Os InVerSos dEnTROoo De MiM!

Seja Bem Vindo em Meu Blog!
Desejo Muito que Possa Apreciá-lo. São Textos e Poemas Escritos Por Mim.
Eu Gosto Muito de Escrever... Na Verdade, Eu Amo Escrever.



sábado, 15 de outubro de 2011

Ao Te Olhar... Desejei Te Movimentar Outra Vez!

 O HOMEM DO JORNAL

- Bom dia, Senhor Fernandes! É sempre bom ver o Senhor por aqui... Acomode-se! A mesa já está preparada, como faço sempre, e seu amigo o espera.
- Bom dia, Beatriz! Muito obrigado, você é realmente muito gentil. 
- Bom dia, Fernandes, demorou hoje, porque? Viu a partida ontem? 
- Como não? Melhor ainda, Matheus, foi derrubar o seu time.
- É somente o início, Fernandes. Estamos só aquecendo!
- Sempre o mesmo papo de perdedor... No final, quem pega o troféu somos nós do timão, não adianta ter esperanças!
- Vamos ver... Vamos ver!
- Bom dia, Senhora Clara! Já está jogando o seu baralho com as amigas. Quem será que ganha desta vez?
- Tenho que ganhar, pois hoje o ganhador tem direito a um ingresso para o teatro, se ganho vou poder ver O Cisne Negro!
- Vou torcer para a Senhora, lá da minha mesa. 
- Faz isto Fernandes... A sua boa sorte é grande e vai me ajudar.
- Olá, Fernandes, já estava sentindo a sua falta. O que vai querer hoje? 
- Nem sei porque você me pergunta isto, Joel... É o mesmo de sempre! Assim posso começar uma boa jornada!
- Olá, amigo, demorou hoje. O que houve?
- Ah que felicidade quando chego ao Café... Quando viro a esquina e vejo a 100 metros o nome MONET CAFÉ, meus olhos começam a brilhar e o sorriso por toda a minha face se expande!
- Brigou novamente? Pelo visto acho que sim...
- Ela não me entende, Ricardo!
- Vai entender as mulheres, amigo! Se eu pudesse te ajudar...
- Não tem remédio que cure esta divergência. Todas as manhãs é a mesma coisa. Não aceita que eu tome o meu café da manhã aqui. Reclama o tempo todo querendo que eu me sente à mesa com ela. Ela insiste em preparar uma mesa toda perfeita, parece até que espera visitas... 


...Mas se eu não venho aqui, me sinto mal por todo o dia, e ela não aceita. Convido para vir comigo, e também não aceita. 
Eu gosto de toda esta agitação pela manhã, gosto de ler meu jornal aqui com todo mundo falando e se divertindo de alguma maneira. Gosto de todos os bom dias que recebo, dos amigos que puxam conversas. Isto é perfeito! Não tem coisa melhor, você não acha?
- Sim, eu gosto muito também. Mas devo confessar, amigo, que se  eu pudesse ter uma esposa como a tua, bela e dedicada, eu desejaria mesmo era tomar o café com ela e depois...
- Depois coisa? Isto é porque você não a conhece como eu. Aquilo ali é um purgante. Minha esposa me dá nos nervos! Tudo bem, é belíssima mas... Te devo confessar que na cama está deixando a desejar... Ela tem me rejeitado muito. Briga, briga, cria caso por pouca coisa... Uma toalha molhada jogada na cama, um sapato suado no banheiro e se deixo a urina cair no vaso então... Tudo parece uma missa! Ela fala pelos cotovelos. Nem sei porque tanto drama! Eu sempre fui assim desorganizado. No início tudo era muito excitante, vibrante, agora tudo é briga, para no final quando a procuro, ela dizer: "Nem vem que não tem! Estou com dor de cabeça e o culpado é você!"
Amigo, isto já virou ritual e se não venho ao Café para esquecer e encontrar um pouco de paz, o meu casamento já teria acabado à muito tempo!
Bem faz você que é solteiro, não tem que dar nenhuma explicação e no final, pode ficar aqui sorrindo todas as manhãs. Você é um grande amigo, Ricardo! Gosto muito de poder te encontrar aqui todos os dias.
- Eu também gosto muito meu amigo... Você tem de pegar duro com a sua mulher Fernandes.
- É, amigo, acho que tenho de aprender isto com você, preciso de umas dicas, porque está difícil pegar duro com ela. Talvez você possa me ajudar... Vo não é casado, mas de sexo, eu imagino que entenda muito bem!
- Só que agora não vai dar. Tenho que sair urgente e já estou atrasado.
- Mas já? Todos os dias você sai às pressas. Falamos tão pouco. Quando é que você vai poder encontrar tempo, para passar uma meia hora aqui comigo no Café, Ricardo?
- Sinto muito, Fernandes, mas o dever me chama! Tenho que colocar o meu serviço em dia, fazem 3 dias que está abandonado. A coisa está só crescendo... A tensão vai acumulando e no final, se não resolvo, não tem outro para resolver para mim. Se demoro a resolver, vai me dando um nervoso tão grande, só vai crescendo.
Venho mesmo aqui ao café, só para poder te ver e tomar uma taça de Bourbon para esquentar as entranhas. Não saio daqui enquanto você não chega. Quero te dar um alô e gosto de saber que estará por aqui se divertindo um pouco.
- Todo mundo tomando café e você Bourbon... Não sei como consegue beber logo pela manhã e principalmente porque vai pegar pra capar no trabalho. Quanto a me divertir, eu me divirto demais aqui sim, isto você pode estar certo!
- É por isto mesmo que bebo esta calorosa bebida... Eu quero levantar a minha alma, deixar ela aprumada, para pegar firme. Agora realmente eu tenho que ir mas... Sei que estará bem. Vai ler o seu jornal como gosta, ver o timão na primeira página, nas alturas... O que mais você pode desejar de melhor!
- É uma pena, Ricardo, eu gosto mesmo de te encontrar aqui!
- Como vai ser o seu dia hoje? Vai voltar em casa para pedir desculpas à mulherzinha?
- Deus me livre! Hoje só volto em casa, lá pelas as nove da noite, porque antes, passo aqui novamente para tomar aquele bom vinho que adoro e ler o jornal de fim de tarde tranquilamente. Em casa não tem jeito, o que encontro é aquela mesma história de sempre... Ela vai brigar porque cheguei tarde.
- Então você vai estar aqui às nove da noite?
- Sim... Por volta das 20h30, 20h50 estarei aqui com certeza!
- Me espera... Por favor me espera, eu venho te ver. Faço questão! Desta maneira colocamos o bate papo em dia e... Agora realmente eu tenho que ir. O tempo está passando e o nervosismo só crescendo.
- Meu amigo Ricardo, você deveria procurar um trabalho mais prazeroso, mais tranquilo. Este parece ser muito desgastante.
- O meu trabalho me dá prazer... O que me deixa nervoso, são as pessoas que me atrapalham fazer o que quero. Tem um que fica me atrasando e se demoro, perco minutos que para mim são sagrados. Deixa eu ir, depois a gente se fala. Me espera, tudo bem?
- Tudo bem, estamos combinados, às 20h50 nos encontraremos aqui.



