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Eu Gosto Muito de Escrever... Na Verdade, Eu Amo Escrever.



quarta-feira, 2 de março de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XII

Onde Nasce uma Paixão

Sou dramática, sofro por pouca coisa, mas não gosto de construir dramas...  quanto menos drama puder existir em minha vida, eu prefiro. Se algo não estiver me deixando feliz, eu falo no mesmo instante, eu faço desaparecer. Falo, esclareço... doa a quem doer! E Júnior é diferente de mim neste sentido, ele se cala"...
Tudo estava organizado e nos preparamos para partir. O silencio dominava... o meu retorno, por toda aquela trilha, não foi nada agradável, até o momento em que, estando muito distraída, machuquei o meu pé.
Neste momento, tudo mudou!
Capítulo 11
E assim, a estória continua...
O que uma chuva não faz? 
Ela lava tudo e traz muita paz!

Imaginem... era uma estrada longa que nós tínhamos de percorrer e a cada segundo dela, eu queria a atenção dele, mas ele me evitava, ficando do lado do Lucas enquanto eu, disfarçadamente, demonstrava contente ao lado de minha irmã... Impossível estar contente. Eu queria era esmagar Lucas por não saber calar a sua boca... Muitas vezes eu o olhava profundamente mas era inútil, ele me evitava e continuava a falar coisas à Lucas como se eu nem estivesse ali...


Porque ele faz assim? Comecei então a pensar...
"Eu sei que eles são amigos fieis, mas será o que eles poderiam ter falado sobre mim que o deixou tão rude?
Eu sei que isto que fiz não foi o justo... Estávamos ali na barraca em um momento tão sereno... Se eu tivesse respondido à sua pergunta naquele momento, ele iria se chatear um pouco mas entenderia que eu não tive culpa nenhuma em receber este tipo de notícia... O importante era ter esclarecido. 
Se ele não tivesse perguntado, eu poderia ficar calada, mas ele me perguntou. Este é o problema! 
E agora o que faço para que ele se acalme? Já tentei de tudo... Eu o olho e quando ele me olha, não tem brilho e sim um rosto frio querendo dizer: "Espera, depois a gente se fala"... 
Quando eu dou um sorriso, ele me olha rígido em vez de sorrir e não se aproxima. Olha sempre com aquele mesmo semblante: "Depois a gente se fala! "Assim não tem como me aproximar.
Quero ver depois... Pois se ele continuar assim, eu perco a paciência e faço o mesmo que ele, como se dissesse a ele: Nem vem que não tem... Agora é tarde demais!
Letícia por todo o tempo que está aqui não brigou nem uma vez, e eu só entro em confusão! Mas é claro que não brigam, já estão a mais de dois anos juntos, então se conhecem demais e quando brigam logo se esclarecem...
Eu e Júnior estamos nos conhecendo e vendo nossos defeitos. 
Mas esta coisa que fiz não é defeito meu e sim de minha irmã... Eu não sou uma que gosta de mentir ou omitir nada... E ele está pensando que eu sou assim!
Queria a sua atenção, o seu abraço mais que tudo! Eu aqui sozinha estou me sentindo a sua princesinha abandonada!




