me render aos meus caprichos. Quando eles me dominam, eu me apago por dentro e perco a vontade de estar perto das pessoas. Eu nem queria que Júnior entrasse novamente, neste quarto, queria ficar sozinha e continuar, aqui, debaixo dos lençóis a relembrar o que eu vivi a segundos atrás... Relembrar o beijo dele, que mesmo depois que me lavei, ainda sinto o gosto dele em minha boca. Como era macia a sua boca, como foi bom o seu beijo e se fecho os olhos eu sinto perfeitamente ele perto de mim! Tanto tempo não beijava assim de uma maneira tão desejada!
Não vou continuar me lamentando, não posso! Vou me levantar e cuidar de mim, afinal Júnior vai entrar a qualquer momento e quando me olhar, vai notar. Mas eu sei me camuflar, nestas horas consigo ser bem esperta. Aprendi isto quando namorava Pedro o meu ex. Pedro era muito exigente, observador e autoritário e eu, muitas vezes, conseguia enganá-lo por algo que ele demonstrasse que não gostasse que eu fizesse. Fazia e depois camuflava a situação. Era difícil, mas eu conseguia!  "
Saí debaixo dos lençóis, vesti uma blusa solta para sentir meu corpo livre, me perfumei, passei os meus adoráveis cremes de pele e pouca maquiagem, pois, não seria necessário. 
"Vou ter de esconder meus olhos... Isto é fácil! Coloco os meus óculos escuros, assim ninguém não vai notar nada. Acho que se, por algum momento, fizer amor com Júnior, vou fazer como Indiana Jones em seus filmes... Não tiraria o óculos por nada deste mundo! Indiana Jones era assim, ele fazia loucuras em cenas de ação ao ponto de ficar de cabeça para baixo, mas o seu chapéu não caia, ele não tirava de jeito nenhum. Eu sempre achava aquilo absurdo, ma agora me serviu para fazer igual. Que seja absurdo ou não, é melhor do que ter de explicar o que não tem explicação.


Eu não estou mais me sentido triste e angustiada. Agora estou com muita raiva. Estou com raiva, muita raiva! Perdi toda a vontade de conhecer aquele monte de pedra quente, cheio de mato onde deveria caminhar horas e horas e com o risco de encontrar animais como cobras e sei lá o que mais. E o matagal, então? Faria coçar todo o meu corpo que agora está tão perfumado e sedoso. 
Caminhar sem parar, não é nada bom! Principalmente do lado de júnior que quase não fala... Seria atordoante... Eu não vou! Esta decidido. Daqui eu não saio. Vou inventar qualquer desculpas para continuar aqui neste quarto calorento, que mais parece estar em um incêndio ou perto de um vulcão em erupção. Nada faz a gente se refrescar.
Se ao menos pudesse falar com Juliano durante o trajeto... Talvez assim eu nem ligaria para o sofrimento que eu sei que vou passar, mas agora é inútil desejar isto... Ele não vai mais falar comigo, eu sei que não.
Espero que ninguém possa descobrir o que eu estou pensando sobre este lugar... Talvez seja esta raiva dentro de mim, apenas esta raiva que não passa.
Onde foi parar toda aquela minha apreciação de tudo isto aqui? Sumiu tudo! Isto aqui mais parece vida de índio!
Mas raiva de que? E' óbvio, de mim é claro! Eu errei em pedir para ele sair de vez de perto de mim e agora estou aqui amargurada, abandonada! 
Como sou incoerente!


Estou com pensamentos completamente desgovernados, pensa uma coisa, desejo outra... Quando desejo outra, quero voltar atrás e rejeitar o desejado. Isto é mesmo fora do normal, desse jeito não posso gostar de mim... Estou traindo a mim mesma, como por exemplo, dizer que este lugar é uma cilada cheio de armadilhas. Eu fico me fazendo perguntas do porque de estar no meio de todo este matagal? Porque Lucas nos convidou para um lugar tão provincial? Porque ele não foi morar em uma metrópole?
Em uma metrópole tudo seria diferente... Poderia passear em belos lugares, ver monumentos, esculturas, visitar museus, ir ao cinema, sorveteiras, galerias cheias de pessoas a conversar e apreciar o que tem de belo construído pelo homem, como aqueles enormes prédios que pensando bem é igual a uma floresta, só que as cobras são diferentes... Elas são em forma de gente! 
Comecei agora até a imaginar eu la no alto de um edifício, admirando a paisagem de uma metrópole. Estas coisas faremos aqui, ficar no alto a apreciar natureza... Mas ficar no alto de um enorme edifício deve ser menos desconfortante e la de cima o que vemos é uma evolução e a gente aprecia movimento, carros, luzes, construções e apenas alguns matinhos perdidos em algum lugar... Não faz coçar o corpo da gente!
 

O que é melhor, uma metrópole ou estar em torno a natureza? O que é melhor, gostar de Júnior ou gostar de Juliano? Se escolhesse a metrópole é o mesmo que escolher Júnior, ele poderia me proporcionar isto quando trabalhasse como arquitecto... Eu poderia estudar e me profissionalizar em alguma profissão que me daria prazer e me realizasse. E agora pensando, qual seria a profissão justa? Deixa eu pensar... profissão, profissão, mas qual? Estou me apavorando porque pensando, nem sei o que eu gostaria de ser! Qual profissão eu poderia me adaptar? Advogada? Não esta não. Decoradora? Esta profissão quem quer é Letícia e não eu! Ah já sei, descobri... Vou ser veterinária. Veterinária? Mas se for veterinária, deve ser porque gosto de animais e animais vivem na natureza e se for viver na natureza, então eu viveria melhor se fosse com Juliano. Só que aqui na natureza eu teria que lavar vasilhas do lado de fora, espantar macaco que resolvesse aparecer na propriedade... Ai quanta confusão! Não posso mais pensar, estou criando muita desordem no meu subconscientes.
Vou pensar em outra coisa... Mas porque Júnior não volta logo para me tirar destes pensamentos loucos. 
Olha só, meus olhos já estão melhor! Estou mais bonita agora, depois que parei de chorar estou mais sedutora. Se Júnior se aproximasse  de mim agora não iria resistir.
Este espelho do hotel me deixou mais bonita. Vou escolher um modo de olhar, para quando ele chegar... 


Não, desse jeito não seduz, melhor assim e não esquece de jogar o corpo para frente e as pernas dobradas com se estivesse fazendo um convite... Isto! Deste jeito ele não vai resistir. 
Seduzir é uma arte que se aprende. Eu sempre pensei que sedução são gestos que se aprende com o tempo e uma das coisas que faz a pessoa aprender, é a coragem de se expor, não temer com o que se encontra de frente, caso lhe agrade. Não pode se sentir renegado, somente porque não obteve resposta imediata da outra pessoa. A sedução requer tempo quando encontra de frente uma pessoa muito rígida, decidida, com pensamentos sólidos ou até mesmo se esta pessoa for tímida. Não vai cair em seus encantos logo de primeira. A insistência consiste na arte de seduzir, procurando sempre atingir o seu objectivo, mesmo que seja a longo prazo mas não porque a pessoa vai mudar de opinião e sim porque esta outra pessoa já demonstrou interesse de alguma forma e um esperto em sedução consegue perceber isto e vai com toda calma até a outra não resistir mais aos seus encantos.


