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Eu Gosto Muito de Escrever... Na Verdade, Eu Amo Escrever.



sexta-feira, 29 de abril de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XVIII

Onde Nasce uma Paixão

Eu, imediatamente, fui ao seu encontro... Passei por todos em total velocidade. Quando me aproximei dele, o abracei muito forte e o beijei olhando em seus olhos dizendo: 
- Amor, eu amo você, me desculpe! 
Me desculpe por não ter falado nada de meu pai.  Te contaria, mas não achei que fosse o momento. Tudo tem seu momento, tudo, amor! 
- Faz o favor de ficar calada, amor, e me beija! 
Ali, na varanda, entramos em uma porta que nos levava ao banheiro, e foi neste banheiro mesmo que fizemos amor! 
Aquele banheiro foi melhor que qualquer cama macia!
Capítulo 17

E assim, a estória continua...
Gostos diferentes... Funciona?

Eu gosto do campo... Ele da cidade...
Eu gosto de sal... Ele de doce...
Eu gosto de Ler... Ele de assistir tudo na TV
São modos de ser diferentes, desiguais... Nem rimar eu consigo mais!

- Mas você gostou? Achou bonita?
- Ela é muito bonita... muito! Você não imagina o quanto a desejei quando a vi, mas seria impossível para mim possuir uma beleza como aquela.
- Eu penso diferente, Juliano... Nesta vida nada é impossível, basta você acreditar e lutar pelo o que você deseja com todas as forças.
- Talvez você tenha razão, Lucas.
Lucas, quanto a noite de ontem, eu queria te pedir desculpas, afinal, toda aquela confusão se iniciou por causa de algo que um dia fui capaz de fazer e isto deixou Letícia desconfiada e insegura.
E sobre Júnior, eu sinto muito, também, sobre tudo que ele falou... em me ver uma pessoa não confiável, em parte ele tem razão... eu não esperava, mas...


Derrubei xícaras pelo chão assustada, causando um enorme barulho, interrompendo aquela conversa que eu, estando ali na cozinha, escutava minuciosamente cada palavras. 
Ao perceber que aquela conversa estava chegando a um final assustador, de propósito joguei todas as xícaras no chão depois de ter passado horas no tanque, lá de fora, a lavá-las. 
Foi o único jeito que encontrei, naquele momento, para interromper a confissão que Juliano estava para fazer.
Eu tinha acabado de acordar deixando Júnior ainda dormindo e fui logo para cozinha desejando preparar um café. Café eu sabia fazer... As merendas estavam prontas, pois Cornélia não deixava faltar. 
Não havendo xícaras limpas fui lavar, mas não vi ninguém, ali fora. Pensei que todos ainda dormiam e que Juliano tivesse ido embora, mas ao entrar, eles surgiram de algum lugar e se sentaram na varanda começando a falar coisas. Pareciam falar de mim... "Muito bonita... impossível..." Chegando ao ponto de querer fazer confidências à Lucas!
Sozinha pensava:
"Ah não! Não poderia permitir isto de jeito nenhum! Tudo bem que fez elogios e que Lucas o incentivou mas... Chegar ao ponto de dizer que pegou na minha mão, não! Isto eu não iria permitir, de maneira alguma!
Mas será que falavam mesmo de mim? Era o que parecia... fazia sentido as palavras, porque eu sou bonita, sou impossível para ele..."
- Bom dia, sua desastrada!
Falou Lucas depois que entrou ligeiro para ver de perto o que tinha acontecido, que barulho era aquele.
- Lucas, me desculpa, depois de lavar todas estas xícaras, elas escorregaram da minha mão, acho que tinha sabão ainda!
"Nossa, quanta mentira! Será que eles engoliram?"
- Não preocupar cunhada, era apenas xícaras e ali dentro do armário tem muitas delas.
- Olá, Olívia, dormiu bem?
Falou Juliano, olhando sorridente para mim.
- Por que?
Perguntei por estar nervosa e não sabia o que dizer, então preferi dizer cretinices fazendo ele não me entender...
-Por que o quê?
- Porque quer saber se dormi bem? 
- Curiosidade... apenas curiosidade!
Respondeu carinhosamente mas eu continuei indiferente...
- Sim eu dormi muito bem. Estava até agora nos braços de Júnior... seu calor me aquecia que nem precisava de roupas.
- Minha nossa, Olívia! Você acordou com as macacas!
Falou Lucas rindo e...