Mas porque eu fui escutar a minha irmã? Eu sou mais velha, sou eu que deveria saber pensar melhor! Ela ainda está aprendendo coisas que eu já havia aprendido... 
Mas do que eu estou falando? Que pensamento mais errado este! Claro que uma idade mais avançada, não faria alguém saber mais que uma pessoa mais jovem... De onde eu tirei esta idéia? 
Devo é estar ansiosa, para inventar tantas desculpas sem sentido! 
Por tudo que eu já li em minha vida e filmes que vejo, pude perceber que muitas vezes um ser mais velho pode não ter aprendido nada da vida, enquanto um de apenas quinze anos já viu tanta coisa e sabe lidar com tudo que é de diferente nesta vida...
Que lugar estranho para caminhar! Eu aqui a passar por esta trilha, a cada passo que dou me vem um pensamento estranho, por não poder estar do lado dele! Eu fico com a minha imaginação à flor da pele.
Todos estão a falar e eu não consigo seguir a conversa, não consigo escutar nada do que dizem... Já falaram de animais daqui, falaram do armazém e eu pisando nestas pedras todas desordenadas e que me machucam o tornozelo eu só penso de procurar uma idéia para chegar nele... 
Que vontade de chegar perto dele, e sem pensar muito, falar na frente de todos bem assim:
Porque você não abre o jogo Júnior, isto que você está fazendo cansa qualquer ser humano. Daqui a pouco nem precisa mais dirigir qualquer palavra a mim que eu não quero saber mais de você! Basta Júnior, estou cansada de viver relacionamentos tumultuados, eu quero paz e se você não pode me dar e nem quer falar o que está sentindo, então me esquece! Me esquece ouviu? Não olha mais para mim! Chega! Tá pensando o que?Que eu estou aqui para ser sua escrava e quando você quiser fazer pirraça eu vou ter de esperar? Pois fique sabendo que eu não sou destas mulheeererrees"
- Ai! Ai meu pé! Meu Deus esta doendo demais! Droga de pedra! Ai ai... Me ajuda Letícia!
- Como você conseguiu fazer isto?
Perguntou Letícia correndo até a mim preocupada... 
Eu estava esticada no chão com a barriga para baixo e a ponta do tênis agarrada em duas pedras, com o risco de ter quebrado o meu pé!
- Eu estava distraída Letícia. Eu fui olhar para uma árvore, não reparando o chão! 
Ai, ai  está doendo demais!
"Na verdade eu não estava olhando para nenhuma árvore... Eu estava era no mundo da lua!" 
Todos se aproximaram e ele suavemente me toca e diz:
- Amor, calma! Fique calma... Eu vou tirar o seu pé bem devagar, não mexer por nada, porque ele está muito preso... Fique calma, eu estou aqui tudo bem?
"Que lindo! Ele estava ali. O meu amor o tempo todo estava ali, e eu sabia! 
Sempre soube e nunca tive dúvida que ele era protetivo por demais. Ele se preocupa e quer cuidar com carinho... Foi só me machucar que ele deu sinal de vida, novamente para mim... Acho que Deus ajudou desta vez... Porque andei tendo alguns pensamentos vingativos demais. 
Será que ele me perdoou? Agora depois de tudo poderemos nos falar, eu não vejo a hora disto acontecer."
- Amor, dói muito! Cuidado...
Falei assim para chamar mais a atenção dele... Estava doendo sim... Só que era suportável, mas eu tinha de fazer um pouco de drama para que ele sentisse que não era hora de estar brigando comigo.
 Mais uma de minhas táticas para subornar um amor! 
"Minha nossa eu sou mentirosa também... Me perdoa meu Deus é por uma boa causa!"
Ouvi ele dizendo carinhosamente...
- Eu sei. Me desculpe por estar longe de você... A culpa, um pouco foi minha...
- Amor, o que aconteceu...
Psiu, não falar, amor... Silêncio. Depois a gente conversa sobre isto. Me deixe tirar o seu pé.
Lucas do lado falou:
- Tenta girar por um outro ângulo, talvez consiga sair.
- Meu amor... Assim você sente dor?
- Sim, está doendo muito!
Respondi dengosa...
- Eu vou tentar arrancar a pedra, acho que seria o melhor a fazer! 
Lucas, se mexermos no pé dela, pode quebrar. Me dá aquela corda, vou encaixar aqui nesta ponta da pedra. Espero que a pedra não esteja tão profunda. 
Comentou Júnior tomando suas decisões...
- Acho que não! Veja Júnior... Ela está até balançando. 
Falou Lucas ao observar a pedra.


A trilha era cheia de pedras e muitas vezes tinha riachos, e no meio de tudo isto muito espinhos. E eu me agarrei em uma destas pedras quando ao caminhar,  não prestei bastante atenção onde pisava. Eu só pensava em encontrar uma solução para todo aquela indiferença de Júnior, que estava me corroendo dentro!