E O TEMPO PASSOU...

- Até que enfim, pensei que não viesse mais!
- Como sempre lendo o seu jornal... Eu te falei que vinha. Promessa é dívida, amigo.
- Se acalmou? Conseguiu colocar o trabalho em dia?
- Como não? Meu dia foi tremendo de bom... foi tranquilo, desejante. Uh! Nem tenho como te explicar o quanto o meu trabalho hoje, foi rendável! Resolvi atrasos como te falei, de três dias atrás. Entrei fundo no serviço, peguei de jeito... Sentado, em pé, até no banheiro eu levei o trabalho para fazer. Não conseguia parar! Quando fui lanchar porque deu fome, joguei tudo que estava na mesa pelo chão, coloquei o trabalho no canto certo e comia, comia de tanta fome!
- Deus me livre Ricardo, você tem de tirar umas férias, senão você vai dar um troço!
- Não... Agora não dá! A coisa está rendendo demais, não posso abandonar. Mais tarde, quem sabe...
- Epa! Meu celular esta chamando... É ela! Agora sou eu amigo, que não posso ficar por muito tempo.
"Pronto, benzinho! Sim... Já estou indo. Sim, estou aqui novamente. Não vou demorar, já falei que estou indo! Não.. é só porque... Me escuta um pouco, benzinho, vai escutar ou não? Adivinha quem eu encontrei aqui, agorinha? Ricardo está aqui comigo, foi por isto que me atrasei. Tudo bem, eu falo para ele... Beijos, benzinho."
Ela agora está mais calma... Foi só falar que estava com você que ela se acalmou um pouco. Minha mulher é tão ciumenta! Acho que se sente segura quando sabe que estou com você. Te mandou dar um beijo de saudades. Falou que você deve aparecer lá em casa mais vezes, sente a sua falta, disse que gosta muito de você! 
Também do jeito que eu falo de você lá em casa... Ela acabou gostando do amigo que tenho. Ela sempre diz que você é mesmo um amigo fiel, que pessoas como você, a gente tem de procurar estar sempre perto.
Tenho que ir, te desejo uma noite muito tranquila, Ricardo, que Deus te proteja sempre! Ah esqueci de dizer... A senhora Clara ganhou o ingresso para ver a peça teatral O Cisne Negro!
- Que bom para ela, fiquei contente. Obrigado por me desejar uma boa noite, te desejo o mesmo.
- O difícil amigo, é saber se será uma boa noite. A gente se vê aqui amanhã tudo bem?
- Como não? Aqui estarei, no mesmo horário de sempre.

CHEGANDO EM CASA...

- Benzinho, cheguei! Porque estas duas taças estão aqui na máquina de lavar louças? Porque meu roupão está aqui na cozinha todo molhado?
- Nem te conto! Coloquei outro roupão para você usar no banheiro, este vou ter de lavar... Adriana esteve aqui com seu filho... Ele entornou o leite que bebia, caiu em sua roupa, tivemos de dar banho nele e na pressa usei o seu roupão.
- Que estranho este perfume no ar...
- É o perfume de Adriana, ele é muito forte.
- Nossa, é idêntico ao perfume de nosso amigo Ricardo. Idêntico! Será porque a Adriana usa perfume de homem?
- Vai lá saber meu amor! Com a crise que todos estão atravessando, vai ver que ela usa o perfume do marido dela para poder economizar. Meu amor, senti saudades de você ...
- É mas vou te avisando desde já que amanhã quando eu for ao Café, não quero discutir mais... Eu vou e pronto!
Que bom benzinho que mais um dia se passou tranquilamente e agora vou tomar um banho, ver um pouco de TV e procurar dormir esperando novamente poder estar no Café Monet.
- O que está assistindo?
- Um filme... Não sei o nome mas gostei de uma frase que o ator falou, por isto vou tentar assistir.
- Qual frase?
- "A verdade está diante de você, e só você não vê!" Parece um belo filme. Tem gente neste mundo, Rachel, que não enxerga um palmo adiante do nariz!
- É verdade! Eu conheço pessoas assim. 
- Boa noite, benzinho. Eu te amo muito!
- Boa noite, Ri... Riqueza minha! Amor meu, também te amo!
"Nossa! Será que ele escutou o que eu estava para falar? Será que percebeu?"
- Bem que a gente podia...
- Ah não, meu amor... Aquela criança hoje, me deu tanto trabalho! Eu estou cansada.