Juliano não se dando por vencido responde:
- Realmente estava muito quente. Não havia ninguém em meus braços, mas ao dormir pensando em alguém que tem me deixado louco, eu sentia calor! 
" Ah, meu Deus... eu sou seu calor! Eu sei que sou!"
Pensei delirando...
Ele me atrai demais e ao ouvir falar frases assim me derretia toda...
Mas não daria o prazer a ele de saber que me atrai. Ele não merece nada de mim! 
Ele é muito audacioso, não tem medo de se expressar e sai dizendo coisas perto de Lucas, que vergonha!
Assim respondi drasticamente esquecendo que Lucas estava presente.
- Não suporto insinuações como esta.
- Espera aí, deixa eu entender... não vai me dizer que aqui es nascendo algum interesse? É isto, Juliano? Foi Olívia que te provocou calor?
Minha nossa Senhora, Juliano! Então foi por isto que...
- Hei, hei, hei, espera ai, Lucas, aqui não está nascendo nada, não. Eu só falei assim, porque ele brigou com Júnior e eu fiquei chateada.
- Eu não briguei com Júnior, Olívia  quem brigou foi ele. Eu só havia dado conselhos para estar do seu lado, pois, achei que você queria carinho.
Falou Juliano se defendendo.
- Vamos parar com esta conversa antes que Júnior acorde e escute. Eu estou impressionado!
Juliano, tira os olhos de cima dela, você está demonstrando demais, cara! 
Você está com cara de bobo ao olhar para Olívia.
Falou dando risada sem fim...
- Você chegou atrasado, cara, agora sofre! 
Lucas era assim, tudo para ele terminava em brincadeira. Então, falei:
- Lucas, quer parar de falar assim. Esta coisa de chegar atrasado... eu não sou objeto que todos podem tirar proveito.
- Cheguei atrasado mesmo, você tem razão, Lucas! Sua cunhada é linda demais! Tudo indicava que seria eu a conhecê-la, mas alguém veio lá do fim do mundo sem que ninguém pudesse imaginar, entrou nas terras que eu vivo e encontrou a pessoa que poderia ter tido a oportunidade de me conhecer e ver que não sou esta pessoa monstruosa, que Júnior fez parecer. 
Para mim ele não passa de um inseguro e ciumento. Sou um pouco parecido com ele em uma coisa... eu sou ciumento. E confesso aqui na frente do meu amigo Lucas, que estou sim, morrendo de ciúmes por tudo isto e raiva da tamanha falta de sorte, por ter estado longe por todos estes dias atrás. Poderiam ter sido diferente se eu estivesse aqui.
- Juliano? Nem sei o que dizer... você realmente está estranho...
E gargalhava sem parar ao dizer.
Juliano ao contrário de Lucas ao falar parecia levar muito a sério:
- Estou chateado, Lucas. Chateado porque, ontem, tive de ver uma pessoa levantar os punhos para mim e eu fiquei sem fazer nada, por respeito a você, Lucas. 
Eu não permito a ninguém que me fale como ele falou ontem. Somente minha mãe fala daquele jeito comigo a qualquer hora que ela quiser, outros não.
- Mas, você se meteu na vida dele... talvez, ele tenha se sentido ameaçado com a sua invasão...
Falei olhando para ele tentando achar uma resposta...
- Isto é verdade, Olívia está certa. Talvez tenha se sentido ameaçado porque você desejou fazer algo que ele não fez e ainda por cima, Juliano você descreveu para nós o que faria, lembra?
- Sim, mas só queria ajudar. 
Depois olhou para mim e disse:
- Você deve estar certa sim, Olívia, talvez, seja isto ou ... você contou para ele?
Falou Juliano relembrado do toque de mão.
- Contou o quê? Ei, gente, não me deixem curioso.
- Nada, Lucas, não tem nada para contar, que loucura!
- Tem sim, eu sei que tem...  Nossa Senhora, isto aqui  parecendo novela de primeira! Fala Juliano, porque se depender de Olívia eu não fico sabendo de nada. 
Neste momento, olhei para Juliano como se estivesse implorando a ele silêncio...



Eu conhecia Lucas e se uma coisa como aquela fosse revelada, nada mais seria igual. Ele iria fazer com que todos ficassem sabendo. Mas Juliano entendeu o meu olhar e falou outra coisa para despistar:
- Não é nada, Lucas... foi só porque eu olhei muito para ela, ontem, olhei por toda a noite e pensei que ela pudesse ter dito a Júnior, só isto.
Entrei em seu jogo e respondi:
- Eu não falei nada! Não sou doida de estragar algo que eu estou gostando tanto de estar vivendo.
- Dizem que quem se silencia por algo insignificante, é porque na verdade não foi insignificante assim!
Insinuou Juliano.
Mas como era petulante! Ele despistou em uma coisa e começou outra...


- Bom dia, vida! Me deixou sozinha lá na cama... Morri de saudades! 
Graças a Deus minha irmã chegou e interrompeu esta conversa... Chegou enchendo Lucas de beijo parece que a noite foi quente.
- A gente estava conversando um pouco aqui... 
Falou Lucas
- Do que falavam? Nossa, eu estou com muita fome! Quem quebrou as xícaras?
Falou Letícia ainda sonolenta... Então, respondi:
- Fui eu, escorregou das minhas mãos, depois que tive o trabalho de lavar.
- Não sei porque você inventa de fazer estas coisas... Gente, Olívia é um desastre na cozinha.
- Também não é assim, Letícia, você está exagerando.
Falei deste modo porque sabia que a conversa mudaria de rumo, pois ela iria começar a apontar os meus defeitos.
- Exagerando nada, se você souber fritar um ovo, eu posso dizer que já é o máximo de suas maiores aventuras na cozinha e ainda por cima, sai duro como uma sola de sapato.
- Letícia,  não começa... Toma seu café porque, daqui a pouco, nós vamos lá na Cornélia. 
- Vida, você leva a gente antes de ir no armazém?
Falou Letícia toda dengosa...
- Não... vocês podem ir de cavalo. Juliano vai estar por aqui, então, ele prepara os cavalos para vocês. 
- Mas eu não sei montar, tenho medo!
Falei envergonhada. Letícia já havia me desmascarado sobre ser péssima na cozinha e agora também, estou mostrando de ser um desastre com cavalos...
Então Juliano falou:
- Se você não se importar, eu te levo no meu cavalo e Letícia vai no outro. 
Falava com muita educação, como se não houvesse nenhum problema em estar perto dele. Como se fosse indiferente a mim, mas não era... Se estivesse ao lado dele, eu sei que algo ele faria, sei que não deixaria o momento escapar e eu queria!
"Eu queria subir em seu cavalo, eu queria ter de segurar nele, enquanto ele galopasse comigo. Eu queria que ele me tocasse nas mãos novamente e desta vez, eu queria que fizesse por todo o tempo, até chegar na casa de Cornélia" 
Delírios... Delírios!


Juliano falava e eu delirava, indo sempre pro mundo da lua! Pensar nele me levava no mundo da lua!
- Eu também tenho que ver Eduardo. Quero aproveitar, já que estão indo, para fazer vocês verem as areias do rio que tem nas terras onde mora Cornélia. Vocês irão gostar demais e tem como se bronzear... Olhando, parece demais com as praias do rio Araguaia. Tudo é muito bonito! 
- Que maravilha, eu adoro me bronzear!
Falou Letícia toda contente porque agora, ter de ir na casa de Cornélia, se tornou agradável!
- Quando eu voltar do armazém, vou até lá para  encontrar vocês, assim, vocês voltam para casa comigo de carro e eu e Júnior aproveitamos para nadar um pouco.
Olívia, por que será que Júnior ainda não acordou? Vai lá no quarto chamá-lo, pois, daqui a pouco sairemos.
Falou Lucas.
Assim fiz, deixando todos sentados na cozinha, por alguns minutos, mas depois, todos saíram para organizar alguma coisa.