Letícia falou: 
- Olivia, como você foi olhar para cima com um terreno como este?
- Eu ouvi um barulho forte e olhei. Letícia, eu não tenho culpa, foi um acidente.
- Amor, esteja calma... Letícia deixa ela relaxada, não falar com ela porque estamos quase conseguindo.
E passado alguns instantes, ele fala:
- Pronto! Saiu...
E assim me girei para olhar e... O olhei e sorri, mas mesmo assim ele ainda estava muito sério, mas me chamava de amor, então teria como acertar o meu erro!
Ele falou todo protetivo e preocupado. Que saudade já estava sentindo dele, de sua atenção. Descobri naquele instante que ele me fazia muita falta... Descobri que realmente ele estava se tornando importante em minha vida e não queria estar sem a sua presença ao meu lado.
E comecei a pensar...
"Vou conversar de tudo com ele. Vou mostrar as razões de ter agido assim e dizer o quanto ele para mim era já importante. Mas sem exageros para que ele não fique tão convencido de seu poder sobre mim!" 
Meus pensamentos foram embora quando ouvi a sua voz me dizendo:
- Amor, tenta se levantar. Veja se consegue caminhar.
- Está doendo muito! Não consigo firmar o meu pé.
- Lucas é melhor que ela não faça força com o pé. Falta muito para chegar no carro?
Perguntou Júnior preocupado.
- Não... Acho que falta menos de um quilômetro...
A caminhada era longa, mas já havíamos percorrido quase tudo e Lucas conhecia muito bem o caminho. Ele continuou falando e deu uma sugestão:
- Vamos fazer assim... Eu e Letícia vamos na frente para pegarmos o carro, tentando aproximar o máximo daqui.
Aproveite este tempo e faça massagem no pé dela. 
Falou para Júnior e depois me olhou continuando a falar:
- Depois que Júnior massagear seu pé Olivia, experimenta caminhar apoiando em Júnior. Eu vou buzinar para mostrar onde será impossível seguir.
Assim balancei minha cabeça concordando em fazer o que ele ordenou.
Letícia estava muito preocupada. Quando a olhei, vi seu rosto com um semblante de medo. Não falei nada, mas sentia que ela estava mesmo muito diferente...
Lucas continuou falando:
- Vou marcar no relógio o tempo a partir de agora. Penso que daqui a duas horas estaremos de volta.
- Lucas, mas você vai me esperar no carro?
Perguntou Júnior, para que tudo corresse tranquilo e sem nenhum erro.
- Não Mano, claro que não! Vou buzinar somente para dizer que estou chegando. 
Quanto transtorno estava causando. Poderíamos estar chegando no carro a esta hora e partindo para o sitio. 
Falei um pouco envergonhada com o que causei.. Não estava mais querendo esmagar Lucas... ele estava sendo muito carinhoso  e dedicado. Todos nos éramos muito unidos, para dizer a verdade.
- Talvez até lá, eu melhore e consiga caminhar.
- Não sei... Acho que teremos de passar no armazém e comprar algumas faixas e remédios para a dor. Seu pé estava muito encastrado, sofreu danos. Para poder melhorar logo, teremos de fazer assim senão nada de passeio na Chapada dos Guimarães. Deverá estar por todo o final de semana em repouso.
- Vida, no armazém tem remédios?
Perguntou Letícia... 
Ela realmente estava tensa. Depois conversaria com ela para tirar toda aquela preocupação. Minha irmã sofre quando algo acontece com outras pessoas. Eu a conheço demais e sei disto. Coisas que acontecem com ela, ela sempre se mostra forte mas se é com alguém da família ela se alarma mais que tudo!
- Amor, no armazém tem de tudo, não se preocupe... Ainda é cedo e conseguiremos encontrar o armazém aberto.
- Lucas deixe tudo aqui... Leve somente o necessário como água, chave, o que acha!
- Mas se eu fizer isto você não consegue caminhar com ela apoiada em você. Acho que devo levar o máximo que conseguir. 
- Verdade, você tem razão!
E assim eles foram deixando apenas água, algumas merendas, um travesseiro com um lençol e uma mochila. Minha irmã sofreria carregando coisas que antes não carregava. Fiquei muito nervosa e preocupada. O caminho era difícil e ela se cansaria. Se pudéssemos estar juntas e eles partissem, seria melhor para ela, mas era muito perigoso para nos duas estarmos sem a presença deles.
Quando ela se foi fiquei triste... Ela se despediu com um beijo no meu rosto e disse eu volto logo!

 