Eu queria mesmo era mostrar este meu aprendizado para Juliano. Juliano sabe seduzir, ele aprendeu muito bem. Não sei como aprendeu ser assim aqui neste lugar, onde só se vê bichos em volta dele. Aquele seu modo de caminhar é muito sedutor! Ele não me deixava sozinha por nenhum instante. Por todo o tempo pude perceber que estávamos lado a lado, como um verdadeiro casal e o modo de olhar dele é diferente... Ele me olha fixo me deixando constrangida, parece que me desnuda, me fazendo sentir de estar pelada pelas ruas da cidade. Para mim, este é um dos maiores poderes de sedução.
Eu acho que também consegui chamar a sua atenção no meu modo de seduzir... Este meu modo de caminhar parecendo que estou flutuando como uma borboleta em um campo cheio de flores. Na verdade é ele que me faz sentir assim tão leve.


Eu também sei olhar profundamente e pude observar que ele se desconserta um pouco quando esta ao meu lado. Posso até ter tido este poder sobre ele, mas não posso negar o quanto ele teve este poder sobre mim... Aquele seu jeito de escutar atento a tudo que falo, dando importância para cada palavra dita, isto é um modo de seduzir uma mulher. Quando um homem escuta é uma demonstração de carinho e dedicação para com ela e ele respondia a tudo que falava, havia participação. Sua voz tem um tom rouco e as palavras não escorriam como se fosse uma melodia, todas elas tinham um modo forte no final, como um ponto final. A voz dele é  uma voz rouca e decidida.
O cheiro... Nossa! O cheiro dele é extremamente sedutor. Quando me aproximei dele, não sentia mais vontade de soltar, eu respirava forte para sentir seu cheiro."
Pensava e suspirava...
"Ai, ai... depois deste desabafo comigo mesma, já me sinto bem mais aliviada. Agora nada de pensamentos. Estou precisando me organizar e colocar em primeiro plano o que programamos para fazer nesta viagem. 
E minha Irmã? Esqueci de minha irmã! Preciso ver como ela esta... Júnior não retorna, disse que voltava logo e ainda não voltou, será o que ele anda fazendo? Vou me vestir e vou ver o que esta acontecendo. Não se pode isolar de todos assim... Depois de todo este tempo estou sentindo muita fome."


"Toc... Toc..."
Senti um toque na porta que interrompeu meus pensamentos. Era Júnior que antes de entrar deu um sinal como se dissesse: "Amor cheguei!"
- Finalmente! Mas o que você tanto fazia lá fora?
Foi assim que o recebi, fazendo a pose que havia programado de fazer quando ele entrasse.
- Eu estava com Lucas e Letícia na piscina do hotel. Amor lá tem binóculo e a gente consegue ver a Chapada!
- Verdade? Eu quero ver...
Quanta hipocrisia, sentia vergonha de mim mesma. Tentei mudar o assunto para não me sentir mais envergonhada ainda.
- Letícia está melhor amor?
- Sim... Me pediu para te chamar, logo vamos comer alguma coisa ou almoçar aqui mesmo no restaurante. Depois se tudo der certo, iremos visitar o mirante, foi isto que Lucas decidiu. Mas porque você está assim só de blusa e calcinha?
"De que adiantou fazer toda esta pose se ele não conseguiu entender nada. Realmente este homem não consegue me entender se eu não falo. Meus gesto são ignorados... Júnior não vê o que sinto, o que quero, desejaria tanto que ele sozinho percebesse coisas que deixo no ar como se fosse um pedido de carinho."
Então um pouco chateada, respondi fria:
- Eu quis estar assim, apenas porque queria me sentir relaxada, mas vou me vestir agora, quero ver Letícia.
E enquanto me vestia ele falou:
- Amor, Juliano não está no hotel, deixou a chave do seu carro na recepção caso precisássemos, falando que deveria ir a um sítio aqui perto. Lucas falou que ele alugou um cavalo para poder ir neste sítio e que voltaria mais tarde. Disse a Lucas de irmos ao mirante que era um lugar onde qualquer turista tem acesso com mais facilidade.


- Que estranho... Esta viagem não está me agradando. As coisas não estão funcionando como deveria. Será porque ele resolveu fazer isto?
Perguntei mostrando que não me agradava que Juliano se distanciasse de todos.
- Isto o que? Hum que linda ficou vestida assim...
Perguntou Júnior sem entender a que me referia, aproveitando para me elogiar.
Sorri carinhosa par ele e respondi a sua pergunta.
- Esta coisa que Juliano fez, de afastar de todos nós. Viemos de tão longe para aventurarmos a todo instante e ele sai assim ao improviso, nos deixando presa aqui neste hotel quente. Teríamos a tarde inteira para iniciarmos o passeio... Letícia deve ter melhorado, poderíamos sair.
- Já que estamos sem poder sair que tal eu retirar este vestido... Você assim deitada está me provocando demais. Parece uma deliciosa torta de morango feita só para que eu provasse, um bouquet de flores para que eu possa cheirar... Uma linda mulher para respirar no meu ouvido e dizer palavras sem nexo. Te adoro sabia?


"Quando ele faz assim... Ai, quando ele faz assim, eu perco toda a minha razão. Quando ele fica carinhoso eu gosto dele... Não gosto quando faz silêncio sem fim e ao mesmo tempo parece estar a milhas de distância.
Muitas vezes penso que ele sente falta da sua ex namorada e é por isto que se cala, como se estivesse fazendo alguma coisa que não deveria estar fazendo.
Eu gosto de tocá-lo e olhar seu sorriso quando está me provocando... Ele é uma outra pessoa quando faz assim. Eu o sinto bem perto de mim."
Pela primeira vez curtimos juntos aquele quarto de hotel que antes só serviu para estarmos afastados. Não quis falar nenhuma palavra, nenhuma frase... Queria analisar o que estava sentindo, aproveitando aqueles momentos que estavam se tornando raros. 
Eram momentos raros porque eu estou começando a me entender. Estou descobrindo que não amo Júnior, mas estou atraída por ele  em certas situações. 
Eu me excito, eu sinto muito prazer com seus toques por todas as partes de meu corpo, gosto do seu beijo possessivo, gosto do seu olhar, gosto de sentir o calor de seu corpo em mim... Tudo isto me faz sentir vontade de continuar este relacionamento. Mas quando tudo isto acaba, quando estes momentos quentes chegam a um fim, vendo todo seu corpo tremer em mim, eu não sinto aquele fogo contínuo, perco o interesse e o que vem a existir é só uma sensação de alívio porque meu corpo pedia para ser aliviado. 
O seu silêncio muitas vezes demonstra ser indiferente a tudo, parecendo uma pessoa individualista. E' como se ele não compreendesse que eu também sinto desejos que ultrapassavam as paredes de um quarto. Júnior não demonstra tanta criatividade, não cria situações agradáveis para me fazer contente... Por todo este tempo, foram raras as vezes que isto aconteceu e eu me incomodo com isto. No inicio senti muita atenção da parte dele, me escutava tanto, mas com o passar do tempo, parece que ele se sentiu totalmente seguro como se não precisasse de continuar a me conquistar. Estou percebendo isto mas não falo, não quero reclamar porque sei que é muito cedo para me lamentar do que ele faz ou não faz e logo terá um fim tudo isto que estou vivendo... Logo estaremos de volta à minha cidade e por mais que ele fale que quer continuar, tem horas que não acredito que possa continuar, mas ao mesmo tempo por ser teimosa e curiosa quero ver como será a minha vida distante dele, quero ver se ele vai mesmo fazer o que prometeu e se eu sentirei falta dele. Por tudo que venho sentindo eu não creio que sentirei falta dele... Eu só sei que é muito pouco tempo vivido para estarmos assim tão frios um com o outro.
Agora que estou pensando em tudo isto, estou preferindo esperar este fim de viagem chegar sem falar nada.
Antes eu não entendia isto, eu não gostava de suas atitudes, mas não percebia que me incomodava tanto. Muitas vezes ao pensar achei que poderia mudar este seu comportamento o fazendo ser diferente mas... Ninguém muda ninguém. 
O que mudou foi perceber que Júnior está me servindo somente para resolver uma questão que estava paralisada da tempo em mim. Uma questão que eu sentia necessidade por ter experimentado um dia... Júnior estava me servindo para o sexo e com ele eu encontrei uma grande sintonia depois que me deixei levar sem nenhuma preocupação.
Eu sei como nós mulheres somos... Uma mulher poderá ficar tempo sem conhecer o sexo, mas depois que conhece não consegue mais ficar sem praticar e nada como um belo corpo para nos dar esta satisfação! Em Júnior não faltava todos estes atributos... Ele está me servindo para isto! São poucas as coisas que me agrada nele quando se trata de comportamento. Não estou conseguindo sentir prazer de estar perto dele a todo instante. Sempre quero estar no meio das pessoas quando estou com ele, porque não consigo ficar abraçando, tocando como qualquer outro casal normal. Eu só quero fazer estas coisas para chegar a um fim... Quero estar a sós com ele somente para um fim... E que fim!
Eu venho percebendo isto em mim, mas quando o olho eu sinto que da parte dele esta sendo igual. Ele não demonstra tão interessado! Ele fala uma coisa mas ao agir demonstra outra. 
Vai entender os homens... E muito difícil entendê-los. Quando lembro das palavras de Juliano, me faz pensar que ele estava certo. Não quis admitir mas ele estava certo ao dizer que eu não estava amando... Ele disse também que nem Júnior estava. Juliano estava certo sim, mas eu não quis admitir isto para ele."
Neste momento Júnior falou... Quebrou o silêncio que permanecia, ali, depois que fizemos amor. Sempre o mesmo silêncio que vem me incomodando. Ficamos por tanto tempo abraçados um ao outro mas cada um distante com seus pensamentos em outro lugar.