Entrei suavemente e me deitei do lado dele para dar um pouco de carinho. Eu me senti rejeitada quando o abracei. 
Tinha momentos que achava Júnior tão diferente de mim! Eu queria uma coisa e ele fazia outra... Ele ao me ver, me pediu que chamasse Lucas, ele estava se sentindo mal, sentia tonteira e vontade de vomitar. Talvez, foi por isto que estava indiferente, mas eu me enraivecia com suas atitudes, não gosto de implorar carinho, acho que carinho tem de ser doado com muita vontade, mesmo se estiver se sentindo mal.
Neste momento, falei:
- Foi por isto que não se levantou antes? Todos nós estávamos na cozinha tomando café e você não veio. Eu vou chamar Lucas.
Bati na porta do banheiro porque Lucas estava dentro e falei:
- Lucas, Júnior não se sente bem!
- Responde agitado:
- Espera... estou super ocupado agora, preciso de momentos de paz... Fala com Juliano.
Eu estava parecendo um pombo correio levando recado daqui e dali... Juliano estava lá fora, então fui ao encontro dele para pedir ajuda. 
Explicando tudo para ele, não sabia se falava ou se olhava seu rosto, toda  sem graça... Tinha algo nele que me despertava os sentidos, mas tentava não demonstrar. Acho que era impossível porque ele retribuía... Ele falava sempre olhando profundamente em meus olhos e eu abaixava os meus.


Falou que se Júnior se sente mal, deveria ser por causa da noite de ontem. Dizia que provavelmente foi o vinho que causou isto e que era simples a cura, bastava tomar um belo chá!
- Vou preparar um chá amargo para ele, de seguro foi o vinho que fez ele se sentir mal. Talvez, não tenha o costume de beber.
Falou Juliano recolhendo aquela erva.
Ele já sabia que mato pegar. Bem ali perto da gente, havia todos estes matos que ele pegava dizendo de se chamar boldo.  Pegava e sorria para mim. O sol brilhava em seu rosto que demonstrava feliz de estar podendo viver aquele momento ao meu lado.
Aproveitei que estava sozinho com ele e falei algo que provocou desprazer...
- Tudo que você falou antes me deixou em pensamentos. Parecia que estava falando realmente com raiva de Júnior... Juliano, eu queria muito que você e Júnior não brigassem mais. Tudo isto aconteceu desta maneira, não tem como mudar. Eu gosto dele.
Eu falava uma coisa e demonstrava outra.
- Então, eu acho que você deveria falar isto era com ele e não comigo. Afinal, é ele o seu namorado não eu... apesar de... 
Deixa pra lá! Não quero mais falar disto, não é hora!
- Eu digo isto para você, porque se esta briga continuar eu não vou poder estar perto de você, ele sentiria raiva se fizer isto, mas eu queria poder falar com você!
- Por que? Por que sente vontade de falar comigo?
- Oras, porque eu gosto. Eu te acho simpático, inteligente, uma pessoa agradável de conversar e também porque eu gosto muito de sua irmã.
- Olívia, não foi você quem brigou comigo. Se você deixasse de falar comigo, estaria deixando ele te dominar. Você tem direito de falar com quem você quiser. Ele não pode vir até a você e te proibir coisas, não pode proibir de ser você mesma. Lembre-se que vocês estão apenas se conhecendo e... Olivia, este seu pedido,neste momento, acho seria impossível de concretizar. 
Um pedido como este não tem mais jeito... Já nasceu a antipatia, entende? 
Ele teve reações muito negativas em meu confronto, mas não irei criar confusão de nenhuma forma. Esteja tranquila porque eu também não quero deixar de falar com você. 
Não... definitivamente isto seria impossível, porque eu gostei de você! Eu gostei muito de você!
Agora, vamos preparar este chá para ele. Você sabe fazer chá?
- Não, nunca fiz porque não gosto de beber chá, eu acho horrível.
- Este aqui, então, você não iria gostar de jeito nenhum... ele é igual fel, mas cura como ninguém!
Falou me mostrando aquele monte de mato na sua mão. Eu gostava muito de falar com ele, eu gostava demais do sorriso dele para mim!
Eu comecei a pensar naquele momento, pensava que todo aquele mato poderia ser na verdade um lindo bouquet de flores que ele havia colhido no vasto campo para mim! 
Meus pensamentos estavam se tornando perigosos! Muito perigosos... até eu mesma estava sentindo medo! 
Júnior estava tão longe daquele meu momento, e eu nem pensava nele!  Mas era só imaginação... Perigosas imaginações, nada mais!