Não via a hora de poder estar em seus braços novamente... Tentei quebrar um pouco o silêncio que reinou quando ficamos sozinhos... Eu estava muito feliz de ter tido a oportunidade de estar com ele a sós, apesar de ser de um modo não tão agradável, mas pelo ao menos assim ele me daria novamente a sua atenção.
- Me desculpe Amor por tudo! Não queria causar tantos problemas e em vez... Olha só o que eu combinei.
- Amor, você não tem culpa, esteja tranquila foi um acidente. Devemos é agradecer a Deus de não ser nada mais grave, isto sim. 
- Mas eu não estou falando disto... Estou falando de minha omissão. Eu sei o porque que você se calou e me evitou...
- Você mentiu para mim!
- Não amor, eu não menti... Tudo que te falei nesta manhã é a pura verdade. Eu apenas omiti uma coisa que minha mãe disse, porque não queria demonstrar a você algo que te trouxesse insegurança.
- Por que? Eu a todo tempo estou me perguntando o porquê desse segredo? 
Porque se você ainda o ama, ainda pretende vê-lo e refazer todos os seus desencontros com ele, então faça, não se prenda a uma aventura para depois não poder estar com ele. Você o ama?
- A questão não é se eu o amo! A questão é retornar a viver com alguém que me desprezou, me fez sofrer... Você acredita que uma pessoa depois que te faz tanto mal, pode novamente adquirir total confiança?
Eu não conseguiria mais olhar para esta pessoa, a cada dia, sem lembrar disto. Então eu não o amo mais! Porque se ainda o amasse eu faria de tudo para tudo dar certo e agora, eu não quero mais, mesmo antes de te conhecer! 
Minha mãe quando falou sobre isto, na mesma hora pedi que ela transmitisse a ele que não me procurasse mais, que seria inútil!
- Então porque... Me diz, porque então mentiu para mim?
- Para dizer a verdade, eu pensei que seria melhor não falar porque estamos nos conhecendo, e isto poderia transformar em problema... E olha só, eu estava certa. Você está pensando que eu ainda o desejo, e disse que entre nós é somente uma aventura. Tudo bem  se é apenas uma aventura, eu não me importo e não vou exigir nada quando formos embora daqui, mas quero que saiba que para ele, eu jamais voltaria. Posso não estar com você, depois que partimos, porque sei que moramos em lugares distantes, mas jamais te esquecerei... Sentirei uma enorme saudade de você, sentirei sua falta a cada dia que estivermos distantes. E se um dia puder te encontrar, seria tudo que eu mais queria, neste momento...
Eu não menti, não sou uma pessoa que mente, principalmente quando se trata de sentimentos. Eu apenas omiti, mas sei que omissão também pode causar danos irreparáveis, e se você não conseguir mais confiar em mim, então, penso que o que você deve fazer é realmente afastar de mim. Eu vou entender.
Me desculpe por ter agido errado. 


Depois de tudo que falei para ele, ele deu um suspiro muito forte, como se estivesse se sentindo aliviado, mas não me beijou... Não me abraçou. Apenas me olhou profundamente e mudou o assunto se preocupando com o meu pé.
"Por que ele é tão rude? Ele é rude consigo mesmo... Poderia naquele momento me beijar, mas não, ainda cultiva incertezas dentro de si."Começou a massagear o meu pé e falou:
- Ainda doí muito?
Eu sacudi a cabeça dizendo que sim,. Queria seu beijo, mas não insisti... Teria todo o tempo disponível para conversar, tentando  compreender as suas razões  e esperar que ele possa compreender também as minhas. 
Meu pé estava aumentando a dor e estava mais inchado. Deveria mesmo usar faixas para melhorar.
Júnior fazia massagens carinhosamente... ele cuidava de mim como se nada tivesse acontecendo, mas estava ainda calado. Comecei a comer uns biscoitos waffer que tinha na mochila e fiquei bem quieta. 
Ele me olhou e falou:
- Me dá um biscoito?
Então, fiz chantagem e respondi:
- Só se você me beijar!
- Como posso ter raiva de você? Você é a minha tentação... o meu biscoito mais gostoso, a minha delicia preciosa!
- Que declaração linda, mas o biscoito eu só te dou se você me beijar! Não adianta conversa fiada não... Vem, me beija!
Sem que menos esperássemos, estávamos atacados um ao outro! Ao improviso uma chuva de verão iniciou... Não havíamos notado que o céu tinha se fechado. A chuva veio para nos dar prazer e alívio, pois junto com nosso beijo, ela lavou e fez partir toda aquela agonia que tínhamos vivido momentos atrás! 
Nossos corpos desejavam aquele momento. A chuva era quente quando tocava em nossa pele! Fazer amor com a chuva era tudo de diferente que um dia pude viver... Não existia nada de melhor!
Com o passar do  tempo, ouvimos a buzina... Era Lucas dizendo que estava chegando, e parecia bem próximo de nós! 
Queria sair dali, estava toda molhada... Queria ver minha irmã, porque sabia que ela estava preocupada e não demorou muito e nos encontramos. Ela me abraçava com tanto carinho...
Júnior me pegou no colo por todo o tempo, até chegarmos ao carro, onde partimos para o sitio e comprando os medicamentos no armazém para que eu tivesse uma boa cura pois havíamos um programa a seguir e eu não queria perder por nada neste mundo!