- Estou sentindo vontade tomar um banho, estou muito suado. Me espera um pouco, amor?
- Claro que espero!
Me beijou e saiu sorrindo... Enquanto ele tomava seu banho fiquei por perto procurando conversar um pouco com ele, mas o assunto era Juliano.
- Será porque Juliano resolveu fazer isto?
- Isto o quê? Do quê está falando?
Perguntou Júnior enquanto tomava o seu banho.
- Esta coisa de afastar de todos nós. Viemos aqui para aventurarmos a todo instante e ele sai assim ao improviso sem nem avisar... Você não acha estranho?
Perguntei.
- Para mim, isto não é tão ruim, tanto não gosto mesmo dele. Eu sei que Lucas por não entender este seu comportamento, passaram um bom tempo a conversar, mas não sei o que os dois falaram.
- Pensando bem é tão fácil saber o porquê... Mas vocês homens não sabem analisar bem as coisas. 
Ele apenas aproveitou este intervalo onde não  poderíamos fazer o que programamos para fazer o que bem gosta! Letícia se sentiu mal, teríamos que ficar aqui e ele por conhecer todos desta região, principalmente mulheres, aproveitou para visitar uma delas, assim mataria a saudade. Lucas repetiu, várias vezes, que na vida dele existe uma coleção  delas, talvez, aqui na Chapada tenha uma delas... Talvez, a de numero cinquenta. Para dizer a verdade ele nem deve chamá-las pelo nome para não errar, deve chamar por numeração.
Falei ironicamente e sorria enraivecida.
- Ele não é este super homem, não, amor. Mas, meu amor, quando você menciona sobre Juliano, eu já notei que você se irrita.
Falou Júnior o que sentiu sem nem me olhar. Havia percebido esta minha irritação com o tom de minha voz. Assim respondi:
- Claro que me irrito, você está mais do que certo! Me irrito porque cai do meu conceito quando vejo homens promíscuos do tipo bandeirantes.
- Bandeirantes? Onde você ouviu isto?
- Sim, amor, bandeirantes... Você  nunca ouviu falar? Bandeirantes são homens do tipo que explora uma mulher, aqui, outra ,ali e, assim, vai deixando suas marcas registradas em cada cidade vizinha onde possa existir uma mulher para ser explorada causando destruição no coração de cada uma delas por se fazer de fiel. No explorar, retiram delas a sua alma, tudo que possui  e as deixam vazias e iludidas.


Ao sair do banho se vestiu rapidamente e me olhava sorrindo quando disse:
- Amor, sabe que eu acho muito curioso o modo em que você vê as coisas? Esta sua ideia de comparar algo por um fato existente diferente da situação que estamos vivendo é realmente muito curioso! Eu acho engraçado e também muito inteligente.
Falou me elogiando, mas raramente existe isto entre nós dois.
O olhei satisfeita sabendo que esta ideia não partiu de mim. Preferi deixar ele pensar que a ideia era minha. Nada melhor que roubar a ideia de outro e deixar ele pensando que era minha. Ele jamais descobriria que foi Juliano quem pensou assim porque sei que Júnior não teria muito contato com ele para descobrir isto. 
Comecei a pensar...
"Isto é tão normal, todo mundo rouba ideias que vão surgindo por ai, é assim que aprendemos para podermos nos desenvolver cada vez mais. Eu acho que não estou errada em esconder, afinal, é tão bom receber méritos com facilidade. O problema seria se depois de utilizá-la  não soubesse continuar a desenvolvê-la de um modo meu. Afinal, a criatividade não é para todos. Eu sei que muitas pessoas não conseguem ser criativos.
Na verdade, eu não penso assim... Posso até ter de esconder, para que ele não saiba de onde partiu esta ideia, porque sei que causaria rivalidade e brigas, mas se fosse em outra situação eu não me exitaria  em dizer de quem aprendi isto, quem me mostrou este modo de pensar, quem que me fez refletir e fazer nascer uma nova ideia em meus pensamentos, podendo criar uma outra coisa colegada ao que tinha aprendido, por ter visto o que vi de alguém capaz e inteligente.
Esta é mais uma coisa em que aprendi de minha mãe Helena. Ela dizia: "aprender de alguém para criar é uma coisa... Copiar e omitir de onde surgiu aqueles pensamentos é outra coisa muito diferente. Se você sempre agir assim, jamais irá aprender minha filha!"
Ela falava, assim, quando na escola deveria fazer tarefas de historia onde eu sempre tive muitas dificuldades de concentração e aprendizado. Preferia pegar uma enciclopédia e copiar da maneira que encontrava, sem mostrar o meu modo de pensar, e minha mãe achava isto completamente errado, porque, no final, eu assinava dizendo de ser minha aquela criatividade. 
Minha mãe dizia que o engano nos leva ao mau. E, agora, que estou relembrando isto, estou sentindo muita vontade de falar para Júnior que foi Juliano quem falou. Eu vou falar porque não consigo errar."
Continuei a falar revelando quem foi que me disse isto e ao mesmo tempo fiz uma pergunta para que ele não pudesse se irritar:
- Amor, esta história de bandeirantes não foi criatividade minha. Eu ouvi isto de Juliano. E você, amor? Por um acaso, você, algum dia de sua vida, já se sentiu um bandeirante ou sempre foi do tipo que dá valor a uma única mulher?
- Juliano que falou isto? Por que ele iria falar isto para você? Quando ele falou isto?
- Amor, isto não importa!
- Claro que importa! Olha só o que ele está te fazendo pensar! Você está me perguntando se sou um deles, pois fique sabendo que não sou um desses bandeirantes. Jamais seria um homem deste em que você classificou. Hora nenhuma, eu ouvi ele falar isto perto de nós dois, por isto, queria saber quando vocês se falaram.
Falou muito irritado, mas sei que ele mentiu... Neste momento, pude perceber que Júnior mente. Mentiu, porque dias atrás Lucas havia mostrado que Júnior não é do tipo que está sempre quieto em um só lugar. Disse que viaja muito, e, a cada lugar em que conhecia, encontrava uma mulher diferente para se aventurar. Um fogo de palha como disse Lucas. 
O olhei e então respondi:
- Juliano falou isto quando estive na piscina enquanto você dormia. Ele estava falando deste lugar, explicando que aqui existiu muitos bandeirantes e que roubaram todo o ouro destas terras e depois, falou que existem muitos homens que são assim com as mulheres. Retiram tudo de bom que possa existir nelas e, se vão, sem dar explicação e isto é verdadeiro, por isto que agora comecei a pensar. 
Eu só te fiz uma pergunta, não estou te acusando e não me importaria de saber de você se um dia você foi assim, porque as pessoas mudam quando conseguem ver que estão errando.