Autora do conto: Aymée Campos Lucas
Autora da pintura em tela: Sueli Gallacci


Elenco musical deste conto:
Edvard Grieg - Morning
Peter Tchaikovsky - Waltz Of The Flowers
Beethoven - 5° sinfonia 3 movimento 
Foi preciso retirar as músicas, elas estavam prejudicando o meu Blog.



Dois em Uma! Dois contos em uma só imagem... Mas, eu poderia criar muito mais! Agora é ver qual dos dois contos, é mais surpreendente ou mais divertido, ou interessante. São diferentes do início ao fim! 
Neste mundo, cada vida toma forma de maneira diferente, mas sentimentos serão sempre iguais. Sempre existirá dor, engano, amor, felicidade, amizade, falsidade, lealdade... e tantos outros sentimentos que nos guia, ou para uma vida melhor, ou para uma vida mesquinha! A escolha, será sempre nós que devemos fazer. Desejo o melhor para mim, mas conheço muito bem o lado maldoso da vida!
Obrigada Sueli, por ter me permitido de apresentar a sua tela ("O Café" - Espátula e pincel sobre painel) em meu Blog!



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ao Te Olhar... Desejei Te Movimentar.

 
O HOMEM DO JORNAL

Não sei quando irão perceber que sou um doente... Sou um maníaco. 
Como são ingênuas as pessoas! Principalmente minha esposa que pensa que sou um homem atencioso, primoroso, bondoso. Com toda a minha fúria, a minha esposa é a única que eu procuro não maltratar. Eu dependo dela. Para mim, ela é como uma mãe que não tenho mais... É mais que uma mãe, pois com ela eu descarrego meus desejos de um homem normal. Eu tenho duas faces... Eu sou um hipócrita, mas quem não é?
Ao chegar em casa depois de tudo que faço, ela me recebe de braços abertos e tudo ali dentro de minha casa, está pronto para ser apreciado e aproveitado como se deve.
A banheira já está preparada com sais de banho e muita espuma, e é nela que eu retiro as impurezas de meu corpo, onde em alguma parte dele, ainda se encontra gotas de sangue. O jantar pronto para ser servido, preparado com muito zelo... Depois de tudo isto, descanso um pouco em meu escritório, onde encontro o meu livro de escrivania. Atualmente estou lendo livros de Giorgio Faletti, eles me ajudam em meu oficio... Esto lendo Io Uccido - "Eu Mato". Leio sempre um pouco, tomando um delicioso chá preparado com carinho e não sei o que contém neste chá, parece afrodisíaco! Depois que tomo, só quero uma coisa... Quero pegar a minha mulher à força para fazer do jeito que eu desejo. Sou eu que exijo prazer.

E assim vou vivendo minha vida, tentando ser uma pessoa discreta. Todas as manhãs encontro em minha escrivania o jornal que minha esposa gentilmente deixou, para que eu possa ler e ver anunciando mais uma morte. Pego o meu jornal, vou para o Café onde frequento, me sento naquela mesma mesa de sempre, peço uma água, um belo café ao creme e começo a ler o meu jornal. Abro nas crônicas porque o que eu quero ler é sobre mais uma morte que aconteceu em dias antecedentes ou até mesmo na noite anterior. Tanto mistério no ar! Atualmente todos ali no bar, não falam outra coisa que não seja estas mortes horrendas. 
"Será quem matou mais uma dama elegante que improvisamente, foi atacada por alguém em uma rua silenciosa, recebendo uma facada fulminante a deixando nua e estirada pelo chão? E porque todas tem em seu rosto, uma marca registrada... Uma letra C, mas o que isto quer dizer?"
Todos estão ali a perguntar e somente eu sei o que significa. Com esta marca, eu quero dizer que a encontrei no Café, apenas isto. Elas não morrem em uma rua silenciosa...