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 12

Todos os direitos reservados
Segue capítulo 13 


Para quem desejar ler, este link é o inicio de meu Livro:


Eu gosto muito de escrever esta Aventura... E toda vez que falo da irmã de Olivia, eu penso realmente em minha irmã Fabíola. Quando terminar o livro, farei uma dedicatória para ela. Pensar em minha irmã é muito bom! 
Eu a amo por tudo que ela é e tudo que um dia conquistou!



domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XI

Onde Nasce uma Paixão

- Amor, não fala nada... Faz amor gostoso comigo!
E assim, o silêncio reinou. Meu sangue começou novamente a borbulhar e esquecer aqueles momentos negros, foi muito fácil! Eu estava realmente gostando dele.
Dormimos como dois apaixonados, dormimos bem agarradinhos...
E a manhã se fez. Eu ali, com minha florzinha colhida naquela mata, fiquei a brincar de bem me quer... mal me quer, e no final, a minha resposta foi aquela que desejava... bem me quer! Eu tenho sorte e estou muito feliz!
Capítulo 10


E assim a estória continua...
Omitir não é Mentir. 
Eu só não Quis me Abrir!

No amanhecer, tudo brilhava! Perto da cachoeira havia flores nativas... eram lindas! Me deliciava em olhá-las com o orvalho que ainda pousava suavemente em suas pétalas.
Eu estava com um semblante sereno e os olhos cheios de vida! Tudo era mais belo que antes... o verde, era mais verde!
- Bom dia, princesa!
Era Júnior saindo da barraca com o rosto todo amassado!
Eu havia deixado ele dormir mais um pouco... Perdi o sono e quis olhar tudo ali fora da barraca, queria estar um pouco comigo mesma e sentir o ar matutino... Um ar com cheiro de mato molhado. Era tão perfumado!
- Bom dia! 
Respondi toda tímida... mesmo estando com ele por muito tempo, ainda me sentia envergonhada em certo momentos. Toda vez que iniciava a vê-lo, depois de alguma situação constante com ele, era como se ainda fosse um começo e isto me envergonhava. Era como se não soubesse agir, não soubesse como iniciar uma coisa que já estava existindo. Assim, meus olhos se abaixavam, meu sorriso era singelo e isto o deixava com um ar de insegurança. Sentia que ao me ver agir assim, ele se recuava, mas ao mesmo tempo me admirava e sorria com seus olhos. Era lindo de se ver!
Me enchi de ar de satisfação e perguntei:
- Sou sua princesa, amor?
- Como não posso dizer que não é uma princesa, Olivia! Olhe só para você... você é linda demais! Linda como uma princesa. Sou o homem mais feliz desta terra!
- Nesta terra aqui só tem dois homens, e o resto é um bando de macacos! 
Falei sorrindo para mostrar que de vez em quando sei brincar.
- Verdade, mas sou mais feliz que Lucas e todos estes macacos, isto eu posso então dizer, porque é realmente a pura verdade!
Mas, por que você me deixou aqui sozinho? Senti sua falta!
Falou todo satisfeito e dengoso.
Assim respondi:
- Mas foi só por uns minutos... a minha intenção era voltar antes que você acordasse e te encher de beijos, mas você estragou a surpresa.
Coloquei a culpa nele... eu que tinha saído, eu que tinha estragado o momento, mas consegui fazer com que a culpa fosse totalmente dele. Eu sou assim, jamais sou culpada de algo, procuro mudar uma situação fazendo um giro no assunto. Isto é fácil de fazer com os homens, principalmente quando se está iniciando um relacionamento. Mas tem que saber como fazer, senão vira briga.  
- Verdade? Então, vou voltar para o travesseiro... eu quero acordar com seus beijos, com mil beijos!
- Então volta e finge que dorme.
- Será inútil, eu estraguei tudo!
Viu como caiu em minha armadilha? Ele mesmo jogou a culpa nele, nem precisei falar tanto. 
Isto acontece quando um homem está muito apaixonado. Eles se transformam em bondosos, próprio um mingau!
E assim, continuou ainda a dar a culpa nele mesmo, pois, queria sentir o que eu havia prometido. 
Então, falou:
- Mas posso mudar toda a cena ajustando o meu estrago!
- E qual seria?
Falei como se não tivesse mais conserto.
- Vem aqui... entra!
Fui para perto dele que estava metade fora da barraca e metade dentro, o beijei e fui entrando... entrando...
Ele então falou meloso:
- Não soube esperar amor! Estraguei seus planos mas não faz mais assim... não acorde e me deixe sozinho. Eu senti sua falta e não foi bom! Na verdade, fiquei foi preocupado e acordei muito assustado.
Ele é muito protetivo. Isto eu posso dizer com toda a minha certeza! Para mim é essencial este modo de ser em um homem e neste momento de minha vida, isto existia, me pertencia. 
Respondi carinhosamente:
- Não faço mais! Vou estar do seu lado sempre que acordar, mas quero mil dengos!
- Não precisa nem pedir... isto é tudo que quero fazer.