- Eu não entendo você! como você pode dar ouvidos a uma pessoa ao ponto de imaginar que eu possa ser assim. Principalmente vindo de Juliano que é uma pessoa que eu não confio e sinto que ele faz assim para nos afastar.
O abracei naquele momento para não brigarmos... Eu não queria brigar com ele, seria inútil criar briga por pouca coisa. O abracei para poder demonstrar a ele que não queria ser tratada como uma mulher qualquer, não desejaria ser um fogo de palha para ele, mas existe uma frieza. Eu sinto da parte dele em tantas coisas que às vezes me faz pensar de ser mais uma.
Me pergunto sempre porque Júnior é assim tão inseguro. Eu me sinto, às vezes, muito mais forte do que ele e esta sua insegurança o faz ser uma pessoa fria. Durante a viagem ele não falava com ninguém. Estava ali do meu lado sempre calado e quando chegou, aqui, dormiu... Poderíamos ter falado de tantos assuntos para podermos nos conhecer cada vez mais, mas, em vez, não me dá esta oportunidade. Eu sempre procurei aceitar este seu modo de ser, mas agora percebi que entre nós dois está surgindo mentiras. Vejo que é hora de verificar bem estes sentimentos para vermos o que tem dentro de nós, o que estaria prejudicando esta nossa solida união. Não adiantaria insistir em continuar algo levando totalmente a sério. Estamos errando e se erra, em momentos como estes, é porque estes sentimentos não seriam assim tão fortes. 
O olhei e falei:
- Vamos lá fora, quero ver Letícia e também estou com fome.
"Toc... Toc..."
Quando estávamos prontos para sair, alguém bate na porta e, quando Júnior foi abrir, uma pessoa entrega algumas flores... Lindas flores! 


Havia uma mensagem, mas não havia assinatura: "Pedidos de desculpas!"
E, agora, como explicaria isto? Joguei as flores na cama e o puxei para sairmos dali.
- De quem é? Quem está pedindo desculpas?
- Não faço ideia, não deve ser para nós, devem ter errado de porta, mas, deixa as flores ai porque elas são bonitas! Eu não vou devolver. 
- Amor, não foi erro, o rapaz falou que eram flores para Olivia!
- Amor, depois nos falamos sobre isto. Eu, agora, quero muito ver minha irmã.
Falei tentando ignorar aquela situação.
- Não, eu quero falar agora.
Respondeu rude.
- Se alguém me enviou flores, eu não tenho ideia de quem seja, mas única pessoa que me conhece, aqui, além você é Lucas e Juliano e se não foi você, então, foi Juliano porque Lucas jamais me enviaria flores. Agora, o motivo não faço ideia. 
- Eu sim... ele quer te conquistar, sempre quis.
Respondeu completamente enraivecido.
Ao sairmos fomos direto para a piscina onde estaria Lucas e Letícia. Estávamos de mãos dadas e Júnior demonstrando raiva em seu rosto por todo o tempo. Deve ser porque eu não queria ficar ali dentro daquele quarto como ele queria, para podermos conversar. Vivo querendo conversar com ele, mas sobre este assunto, não! Este assunto é só meu!


Aquelas flores para mim representava um enorme jardim, representava a natureza deste lugar e toda a sua vida aqui. Eu me sentia dentro de um campo florido. Eu não pude apreciá-la da maneira que desejava porque havia Júnior ao meu lado... Eu queria, mas não poderia magoá-lo.
- Até que enfim, Olivia, você apareceu! O que estava fazendo para sumir deste jeito? 
Perguntou Letícia toda eufórica.
- Eu me distrai na banheira do quarto de hotel por tanto tempo. Sempre te falei o quanto eu adoro tomar banho de banheira e quando vi uma bem aqui no hotel, eu mergulhei por horas nela. 
Respondi e ela mostrando decepção falou:
- Santo Deus, Olivia! O hotel nos oferecendo uma piscina como esta e você vai para dentro de uma banheira para se refrescar?
- Eu gosto de banheira muito mais que uma piscina, aliás, eu odeio piscina porque não confio na limpeza e nem nas pessoas, que ao entrar podem urinar. Muitos não respeitam. Como você por exemplo... Poderia me explicar o que você está fazendo dentro da piscina? Poucas horas antes, você anunciou para todos o que estava acontecendo com você e, agora, o que as pessoas irão pensar? Não tem lógica você ai dentro.
Falei recriminando.
- Ai, Olivia, você como sempre querendo que tudo seja correto e perfeito. Agora, me diz, você acha que eu não vou aproveitar tudo que este hotel tem a oferecer? Este lugar custa muito! Eu não vou pagar para não usufruir, seria como um crime!
Justificou Letícia. 
- Não diga bobagens porque do seu bolso não está saindo nenhum centavo. 
Respondi energicamente.
- Em vez de você ficar recriminando porque não entra aqui e aproveita?
Falou Letícia.
- Não, eu não quero entrar, acabei de tomar banho, vou ficar aqui.
Respondi  enquanto olhava Júnior que falava com Lucas. Estava ainda com o rosto estranho, talvez, estivesse contando sobre as flores. Letícia também notou e falou:
- Porque Júnior está triste? 
- Quando estávamos vindo para cá, alguém bateu na porta para entregar algumas flores e havia um bilhete com um pedido de desculpas sem assinatura. Deveria ser de Juliano, fiquei sabendo que ele teve de sair, Júnior me falou.
Depois de comentar, Letícia falou o que estava acontecendo:
- Ele não vai voltar, Olivia, Juliano teve que ir embora, mas o motivo eu não sei porque Lucas não quis dizer. Pensei que iria apenas em um sitio das redondezas e, em vez, não. Ele deixou o carro com Lucas e pegou um ônibus para Cuiabá. Não poderemos continuar com o passeio. Programamos tanto, mas deu tudo errado. Eu me sentindo mal,estando assim com tanta cólica e, agora, Juliano tendo de ir embora, o jeito seria mudar os planos... Aqui, poderemos ver pouca coisa. 
Estávamos esperando vocês para decidirmos o que fazer. Eu falei com Lucas que poderíamos ir à Cuiabá e, ficarmos lá, por um dia. Lucas disse que tem muita coisa linda para vermos lá. 
E então, o que você acha de sairmos do mato e irmos para uma capital? Os hotéis de Cuiabá custam menos. Hoje, estaremos aqui porque já pagamos e amanha bem cedo, iremos.
Falou Letícia explicando para mim uma coisa que me deixou realmente triste. Respondi sem querer falar muito, porque saber que Juliano não estaria mais perto de mim, me deixava muito triste. Talvez, ele nunca mais vai se aproximar de mim por ter feito este pedido para ele.
- Sim, seria interessante conhecer bem Cuiabá. 
Me aproximei de Júnior e pedi que comprasse um refrigerante, estava com muita sede e ele também. Todos queriam beber alguma coisa e Lucas então foi junto com ele para pegar cervejas também.
Depois, me sentei em uma cadeira para pensar, fingindo de estar olhando a paisagem com o binóculo . Aquele binóculo só me fazia lembrar uma coisa... Lembrar de Juliano!
 