Momentos depois...
Júnior tomando o chá havia melhorado da água para o vinho. Aliás... do vinho para a água!
- Júnior e Lucas entraram no carro, em direção ao armazém, depois de se despedir carinhosamente. Tinha momentos com ele que eu gostava demais! Eram muitos, mas havia aqueles momentos em que ele me olhava e me beijava com as mãos coladas em meu rosto, como se quisesse dizer o quanto eu era, para ele, já importante. Estes momentos me cativavam ainda mais!
Antes dele partir, eu havia dito que por não saber montar, iria de carona com Juliano. Ele se opôs, dizendo que era melhor se eu fosse com minha irmã, mas Letícia não se sentia capaz de me levar, por não ser tão habituada com animais. Sentia medo de errar, por eu estar junto a ela no cavalo. Então, ele não teve como reclamar, assim se silenciou. 
Falei para acalmá-lo:
- Amor, este trajeto será uma coisa rápida e Letícia estará sempre ao meu lado, não se preocupe.
Depois o olhando mais carinhosa ainda, falei que ele deveria mudar seu comportamento, pois até o chá, tinha sido Juliano que preparou para ele. Seria horrível continuar brigando. 
Ele me olhou e falou:
- Amor, Juliano é a pessoa do meu sonho!
Respondi tentando tirar estas ideias da cabeça dele:
- Amor... mas que pensamentos são estes? Você ainda pensa naquele sonho? Amor, foi um sonho, apenas sonho. Eu não deveria ter lido aquele livro para você... Por favor, esquece isto.
O beijei como se quisesse acalmá-lo e disse:
- Não vejo a hora de ver você me buscar, volta logo!
Vi um sorriso em seu rosto, um sorriso me bastava, para saber que ele não estaria mais chateado.
Mas mesmo assim ele fala:
- Não queria estar longe de você, não queria ter que ir no armazém mas tenho de ir porque Lucas me chamou, senão nem iria!
- Amor, vai tranquilo... estarei te esperando.
Para dizer a verdade, eu achava delicioso isto que estava acontecendo. Saber que ele sairia e eu o esperaria. Isto me causava saudades!
Como estava dividida, nem sabia mais o que eu queria realmente. Precisava falar com minha irmã,  um pouco, sobre isto... Eu queria a sua opinião, eu queria um pouco de luz, saber o que ela poderia pensar de tudo isto, pois se havia alguém com o pé no chão, este alguém era a minha irmã!


Juliano preparou o cavalo para Letícia e eu não sabendo montar, subi em sua garupa. 
"Será que é assim que se diz? Garupa? Nem vou ousar em dizer esta palavra, porque se estou errada, Letícia novamente vai me criticar e eu desta vez, não quero que ela me humilhe na frente dele. Não gosto de parecer uma pessoa que não sabe nada, principalmente para ele! Será porquê que para ele, eu sentia vontade de demonstrar de ser ágil, inteligente? "
E assim, seguimos a estrada rumo a casa de Cornélia. Que sensação deliciosa que era estar em cima de um cavalo. Naquele momento, a única coisa que desejei foi aprender a montar e estar por todo aquele campo a galopar sozinha. O vento batia em meu rosto e o cheiro de mato tomava conta de meu respiro. Era uma sensação que jamais poderia imaginar que aconteceria comigo. 
Nem liguei para Juliano, nem estava me importando de ser ele a guiar aquele cavalo, eu só queria voar e aquele cavalo voava mais que podia!

Autora: Aymée Campos Lucas
Capítulo 18 - Primeira parte
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 18 - Primeira parte
Todos os direitos reservados

Segue capítulo 18 - Parte final


Para quem desejar ler o início do meu livro, este é o Link:


Olá, amigos... Este capítulo ainda não chegou ao fim. Está sendo um capítulo bem maior que os outros, então decidi de postar hoje a primeira parte dele. Darei continuidade, do mesmo, com a chegada dos três na casa de Cornélia... Ali, Olívia terá um diálogo com Cornélia, onde ela vai escutar alguns segredos do passado. Aguardem!
Está quase chegando ao fim, este meu livro. Quase!
E eu, a cada dia, me sinto mais feliz por tudo que pude escrever neste livro. Maravilha!



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XVII

 Onde Nasce uma Paixão

Júnior sorria para mim relembrando os nossos primeiros momentos em Cuiabá. Nossa, quanta coisa agradável já havia vivido com ele. Eu estava feliz de poder ter conhecido Júnior e sentia que ele também estava! 
Mesmo não imaginando que tudo isto aconteceria, assim tão rápido em minha vida, sentia que estava amando realmente aquele homem sério, calado, amoroso, às vezes, rude, desconfiado, inseguro... Quanta coisa já conhecia dele!
Capítulo 16
 

E assim, a estória continua...
Insegurança. Desconfiança.
Te deixa com coração na mão.
O Sonho de Aliança? É em Vão!

