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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XI

Onde Nasce uma Paixão

- Amor, não fala nada... Faz amor gostoso comigo!
E assim, o silêncio reinou. Meu sangue começou novamente a borbulhar e esquecer aqueles momentos negros, foi muito fácil! Eu estava realmente gostando dele.
Dormimos como dois apaixonados, dormimos bem agarradinhos...
E a manhã se fez. Eu ali, com minha florzinha colhida naquela mata, fiquei a brincar de bem me quer... mal me quer, e no final, a minha resposta foi aquela que desejava... bem me quer! Eu tenho sorte e estou muito feliz!
Capítulo 10


E assim a estória continua...
Omitir não é Mentir. 
Eu só não Quis me Abrir!

No amanhecer, tudo brilhava! Perto da cachoeira havia flores nativas... eram lindas! Me deliciava em olhá-las com o orvalho que ainda pousava suavemente em suas pétalas.
Eu estava com um semblante sereno e os olhos cheios de vida! Tudo era mais belo que antes... o verde, era mais verde!
- Bom dia, princesa!
Era Júnior saindo da barraca com o rosto todo amassado!
Eu havia deixado ele dormir mais um pouco... Perdi o sono e quis olhar tudo ali fora da barraca, queria estar um pouco comigo mesma e sentir o ar matutino... Um ar com cheiro de mato molhado. Era tão perfumado!
- Bom dia! 
Respondi toda tímida... mesmo estando com ele por muito tempo, ainda me sentia envergonhada em certo momentos. Toda vez que iniciava a vê-lo, depois de alguma situação constante com ele, era como se ainda fosse um começo e isto me envergonhava. Era como se não soubesse agir, não soubesse como iniciar uma coisa que já estava existindo. Assim, meus olhos se abaixavam, meu sorriso era singelo e isto o deixava com um ar de insegurança. Sentia que ao me ver agir assim, ele se recuava, mas ao mesmo tempo me admirava e sorria com seus olhos. Era lindo de se ver!
Me enchi de ar de satisfação e perguntei:
- Sou sua princesa, amor?
- Como não posso dizer que não é uma princesa, Olivia! Olhe só para você... você é linda demais! Linda como uma princesa. Sou o homem mais feliz desta terra!
- Nesta terra aqui só tem dois homens, e o resto é um bando de macacos! 
Falei sorrindo para mostrar que de vez em quando sei brincar.
- Verdade, mas sou mais feliz que Lucas e todos estes macacos, isto eu posso então dizer, porque é realmente a pura verdade!
Mas, por que você me deixou aqui sozinho? Senti sua falta!
Falou todo satisfeito e dengoso.
Assim respondi:
- Mas foi só por uns minutos... a minha intenção era voltar antes que você acordasse e te encher de beijos, mas você estragou a surpresa.
Coloquei a culpa nele... eu que tinha saído, eu que tinha estragado o momento, mas consegui fazer com que a culpa fosse totalmente dele. Eu sou assim, jamais sou culpada de algo, procuro mudar uma situação fazendo um giro no assunto. Isto é fácil de fazer com os homens, principalmente quando se está iniciando um relacionamento. Mas tem que saber como fazer, senão vira briga.  
- Verdade? Então, vou voltar para o travesseiro... eu quero acordar com seus beijos, com mil beijos!
- Então volta e finge que dorme.
- Será inútil, eu estraguei tudo!
Viu como caiu em minha armadilha? Ele mesmo jogou a culpa nele, nem precisei falar tanto. 
Isto acontece quando um homem está muito apaixonado. Eles se transformam em bondosos, próprio um mingau!
E assim, continuou ainda a dar a culpa nele mesmo, pois, queria sentir o que eu havia prometido. 
Então, falou:
- Mas posso mudar toda a cena ajustando o meu estrago!
- E qual seria?
Falei como se não tivesse mais conserto.
- Vem aqui... entra!
Fui para perto dele que estava metade fora da barraca e metade dentro, o beijei e fui entrando... entrando...
Ele então falou meloso:
- Não soube esperar amor! Estraguei seus planos mas não faz mais assim... não acorde e me deixe sozinho. Eu senti sua falta e não foi bom! Na verdade, fiquei foi preocupado e acordei muito assustado.
Ele é muito protetivo. Isto eu posso dizer com toda a minha certeza! Para mim é essencial este modo de ser em um homem e neste momento de minha vida, isto existia, me pertencia. 
Respondi carinhosamente:
- Não faço mais! Vou estar do seu lado sempre que acordar, mas quero mil dengos!
- Não precisa nem pedir... isto é tudo que quero fazer.