Todas elas frequentam o Café Nespresso Krups, o mesmo café que eu frequento todas as minhas manhãs, antes de apreciar mais um de meus dias de predador. Sou eu o serial killer e ninguém percebe.
As mulheres daquele bar são mesmo ingênuas! Acreditam cegamente em homens que as cortejam. Quantas vezes vi entrar uma senhorita sozinha e depois sair acompanhada com algum homem que ali estava. Saem sorridentes como se tivessem ganhado o dia. Ingênuas porque estes homens estão aqui, pretendendo mais uma vez, cortejar uma delas. São apenas aventuras passageiras. No meio destes homens, ali estou a esperar que uma bela mulher saia sozinha, porque é do lado de fora que procuro me aproximar, fazendo com que aceite conhecer a minha livraria. É muito fácil a aproximação, no meio de toda a multidão. Convido sorridente para conhecer a minha livraria... Descrevo toda a beleza que possa existir lá dentro, comparando com a beleza dela e falo: 
"Ainda não teve o privilégio de conhecê-la? Faço questão que me acompanhe... Você precisa de conhecer tudo que tem ali para ser apreciado. Se aceitar te levo imediatamente. Vai encontrar as mais belas estorias que os autores podem nos oferecer. Vai encontrar as estórias de Moby Dick... Sabe que olhando e observando você por toda a manhã, percebi no ar, por você conseguir demonstrar, que você é forte e corajosa como Moby Dick?"
E ela sorri... Ela se contorce de felicidade.
"Fale mais"... Diz ela
"Grande como Guliver... Esperta como Gato de Botas! Muitas vezes ao te olhar, te vi ingênua e singela como Branca de Neve e o melhor de tudo é poder ver em você, um rosto carente, desejante de paixão como Cinderela!
"Que beleza as suas palavras... Nunca ninguém me viu assim." Falou ainda mais sorridente.
"Tudo isto tem em minha livraria, quer ver? Eu lhe mostro tudo que tem ali, até chegar na melhor parte"...
"Qual?" Logo pergunta.
"O romantismo juntamente com o erotismo. Tem cada livro que ao ver as ilustrações a gente não resiste... Ali mesmo naquele chão eu te possuo!"
Falo e elas aceitam. Sinto até que querem ir direto para a prateleira do livros eróticos.
Nem sou tão belo, mas sei conquistar! Como podem acreditar em elogios como estes? Em meias palavras enganadoras. Não tem como definir uma pessoa apenas com um olhar. Estes elogios, são elogios que se usam quando se conhece à fundo uma pessoa. Elas acreditam no primeiro encontro. Parece que necessitam de elogios baratos. Parece que são carentes.
É tudo tão fácil! Vou ao bar, tomo um café, bebo minha água fresca, faço de conta que não estou vendo nada do que está acontecendo ali dentro, procuro ler o meu jornal, enquanto escolho a presa da semana ou muitas vezes, espero 15dias passar ou até meses. 
Depois vem os elogios, a conquista rápida, a satisfação de conseguir levá-la onde quero, mesmo ela sabendo o que vai receber de mim. Carinhos e sexo e... É um prazer conquistado, não sou violento em minha aproximação, nem tão pouco quando as possuo. Procuro conquistá-las suavemente, lentamente dando afeto. Em dias assim, não abro a livraria, permanecemos por todo o tempo juntos e sem pressa. Mostro tudo que elas desejarem ver e depois começo o meu ritual com tamanho desejo. Sinto os corpos quentes sobre mim... Eu as deixo brincar de amar com muito ardor.
Nem sei porque no final de todo aquele sexo desejado, eu mais uma vez, me torno um assassino. Este momento, é o meu maior prazer. É grandioso. Me sinto um vampiro!
Quando leio os jornais, vejo o quanto as investigações estão longe de descobrir quem é o Serial Killer. Não deixo rastros e cada uma, eu escondo em lugares diferentes e distantes uma da outra. Única coisa que coincide, é a marca idêntica que elas recebem em seus rostos, a letra C... Café. 

Nas declarações dos jornais atualmente, dizem que as investigadores pensam que a letra C pode representar um nome de uma pessoa. Estão longe de encontrar a verdade... Me chamo Robert. 
Muito antes de deixá-las em algum lugar, eu calmamente as lavo, retirando sinais que eu possa ter deixado e seus vestidos não estarão mais com elas. Eu os queimo. Que trabalho árduo!
Porque Faço isto? Acho que é só porque não pretendo que elas continuem a me procurar. Não quero que elas atrapalhem a minha vida conjugal. Não desejo que nenhuma delas se intrometam em meu maior particular que é o meu casamento. Meu casamento é tão lindo, tão agradável, tão verdadeiro e prazeroso. Meu casamento é a minha felicidade e não desejo destruir isto.
Muitos se soubessem de mim, poderiam pensar que sou louco. Não... Não sou um louco. Sou doente de desejos. Sou apenas um homem com um tesão incontrolável!

Autora do conto: Aymée Campos Lucas
Autora da Tela: Sueli Gallacci


Sueli, como havia te prometido, hoje decidi criar um dos contos, olhando a sua obra de arte.
A autora desta tela, é para mim uma pessoa maravilhosa e admirável, ao qual me considero amiga. Com ela posso ser eu, posso brincar, falar o que penso porque somos muito parecidas e conseguimos nos entender muito bem.
Sueli tem dois Blogs... A Cor Da Gente e Cronicas & Agudas. 
Em A Cor Da Gente se encontra suas obras de arte, ela expõe e nos ensina todas a técnicas de uma pintura. Ela não esconde segredos... Gosta de ensinar, talvez por amar tanto esta bela arte.
Seu blog é um encanto. Eu adoro, apesar de ultimamente ela não está tão presente como antes.
Aprendi muito com ela, apesar de saber que não sou capaz de criar uma tela. Aprendi para saber apreciar como se deve.
Ao olhar para as suas telas, além de observar o que ela ensina, eu procuro movimentar as suas pinturas... Invento. Procuro também dar um nome diferente, só para brincar com ela, e com isto vendo esta tela que se chama: Café que é criação de Sueli, eu modifiquei dizendo de se chamar: O Homem do Jornal... Um homem nada Formal!
 O conto eu sei que é um pouco exagero, porque nenhum crime é perfeito.


Foi assim que tudo aconteceu... Eu enviei um recado para ela e aqui mostro um pouco dele:

Olá,
Memorável! Eu fiquei daqui encantada! Fitei em minha mente para não esquecê-lo.
Quando vi anunciar a sua postagem no meu blog, pensei que você estaria mostrando o trabalho de algum artista que você admira.
Ao ver a sua assinatura na tela fiquei novamente deslumbrada!
Sueli não tenho palavras para dizer o quanto amei este quadro. Parabéns mil vezes pela a sua dedicação!
Eu queria conseguir ser assim na minha escrita... Cada vez mais ser admirada!