E começamos a nos acariciar, brincar, sorrir com coisas que dizíamos. 
Eu adoro este momento matinal, quando se pode haver uma pessoa que me faz tão bem. Adoro o acordar com um amor... tudo é tão sereno. Faz a gente esquecer do mundo lá fora e se entrega mostrando o nosso lado mais intimo sem pudor. A conversa matutina tem tantas surpresas. E' alegre por não ter cansaço, não ter passado por nenhum problema... tudo é mais vida, tem mais brilho, mais cor!
Quando nos recordamos de sonhos então, tudo fica mais divertido, ao contar o que sonhou um ao outro e tentando interpretar da maneira mais conveniente. Os sonhos para mim são mistérios revelados, cabe a nós entendê-los. Os sonhos fazem a nossa mente descansar ao ver coisas que em sonhos nos fazem alegrar, revelando um desejo ou um acontecimento que aparecem muitas vezes, só para depois, continuarmos a sonhar acordado.
De repente, ele fala:
- Sabe que eu sonhei algo muito engraçado, nesta noite? E o sonho foi com você. Sonhei com você, amor!
- Me conta?
- Você estava no sitio andando a cavalo, mas não estava comigo... A pessoa que te ensinava era outra, mas eu não conseguia ver o rosto dele. Eu estava atrás de uma parede da casa e sentia ciumes de você, porque você sorria muito para ele. Senti tantos ciumes que queria chamar a sua atenção. Então, joguei um balde de água nele e você brigava comigo. Não queria que eu jogasse água e você ficou muito nervosa e caiu do cavalo. Fiquei apavorado de ver você desmaiada no chão. Estava correndo ao seu encontro, quando aquela pessoa colocou a mão no seu rosto e ia te beijar... meu sangue ferveu! Queria esmurrá-lo, quando ele virou, consegui ver o rosto dele... 
- Conseguiu? E quem era?
- Era um macaco! Igual ao macaco do armazém do seu Filipe... Então, acordei e você não estava aqui.
- Que horror! Um macaco? Mas não tinha uma outra coisa melhor para me beijar não? Tinha de ser macaco?
- Linda, eu estou aqui dizendo que foi um alívio para mim quando vi que não era um homem e você querendo que fosse?
- Era um sonho, amor e por ser um sonho, bem que você poderia ter aproveitado, colocando no sonho um belo homem... ele ali me ensinando, por exemplo, cuidando de mim e você com raiva dele, encheria ele de porrada até ele cair duro no chão.
- Nada mal como um sonho... eu ali a dar porrada e você ao ver, teria na sua frente um herói. Já me imaginou um herói?
- Eu ficaria era furiosa com você de não ter me deixado beijá-lo. Graças a Deus você acordou antes do macaco me beijar, que pavor eu teria!
Falava assim para provocar, pois, já não me interessava em beijar mais ninguém... ele beijava bem demais! Com ele, eu ia nas nuvens!
- Sonho louco o que será que representa?
Perguntei...
- Representa? Como assim, representa?
Ficou muito curioso. Gosto disto também em um homem. Gosto de pessoas que se interessam com assuntos místicos. Assim, expliquei o pouco que sabia:
- Dizem que quando sonhamos e conseguimos relembrar o sonho podemos interpretá-los. Existem livros que nos ajudam a interpretá-lo. 
Te dou um exemplo: No seu sonho tinha cavalo, jardim... era jardim ou um campo?
- Penso que era campo.
- Você no sonho me viu e isto poderia ser interpretado como namorada ou seu novo amor. Tinha macaco e um vulto não reconhecível ao início, tinha também uma parede  de uma casa...
- Interessante, queria saber mais. Se lá no sitio tivesse um computador eu iria pesquisar. 
Falou, cada vez mais curioso.
- Na minha bagagem, coloquei três livros para ler e um deles eu carrego a todo lugar que eu vou. Se chama: O livro dos Sonhos. Quando chegarmos lá no sítio, não me deixa esquecer, porque vou olhar.
- Você está falando sério? Você tem mesmo um livro assim?
- Sim, estou falando a verdade! Eu não vejo a hora de ver o que representou seu sonho.
Eu não sonhei nada... se sonhei não me lembro. Dormi como uma pedra e acordei longe de você. Acho que foi por isto que você sonhou com outra pessoa cuidando de mim e justamente aquilo que você falou que faria ao chegar no sitio, lembra? Você disse que iria me ensinar a montar em um cavalo e que não deveria ter medo. 
Sentiu ciúmes?