E começamos a nos acariciar, brincar, sorrir com coisas que dizíamos. 
Eu adoro este momento matinal, quando se pode haver uma pessoa que me faz tão bem. Adoro o acordar com um amor... tudo é tão sereno. Faz a gente esquecer do mundo lá fora e se entrega mostrando o nosso lado mais intimo sem pudor. A conversa matutina tem tantas surpresas. E' alegre por não ter cansaço, não ter passado por nenhum problema... tudo é mais vida, tem mais brilho, mais cor!
Quando nos recordamos de sonhos então, tudo fica mais divertido, ao contar o que sonhou um ao outro e tentando interpretar da maneira mais conveniente. Os sonhos para mim são mistérios revelados, cabe a nós entendê-los. Os sonhos fazem a nossa mente descansar ao ver coisas que em sonhos nos fazem alegrar, revelando um desejo ou um acontecimento que aparecem muitas vezes, só para depois, continuarmos a sonhar acordado.
De repente, ele fala:
- Sabe que eu sonhei algo muito engraçado, nesta noite? E o sonho foi com você. Sonhei com você, amor!
- Me conta?
- Você estava no sitio andando a cavalo, mas não estava comigo... A pessoa que te ensinava era outra, mas eu não conseguia ver o rosto dele. Eu estava atrás de uma parede da casa e sentia ciumes de você, porque você sorria muito para ele. Senti tantos ciumes que queria chamar a sua atenção. Então, joguei um balde de água nele e você brigava comigo. Não queria que eu jogasse água e você ficou muito nervosa e caiu do cavalo. Fiquei apavorado de ver você desmaiada no chão. Estava correndo ao seu encontro, quando aquela pessoa colocou a mão no seu rosto e ia te beijar... meu sangue ferveu! Queria esmurrá-lo, quando ele virou, consegui ver o rosto dele... 
- Conseguiu? E quem era?
- Era um macaco! Igual ao macaco do armazém do seu Filipe... Então, acordei e você não estava aqui.
- Que horror! Um macaco? Mas não tinha uma outra coisa melhor para me beijar não? Tinha de ser macaco?
- Linda, eu estou aqui dizendo que foi um alívio para mim quando vi que não era um homem e você querendo que fosse?
- Era um sonho, amor e por ser um sonho, bem que você poderia ter aproveitado, colocando no sonho um belo homem... ele ali me ensinando, por exemplo, cuidando de mim e você com raiva dele, encheria ele de porrada até ele cair duro no chão.
- Nada mal como um sonho... eu ali a dar porrada e você ao ver, teria na sua frente um herói. Já me imaginou um herói?
- Eu ficaria era furiosa com você de não ter me deixado beijá-lo. Graças a Deus você acordou antes do macaco me beijar, que pavor eu teria!
Falava assim para provocar, pois, já não me interessava em beijar mais ninguém... ele beijava bem demais! Com ele, eu ia nas nuvens!
- Sonho louco o que será que representa?
Perguntei...
- Representa? Como assim, representa?
Ficou muito curioso. Gosto disto também em um homem. Gosto de pessoas que se interessam com assuntos místicos. Assim, expliquei o pouco que sabia:
- Dizem que quando sonhamos e conseguimos relembrar o sonho podemos interpretá-los. Existem livros que nos ajudam a interpretá-lo. 
Te dou um exemplo: No seu sonho tinha cavalo, jardim... era jardim ou um campo?
- Penso que era campo.
- Você no sonho me viu e isto poderia ser interpretado como namorada ou seu novo amor. Tinha macaco e um vulto não reconhecível ao início, tinha também uma parede  de uma casa...
- Interessante, queria saber mais. Se lá no sitio tivesse um computador eu iria pesquisar. 
Falou, cada vez mais curioso.
- Na minha bagagem, coloquei três livros para ler e um deles eu carrego a todo lugar que eu vou. Se chama: O livro dos Sonhos. Quando chegarmos lá no sítio, não me deixa esquecer, porque vou olhar.
- Você está falando sério? Você tem mesmo um livro assim?
- Sim, estou falando a verdade! Eu não vejo a hora de ver o que representou seu sonho.
Eu não sonhei nada... se sonhei não me lembro. Dormi como uma pedra e acordei longe de você. Acho que foi por isto que você sonhou com outra pessoa cuidando de mim e justamente aquilo que você falou que faria ao chegar no sitio, lembra? Você disse que iria me ensinar a montar em um cavalo e que não deveria ter medo. 
Sentiu ciúmes?