Naquele instante, estava no mundo da lua, não conseguia pensar em mais nada e qualquer pessoa que falasse iria falar sozinha. Não parava de pensar em que Juliano havia feito. 
"Que lindas flores! Que lindo gesto! Nunca recebi flores em minha vida e o modo em que ele me ofereceu as flores, eu tenho mais é que desculpar... Nem sei porque briguei com ele, não queria.
Estou sentindo a sua falta... Sinto falta de tudo que ele faz, sinto falta de todo o seu jeito de ser. Eu estou gostando muito deste homem. Ele só me tocou uma vez que foi completamente explosivo, mas eu gosto mesmo é do jeito dele, e não só de como ele iria me tocar.
E' realmente bom poder entender a si mesma! E' como se alguém dentro de você te alertasse, como se fosse um visitante batendo na porta: "Toc... Toc... Eu curiosa pergunto: Quem bate? E ele responde: E' o seu interior querendo te avisar o que você sente! Sou eu, sou sua mente lucida!"
Todos me avisaram, até mesmo a minha mãe quis me ajudar a entender, mas somente eu pude sentir, quando algo dentro de mim quis me mostrar.
Eu, agora, me sinto feliz em me entender, me sinto dentro desta natureza que é só minha e dele, onde sinto seu cheiro por todo instante e que a qualquer momento ele vem me buscar... Eu queria muito que ele viesse me buscar, tenho tanto para falar!


Autora: Aymée Campos Lucas
 Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
  Capítulo 22
Todos os direitos reservados
Segue o Capitulo 23



Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link:


Quando escrevi este capitulo resolvi dedicar a um amigo uma pequena homenagem... Pequena porque para mim ele é uma grande pessoa.
Quem acompanha esta estoria, pode perceber o quanto demorei para dar continuação ao capitulo seguinte. Demorei porque me abati ao ponto de não conseguir pensar no livro. 
Por todo este tempo tive uma pessoa do meu lado que me escutava e também me distraia com o seu saber. Seu Blog para mim se tornou descontração! Em pensar que nunca gostei de história, me vejo agora encantada em ler vidas passadas de uma maneira que só Leonel sabe fazer. 
Sempre gostei de inventar histórias, mas estudar a história verdadeira, para mim era um martírio.  
Uma das músicas que usei neste capitulo é de The Door's - Light My Fire. The Door's, mas tive que retirar as músicas, pois o aplicativo trazia problemas. The Door's era um grupo formado por Jim Morrison, cantor e poeta nascido nos Estados Unidos da América onde deu inicio a um grande sucesso em 1967.


O nome escolhido The Doors é derivado do verso de um poema de William Blake:
"Se as portas da percepção fossem purificadas, tudo apareceria ao homem como realmente são: infinitas."
(William Blake, O Casamento do Céu e do Inferno)
De acordo com Jim Morrison, um dos eventos mais importantes de sua vida ocorreu em 1947 durante uma viagem com sua família no Novo México. Ele explicou assim: 
"A primeira vez que descobri a morte ... Eu, minha mãe, meu pai, minha avó e meu avô estavam dirigindo através do deserto ao amanhecer. Um caminhão carregado de índios navajos bateu em outro carro ou qualquer outra coisa: havia índios ensanguentados que estavam morrendo espalhados na estrada. Eu era apenas uma criança e por isso eu tinha que ficar no carro enquanto o meu pai e meu avô foram ver. Tudo o que eu vi foi uma pintura vermelha engraçada e as pessoas estendidas em torno, mas eu sabia o que estava acontecendo, porque eu podia sentir os tremores das pessoas ao meu redor, e de repente eu percebi que já não sabia o que estava acontecendo comigo. Essa foi a primeira vez que eu estava com medo ... e eu senti naquele momento, que as almas daqueles índios mortos - talvez um ou dois deles - estavam correndo ao redor, e entrou em minha alma, e eu era como uma esponja, pronto para sentar e absorver "
Palavras de Jim Morrison retiradas de uma pesquisa que havia feito no google.it - Wikipedia

Poucos dias atrás, olhando as noticias dos jornais italianos, havia uma sequência de reportagens sobre Jim Morrison, por ter morrido em Paris na data de 3 de Julho de 1971. Desta forma as primeiras paginas de todos os Jornais aqui escreveram sobre ele dizendo sobre sua carreira, sua vida e seu sucesso, o convívio com as drogas e seu relacionamento com Pamela Courson que acabou com um fim trágico para ambos.
Eu sempre gostei de musica, tenho um gosto eclético, mas nunca fui uma pessoa que apreciava The Door's. Não apreciava  por não conhecer nada deles. 
Quando vi todos os jornais daqui falar sobre ele, comecei então ficar muito curiosa querendo pesquisar mais sobre este personagem e assim fiz... Depois de dias pesquisando, eu entrei no Blog de Leonel- O Asteroide e  estava mais uma de suas publicações  sobre algum personagem que virou historia... Estava ali o que eu procurava: Jim Morrison! Maravilha ter encontrado próprio no seu Blog O Asteroide, algo que estava pesquisando dias e dias.

Leonel para mim se tornou um grande amigo e desejo tanto que esta amizade continue sempre! Quando leio seus recados eu gosto tanto. Não querendo desfazer de nenhum outro amigo com quem falo, trocando palavras e que vem aqui para me dar carinho sem fim... Todos são igualmente importantes, todos! Hoje, dedico este espaço a você, Leonel!
Quando li este seu recado tempos atrás, meus olhos encheram d'água e até hoje releio para me sentir importante! Releio porque sei que é verdadeiro, Leonel! 
Obrigada pelo seu carinho, ele é muito importante para mim e espero que o meu também possa ser de grande ajuda à você!

Recado de Leonel para mim:

"Aymée, "grazie" pela sua visita ao meu blog.
Eu adoro os seus longos comentários, que sempre trazem algo mais!
Este passado que eu costumo recordar às vezes é o passado histórico, que eu tomei conhecimento pelos estudos e leituras, e às vezes é um passado que eu também convivi e acompanhei pelas notícias.
O interessante é que as pessoas envolvidas nos eventos, na maioria das vezes, nem não são capazes de avaliar a importância que os seus atos podem ter no futuro!
É como aqueles filmes de viagem no tempo, que o cara nem imagina que o que ele está fazendo vai mudar a história!
Se depender de mim, você será reconhecida agora, em vida e não como alguns artistas, depois de muitos anos, às vezes depois que já se foram.
Seja como for, pelo menos para mim, seu reconhecimento será agora!
Para os teus fiéis seguidores que se manifestam ou não, você pode ter certeza que te reconhecem como uma pessoa inteligente, criativa, capaz de se expressar e de mexer com os nossos sentimentos, seja com ilusões ou com lembranças do passado!
Abraços sinceros!"

domingo, 12 de junho de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XXI


Onde Nasce uma Paixão

"Eu sei que não é nada bom se sentir uma ilha deserta, sem um lugar fixo para formar raízes sólidas. Não é bom vagar por caminhos sem direção à procura de uma felicidade que não sabe onde poderá estar. Deste modo, não conseguiria encontrar tantos momentos de felicidade, não conseguiria relembrar com alegria o passado por não haver um passado certo, daqueles que se constrói junto a quem ama. E não conseguiria criar a sua colcha de retalho, para um dia poder mostrar à todos que ama! Eu quero construir a minha colcha, eu quero relembrar meus amigos e tudo que vivi, mais que tudo! 
Penso que ninguém, por mais que tente, conseguiria se sentir único e indiferente de tudo. Não é assim que se constrói um grande passado!"
E olhando para Juliano, comecei a falar ao caminhar. Respondia, enquanto ele me escutava com muita atenção! 
Capitulo 20 - última parte

 E assim a estória continua...
 Insegurança em meu ser... Eu preciso me conhecer.
Se digo temperamental... Isto é normal?