- Não eu não sou ciumento. Até hoje, depois deste sonho, eu nunca fui.
- Desejo que não seja... 
E naquele momento, estava para falar do meu passado,, mas interrompi, fazendo Júnior perceber. Então ele me pergunta:
- Você gostava dele? Digo, você o amava?
- Sim. Mas de uns tempo para cá eu tenho esquecido. Estando aqui bem longe, por não haver noticias dele, tudo está me ajudando. Aqui, estou feliz!
- Você está feliz, é?
- Sim, eu estou muito feliz, e você aqui do meu lado me faz mais feliz ainda!
- Estou feliz em ouvir isto. Mas se ele te procurasse, o que faria?
Fiz um ligeiro silêncio e respondi, omitindo que ele havia me procurado. Era apenas uma omissão, não faria nenhum mal. Penso que não... "Uma omissão não é o mesmo que mentir, ou é?"
- A minha decisão já foi tomada, muito antes de te conhecer. Não o desejo mais, me fez sofrer quando nos separamos. Não teria volta... me decepcionei e não confio mais em sua pessoa. Seria inútil ele me procurar. Ele tomou uma decisão, então deve afrontá-la sem me perturbar. Que viva a sua escolha.
Muitas vezes, desejei que isto pudesse acontecer, mas nunca aconteceu e agora não sei porque não quero mais. Não preciso, eu estou feliz sem ele por perto... e estou me descobrindo, estou vivendo coisas que jamais viveria se ele estivesse do meu lado. Ele era muito ciumento e eu me privei de tanta coisa para estar com ele. Agora, tudo está voltando ao meu normal, do modo que sempre fui. Dentro de mim está havendo uma alegria contagiante.
Queria que a minha mãe pudesse me ver, neste momento. Ela estaria orgulhosa de mim e muito mais de você que fez com que a filha dela brilhasse os olhos novamente. Meus olhos estavam apagados, mesmo estando com ele.
Não quero falar mais nada... Olha só o  que o seu sonho colocou à tona! Aqui neste ninho não pode ter ninguém que não seja nós dois. O que acha?
Depois de todo este discurso cansativo ele respondeu:
- Eu acho uma ótima ideia!
E foi me tocando e me beijando quando falou:
- Que tal se a gente passasse mais um dia aqui, tem tanta coisa ainda para se ver. Estou adorando estes momentos.
- Eu gostaria, vamos falar com eles e ver o que pensam. Eu estou com fome, e você?
- Vou acender o fogo e assim a gente prepara um chocolate quente com um belo pão torrado na brasa. 
Havíamos comprado leite em embalagens descartáveis e muitas merendas. Poderíamos ficar ali por mais um dia que não haveria problema.
De repente, ouvimos vozes que vinham da outra barraca... era Lucas que ao acordar, começou a festejar com Letícia e falar com a gente.
- Alô, pombinhos! Hora de levantar, se alimentar, mergulhar e irmos para o sítio. Já acordaram? 
E gritava:
- Acordem! 
Ele falava e nós dois nos beijávamos, nos amassávamos... Estava tão bom aqueles abraços fortes, eu não queria soltá-lo por nada, naquele momento. O seu cheiro me excitava, e pela manhã, com todo aquele calor, meu sangue fervia. Entrelaçava a minhas pernas em seu corpo e ele falava:
- Sossega, assim você me deixa louco! Não vê que eles acordaram e estão chamando?
Eu queria deixá-lo louco, porque ao vê-lo assim, me sentia muito desejada. 
O olhei e pensei:
" Meu Deus, o que eu estava perdendo todo este tempo, este homem me deixa transbordando de desejo. Acho que não deveria ter omitido aquilo... depois, se ele vem a saber, talvez não confie mais em mim. Não, ele não vai saber, basta que eu não fale nunca! Vou esquecer isto, assim, não tem erro."
Respondi: 
-Tudo bem, vou me acalmar... 
E o olhando, dei um enorme sorriso malicioso para ele.
Que bom estes momentos...