- Não eu não sou ciumento. Até hoje, depois deste sonho, eu nunca fui.
- Desejo que não seja... 
E naquele momento, estava para falar do meu passado,, mas interrompi, fazendo Júnior perceber. Então ele me pergunta:
- Você gostava dele? Digo, você o amava?
- Sim. Mas de uns tempo para cá eu tenho esquecido. Estando aqui bem longe, por não haver noticias dele, tudo está me ajudando. Aqui, estou feliz!
- Você está feliz, é?
- Sim, eu estou muito feliz, e você aqui do meu lado me faz mais feliz ainda!
- Estou feliz em ouvir isto. Mas se ele te procurasse, o que faria?
Fiz um ligeiro silêncio e respondi, omitindo que ele havia me procurado. Era apenas uma omissão, não faria nenhum mal. Penso que não... "Uma omissão não é o mesmo que mentir, ou é?"
- A minha decisão já foi tomada, muito antes de te conhecer. Não o desejo mais, me fez sofrer quando nos separamos. Não teria volta... me decepcionei e não confio mais em sua pessoa. Seria inútil ele me procurar. Ele tomou uma decisão, então deve afrontá-la sem me perturbar. Que viva a sua escolha.
Muitas vezes, desejei que isto pudesse acontecer, mas nunca aconteceu e agora não sei porque não quero mais. Não preciso, eu estou feliz sem ele por perto... e estou me descobrindo, estou vivendo coisas que jamais viveria se ele estivesse do meu lado. Ele era muito ciumento e eu me privei de tanta coisa para estar com ele. Agora, tudo está voltando ao meu normal, do modo que sempre fui. Dentro de mim está havendo uma alegria contagiante.
Queria que a minha mãe pudesse me ver, neste momento. Ela estaria orgulhosa de mim e muito mais de você que fez com que a filha dela brilhasse os olhos novamente. Meus olhos estavam apagados, mesmo estando com ele.
Não quero falar mais nada... Olha só o  que o seu sonho colocou à tona! Aqui neste ninho não pode ter ninguém que não seja nós dois. O que acha?
Depois de todo este discurso cansativo ele respondeu:
- Eu acho uma ótima ideia!
E foi me tocando e me beijando quando falou:
- Que tal se a gente passasse mais um dia aqui, tem tanta coisa ainda para se ver. Estou adorando estes momentos.
- Eu gostaria, vamos falar com eles e ver o que pensam. Eu estou com fome, e você?
- Vou acender o fogo e assim a gente prepara um chocolate quente com um belo pão torrado na brasa. 
Havíamos comprado leite em embalagens descartáveis e muitas merendas. Poderíamos ficar ali por mais um dia que não haveria problema.
De repente, ouvimos vozes que vinham da outra barraca... era Lucas que ao acordar, começou a festejar com Letícia e falar com a gente.
- Alô, pombinhos! Hora de levantar, se alimentar, mergulhar e irmos para o sítio. Já acordaram? 
E gritava:
- Acordem! 
Ele falava e nós dois nos beijávamos, nos amassávamos... Estava tão bom aqueles abraços fortes, eu não queria soltá-lo por nada, naquele momento. O seu cheiro me excitava, e pela manhã, com todo aquele calor, meu sangue fervia. Entrelaçava a minhas pernas em seu corpo e ele falava:
- Sossega, assim você me deixa louco! Não vê que eles acordaram e estão chamando?
Eu queria deixá-lo louco, porque ao vê-lo assim, me sentia muito desejada. 
O olhei e pensei:
" Meu Deus, o que eu estava perdendo todo este tempo, este homem me deixa transbordando de desejo. Acho que não deveria ter omitido aquilo... depois, se ele vem a saber, talvez não confie mais em mim. Não, ele não vai saber, basta que eu não fale nunca! Vou esquecer isto, assim, não tem erro."
Respondi: 
-Tudo bem, vou me acalmar... 
E o olhando, dei um enorme sorriso malicioso para ele.
Que bom estes momentos...


- Já estamos acordados, Lucas. Faz tempo que acordamos... estávamos aqui namorando um pouco! Como foi a noite de vocês, dormiram tranquilos?
- Melhor não poderia existir. Meu amor dormiu agarradinha e foi bom demais!
Respondeu Lucas, alegre.
- Amigo, já que esta noite foi tudo muito tranquilo, nada de bicho perigoso, então que tal se a gente passasse mais um dia e uma noite aqui. Pescaríamos mais, poderíamos andar um pouco na mata, para ver macacos e pendurar em cipó. Que tal?
Perguntou Júnior.
- Só se for você que vai pendurar no cipó, porque eu em cipó não penduro de jeito nenhum e bicho perigoso você não viu, mas eu e Letícia vimos um aqui dentro da barraca por quase toda a noite. Depois com o tempo, ele amansou todinho quando dei comida de primeira para ele.
- Lucas, larga de ser depravado! A gente está falando sério.
Falei nervosa. Tudo acabava em sexo para Lucas, era o jeito dele...
Assim, responde ainda brincando, mas sempre com um tom sério.
- Mas eu também estou falando sério. Tinha mesmo, oras bolas.
Júnior não querendo estar por baixo, deixa a sua resposta.
- Desse bicho que você está falando, aqui também tinha um, mas ao contrario do seu, por mais que ele comia, mais ele ficava perigoso. Não é amor? Fala para ele o tanto que você sentiu medo.
E gargalhava. Não tinha jeito, aqueles dois, quando estão juntos, gostam de falar em duplo sentido. Percebi que para eles se tornou normal, mostrar o quanto são potentes.
- Amor, eu nem vou responder... 
E olhei para ele toda tímida, porque coisas assim, são somente minhas, é muito íntimo e não gosto de dividir com ninguém.
- Júnior, a gente até poderia ficar mais um dia, mas sei que se fizermos isto Antônio vai estar preocupado. Quando saímos do sitio eu falei que viria para cá e que ficaríamos apenas um dia e com estas coisas não se brinca. Ele pode pensar que aconteceu alguma coisa e com certeza vem aqui para nos socorrer. Ele é muito responsável e sabe que uma aventura como esta, existem riscos.
Falou Lucas.
Lucas é uma pessoa que gosta muito de diversão, gosta muito de se aventurar, mas quando tem de ser responsável, ele não deixa a desejar. Seus pais são muitos rígidos e sempre ensinou que tudo tem de ter disciplina na vida, que a responsabilidade faz parte de um homem que quer um dia alcançar o que deseja.
- Realmente você está certo. Deveríamos ter dito dois dias a ele. Agora não tem como remediar, não pensamos como deveríamos pensar. Aqui está bom demais! Vamos fazer assim, depois a gente volta se der.
Falou Júnior um pouco  tristonho...
Realmente aquela aventura estava muito agradável, eu mesmo não queria mais sair dali, havia perdido o medo. E só de imaginar em voltar e ter de fazer toda aquela caminhada de novo para estar ali, me deixava desanimada. Queria pescar novamente, pois, pescar, para mim, é fascinante. Eu havia pegado um peixe e desta vez estava disposta a pegar muito mais. Mas Lucas estava certo e assim, depois de um belo café da manhã e um delicioso mergulho, desmontaríamos as barracas e partiríamos. 
Letícia não falou nada contra ele. Ela sempre gosta de insistir e fazer ele mudar de idéia, mas desta vez ela viu que fazer Antônio vir atrás da gente, seria uma grande irresponsabilidade.
Ao sairmos da barraca, iniciamos a preparar o nosso café. A fogueira não seria difícil de reacender, bastava um pouco de lenha, pois, o local ainda estava bem aquecido. E assim, Júnior preparou tudo enquanto eu e Letícia arrumávamos a nossa desordem, preparando para a partida. Tudo foi muito tranquilo... Geralmente as formigas não deixam os alimentos em paz, mas nós fomos muito precavidos, deixando tudo muito bem fechado, deste modo, não tivemos nenhum problema. 
Quando terminamos de tomar um chocolate quente, torradas com maionese e outras coisas que havíamos de merenda, fomos para a cachoeira.
Tudo parecia andar muito bem... beijos, abraços, juras de amor. A cada momento que passava, eu ficava mais carinhosa com Júnior e seus olhos ao me olhar, sempre diziam que era realmente muito feliz!
A um certo momento da jornada, Lucas chamou Júnior para desmontar as barracas enquanto nós duas continuávamos a nos divertir na água. Desmontar barracas era obrigação dos dois e assim, eles ali ao desmontar, conversavam, gargalhavam...