Lendo a sua explicação, você dizia uma coisa que já tinha percebido antes que lesse o que escreveu. Percebi que quanto mais distante a pessoa,  mais os rostos desapareciam, focando mais aquele senhor com o jornal. Achei este detalhe muito interessante.
Me deu a impressão que no quadro houvesse uma estória para contar e o personagem principal seria o homem do jornal. 
Olhando para este seu quadro se pode escrever mais de uma estória, criar movimento nele, dar vida a este homem, contando que no seu dia a dia, ele é um solitário em busca de momentos... 

E Sueli me respondeu:

Aymée, querida,
Sinta-se a vontade para criar uma história para o homem do jornal rsrs. Tenho certeza que com sua criatividade a história será linda e emocionante.

Beijos Carinhosos Amiga linda que amo! 
Aymée Campos Lucas

domingo, 2 de outubro de 2011

Eu Sou Apenas um Cego, e Não Cego!

 E é Assim que eu Enxergo!

Amando, não conseguimos ver erros que muitas vezes são como ervas daninhas que com o tempo, podem destruir qualquer amor, mesmo sendo tão belo de se ter em nosso dia a dia. 

Por isso estou atento às coisas que não me agradam em nosso relacionamento. Eu uso a comunicação para poder reparar erros e nunca esqueço como foi que te conheci... Você me tocou e falou: "Precisa de ajuda?" Momento que tanto esperava, que tanto desejei! 
Eu deixei cair um livro que estava lendo... "É uma vida que te Espero, de um autor italiano" e você apareceu justo naquele momento. Eu não fiz outra coisa que falar incessantemente, para poder te conquistar. Me apresentei sem nenhuma timidez para você. Na verdade eu estava tão agitado e você não percebeu..."Olha me desculpe por este transtorno, não sou um desastrado, nem sei bem o que me aconteceu. Acho que seu cheiro me perturbou... Ele é muito agradável e... Obrigado pela sua ajuda.  Queria saber o seu nome, posso? Eu me chamo Alexandre...
A sua voz me enlouqueceu de desejos, não poderia ignorar e antes que você falasse algo mais, eu já conseguia te ver por inteira diante de mim!
Eu esqueço que o silêncio existe, quando estou com você Virgínia!
Esqueço de ser sempre o correto da história ou uma vítima... Não é porque sou cego, que devo sempre procurar viver sem enxergar....
Eu luto por um ideal... O ideal de não desejar jamais que este amor saia do meu caminho. Nosso amor é tão lindo! Ele é puro.
As minhas mãos são para lhe dar afeto e calor, e fazer sentir-se única em seu dia a dia. São com elas que te afago, ao demonstrar o quanto desejo estar sempre descobrindo o que sente.
São tantos os modos de enxergar. Eu sou apenas um cego feliz, porque enxergo. Nada mais me faz ser diferentes de outros homens. 
Gosto de sentir a pele de minha mulher... Gosto de tocá-la e deixá-la extasiada, gosto de beijá-la, gosto de vê-la sorrindo! Eu sei que sorri quando lhe toco... Eu sei que seus olhos brilham por mim. 
Eu sei de tudo isto, porque vejo! Quando estamos juntos, tudo emana e a minha visão nem parece imaginária!
Eu vejo o seu sorriso e... Seu rosto é da forma que sempre desejei tocar, beijar. Seu corpo suado me fascina... Eu vejo, eu vejo tudo!


Virgínia... Você faz de nosso ambiente, uma criação de pensamentos, me mostrando o cenário que é impossível não ver. 
Hoje, o teu perfume e aquelas rosas brancas em suas mãos, insistiam em perfumar o vento, trazendo seu cheiro para mim... Te via aproximando a cada segundo que caminhava... A minha Virgínia estava tão feliz! O cheiro do vento, me fazia entender que sem este rosto, eu não sei viver!
O nosso ambiente de amor, é formado de desejos onde tudo é positivo, caminhamos no mesmo sentido, é vivo! Tudo é constante, harmônico, por existir em você uma enorme força mental que faz nascer uma única energia. Eu a sinto ao ponto de ver tudo que possa existir em qualquer lugar em que você estiver. Como te amo Virgínia! Seu rosto é tão claro para mim, tao nítido! 
Oh minha linda pérola branca que amo infinitamente...  Você é o amor que nunca desejo perder, você é sublime, é a minha fonte de sentidos, eu perco o respiro ao te tocar e respiro o teu ar! Eu te amo tanto! 
Nós dois somos um só e neste nosso dia tão desejado, tão esperado, todos irão saber que é você que me faz ver!

Autora: Aymée Campos Lucas



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XXVII

Onde Nasce uma Paixão


- Não rasgue! Falar de amor nunca poderia ser cretinice. Creia! Um dia, tudo que está escrevendo poderá te servir.
- Você acha?
- Eu tenho certeza!
Respondeu com total segurança sorrindo para mim. Eu e Letícia éramos duas irmãs que sabiam se divertir sempre, principalmente quando estávamos juntas.
O tempo passava e Letícia estando, ali, acordada, me fez distrair com nossas longas conversas. Logo estaríamos em casa. Minas Gerais já havia surgido naquele lindo horizonte, onde o céu se encontrava com a terra.
Capitulo 26
E, assim, a estória continua...
Põe as Malas no Chão... Vai Aquecer Seu Coração! 

Quando chegamos em casa, minha mãe Helena e vovó estavam ao portão nos esperando com a minha cadela Kinsky. Eu não sabia quem abraçar primeiro, a saudade era enorme e Kinsky abanava o seu rabinho, fazendo uma enorme festa com a nossa chegada. Quando viajamos, Kinsky ainda estava tão pequenina! Agora, ela cresceu tanto... Até estranhei. Minha cadela Poodle se modificou como eu! 