Interrompeu a nossa conversa, ao chegar na praça da cidade, e falou:
- Espera só um minuto...
E saiu apressado para perto de um vendedor que havia ali na praça. Foi comprar o que me prometeu. De longe ele exclamou:
Olívia, qual a cor que você quer? Estou em dúvidas, não sei qual é a sua cor predileta.
- Tenta adivinhar!
Respondi eufórica e ao mesmo tempo fui me aproximando deles.
- Eu acho que você gosta do preto, mas não fazem algodão doce preto! Depois do preto, talvez seja o azul e azul aqui tem... pode ser azul?
Falou sorrindo ao escolher para mim um algodão doce.
- Você acertou, eu realmente gosto primeiramente do preto depois do azul, depois do branco e depois, seria ou vermelho ou amarelo, o gosto é igual! E você, Juliano, qual é a sua cor predileta? Não fale, me deixa adivinhar... talvez o verde porque você cresceu aqui em volta dele, ou azul? Preto?
Falei cheia de dúvidas e sorrindo muito.
Ele veio com dois algodões doce nas mãos e falou:
- O preto... Agora, é o preto!
- Assim não vale! Quero saber de verdade qual você gosta mais.
- Você acertou, é o verde, mas para algodão doce eu prefiro este.
Sorriu e me entregou o meu lindo algodão doce azul e o dele era lilás.
- Que lindo o lilás!
Exclamei.
- Gostou mais? Quer trocar?
Falou querendo me agradar.
- Não, eu ainda prefiro o azul. O azul, no algodão doce, me dá a sensação de estar vendo o céu nas minhas mãos. Olha só que belo! Me faz sentir de estar no céu.
- Ele, na verdade, combina com os seus olhos... Esteja atenta para não se sujar, esta coisa cola!
Falou me alertando.


- Do jeito que sou desastrada, acho que quando chegar lá no hotel, meu vestido vai estar todo sujo e minha mão toda açucarada.
Respondi sorrindo para ele.
- A mão açucarada, eu limpo e... por falar em vestido, eu ainda não havia dito o quanto você está linda com ele. Quando te vi lá no sítio, senti vontade de te abraçar, de ser o seu namorado.
Falou demonstrando aquele contínuo desejo por mim.
"Porque ele faz assim... Este seu desejo de mostrar que me quer ao seu lado, é difícil de governar. Não sei o que fazer em situações que eu mesma criei. Parece que está sempre querendo me dar a chance de me arrepender do que havia feito antes de conhecê-lo. E' como se um homem quisesse dar a uma mulher a ultima possibilidade de mudar de ideia, enquanto o homem cumpre aquela longa e cansativa operação... A conquista. 
Acho melhor ficar calada... Não responda, mude de assunto "
Seus olhos eram lúcidos quando me disse sobre o que deseja, ele não estava mentido e eu não sabia com reagir a tudo isto. Resolvi relembrar a sua pergunta e falar sobre a ilha que sinto de ser, para desgovernar aquele momento.
- Você queria saber com seria o lugar que a tal ilha imagina de encontrar, lembra? Eu não te respondi... e foi uma pergunta interessante. 
Quando olho toda esta paisagem, poderia dizer que aqui seria um lugar dos Deuses para me sentir bem. Este lugar me transmite paz constante e eu gosto disto. E' belíssimo todo o verde que circula nesta terra, que mesmo fazendo muito calor, dá a impressão que a primavera não tem fim. Quando andei pelos campos, pude ver flores nativas que me fizeram amar esta terra mais que tudo! Precisaria fotografar tudo que vi para mostrar a minha mãe e minha avó, elas precisam de ver o que estou vendo.
Mesmo sendo uma região que gostei tanto, sei também que existem tantas outras que também poderei apreciar. A minha ilha na verdade não procura mais terras... Ela procura um alguém para cuidar dela. Ela procura uma pessoa que possa fazê-la se sentir segura e produtiva. Segura ao ponto de nunca mais ter de sair do lugar onde se atracou. Ela pode, sim, se atracar em um lugar e ser levada para outro, só para estar perto dele, onde suas mãos darão afeto, proteção, harmonia, do jeito que ela deseja e procura.
E agora que penso em tudo isto, sei que a minha ilha encontrou esta pessoa, ela está descobrindo coisas nesta pessoa que está fazendo criar o desejo de continuar perto dela.


Quando terminei de descrever o que penso, ao olhar para ele, reparei que seu rosto desfigurou. Seu rosto tinha uma forma diferente de antes... sua testa estava enrugada, fazendo as suas sobrancelhas ficarem abaixadas, formando um olhar de mágoa.
Ele não entendeu nada. Pensou que eu estava falando de uma outra pessoa... Que falava de Júnior. 
Eu gostei de ver o seu rosto dominado por ciúmes. Eu não fui clara com ele porque precisava provocá-lo para que eu pudesse entender o quanto me queria,mas... sua reação estragou todo aquele momento por não me entender, quando falou:
- O que eu posso dizer, depois de te ouvir falando tudo isto, é que você não deve confiar imediatamente nos exploradores de terras. Muitos exploram para aproveitar a beleza que possa existir nela, todo o seu encanto e o ouro contido. São bandeirantes em busca de terras, somente para deixar mais uma de suas marcas registradas. Depois de explorar, vão atrás de terras novas porque um bandeirante é assim... Comparando a sua ilha com esta região, eu posso confirmar que os bandeirantes que passaram por aqui, deixaram suas marcas e retiraram destas terras riquezas que hoje não existem mais. Estas terras poderiam ser muito mais do que é.
Então, Olívia, te digo de não acreditar sempre no que vê de imediato. Analise bem todas as coisas para que você possa fazer melhor as suas escolhas.
Falou se referindo a Júnior. Me irritei demais porque não gosto que uma pessoa a quem admiro tanto, venha procurar me conquistar, desfazendo de uma outra pessoa que gosto, pois, mesmo não amando, sei que a consideração, por alguém que jamais te magoou, é enorme. 
Assim o olhei e falei:
- Por que está falando assim? Você interpretou deste modo porque você é assim!
Você é um destes bandeirantes e não sei por qual razão está tentando desviar o meu caminho. Poderia ser tantas as razões, mas a última que passa pela minha cabeça, seria porque você me quer bem. Pois, você nem me conhece tanto para poder possuir sentimentos fortes assim.
E' incompreensível como os homens são capazes de fazer para conseguir o que desejam.Você fala de uma maneira como se conhecesse todos os homens e todos fossem agir e pensar como você. Aliás, você fala como se conhecesse o Júnior. Você conhece Júnior mais do que eu, Juliano? Sabe algo da vida dele que eu ainda não saiba? Se sabe, então, fale!
- Não, eu não o conheço... Ao contrário, o vejo como um estranho, não consegui ter um bom relacionamento com ele, não consegui ter uma boa impressão dele, desde o principio, mesmo antes de te ver. Sei que foi instintivo. Não sei porquê, mas quando estou perto dele, penso que devo estar sempre com um pé atrás. E ele também nem quis me conhecer.
Falou demonstrando o que sente quando respondi:
- Se você diz de não conhecer, então, não pode julgar as pessoas pelo o que você sente. E não procure tentar me defender porque eu sei fazer as minhas escolhas, sim, e penso que o conheço mais do que você, para saber que ele jamais seria um bandeirante.
Parei para respirar um pouco, por estar muito nervosa e segundos depois, continuei:
- Não sei porque as pessoas tendem a me dar conselhos, querendo que eu não erre. Cada um tem que experimentar e não adianta nos aconselhar. Não entendo porquê. Por que agir no lugar da gente? Saiba de uma coisa, Juliano, ninguém desvia o meu caminho... só permito isto à Deus. Ele sim pode fazer o que Ele achar melhor, trazendo luz aos meus olhos para enxergar algo que, antes, eu não conseguia enxergar. Digo luz nos meus olhos e não nos olhos de outros, como se fosse para mim. Você e nem ninguém conseguiria isto. Eu sei o que procuro. Eu sei fazer escolhas e agora, analisando bem, eu não sou esta sua ilha flutuante, pois ao chegar aqui, lá estava Júnior com os olhos que brilhavam e não você!
Aquele retorno ao hotel estava, a cada momento, se tornando um martírio. Me sentia aprisionada em quatro paredes fúnebres, pelos conselhos dados por outro. Tudo se transformou dentro de mim e naquele momento o via como um monstro invasor.