Não sei o que foi que aconteceu neste momento, não sei o que os dois conversavam, mas quando voltamos para nos vestir, depois que tudo estava organizado, me aproximei de Júnior para lhe dar carinho e ele não sorriu, não beijou como de costume, não me olhava carinhosamente e sim com um olhar diferente. O abracei apertado, mas dele recebi um ligeiro abraço me dizendo:
- Vai se vestir com sua irmã. Vamos, Lucas nos vestir... você ajeitou os anzóis? Não podemos demorar, porque pode ficar muito tarde. 
Não entendi o seu gesto e toda aquela pressa... eu queria perguntar o que estava acontecendo, mas o momento não era propício para esclarecer a sua reação, que para mim era realmente muito estranha.
Me calei. Sentia a sua indiferença, e não quis procurar saber qual seria a razão, me afastei e fiquei a tentar descobrir qual seria a razão.


Seria inútil tentar perguntar, pois, parecia que ele não falaria naquele momento. 
Letícia me chamou e ao mesmo tempo veio para perto de mim e me perguntou:
- O que houve? Porque se distanciou?
- Você não notou? Júnior está estranho comigo... a pouco tempo atrás, tudo estava às mil maravilhas, e quando voltamos fui abraçá-lo e ele foi rude. Não entendi  o porque... Letícia, ele ficou assim depois que falou com Lucas. Mas o que Lucas poderia ter dito para deixá-lo assim?
- Vou perguntar à Lucas.
- Não! Deixa quieto... se tem alguém aqui que deve falar, terá de ser ele. Eu não gosto disto. Se tem algo errado, deveria dizer logo e não se alterar e me ignorar.
- Mas ele é assim, Olívia... ele se enraivece e se cala, já percebi isto nele. O melhor a fazer é, quando vocês se falarem, não esconder nada dele.
- Será que foi isto? Será que foi algo que omiti? Mas como ele poderia saber? Lembra que você me disse lá no armazém de não dizer que Pedro havia me procurado?
- Lembro. Mas o que isto tem haver? Ele te perguntou algo sobre isto? 
- Sim, me perguntou esta manhã e eu não contei este fato, seguindo o seu conselho. 
Você falou algo para Lucas sobre isto, Letícia? Não me diga que você contou a Lucas?
- Sim, para Lucas eu contei, mas não imaginava que ele poderia falar algo, será que este meu namorado não soube fechar a boca? Vou agora perguntar a ele. 
- Letícia, deixa pra lá. Não vamos complicar mais... eu só omiti, não menti... tudo que falei para ele, foi pura verdade. Falei coisas que venho sentindo, e outras coisas que não disse foi só porque não quis me abrir. Eu não queria ficar colocando fantasmas, que não me interessam mais, no meio de nossa relação que está tão agradável de viver e apenas começando. Se ele não soube compreender isto, se não veio falar comigo, então eu também não vou ficar aqui demonstrando agonia e tristeza. Vou continuar tranquila e se ele quiser falar, estarei pronta para responder... enquanto isto, vou ficar normal. Afinal, eu vim aqui para me divertir, chega de sofrer por alguém. Meu Deus, estou acabando de conhecê-lo! O certo seria conversar, não? Teríamos que ter mil esclarecimentos em momentos como este que está iniciando e não se fechar como ele está fazendo.