Tudo de Bom que a Gente Faz,
Nasce a tal Felicidade... Nasce a Paz!
Se na Vida soubermos o que Escolher ou como Viver,
 É isto que Ela te Traz!

Que saudades de todos da minha casa! Não via a hora de entrar e ver tudo! Queria correr até ao meu quarto e deitar em minha cama. Era a melhor cama do mundo! Era cheia de magia, pois quando eu deitava em minha cama, ela me fazia viajar para algum lugar deste mundo e... Desta vez, eu iria para o sítio! Aquele sítio que eu gostei tanto de um dia poder estar. Na minha amada cama, eu começaria a pensar em tudo que vivi ali, porque já sentia saudades. Eu estava tão dividida por duas casas, duas vidas, duas regiões tão diferentes, mas que cada uma tinha uma coisa em comum... Amor! Nem sabia ao certo de qual que eu gostava mais. Eu só sabia que no meio disto tudo, não existia dois amores, era somente um, era único, era Juliano!
Com toda aquela festa de retorno à casa, eu via a alegria de quem nos ama... Eu via claramente!
Os olhos de minha avó eram pretos e cada vez que a olhava, seus olhos brilhavam mais e mais, de tantas gotas de lágrimas que os inundavam. 
A olhei sorridente e disse:
- Vovó, porque toda esta emoção? Foi só um mês... Se um dia eu tivesse que ir para algum lugar, acho que teria que levar a senhora! Eu não conseguiria estar bem, sabendo que a senhora estaria sofrendo.
- Não diz bobagens. Isto não são lágrimas. Foi um cisco que caiu aqui nos meus olhos. Eu não sou mulher de chorar.
Neste momento, ela não se conteve, derramou lágrimas incessantemente e falava:
- Oh meus tesouros, quantas saudade eu sentia de vocês! Eu e Helena já estávamos até sonhando com vocês. Eu, ontem, sonhei muito com você, Olívia. No sonho você me pedia ajuda, me pedia conforto!
- Vovó linda, me dê um abraço apertado para meu coração sentir o seu!
Falei carinhosamente ao ver seu olhos em lágrimas. 
- Assim, você me mata, tesourinho, a emoção está forte demais. Não tem como mentir ou disfarçar... Eu estou chorando mesmo! Sem vocês aqui, eu sofria por sentir medo ao pensar que vocês poderiam estar em perigo. Vocês duas são muito jovens para sair por este mundo afora!
- Mamãe, não exagerar! As meninas já estão bem crescidas. Só você não consegue ver isto!
Falou nossa mãe Helena em um tom rude. Ela é idêntica a Letícia em seu modo de ser.  A nossa mãe é muito realista. A vida a fez assim.
Letícia agarrada com ela, nos puxava para dentro enquanto Kinsky pedia colo. Kinsky era para mim o meu tesouro.


- Eu e Letícia, trouxemos um delicioso presente para vocês.
Falei deixando um pouco de mistério...
- Verdade? O que é?
Perguntou minha mãe muito curiosa e Letícia estragou tudo, com toda a sua pressa, falou sorridente e eufórica.
- Um enorme bolo, mamãe! Grande, delicioso e cheio de amor! Foi Cornélia quem o preparou especialmente para vocês. Nossa, eu tenho tanto para contar a vocês!
- Eu imagino, minha filha!
Disse minha mãe muito serena.
Entramos e começamos a mostrar fotos, abrimos o bolo e contamos que Letícia foi pedida em casamento.
Os olhos de minha mãe brilhavam de tanta alegria. Ela sabia o quanto era importante para a a sua filha este momento ter chegado. Contamos tantas coisas e ao contar, minha avó não parava de comer do bolo, dizendo que queria a receita... Desejava conhecer o segredo usado por Cornélia e eu respondia "É amor, vovó! Dentro dele tem muito amor." De nada adiantava pois ela insistia que existia algo mais. 
Quando minha avó deseja algo, tem de ser realizado. Prometi que falaria com Cornélia, que escreveria uma carta... Na verdade, eu queria escrever esta carta porque seria uma desculpa, pois, escrevendo para Cornélia, eu poderia perguntar sobre Juliano.
De repente, o assunto mudou quando mencionei sobre o meu quarto:
- Eu estava com saudades de tudo desta casa... Cada detalhe, cada canto e o cheiro dela! Que delicia sentir este perfume de lavanda no ar, já tinha me esquecido o quanto é bom. Mas, do meu quarto, eu senti muita falta. Agora, vou poder matar a saudade que eu estava dele!
- Você não vai contar para ela, Helena? Fala logo!
Gritou a minha avó e Letícia com sua curiosidade logo perguntou:
- Falar o quê? O que é que vocês duas estão escondendo?
- Nada demais... É que no quarto de Olívia tem uma pessoa que está esperando por ela.
Respondeu sorrindo, minha mãe Helena.
- Uma pessoa esperando por mim? Quem, mãe?
- Fala logo, Helena, não deixa a menina curiosa... Se você não falar eu falo!
- Falar o quê, gente? Quem está aqui me esperando? 
Perguntei e ao mesmo tempo, me preparava para correr até lá, quando minha mãe me chamou:
- Espera, Olívia, vem aqui... Deixa eu te explicar primeiro. 
Ele chegou muito ansioso e cansado. Lhe ofereci um banho e depois que sua avó lhe preparou um belo café, ele pediu para repousar um pouco. Ele está dormindo, agora. Faz tempo que ele está aqui à sua espera.
- Quem, mãe? Vocês falam, falam, mas não diz quem é... Isto, está parecendo uma tortura!
Neste momento, minha avó fala, deixando mais curiosidade no ar.
- A gente não consegue lembrar, minha filha! Não conseguimos, pois, quando ele chegou, falávamos de você o tempo todo e o nome dele foi citado só uma vez... Só sei que ele veio de longe para te ver, disse de ser o rapaz com quem você está namorando... Como é mesmo o nome dele, Helena? Alguma coisa com J, Ju...
- É o Júnior, só pode ser ele, Olívia! Não tem como ser Juliano... Se fosse Juliano, ele teria nos visto pela estrada, logicamente ele iria parar o ônibus. 
Meu Deus, o Júnior veio te ver! E agora, Olívia, o que você vai fazer? Este homem te ama mesmo maninha. Para fazer uma coisa como esta, tem que sentir muito amor, senão não faria.
Falou Letícia, chegando a uma conclusão que me apavorou só de pensar. 