- Nem sei o que estou fazendo aqui. Afinal, eu conheci Júnior, estamos nos envolvendo e não será você que vai atrapalhar tudo isto que tenho vivido. Eu já tenho quem me ama! Eu já tenho!
Falei gritando por estar muito irritada. Ele me olha agressivo e me diz:
- Olha só o que você acaba de dizer... Você disse que tem quem te ama. E você, Olívia? Quando a sua bela ilha chegou aqui e viu estes olhos brilhando por você, o que achou? Por um acaso, você achou que ele era o amor de sua vida? Porque se você reparou, você acabou de dizer que tem quem te ama e não que você tenha já alguém para amar. Isto é diferente... é muito diferente, Olívia!
E antes que você fale alguma coisa, vou logo te perguntar uma outra coisa. Como você tem esta certeza que ele te ama?
Me silenciei por um instante, porque conversar com ele era muito difícil, pois ele tem sempre cartas nas mangas para tentar demonstrar que não está errado. Segundos depois, respondi ao refletir:
- Ele me escreveu uma carta, e depois, me falou.
- Hum, muito interessante... escreveu uma carta para depois falar. Assim, no início, não precisava falar olhando nos seus olhos, por medo de ser negado ou humilhado. Depois que você leu, achou tudo lindo, ficou sorrindo sozinha... não?
Neste momento, ele parou uns instantes para dar uma risada irônica e depois continuou:
- Saiba que é típico de homens espertos este comportamento. E aposto que vou acertar mais em uma coisa... Passados dias que você leu e ele viu que você demonstrou interesse, então veio até a você e confirmou aqueles sentimentos escritos, não? Armou bem direitinho uma armadilha e pegou o bichinho perdido, aliás... a bonequinha triste.
- Não me chame de bonequinha. Olha só o que você fez com o nosso passeio! Você conseguiu destruir toda a harmonia que existia. Em pensar que eu cheguei a desejar de recortar um pedaço deste meu vestido, para poder colocar na minha colcha de retalho, assim, um dia poderia relembrar, pois, agora saiba que, estes momentos, eu não quero lembrar nunca mais!
Não consigo entender os homens, realmente é impossível! Vocês usam de crueldade para conseguir algo que desejam. Não queira me conquistar diminuindo outra pessoa, porque assim você me perde, não conseguiria... não conseguiria!
Quanto que você está demonstrando de ser ruim, Juliano! Por que você diz isto, assim... Desta maneira tão arrogante e desfazendo do amor dele por mim?
Falei quase chorando. Eu estava muito ferida, muito nervosa.
Olívia, coloque uma coisa na sua cabeça... Eu não sou e nem serei um arrogante, nem tão pouco um a pessoa ruim. 
Eu falei tudo isto pra poder abrir os seus olhos e também porque conheço, sim, os homens. Por exemplo, onde ele está neste momento? Ele é, sim, um babaca chifrudo!
- Que atrevido! Olha só o que está dizendo... Aposto que imaginou que ele estivesse se divertindo em outro lugar. Pois, fique sabendo que ele está dormindo, se sentiu cansado depois que enchi ele de carinho.
Falei em um tom de provocação.
- Dormindo!? Eu, perto de uma mulher que amo, não durmo jamais! Não conseguiria porque ela estando ao meu lado, em meus braços, o seu cheiro não me deixaria sossegado. 
Agora, o seu príncipe dorme e será porquê? Ou ele não sente assim tanto desejo, ou você não o esquenta como se deve.
Ele falava  de um modo provocante, então respondi do mesmo modo:
- Não diga bobagens, todo mundo dorme. Isto é um ato, é um fato, não tem como escapar. Não tente me iludir se passando por um super herói, o tal super homem... porque isto, para mim, você não é!
Depois, o olhei de uma maneira entristecida e disse:
- Não quero mais te ouvir e não vejo a hora de chegar no hotel. Não fale mais nada. Bem que Cornélia havia me falado para ficar bem longe de você.
- Cornélia?! O que está dizendo, Olivia? O que tem Cornélia haver com tudo isto?
Falou como se estivesse surpreendido. Nesta hora, respondi:
- Ela me alertou... foi somente isto! Disse de ficar longe de você.
- Mas, eu não consigo entender porque Cornélia falaria isto para você. Agora, eu quero falar com ela, não consigo mesmo entender.
Então, se você foi alertada, significa que você me desejou... Você falou de mim para ela? Se interessou por mim, foi isto?
Perguntou curioso modificando o seu rosto, parecia que algo o deixou feliz.
-  Não! Sim... Eu fiz isto sim, perguntei sobre você porque estava curiosa, só isto!
Respondi.
- Não... não é só isto! Você me desejou, eu sei que desejou! Eu despertei um interesse em você Olivia, nem precisa me dizer, eu sinto. Eu senti desde o primeiro momento em que você me viu. Você se calou quando eu te toquei, e agora, conhecendo um pouco de você, diria que em uma situação como aquela, se algo não te agradasse, você teria anunciado para todo mundo o meu comportamento, em vez, você ficou em silêncio.
Me respondeu sempre seguro e calmo e isto me irritava mais ainda.
- Já disse para se calar, não fale mais comigo. Não queira me dizer o que sinto ou o que eu senti. Você não é o tipo de homem com quem quero estar e ponto final. Para mim, um homem deve ser o contrário de você. O que já falaram de você e o que vejo agora, me faz desejar estar longe de você... Longe entende!?
- Olha aqui sua garota petulante, temperamental e caprichosa... olha para mim, porque estou falando com você, olha!
E quando olhei, neste momento, senti medo. Ele agarrou os meus braços com muita força, me perdi em minhas ações ao me tocar, meu corpo nervoso tremia sem parar... Ele me olhou e me beijou profundamente e eu deixei. 
Foi um longo beijo e suas mãos me acariciavam, ele me dominava. Os meus movimentos eram em direção à ele, deixando ele fazer de mim o que quisesse...