Minha irmã falava comigo e ele, lá de longe, não tirava os olhos de mim. Agora era tarde, já estava chateada, e para falar comigo teria que sofrer um pouco. 
"Porque os homens são assim... incompreensíveis? Faz uma coisa tão simples se tornar complicada. Se ele tivesse vindo a mim e falado, eu diria toda a razão por ter agido daquela maneira. Afinal não estava mais sofrendo desde quando iniciei esta viagem. Havia tomado a decisão de não querer saber mais nada do meu ex. Tudo isto aconteceu e eu nem falei com meu ex, só tive noticias... fico aqui a imaginar, se eu falasse com este ex namorado, qual seria então a sua reação.  
Sou dramática, sofro por pouca coisa, mas não gosto de construir dramas... quanto menos drama puder existir em minha vida, eu prefiro. Se algo não estiver me deixando feliz eu falo no mesmo instante, eu faço desaparecer. Falo, esclareço... doa a quem doer! E Júnior é diferente de mim neste sentido, ele se cala"....
Tudo estava organizado e nos preparamos para partir. O silêncio dominava... o meu retorno, por toda aquela trilha, não foi nada agradável até o momento em que estando muito distraída, machuquei o meu pé...
Neste momento tudo mudou!

Autora: Aymée Campos Lucas 
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capítulo 11

Todos os direitos reservados 


Para quem deseja ler desde o inicio o Livro, deixo aqui o link:


Passei o meu domingo a escrever e postar este capítulo. Escolhi um tema muito polêmico: A omissão e a mentira. 
Muitos consideram ter o mesmo sentindo, que ambas significam a mesma coisa, mas eu não acho que seja a mesma coisa. 
A omissão pode, sim, ferir alguém, pode até atrapalhar e interromper algo de belo que esteja nascendo ou que já exista da tempo.  Mas pode também não atrapalhar algo de bom e penso que tem como remediar. Enquanto a mentira, entra na vida de alguém, porque realmente uma certa pessoa está fazendo algo que a cada dia prejudica um relacionamento. Está criando novos caminhos, novas estradas separadamente, e mentir é o melhor remédio, até o momento que o prejudicado não descubra. Descobrindo, é destruição na certa, mas ao mesmo tempo, um alívio para o mentiroso.
Este é o meu ponto de vista... E o seu, qual é?


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - X

Onde Nasce uma Paixão

 - Talvez, Lucas tenha conseguido pegar algum... se conseguiu a gente vai assar, nesta noite, na fogueira. Você vai ver como é legal aqui de noite, não precisa sentir medo, o fogo nos protege e a barraca é muito fechada, não tem nenhum perigo.
Todo carinhoso querendo dar proteção.
Quando ele saiu para falar com Lucas, pode perceber que se ele não pescasse não teria peixe, pois, Lucas também se enfiou dentro da barraca deles. 
Então, Júnior preparou o anzol e lá fomos nós pescar, ali por perto.



E assim, a estória continua...
Quem? Só Você... Mais Ninguém!

Nos afastamos um pouco da cachoeira, porque Júnior falou que para pescar seria melhor em um lugar mais tranquilo...
- Agora, devemos fazer bastante silêncio, porque esta noite quero assar um belo peixe para você! Os peixes não gostam de barulho.
Falou todo concentrado.
O mais curioso foi que percebi que ele queria fazer todos os agrados para mim, mas ao mesmo tempo, mostrar que era ele que estava no comando desta relação que estava nascendo... eu percebi isto.
Depois que fizemos amor, se sentiu mais poderoso e queria mostrar para mim que era melhor que tudo que já tive em minha vida, queria me mostrar que era o melhor!
"Porque na vida da gente, algo tão belo surge e cultivá-la ao longo do tempo seria praticamente impossível? Vivíamos tão distantes um do outro... dois jovens ainda dependentes dos pais, sem dinheiro no bolso para poder utilizá-lo em viagens e fazer crescer cada vez mais este amor... quando penso o quanto estou me envolvendo e o quanto será difícil, depois de tudo, estar longe dele, tem hora que não me dá nem vontade de beijá-lo, só para não sentir sua falta mais tarde, lá no futuro não tão distante".
Já que ele falou que eu deveria fazer silêncio, fiquei a pensar e muitas vezes, falava bem baixinho:
- Eu também quero pescar um pouquinho, você deixa?
Pedi a autorização dele, para que ele continuasse pensando que era ele que comandava... ele ainda não me conhece tão bem, e quando perceber, vai ver que quem manda aqui sou eu... claro que sou eu!
"Tem certas coisas que usamos para demonstrar esta ingenuidade, do tipo: Posso fazer isto? Posso fazer aquilo? E assim, a gente vai ganhando terreno, e quando ele menos espera o território é meu... só falta explorar melhor!"
- Claro, linda! Você já pescou alguma vez?
- Sim, muita vezes, quando criança... passava os meus  períodos de férias na fazenda da tia do meu pai e lá, eu vivi a minha infância aprendendo e fazendo de tudo. Pescávamos muito. Foi meu pai que me ensinou... usávamos como iscas a minhoca, mas eu tinha nojo delas! Toda vez que o peixe roubava uma, era meu pai que colocava, de novo, outra no anzol. Com o tempo passei a ter coragem de colocar e conseguia até pegar peixes, mas eram sempre pequenos. Havia Lambaris e Piau. Para mim era o máximo quando conseguia pegar um Piau!
Era muito bom! Vivi uma grande infância. Havia também uma mata, um enorme pomar de laranjas onde eu, minha irmã e primos sentávamos debaixo de um pé de laranja e enquanto não terminavam as laranjas a gente não saía de lá... era tudo muito bom, muito alegre. Me lembro que uma vez, meu pai queria me ensinar a montar em um cavalo e quando estava em cima dele, me sentindo toda importante, eu caí do cavalo. Desde então, nunca mais tive coragem de montar e aprender a galopar novamente. Agora, eu tenho medo!