- Olívia, a mãe quer falar com você novamente...
Falou Letícia.
Estávamos para voltar ao sítio quando, minutos antes, decidimos aproveitar que estávamos ali, na casa dos pais de Lucas, para ligar à nossa mãe. Quantas saudades já estava sentido de minha mãe Helena e sabia que ela também sentia o mesmo, mas sabia também que ela estava feliz de saber que eu estava feliz. 
Contei um pouco de tudo, mas não havia falado o quanto estava envolvida por Júnior. Não sei porque escondi isto dela. Eu tenho o costume de falar para ela tudo que me acontece, nunca escondo, porque seus conselhos eu sempre escuto e aprecio ao ponto de segui-los. 
Talvez, seja porque sabia que ela poderia se preocupar em saber que, não era somente uma aventura tudo que estava vivendo... e sim, porque estava me envolvendo, ao ponto de novamente poder me sentir triste quando tornasse para minha cidade. Sabia que isto a deixaria preocupada. Ela sabe que relacionamentos à distancia são difíceis e para ela eu ainda poderia não estar preparada para isto.
Quando fui novamente falar com ela, descubro que Letícia em vez de falar somente do que ela estava vivendo, resolveu relatar tudo sobre mim também. Então, naquele telefone já sentia um ar de preocupação da parte dela. 
- Não, mãe, Letícia exagerou... Não falei nada, sobre isto, porque não achei tão importante.
Falei sussurrando, não queria que Júnior escutasse o que falava, então, pensei...
"Mas, por que estava dizendo assim para a minha mãe? Eu sempre falo tudo para ela e um dia antes, tudo isto para mim, era a coisa mais importante que estava me acontecendo e eu já estava até fazendo alguns planos futuros, mas neguei. Deveria estar toda eufórica e mostrar o que vinha sentindo, mas não fiz"... 
Do outro lado do telefone, sua voz se fez me dando conselhos:
- Olivia, eu sei que sua irmã não estava exagerando, porque te conheço demais, minha filha! 
Eu sei o quanto você se envolve quando està com uma pessoa a quem te dá carinho e talvez, seja até amor o que vocês estão sentindo, mas eu acho que por ser algo que está iniciando, não poderá ser tão forte para suportar o que vem depois, quando vocês estiverem longe um do outro.
Então, minha filha tenta não se envolver tanto, não se prender a nada com tamanha força, não se alimentar de esperanças, não criar projetos que possam desaparecer na existência de um nada que surgirá, quando distante não poderá vê-lo e senti-lo. 
A força de um amor tende a enfraquecer, tende a diminuir por não sentir o calor da pele um do outro. O respiro, os sorrisos, os olhares, os toques de pele, é isto que alimenta o amor e isto, você não poderá haver e novamente você irá se entristecer."
- Mãe, a gente se entristece quando não temos nenhuma esperança, não tem o falar, não tem o carinho, o afeto mesmo estando distante, as promessas de um novo amanhecer ao lado da pessoa que desejamos estar...  não  existindo isto, faz surgir total insegurança e desconfiança... Isto sim, poderia me fazer sofrer. 
Mãe, quero que saiba que se eu tiver ao menos um pouco disto, já seria para mim um grande alimento para pensar que poderei estar com ele um dia. 
Muitas pessoas, mesmo se sentindo insegura, continuam amar e lutar por um amor que parece estar perdido, mas isto, eu não faria mais como fiz antes.
Não se preocupe mãe, eu só vou esperar dele coisas que eu poderei também dar à ele, que são ainda apenas sonhos, que se tiver mesmo amor com muito desejo, irão se concretizar. Caso não se realize, vou saber que não existia assim tanto querer e não vou sofrer como sofri antes, porque agora aprendi a gostar muito mais de mim, de me querer todo o bem deste mundo e mesmo estando longe dele, eu quero continuar vivendo, procurando me relacionar com todos os amigos.
Quero também voltar a estudar e tudo isto ira me ocupar, esteja tranquila, não quero saber que estará ai preocupada com algo que não é necessário se preocupar.
Mãe, diga a vovó que estou morrendo de saudades dela!
- Eu vou dizer... Esteja bem minha filha e dê um beijo em sua irmã por mim novamente.
Falou minha mãe.
- Tudo bem eu falo para ela. Mãe, agora tenho de desligar, devemos voltar para o sitio antes que escureça.
Beijos, mãezinha, linda minha!
- Beijos enormes, querida da mãe.
Desliguei o telefone e fui para perto de todos que me esperavam para voltarmos ao sitio. 


Retornando ao sitio já estava tarde, mas o sol insistia em reinar, então pude apreciar paisagens que antes não havia notado por ter feito todo o trajeto preocupada com Eduardo e consolando Cornélia. 
Agora não, agora, me sentia tranquila para poder ver o quanto aquela estrada era bela! 
Ainda claro, e estando longe da cidade entrando nos confins para chegar ao sitio, pude ver pássaros que cantavam fortemente, animais que, no fim da tarde, atravessavam a estrada como se estivessem voltando para casa, como eu estava fazendo. 
Todo aquele lugar parecia meu, ali, era já a minha casa, eu queria estar ali para sempre! 
Queria poder  deitar na relva, nas folhas caídas na beira da estrada, sentir todo aquele cheiro de mato, muitas vezes, perfumado, que surgia com o vento tanto cheiro de flor... outras vezes, com cheiro de terra molhada ou terra seca de folhas do outono...  por toda a estrada, eu podia ver os raios do sol, eram  fortes. Apareciam entre as árvores que fechavam a estrada, como se o verão nunca tivesse fim, como se a noite não tivesse vez, naquele lugar!
Parecia que todas as estações estavam presentes, ali, de uma só vez. Era a coisa mais bela que Deus poderia ter me presenteado. Fazer todos os meus sentidos estarem atentos para tudo... sentir o cheiro... ver... ouvir e poder também tocar em tudo!
No meio de toda esta minha degustação de meus sentidos, nasce um amor...
Pensei:
"Será que é amor, meu Deus? Será que resistiria com o tempo? Será que minha mãe poderia estar certa, Senhor? Será que realmente eu entrei na estrada correta? 
Eu vejo Júnior, aqui do meu lado, todo carinhoso e silencioso e meus pensamentos estão à relembrar aquele toque de mão... ele não me sai da cabeça. O que eu senti foi diferente do que senti quando vi Júnior pela primeira vez. 
Qual seria a melhor maneira para se comparar quando é amor? Seria quando ele entrasse em minha vida de uma maneira mais tranquila, tomando conta lentamente de meu ser, ou quando a fúria toma conta desse meu corpo, que ainda parece estar carente?


Ao fechar os meus olhos eu via de uma maneira embaçada o sorriso de Juliano. Via aquelas cenas do hospital, e seu sorriso...  Era um sorriso diferente, parecia tímido, mas por detrás daquela timidez, existia outra coisa que não poderia comparar com timidez...
Eu estava dividida entre dois Seres, mas não desejava estar. Simplesmente nasceu em mim este desejo que queria que se perdesse, dentro de mim, para sempre! Quando relembro tudo que já vivi aqui com Júnior, eu me sinto tão feliz! 
Por que o ser humano é assim sempre descontente com o que tem? Por que andamos em busca de algo que já possuímos? Eu não quero... eu não posso desejar e querer modificar tudo em mim! Eu já encontrei alguém que me ama!"
Fugindo de meus pensamentos, olhei rapidamente para o lado, só para ver se Júnior havia percebido o quanto estava longe dele, naquele momento, e ao olhar, o vi dormindo. 
Voltei a pensar, já que não tinha com quem falar...
"Como ele consegue dormir quando se faz um passeio como este? Impossível pois tudo é tão belo! Parece que ele, não gosta tanto daqui porque se gostasse estaria falando de tudo que via comigo em vez de me deixar perdida em pensamentos. Parece que depois que revelou o seu amor por mim, se sente aliviado como se nada pudesse mais destruir, então dorme em vez de alimentar este nosso amor!
E, eu aqui fico encontrando razões para deixar de gostar dele. Será que estou mesmo procurando isto?
"Todo mundo dorme, Olívia... isto é natural" 
Falou aquele meu pensamento... aquele que parece defender, a todo custo, a pessoa que escolhi de estar, aquele que quer negar e tirar de mim o que venho sentindo, ao me perder em devaneios"...