Ele estava em meu quarto! Aquele quarto fazia parte do meu paraíso, de minhas ilusões... Era dentro dele que eu voava como lindas borboletas, para encontrar um lugar onde pousar quando procurasse sonhar, e... Em meus sonhos, não existia mais Júnior. 
Agora, a sua presença invadiu este meu pequeno território, fazendo agitar todas elas... Neste momento, eu não poderia sonhar como desejava, eu teria que enfrentar uma desilusão e o medo, eles me fazia sentir mais uma vez vulnerável, ao ponto de não saber o que decidir só para não deixá-lo triste outra vez.  
Por um instante, pensei enraivecida... 
"Isto não é justo! Eu estava tão feliz e agora tudo desmoronou... Eu não quero mais entrar no meu quarto e ver a minha alma agitada, voando sem seguir a direção que eu desejava de verdade. Porque minha mãe deixou ele entrar em meu quarto? Este quarto me pertence, ali não seria o lugar exato daquela casa, onde Júnior pudesse descansar."
Eu já tinha terminado com Júnior e não queria ter de afrontar novamente uma situação constrangedora. Júnior poderia viajar milhas e milhas de distância por mim, mas seria inútil. Eu ainda diria não para ele.

A minha avó querendo me alegrar, falava demonstrando estar contente por eu ter escolhido Júnior como namorado.
- Meu tesouro, ele falou que é o rapaz com quem você estava namorando, lá no sítio. Ele realmente te ama... Me disse que desde quando te beijou pela primeira vez, não consegue mais te esquecer. Disse que é louco por você! 
Oh rapaz bonito, Olivia! Você soube escolher muito bem! Bonito e gentil. A gentileza dele, ao chegar aqui, foi primorosa. Se eu fosse uma garota jovem como você, eu também iria gostar de beijar um tipo como este. Então, o nome dele é Júnior? Mas, Júnior não é um nome... Ele falou também outro nome, mas não me lembro. 
- É Augusto, vovó! O nome dele é Augusto Júnior.
Responde Letícia no meu lugar.
- Que estranho... Não me recordo de ouvir este nome. Foi só este rapaz que você beijou, por todo este tempo, lá no sitio, meu tesouro?
"E agora? Como vou dizer para ela que beijei um outro homem e, depois que o beijei, não queria mais namorar Júnior? Como demonstrar para ela que eu não o desejo mais? Como demonstrar que eu andei trocando de namorado? 
Falar isto para a minha avó agora, depois de vê-la toda contente por conhecer a pessoa que estava ali dentro do meu quarto, seria um erro, porque geraria muita polêmica. Eu não quero e nem gostaria que minha avó pensasse que eu sou uma garota que não sabe o que quer ou que tenha de experimentar de tudo um pouco para decidir o que eu quero."
Então, para não criar nenhum alarme, preferi apenas dizer algo sem sentido, como se demonstrasse alegria de ter escutado o que me disse, mas... Meu rosto não demonstrava esta alegria. O que falei, havia um tom de insatisfação.
- Ele disse isto?
Não consegui dizer mais nada, porque a decepção havia tomado conta de mim. O medo de falar com ele era constante... Sentia medo, por não querer magoá-lo novamente.
- Sim, ele disse isto e muito mais!
Respondeu minha avó e continuou...
- Mas eu prefiro que você fale com ele ao invés de te contar. Não vou falar mais nada, deixa ele falar.
- Mãe, você deixou ele entrar no meu quarto... Ele deve ter visto todas as fotos de Pedro, porque elas estão em todas as partes do quarto. 
Falei olhando preocupada para a minha mãe e ao mesmo tempo pensei: 
"Mas, também se ver as fotos, seria melhor! Desse jeito Júnior pensaria que eu ainda desejo o meu ex e talvez isto poderia me ajudar a afastá-lo de mim mais uma vez!"
- Claro que não tem mais nenhuma foto! Você acha que eu deixaria aquelas fotos em seu quarto, sabendo que você estava para chegar? Retirei tudo faz tempo! Não queria que você voltasse a ter recordações que te deixassem triste.
Respondeu minha mãe Helena.
" Que desastre! E agora o que eu faço? As fotos poderiam ser a minha salvação!"
- Vai logo, Olivia, vai falar com ele!
Disse Letícia me dando ânimo e coragem para enfrentar Júnior mais uma vez.