- Medo de quê? Andar a cavalo é maravilhoso! Lá no sítio tem... Antônio tem uns três ou quatro e são mansos. Quando estivermos com tempo a gente experimenta. Você monta comigo, assim passa o seu medo.
- Tudo bem, com você eu posso até experimentar.
- Se sente segura do meu lado? Você confia em mim?
"Que pergunta difícil de responder... eu não o conheço tanto para saber se posso confiar nele. 
Mas como não posso confiar, se o que estava vivendo, me fez me entregar plenamente... meu corpo era dele naquele momento, meu respiro se unia com seu respiro e coisas deste tipo. Com esta entrega total eu teria que confiar nele, era óbvio...
Ele fez duas perguntas diferentes e somente uma, eu teria a resposta... Me sentia segura com ele, mas confiar nele eu ainda não sei. Ele teria de me provar muito mais coisas, para acreditar que seria para mim uma pessoa confiável... 
Eu vivi um relacionamento de quatro anos... eu sorria, chorava, respirava, pensava, me emocionava, aprendia.... tantas coisas eu fazia junto a esta pessoa que eu pensava de confiar, e no meio de um grande crescimento, ele foi fraco e me decepcionou. 
Não sei o que significa bem esta palavra confiar... A gente pode confiar, mas lá no futuro, quando a pessoa que você confia verdadeiramente, resolver viver outra vida, seguir outra estrada onde você não pode passar junto à ele, a confiança desaparece. 
Então, confiar eu confio até que ele não me decepcione... Talvez, nunca irá me decepcionar, somente o futuro é que sabe disto... Só sei que éramos jovens demais! Talvez, seja eu mesma a decepcioná-lo, quando ao longo do tempo, eu encontrar uma estrada só minha".
Evitei um pouco em responder a sua pergunta. Entrei em pensamentos e depois o olhei e respondi:
- Eu me sinto sim, segura ao seu lado!
Sorri, com os olhos a cintilar! Mas não respondi as duas perguntas... ele não percebeu.
Ali, estávamos nos conhecendo. Eu falava um pouco de mim, minha família e ele também contava a sua história... Tinha um irmão menor e uma irmã um ano mais velha que ele. 
Esta irmã, que ele adorava tanto, estaria se casando no final do ano. Ele até me convidou, para que neste período fosse estar com ele. Me disse que seria um momento muito especial para ele, por amar tanto sua irmã. 
Estava vivendo um período de férias de verão junto à ele e... ele estava fazendo planos de estar comigo até o final do ano! Significa que eu teria um namorado à distância. Significa que eu teria um namorado!
Não sei se conseguiria viver um relacionamento à distância. Meu corpo é muito jovem, meu corpo pede prazer constante... não sei se esta história poderia durar ao longo do tempo como ele estava imaginando... Por mais apaixonados que nós estivéssemos, não acredito que suportaríamos ficarmos longe um do outro, e pior... sem sentir o prazer de nos tocar. Principalmente ele que é homem. Eu penso assim e... Aí sim, a confiança não existiria. A cada dia, estando distante, sei que outros seres surgem e nos consomem...


Eram momentos inesquecíveis que estava vivendo. Ele ali a pescar e... carinhosamente a me olhar e me beijar. Eu adoro beijá-lo!
Para mim era como se existisse só ele... mais ninguém. Eu emocionalmente estava me envolvendo a cada instante e penso que ele também.
Ao conversarmos, ele falou de um término de namoro a alguns meses atrás. Disse de ter sido um namoro muito duradouro e no final, se separaram por razões banais, como incompreensão de atitudes, rejeição da família dela, que ao passar do tempo, desejava para filha tudo diferente que ela estava vivendo. 