Ao olhar novamente para Júnior me assustei quando, de repente, Lucas começou a buzinar. Estava espantando toda a paz daquele lugar. Buzinava e gritava:
- Vamos ver quem chega primeiro... Eu, ou você neste cavalo que mais parece uma Ferrari?
Era ele!  Estava pela estrada, indo em direção ao sitio para nos encontrar. Me senti feliz, queria ver aquele rosto sem estar embaçado em minha memória, então, agarrei meu rosto no vidro, sem nem ligar se Júnior poderia ver o que fazia. Eu queria ver, ver, ver...
 

Buscava todos os ângulos, daquela pequena janela, mas não consegui vê-lo perfeitamente, pois quando Lucas gritou, ele acelerou seu cavalo e desapareceu da nossa visão.
Ao chegarmos, lá estava Juliano sentado em uma cadeira na varanda, com as pernas para cima, como se quisesse dizer a Lucas que seu cavalo era realmente mais veloz que o carro dele. 
- Tudo bem, já entendi, não precisa exibir e exagerar, já sei que tenho que trocar de carro. 
Falou Lucas sorrindo.
- Havia esquecido o quanto este sitio é lindo e o quanto eu o desejo.
Fala Juliano, ao ver novamente o sitio.
- Andei conversando muito com meu pai, hoje, sobre a viagem dele. Ele está se mudando e você já sabia, não?
Perguntou Lucas.
- Sim, eu sabia...
Respondeu Juliano.
- Vida, o que você está dizendo?
Pergunta Letícia, muito curiosa.
- Amor, não te falei nada porque são apenas decisões que meu pai está tomando, mas que ainda não tem nada resolvido. Ele disse que se transfere para a cidade onde começou sua carreira, e onde tem sua propriedade que o espera. Meu pai está se aposentando e talvez, prefira voltar para Minas. Mas não tem nada resolvido ainda, são somente hipóteses.
Falou olhando para Juliano. Eu percebi que aquele olhar dizia outra coisa, mas não podia entender o que era. Ali havia um segredo que me deixou muito curiosa.
Eu e Letícia entramos porque queríamos tomar um banho, mas não sabíamos se poderíamos usar a água que havia de reserva ou se teríamos de fazer este banho no chuveiro lá de fora. Acho que nem precisava perguntar, pois os banhos teriam sempre de ser feitos lá fora, pois a água de dentro era conservada para outros casos. Lá fora, este chuveiro era protegido por uma parede de cimento e ninguém poderia nos ver quando ao improviso ficássemos nuas. Entramos juntas ao banho, e ali conversamos um pouco sobre tudo, riamos da situação que nos encontrávamos. 


Era sempre assim... a cada banho que deveríamos fazer, havia festa, muita diversão! 
E estando ali dentro com Letícia, falei:
- Letícia, quando vivemos coisas que não faz parte do nosso cotidiano tudo se torna divertido, mas se tivéssemos que viver neste sitio, eu me pergunto sempre como seria? Será que eu iria ter tanta paciência, será que não me sentiria perdida de todo o resto do mundo? Será que todos os dias, se eu tivesse de lavar vasilhas, e tomar banho, aqui fora, eu estaria feliz! 
- Mas que perguntas, Olivia! Não sei porque você perde tempo em pensar coisas que não fará? Tem tanta coisa mais importante para pensar e você a perder tempo com isto. 
- O quê, por exemplo?
- Quer exemplo? Você viu o tanto de carne que Lucas comprou e que teremos de preparar para o churrasco?
- Vai ter churrasco, aqui?
- Olivia, definitivamente você vive no mundo da lua! Você não viu a carne que Lucas comprou em Cárceres. não?
- Não, não vi nada disto. Talvez, fosse na hora em que estava falando com a mãe e não vi e depois, vocês não falaram nada. 
- Falamos sim, falamos umas duas vezes quando estávamos no carro. 
- Mas eu não presto atenção na conversa de vocês, eu não gosto.
- E o que você faz, então, para não escutar?
- Eu fico imaginado outras coisas...
- Como por exemplo, viver em um lugar que você nem precisava de pensar, porque o homem com quem você está sonhando em viver, vive em Minas e não aqui.
- Você está certa, mas eu gostei demais daqui, gostei muito ao ponto de desejar viver aqui.
- Realmente, maninha... aqui é tudo um paraíso só!
- Se você estiver para sempre com Lucas, será uma pessoa de sorte. 
- Mas o pai de Lucas vive mudando, não tem um lugar certo, que nem sei o que será de nós!
- Esteja tranquila, Letícia, porque você realmente é a pessoa que Lucas ama e para onde ele for, você também irá. 
- Eu gosto muito dele, Olivia e tem vez, que só de pensar de estar distante dele, me faz sofrer.
- Amor, vocês duas estão demorando, daqui a pouco, o escuro toma conta, anda logo!
- Acabamos, vida! Já estamos indo.
Eles estavam preparando a churrasqueira e o vinho já estava aberto. Na cozinha, havia outras garrafas de vinho e também havia cerveja que Lucas comprou junto com a carne.
Estávamos servidos para toda a noite, pois, Lucas já estava dizendo que a noite seria uma criança...
Tudo aconteceria na parte da varanda e cozinha onde havia uma grande mesa e todos nós,  alguns minutos depois, estaríamos sentados a jogar, brincar, gargalhar, enfim, muita diversão! 