"Mas, o que eu deveria fazer? Como devo agir em uma situação assim? Uma situação que eu não criei e não queria que existisse de maneira alguma. Espero que eu saiba agir... Oh meu Deus, o que eu devo fazer? Me dê uma luz! Eu preciso de você ao meu lado!"
Ao aproximar de meu quarto, primeiro preferi encostar o meu rosto na porta, procurando escutar algum som que houvesse ali dentro... Ele estava falando alguma coisa, parecia que estava ensaiando o que dizer para mim, quando eu entrasse. Talvez ele tivesse percebido que eu já estava em casa. 
Me abaixei e olhando pela fechadura pude vê-lo... Estava ali dentro todo ansioso, sacudindo suas mãos, demonstrando agitação pelo o momento que estava para viver e pude perceber que falava sozinho. 
Abri a porta e o olhei sorrindo... A ansiedade tomava conta de mim! Em um momento como este, eu preferiria estar num campo rico de flores, em um jardim imenso onde me sentiria livre para dizer o que estava sentindo. Eu queria pousar em uma flor como uma borboleta, só para acalmar o meu coração... Ele estava tão agitado!

Dias, Meses e Anos se Passaram...

5 ANOS DEPOIS... 
Eu e Você, Nós Dois em um ÚNICO SER!
Tinha que acontecer.

- Rafaela, não pegue as coisas no chão! A mamãe sempre fala para você que é perigoso, você tem que aprender isto, filha! Entrega para a mamãe docinho, me entrega... O que é? Oh meu Deus, uma tampinha de cerveja!
Meu amor, quantas vezes já falei para você de estar atento com coisas que deixa pelo chão? Rafaela encontrou uma tampinha de cerveja e já estava colocando na boca!
Amor, você precisa de me ajudar a cuidar de nossa filha! Ela ainda é tão pequenina... Estas coisas pequenas pelo chão são perigosas. Parece que se esqueceu do acidente de Eduardo!
- Claro que não esqueço! Meu anjo, vai logo para o trabalho, você já está atrasada. Eu vou tomar conta dela muito bem, não se preocupe... Estarei muito atento a qualquer coisa que ela fizer de errado. Depois explicarei para ela que não deve pegar coisas no chão.
Quando você está trabalhando, eu e Rafaela nos entendemos muito bem. Na verdade, ela comigo é tão calma! Em momento algum faz algo errado... Não faz, porque passo o tempo todo contando histórias de nós dois e quando isto acontece, ela presta muita atenção!
- Eu sei disto... Eu vejo sempre e ela me pergunta cada coisa! 
Andei reparando que às vezes você tem contado a história um pouco diferente de como é na realidade.
- Diferente como? 
- Meu amor, acho que você já contou para ela mil vezes esta história, mas tem uma frase que ela não aprende.
- Qual frase que eu digo que ela não aprende?
- Quando você termina falando: "A sua mamãe era apaixonada por mim!" Eu acho que ela não aprende, porque destoa de todo o resto da história... Porque apaixonado sempre foi você amor! Viajou para me buscar, não conseguiu ficar longe de mim. Não conseguiu esquecer o que vivemos.
- Não diga bobagens... Mas como você é pretensiosa! Você pensa que eu não sei o quanto me amava? Olha aí a consequência deste amor! Rafaela é a prova disto. 
Eu estava apaixonado sim. Loucamente apaixonado e não nego nem para você e nem para nossa filha. Mas eu sabia o quanto você também me amava... Relutou contra isto, mas não tinha como fugir dos carinhos que eu te dava. Tomou conta de todo o seu ser ao me rever. 
Confessa amor... Eu sinto falta quando você não diz que me ama e já se passaram cinco minutos que você falou.
Fala vai... O trabalho te espera!
Ele me abraçou muito forte... Eu não resisti e falei:
- Eu te amo muito, você é meu amor!
 O beijei ardentemente... Era um carinho rico de desejo! O beijei e saí para o trabalho mas... Ao improviso tive que voltar para pegar minha bolsa que havia esquecido quando ouvi Rafaela falando para ele:
- Papai me conta aquela historinha de novo? 
- Papai vai contar... Pela milésima vez vou contar. Você gosta desta historia em pequenina?
- Eu gosto quando o meu papai foi buscar a mamãe.
- Agora que papai está sozinho com você, eu vou poder contar tudo bem direitinho... Perto da mamãe não é bom ficar falando.
E por detrás de uma parede eu comecei a escutá-lo e a cada instante eu ainda chorava por sentir a mesma emoção que senti quando o vi naquele quarto tão assustado. Eu não esperava me emocionar tanto, mas ouvi-lo falar tudo para a nossa filha, tudo que vivemos demonstrando tanto amor, não tinha como não emocionar.
Quando ele conta, parece que coloca o seu coração na mão para mostrar a Rafaela o quanto é importante amar e ser amado.
O amor vem representando para nós, uma força que aprendemos conhecer juntos, onde nos fez crescer, desenvolver e nos desejarmos tanto!
E quando eu olho o seu rosto, eu me apaixono cada vez mais,  por ver a felicidade em seus olhos.
Viver... Viver a vida de cada um sem medo e querer bem um ao outro! Este é o nosso segredo. Não tem palavras para dizer o quanto eu amo este homem!


Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capítulo 27 - Primeira parte 
Todos os direitos reservados
Segue capítulo 27 - Parte final 


Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link: 


A segunda parte deste capítulo acho que será o final do livro. Chegou ao desejado e me emociono por ter conseguido criá-lo. 
Este livro é a minha joia rara. E quem leu, também criou grandes laços com os personagens. Sempre foi muito divertido ver meus amigos alegres e, muitas vezes, irritados com alguns dos personagens.
Quero agradecer aos meu leitores dizendo o quando fiquei feliz com a participação deles na leitura deste livro. Em ordem alfabética direi nomes de pessoas que falavam sempre comigo ao ler parte desta estória: A.S., Claiton, Graça, Joii, Leonel, Xipan - Tatto... vocês foram a minha força!
Agradeço também a todos que leram, sem dizer para mim que estava lendo. Mesmo assim, sou muito agradecida.

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