Ele me contou tanta coisa de sua vida. Falou que estava cursando uma faculdade de arquitetura, disse de ser um apaixonado em criar projetos casas. Adorava construir fachadas de casas e disse que quando se casasse, iria criar a casa dos sonhos de sua mulher. 
" Se meu futuro fosse ao lado dele, eu já teria a minha casa, melhor ainda... A casa de meus sonhos. Nem vou me ousar em dizer isto, não posso fazer projetos tão futuros ao lado dele. Dizer que só existirá ele e mais ninguém... Teria que ser ele a dizer, assim eu confiaria mais em sua pessoa e a minha vontade de insistir em estar com ele, mesmo estando distante, aumentaria. Porque ele não disse? Talvez, seja porque pensa o mesmo que eu. Esta coisa de namoro distante, ele deve pensar que não funcionaria então... Para que fazer promessas falsas? Mas eu queria tanto.... Ouvir promessas de amor eterno me faz ser uma pessoa mais forte, confiável... Me faz ser fiel!"
Estava ali a pensar... E a cada pequeno dizer dele, eu pensava coisas que ultrapassava os limites realizáveis.
Me olhou e falou:
- O que estava pensando? Eu sei que quando você faz silêncio você está pensando em algo. Eu, muitas vezes, sinto vontade de saber o que você pensa, mas também sei que é um momento muito seu... Como quando eu penso... são segredos que vivem dentro de mim. São protegidos, como se houvesse uma chave e outros só poderão saber se eu me abrir, mas nunca me abro e vejo que você também não!
- Júnior, que coisa linda que você disse... Eu nunca pensei assim, mas você tem toda razão. Difícil outro invadir, são segredos.
Falei e o beijei, não queria contar meus segredos.
Quando estávamos nos fazendo carinho, vai que surge um peixe no anzol e começa a balançar a vara de anzol. Ele parecia grande, porque pesava ao tentar fisgá-lo. Que emoção! Não sabia o que fazer, fiquei excitada e gritava:
- Por favor, não deixe ele escapar, não deixe!
- Nossa, que lindo, veja só, linda, peguei! 
- Amor ele é grande!
E foi naquele momento que pela primeira vez o chamei de amor! Ele sorriu sem parar, me olhava todo contente, então, perguntei:
- Está contente assim porque conseguiu pegar um peixe? Nossa, olha o seu rosto quanta alegria!
- Não... não é por causa do peixe. Foi porque te ouvi me chamar de amor. Eu adorei! Eu sou seu amor? Diz de novo, diz!
- Sim... Eu estou sentindo isto. Você é o meu amor e agora mais que tudo!
E sorriamos e beijávamos, quando ele, ao mesmo tempo, trazia o peixe para perto de nós, que ainda saltitava como se lutasse, tentando escapar de toda aquela crueldade que fazíamos e mesmo assim, nos sentíamos felizes.
- Sabe o que eu queria agora, depois de pegar este peixe grande!
- Prepará-lo para o jantar?
- Não! Outra coisa. Queria fazer amor... Eu fiquei muito excitado, sabia? Pegar peixe grande assim não é sempre que acontece, não! Isto me deu anima, muita vontade de te acariciar toda!
- A gente vai ter toda a noite para se curtir... não inventa.
- Mas eu quero agora!
- Augusto Júnior, sossega!
- Mas não quero sossegar... E aqueles dois que sumiram. Eu estou é com inveja.
E sorriu me olhando, quando naquele momento que ele falou, minha irmã lá de longe grita:
- Já pegaram algum peixe?
- Eu não, mas Júnior sim... pegou apenas um. Vem para cá pescar também!
Gritei.
- Pede para Lucas trazer mais iscas, amor.
Falou todo concentrado, como se tivesse outro peixe pronto para ser pego.
- Lucas! 
- Não gritar! Assim atrapalha e os peixes vão embora.
"Veja só como se sentia no comando. Parecia que era um pescador nato! Deixa ele dar suas ordens, depois eu dou as minhas."


Depois de nos aventurarmos muito com toda aquela pescaria e conseguirmos pegar três peixes... Sendo que um, foi eu quem pegou, e por sinal muito grande, maior que todos os outros... sobrou para Lucas que não pegou nenhum, limpar os peixes.
Todos nós mergulhamos para nos lavarmos e depois, enquanto eu e minha irmã nos vestíamos, conversávamos de tudo um pouco e... Eles foram acender a fogueira, com todas as lenhas que também havíamos recolhido pelo caminho.
Tudo estava fenomenal, alegre e a noite estava surgindo cada vez mais. Comemos os peixes e algumas outras merendas... Não era bom estarmos ali fora por muito tempo, eu sentia medo e minha irmã também. Assim entramos os quatro em uma só barraca para nos divertirmos com piadas contadas pelos homens, nos fazendo gargalhar muito, tomamos vinho e depois cada um foi para sua toca, seu ninho de amor!


Ainda não havia o silêncio que deveria ter, pois, os dois não se contentaram em se separarem e começaram a se falar através das barracas. Faziam insinuações sobre o que poderia acontecer pela noite... As barracas eram bem próximas uma da outra pois assim nos sentíamos mais protegidos, então, diziam de não gritarmos muito:
- Ei mano... Júnior, você esta me ouvindo?
- Nossa, se estou te ouvindo? Daqui sinto até as batidas do seu coração, cara!
- E, o quê vamos fazer na hora que as Sucuri aparecerem....
- Eu acho melhor não gritar não, porque senão, uma delas acaba sumindo de tanto que vai encolher...
- Só se for aquela que você vai vigiar, porque a minha não encolhe não! Na hora do grito, ela gosta é de atacar.
- Cuidado, porque a sua mulher é muito macha, pode querer te socorrer socando paulada nela!
- Se ela fizer isto, ela vai sofrer depois, quando começar a recordar o que fez com o bichinho, aliás bichão né!
E gargalhou!
- Gente, vamos ficar quietos... Tá na hora de dar carinho!
Assim falei, despertando aquele homem lindo que estava do meu lado, doido para me beijar! 
E a noite, então, se fez com todo o silêncio que poderia existir... Sentia cantos de coruja e muitos outros barulhos estranhos. Eu tinha medo, muito medo. E então, o abracei e falei:
- Me faz esquecer todo este som que tem lá fora!
- Eu não vejo a hora! Que cheiro bom o meu amor tem!
- Sou seu amor agora, é?
- Desde quando te vi e te toquei... te senti o meu amor!
- E' tão bom escutar isto, principalmente vindo de você que já gosto tanto!
E me beijava ardentemente...