- Vida, acho que a carne deve ser controlada e isto quem deve fazer é você.
Falou Letícia no melhor momento em que estávamos jogando baralho.
- Vamos ter de colocar ordem nisto... Acho que desta vez, quem deve olhar é Júnior que ainda não olhou nem uma vez.
Responde Lucas.
- Tudo bem, eu vou, mas não jogar enquanto eu estiver olhando a carne.
Júnior concorda, mas queria, na verdade, era estar jogando...
- Tudo bem, a gente espera, amor!
Falei carinhosamente. Me beijou e saiu quando Lucas aproveita o intervalo para falar:
- Amanhã, teremos de ir no armazém para comprar o que devemos levar na viagem de domingo. Você vem com a gente, Juliano?
- Lucas, você sabe que não gosto de ir lá, acho melhor não.
Responde Juliano
- Mas, você vai estar com a gente Juliano, e também será uma coisa rápida. Você pode dormir aqui, hoje. Tem lugar, o sofá vira cama.
- Quanto a dormir aqui, eu aceito sim, mas não posso ir naquele lugar. Tem muito mais coisas que me impedem de frequentar ali, mas não quero falar sobre isto não. O que quer comprar? Eu conheço um outro armazém muito bom, lá tem de tudo e é caminho para onde iremos, porque não deixamos para fazer isto na viagem?
- Mas, não vai atrapalhar? Pode atrasar a viagem.
Pergunta Lucas indeciso.
- Nisto você tem razão, mas não penso que possa ser problema. 
Concorda Juliano.
- De qualquer maneira, terei de ir para controlar o carro, colocar gasolina. Faço só isto e deixo as compras para fazer neste lugar, então.
Fala Lucas.
- Vida, eu também quero ir no armazém com você.
Diz Letícia como se quisesse defender seu relacionamento.
- Letícia, não! Havíamos combinado de ir na casa de Cornélia para ver Eduardo.
Falei um pouco nervosa, por não aceitar a sua decisão. Mas ela insiste...
- Não... Eu quero ir no armazém.
- Amor, por que? Acho melhor você fazer o que havia combinado, afinal é Cornélia.
Fala Lucas quando Júnior volta com muita carne assada. 
Neste momento, surgem divergências, quando Letícia teima em querer ir.
- Porque não quero que você vá sozinho.
- Não vai acontecer nada, amor!
Diz Lucas com toda calma, quando Letícia relembra algo que me deixaria triste...
- Todos falam isto. Meu pai falou isto com minha mãe, quando ela se sentia preocupada. 
Ela sentia que ele estava traindo, justo com a empregada de nossa casa. 
Meu pai falava, dando desculpas e minha mãe se tranquilizava: 
 "Helena, mas que absurdo! Como você pode pensar uma coisa desta? Aquela mulher é muito feia, meu amor! Eu jamais faria isto com você."
E depois, lá estava meu pai, na cama de minha mãe com a empregada. 
Minha mãe viu tudo! Estava voltando do trabalho mais cedo e ao entrar em casa, viu tudo!
- Letícia, por que você está falando disto, agora?
Perguntei enraivecida.


- Falei sobre isto, porque quero que entendam que a vida é uma caixinha de surpresas! A gente não sabe mais o que pode acontecer. 
Muitos gostam de se arriscar, e muitos gostam de se prevenir.
Respondeu de um modo amargo.
- Mas, não precisava usar a nossa mãe como exemplo, Letícia. Ela, agora, é feliz!
- Não tem exemplo melhor para se fazer comparações, Olívia  Não tem, porque isto, eu senti e vi a nossa mãe sofrer... eu não quero o mesmo para mim.
Eu vou no armazém e pronto, está decidido!
Falou, ainda insistindo em sua ideia.
- Mas, onde está a confiança por Lucas, minha irmã?
Falei defendendo Lucas.
Olívia, nele eu ainda confio, é nela que não confio! 
Ela não é minha amiga, não sei o que posso esperar dela.
- Grande coisa ser amigo. Muitos fazem isto, mesmo sendo amigos. Fazem até quando dizem que se amam!
Falei olhando para Juliano... Ele fez isto com Júnior e agora, estava ali sentado junto a ele.
Neste momento, ele responde procurando se defender, havia notado o meu olhar.
- Eu não faria. Com uma amigo, não! Mas um conhecido, sim, caso eu não tivesse nenhuma simpatia por ele.
"O que ele quis dizer com isto? Será que não tem simpatia por Júnior?"
Pensei e imediatamente, o olhei e falei:
- Não deveria fazer isto com ninguém! Se estão juntos, é porque querem estar.
 Neste momento, Júnior entra na confusão, demonstrando desapontado com o meu silêncio.


- Amor, você não havia me falado nada disto. 
E olhando para Letícia continuou:
- Letícia, sua irmã havia me falado que seu pai estava morto.
Irada, me alterei:
- Pois morreu, amor! Morreu! Para mim ele morreu. Não merece mais o meu amor!
- Mas, por que você está falando comigo assim, amor?
Amor, sou eu, não precisa falar deste modo. Recorda do que conversamos, de não esconder nada um do outro?
- Mas escondi, pronto! Não quero falar mais disto!
 Júnior se sentiu chateado, eu via isto em seu rosto... Assim, Letícia fala:
- Júnior, deixa pra lá. Você ainda não conhece bem Olivia, mas 
 quando ela fica nervosa, ela se altera. É um gesto impensado, mas logo passa.
 - Quer parar, Letícia, de falar assim de mim! Deixa ele agir do modo dele. Deixa ele me entender, não precisa ensinar a ele como lidar comigo, será ele a fazer. 
Para dizer a verdade, não quero mais estar aqui, que droga!
Me irritei saindo da cozinha, indo para sala que se encontrava perto da cozinha. Queria estar sozinha. 
Este era o meu modo de dizer que estava com raiva. São estes impulsos que me dominam quando estou irada, me fazendo tomar atitudes sem pensar...
Fiquei quieta no sofá, mas escutava o que eles falavam por haver mito silêncio, naquele sitio.