Minutos se passaram, quando percebi que estava errando outra vez. Abri meus olhos, afastando meu rosto do dele. Me assustei com as coisas que estava vivendo. 
Eu não deveria... Eu não deveria de maneira alguma fazer o que fiz. Respirei fundo e falei:
- Não tente fazer isto nunca mais! Afaste de mim de uma vez por todas. Não te desejo! Então, não coloque coisas na sua cabeça que não existe. Apenas te achei um belo homem, nada mais.
Nem sei o que você veio fazer aqui. Não deveria ter aceito o convite de Lucas. Você agora não é bem vindo mais... Para mim, não! Você só veio porque havia um pensamento em mente... Destruir o meu relacionamento.
- Olivia, se acalme... Me escuta. Me dê uma chance para te provar que não sou este monstro.
Sua reação ao início foi de constrangimento, depois, falou todo carinhoso e preocupado de como eu poderia estar me sentindo.


- Não! Não, eu não vou te escutar. Chance? Que chance se eu nunca te quis? Vai embora! Desapareça da minha vida. Eu não gosto de você, não gosto, entende?
Ele me olhou, ainda fazendo gestos com seu rosto, de lamento, como que transtornado e me disse:
- Me desculpe pelo que fiz, realmente não deveria, mas não resisti à sua boca! Estava ali na minha frente... Linda!
Não te incomodo nunca mais. Eu apenas te desejei como nunca desejei assim ninguém em minha vida. Você pode dizer que não, mas para mim, você é sim aquela ilha que eu tanto esperava de encontrar um dia.
Quando ele terminou de se desculpar eu o olhei rude e disse:
- Esteja tranquilo, eu seria apenas mais uma de suas ilhas, nada mais. Vai embora, não quero estar perto de você, não te quero ver mais.
- Você pode não querer me ver mais, mas isto seria impossível, porque não tenho como ir embora sem vocês. Estamos somente em um carro, esqueceu? Mas esteja tranquila, não aproximo de você por nada. Se eu pudesse, eu iria sim, embora, mas com poderia explicar isto a todos? Você falaria o que fiz?
Falou afirmando o que eu havia esquecido.
- Tudo bem, não tem como você ir porque eu não quero criar problemas com a diversão de todos. Não vou criar nenhum alarme com tudo isto, seria inútil. Saiba que quando eu olhar para você, vou pensar que você não passa de um intruso que invadiu um lugar onde não foi convidado.
Neste instante quem ficou muito irado foi ele, que alterou a voz para dizer:
- Foi ele quem invadiu! Este território é a minha casa, ele não deveria estar aqui, entendeu? Seria eu que estaria ao lado de vocês por todo este tempo. Mas, ele veio e tomou conta e você não entende o que isto me faz sentir. Agora, ele dorme em um pedaço de terra que me pertence e a pessoa a quem eu tanto desejo, está nos braços dele... Vai, corre logo para ele, ele estará lá te esperando. 
Tenta não mostrar o que você me mostrou, porque ele não vai entender nada. Olivia, eu faria tudo outra vez para poder te beijar novamente, porque te desejo tanto! E eu sei que você não quer me escutar e nem mais falar comigo, mas você teria de entender que a vida que eu vivi antes de te conhecer eu já deixei para traz à muito tempo e Cornélia sabe disto. 
Esta vida já está nas minhas costas, tudo aquilo enfim... tem pessoas que pensam que o amor deva ser sempre sereno, mas em vez, não é assim...O amor, muitas vezes, aparece na vida de alguém provocando grandes explosões, lançando no ar uma ira e um desejo inexplicável. Isto acontece quando duas pessoas são feitas uma para outra mas ao mesmo tempo são diferentes em personalidade.
Não se engane em pensar que a serenidade que você tem vivido é amor, porque eu acho que não é. Amor é fogo, é chama forte, às vezes, junto com a serenidade. Você sabe pouco sobre o amor, Olívia. Para mim, você não está amando. Ele não!
Falou e se afastou um pouco de mim, estava preocupado de me deixar por estrada sozinha. Estávamos perto do hotel e quando o avistei, acelerei o meu passo para chegar logo. Ele entrou em seguida. Senti a sua voz falando com alguém na recepção.


Eu me afastei de tudo, não queria que ninguém me visse naquele momento. Entrei no quarto e Júnior ainda dormia. Me senti aliviada por encontrá-lo dormindo, não teria como explicar porque estava transtornada e qualquer um poderia notar. 
Fui para o banheiro e decidi mergulhar naquela banheira do hotel para aliviar as minhas lágrimas... Ali dentro, me pus a chorar fortemente. Não gosto do que fiz... Fui estúpida como ninguém, ele não merecia todas aquelas palavras rudes que saiam da minha boca. Estava mesmo envergonhada.
"Acho que sou uma pessoa muito inconstante, não sei o que eu quero. Estou descobrindo isto em mim e é terrível!
Será que sou mesmo temperamental como ele me falou? Mas o que é ser temperamental? Eu sei tanta coisa, mas isto eu não sei... Queria poder ter um dicionário nas minhas mãos agora para poder verificar. Será que é normal ser uma pessoa temperamental?
Não sei o que sinto por Júnior. Pensava que era amor... E' amor, por que não seria? Eu sei que é! Então, por que eu não sinto vontade de estar com ele? Por que eu choro por ter maltratado outra pessoa? Por que estou me sentindo triste, por saber que não vou mais falar com ele? Me sinto mal em vê-lo distanciar de mim... O seu beijo foi tão bom! Por que tenho este modo de agir sem pensar? Depois me arrependo. Me arrependo tanto... Já estou completamente arrependida.
Estou na estrada errada, e não sei mais o que fazer. Afinal, entrei demais nela e agora, é difícil voltar atrás.
Ninguém pode saber que o beijei, nem minha irmã vai saber. Vou guardar este segredo por toda a vida e nem na colcha de retalho eu vou colocar recordação deste dia, este vestido eu vou dar de presente para minha irmã, não quero recortá-lo!"
Olívia, amor, o que está  fazendo?
- Estou tomando um banho... me senti suja e resolvi me lavar e refrescar um pouco. 
- Está tudo bem, parece que ouvi você chorar, posso entrar, amor?
Perguntou carinhoso.
- Não! Não entre, por favor. Eu não chorei... Por que está perguntando isto? Acho que você se enganou ou então sonhou. Vou sair logo, já estou terminando.
- Tudo bem... Então, eu vou dar uma volta ali fora enquanto você termina. Vou ver com Lucas o que estão programando. 
Saiu e me deixou do jeito que eu desejava... Mergulhada em minhas dúvidas, afogando os meus desejos!

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco... Todo Mundo quer um Pouco.
Capítulo 21
Todos os direitos reservados
   segue capítulo 22


Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link:


Adorei escrever este capítulo. Acho que é porque eu, Aymée, adoro brigar, principalmente se for com Keanu Reeves (risos). E' pimenta pura, brigar aquece o espírito apagado e isto deixa os leitores mais eufóricos. Verdade ou não? 

Neste capítulo, eu vou adicionar o link de um lindo vídeo. Eu utilizei a música em uma parte deste capitulo 21 e o vídeo que quero mostrar só tem como ver no YouTube, assim deixo o link para quem quiser vistar: You Tube

A música se chama: Parla Piano de Vinício Capossela - Esta música foi utilizada em um filme que se chama Dez Invernos e as imagens do vídeo fazem parte deste lindo filme Italiano! Belíssimo filme. Eu me emocionei demais quando assisti.




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