Porque todo este silêncio? Na verdade eu queria agora era suspirar forte de uma maneira diferente fazendo surgir sons...  Suspirar sem parar. 
O porque de suspirar? Eu estou fazendo amor! E' tudo uma loucura, ele está me deixando cada vez mais alucinada de prazer!
Mas o silêncio insiste em reinar... Se sente apenas suspiros profundos, olhares, apertos, quando sua mão firma o meu rosto, desejando que eu o olhe por todo tempo.
Pensamentos surgem:
"Mas não é assim... Não pode ser assim!
Muitas vezes, quero olhar para o corpo dele, quero fixar meu olhar em suas pernas, tudo que tem de perfeito e imperfeito. 
Que êxtase... Fazer amor é como se drogar. A droga mais perfeita que possa existir. Quando se encontra alguém que se deseja, dá tanta vontade de utilizar esta droga, a todo instante... Agora, neste meu momento, o que está acontecendo é diversão a todo vapor! Sexo é puro prazer, pura diversão, pura droga! Apesar de saber que os riscos são tantos, não dá vontade de parar... mas uma pessoa que sabe se controlar, não se vicia, simplesmente aprende que seu uso deve ser controlado, deve ser vigiado pelo casal que está usufruindo.
Quero silêncio, eu prefiro continuar com este silêncio... Quero senti-lo ao tocá-lo com caricias por toda parte, mas ele insiste em falar e faz perguntas em meu ouvido. 
Eu estou na flor da pele e quando ele faz assim me desconcentro no que eu pretendo atingir, onde eu quero chegar. Sou egoísta, eu penso em mim...  E ele tem de saber me agradar, primeiro eu, primeiro eu! 
Perguntas assim como estas que ele faz, não podem fazer parte de um momento sexual. Seria o mesmo que se eu dissesse; Ande logo preciso lavar roupa! Não se pode! Não se diz! Assim não vale... Ele se esquenta e eu esfrio, será que ele não entende, vou ter de explicar?
Prefiro mil silêncios, mil toques em minha pele, mil beijos que palavras sem nexo... essas coisas devemos falar no início, no momento que se olham e conversam para se esquentar... Seria a primeira parte do manual do amor. E ele insiste de sussurrar"...
- Me diz... vai me diz... você esta gostando?
"Mas é claro que eu estou gostando! Isto é óbvio... Olha só a minha respiração! Será que por acaso você pensa que eu estou inventando tudo isto?" 
Que pensamentos, já estava nervosa... Ele estava mesmo me esfriando."
- Sim... 
Suspirei baixinho.
"Agora não diga mais nada... Não me atrapalhar. Quero me sentir em uma queda de para-quedas...  Eu quero me sentir voando, voando... Esteja calado, por favor!"
- Ele é melhor do que eu?
" O que? O que você está dizendo? Ele? Ele quem? Não é possível que você está fazendo isto comigo? Porque os homens são assim, desmanchas prazeres... Neste momento, com uma pergunta como esta, eu não só esfrio, mas também... Caio sem para-quedas do ar!
Ele quem? O primeiro amor... aquele que conheci na praia? O filho da minha professora? Quem?
Como pode trazer para nosso ninho todos estes fantasmas? Só para saber se ele é potente? Espera, que quando eu sentir eu digo, não precisava trazer todos aqui. Agora, o que eu quero é somente uma coisa... E o que ele me fez pensar agora é: Será que ele está sendo melhor que meu ex? Me está fazendo pensar isto e a segundos atrás, eu pensava que meu ex nem existia mais.
Assim não vale, isto tem que ter um fim! Se ele quer fazer amor comigo, se ele quer ser meu namorado ou quer que eu viaje para bem longe ao seu encontro, para estar com ele, terá de mudar e muito!
Depois com o meu jeito tranquilo de ser, eu explico o que senti... Agora, respondo para ele se calar assim:"
- Você é melhor que todos! Só você... mais ninguém!
" Isto poderia ser falso, porque cada um que passou em minha vida teve seu jeito especial e não seria aqui, neste momento, em que estava explodindo de prazer, que iria falar coisas deste tipo, mas bem que ele merecia... Assim o faria esfriar como ele fez comigo"...
- Amor, não fala, faz amor gostoso comigo!
E assim o silêncio reinou, meu sangue começou novamente a borbulhar e esquecer aqueles momentos negros, foi muito fácil!
Eu acho que estava realmente gostando dele!
Dormimos como dois apaixonados, dormimos bem agarradinhos...


E, a manhã se fez! Eu ali com minha florzinha colhida naquela mata, fiquei a brincar de bem me quer... mal me quer... no final, a minha resposta foi aquela que desejava... bem me quer! Eu tenho sorte e estou muito feliz!


Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco,Todo Mundo quer um Pouco
  Capítulo 10
Todos os direitos reservados 



Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link:


Décimo capítulo pronto! Para mim, mais uma vitória, e espero que gostem... que se alegrem e se emocionem...
Em breve, surgirá a mais um capítulo.



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