Lucas por ver toda aquela situação criada, destruindo a harmonia do lugar, falou muito irritado com Letícia:
- Amor, você não vai e não adianta querer me dar ordens porque desta vez, eu não vou respeitar.  Você vai com sua irmã visitar Eduardo porque você precisa confiar em mim. O que está acontecendo com você, amor? Que insegurança é esta? Como poderei viver com você se você não confiar em mim? Não quero nem te ouvir dizer nada. Você vai estar com sua irmã, esta é a minha decisão!
Ela conhece Lucas e quando ele toma decisões, se ela não respeitar, ele se cala e passa dias sem falar com ela.
Estando ali no sitio e próximo do dia da viagem, não seria nada bom se ela inventasse de continuar a discutir com ele. Então, ela se calou!



Juliano observava tudo aquilo e penso que imaginava que tudo isto que aconteceu,  foi por causa dele, por tudo que havia feito de errado, causando este dano.
Júnior estava para se levantar, querendo ir ao meu encontro, mas Letícia o interrompeu dizendo:
- Não, Júnior, não vai! Será pior, é puro capricho, pirraça, e daqui a pouco  ela volta. Acredite... ela logo estará de volta. Se você for, vai perder o controle, porque depois, ela vai fazer sempre!
Senti raiva de minha irmã, naquele momento. Letícia me conhecia muito bem e estava revelando para todos o meu modo de ser.
Eu não sei se Júnior perdeu a vontade de fazer o que queria, de vir até a mim, só porque todos poderiam rir dele, ou porque concordou com minha irmã. Só sei que eu desejava realmente que ele viesse para estarmos a sós, assim poderíamos conversar calmamente... mas ele não veio!
Escutava Letícia falando:
- Desculpe, Juliano, por toda esta confusão. Você deve estar pensando que esta casa é casa de loucos!
- Não, de maneira alguma! Eu não me importo aliás, me sinto em casa.
Única coisa que não concordo é ver Júnior não ter ido ao encontro dela. Se fosse minha namorada eu iria, não escutaria ninguém. Eu iria acalmá-la e caso não se acalmasse, eu daria um jeito para tudo se resolver, me envolvendo em seus braços.
Faria isto, porque um pouco, ela tem toda a razão, Letícia, você invadiu a privacidade dela.
Eu estando, ali, naquele sala, pude ouvir tudo isto. Ele falou em voz alta, parecia que queria que o escutasse muito bem.
Eu gostava do seu modo de pensar. Era tudo que eu queria que Júnior fizesse, mas ele não fez... Preferiu ouvir os conselhos de minha irmã e isto me deixou muito desapontada com ele.
"Por que ele não soube agir como Juliano faria? Toda mulher desejaria isto."
Pensava entristecida. Ouvi a voz de Júnior falando com Juliano:
- Juliano, não quero ouvir a sua opinião. Não seguirei os seus conselhos, porque para que eu possa envolver nos braços de quem amo, não seria na hora da raiva. Para mim, momentos como este que você citou, tem de existir muita paz.
- Que ideia antiquada, Júnior! Desde quando se falando de amor a gente escolhe momentos? Você está errado em pensar assim! Tem momentos que fazem um relacionamento crescer muito mais, e são momentos assim, totalmente quentes que causam uma total aliança. São os melhores momentos, cara!
Mas tudo bem, faz a coisa de seu modo e depois, aguarde para ver o resultado.
Júnior se alterou tanto, que sentiu vontade de bater nele. Apontou as mãos fechados como se quisesse dar um murro e com o rosto desfigurado de raiva pronunciou:
- Não se meta na minha vida, não se meta entre nós dois, é a minha vida e sou eu a tomar minhas decisões.
Lucas estava totalmente nervoso, queria que tudo aquilo terminasse, porque os dois eram para ele grandes amigos, então falou:
- Calma gente, não vamos criar situações que possam nos ferir e depois não podermos estar juntos. Afinal, somos amigos!
Júnior ainda irritado falou:
- Eu não sou amigo dele, Lucas, eu não consigo gostar do seu modo de agir, não confio nele, pois ele diz uma coisa, mas seus olhos mostram outra.
Me desculpe, Juliano, por ter sido agressivo, mas minha vida quem decide sou eu.
Se estou errado ou não, sou eu quem vai analisar e não uma pessoa a quem não tenho tanta estima.
Me desculpe, mas não consigo ver você como um amigo. Não sei dizer o porquê, mas é assim!


E neste momento, saiu dali. Estava completamente nervoso.
Eu ainda desejava que ele viesse até a mim, mas não veio ao meu encontro e sim, foi para a varanda onde poderia controlar a carne.
Eu como sou diferente dele, ao vê-lo nervoso, fui imediatamente ao seu encontro. Passei por todos em total velocidade. Quando me aproximei dele, o abracei muito forte, o beijei por todo o seu rosto e olhando em seus olhos dizia:
- Amor, eu amo você, me desculpe! Me desculpe por não ter falado nada de meu pai. Te contaria, mas não achei que fosse o momento. Tudo tem seu momento, amor... Tudo, amor!
Confie em mim, eu te adoro! Sou feliz com você porque sei o quanto você me ama!
- Faz o favor de ficar calada, amor e me beija!


Naquela  varanda, entramos em uma porta que nos levava ao banheiro, e foi mesmo neste banheiro que fizemos amor!
Aquele banheiro foi melhor que qualquer cama macia!


Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 17
 

Todos os direitos reservados
Segue capítulo 18

 
Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link:


Eu tenho dois finais para esta estória, mas já fiz a minha escolha... 
Escolhi um dos finais depois de muito refletir e também porque parte desta estória foi real e decidi aproveitar de minha vida o que foi realmente, mas...  Com uma diferença: 
No final estarei criando ilusões depois do que aconteceu realmente.
Porém eu queria que meus amigos leitores me revelassem com quem acha que Olivia deveria estar no final desta estória? Nossa, eu aqui fico super curiosa!
Por favor, revelem isto para mim?
O capítulo 18 já está quase pronto. Enquanto isto, espero respostas de amigos sobre minha pergunta.


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