- Já estamos acordados, Lucas. Faz tempo que acordamos... estávamos aqui namorando um pouco! Como foi a noite de vocês, dormiram tranquilos?
- Melhor não poderia existir. Meu amor dormiu agarradinha e foi bom demais!
Respondeu Lucas, alegre.
- Amigo, já que esta noite foi tudo muito tranquilo, nada de bicho perigoso, então que tal se a gente passasse mais um dia e uma noite aqui. Pescaríamos mais, poderíamos andar um pouco na mata, para ver macacos e pendurar em cipó. Que tal?
Perguntou Júnior.
- Só se for você que vai pendurar no cipó, porque eu em cipó não penduro de jeito nenhum e bicho perigoso você não viu, mas eu e Letícia vimos um aqui dentro da barraca por quase toda a noite. Depois com o tempo, ele amansou todinho quando dei comida de primeira para ele.
- Lucas, larga de ser depravado! A gente está falando sério.
Falei nervosa. Tudo acabava em sexo para Lucas, era o jeito dele...
Assim, responde ainda brincando, mas sempre com um tom sério.
- Mas eu também estou falando sério. Tinha mesmo, oras bolas.
Júnior não querendo estar por baixo, deixa a sua resposta.
- Desse bicho que você está falando, aqui também tinha um, mas ao contrario do seu, por mais que ele comia, mais ele ficava perigoso. Não é amor? Fala para ele o tanto que você sentiu medo.
E gargalhava. Não tinha jeito, aqueles dois, quando estão juntos, gostam de falar em duplo sentido. Percebi que para eles se tornou normal, mostrar o quanto são potentes.
- Amor, eu nem vou responder... 
E olhei para ele toda tímida, porque coisas assim, são somente minhas, é muito íntimo e não gosto de dividir com ninguém.
- Júnior, a gente até poderia ficar mais um dia, mas sei que se fizermos isto Antônio vai estar preocupado. Quando saímos do sitio eu falei que viria para cá e que ficaríamos apenas um dia e com estas coisas não se brinca. Ele pode pensar que aconteceu alguma coisa e com certeza vem aqui para nos socorrer. Ele é muito responsável e sabe que uma aventura como esta, existem riscos.
Falou Lucas.
Lucas é uma pessoa que gosta muito de diversão, gosta muito de se aventurar, mas quando tem de ser responsável, ele não deixa a desejar. Seus pais são muitos rígidos e sempre ensinou que tudo tem de ter disciplina na vida, que a responsabilidade faz parte de um homem que quer um dia alcançar o que deseja.
- Realmente você está certo. Deveríamos ter dito dois dias a ele. Agora não tem como remediar, não pensamos como deveríamos pensar. Aqui está bom demais! Vamos fazer assim, depois a gente volta se der.
Falou Júnior um pouco  tristonho...
Realmente aquela aventura estava muito agradável, eu mesmo não queria mais sair dali, havia perdido o medo. E só de imaginar em voltar e ter de fazer toda aquela caminhada de novo para estar ali, me deixava desanimada. Queria pescar novamente, pois, pescar, para mim, é fascinante. Eu havia pegado um peixe e desta vez estava disposta a pegar muito mais. Mas Lucas estava certo e assim, depois de um belo café da manhã e um delicioso mergulho, desmontaríamos as barracas e partiríamos. 
Letícia não falou nada contra ele. Ela sempre gosta de insistir e fazer ele mudar de idéia, mas desta vez ela viu que fazer Antônio vir atrás da gente, seria uma grande irresponsabilidade.
Ao sairmos da barraca, iniciamos a preparar o nosso café. A fogueira não seria difícil de reacender, bastava um pouco de lenha, pois, o local ainda estava bem aquecido. E assim, Júnior preparou tudo enquanto eu e Letícia arrumávamos a nossa desordem, preparando para a partida. Tudo foi muito tranquilo... Geralmente as formigas não deixam os alimentos em paz, mas nós fomos muito precavidos, deixando tudo muito bem fechado, deste modo, não tivemos nenhum problema. 
Quando terminamos de tomar um chocolate quente, torradas com maionese e outras coisas que havíamos de merenda, fomos para a cachoeira.
Tudo parecia andar muito bem... beijos, abraços, juras de amor. A cada momento que passava, eu ficava mais carinhosa com Júnior e seus olhos ao me olhar, sempre diziam que era realmente muito feliz!
A um certo momento da jornada, Lucas chamou Júnior para desmontar as barracas enquanto nós duas continuávamos a nos divertir na água. Desmontar barracas era obrigação dos dois e assim, eles ali ao desmontar, conversavam, gargalhavam...


Não sei o que foi que aconteceu neste momento, não sei o que os dois conversavam, mas quando voltamos para nos vestir, depois que tudo estava organizado, me aproximei de Júnior para lhe dar carinho e ele não sorriu, não beijou como de costume, não me olhava carinhosamente e sim com um olhar diferente. O abracei apertado, mas dele recebi um ligeiro abraço me dizendo:
- Vai se vestir com sua irmã. Vamos, Lucas nos vestir... você ajeitou os anzóis? Não podemos demorar, porque pode ficar muito tarde. 
Não entendi o seu gesto e toda aquela pressa... eu queria perguntar o que estava acontecendo, mas o momento não era propício para esclarecer a sua reação, que para mim era realmente muito estranha.
Me calei. Sentia a sua indiferença, e não quis procurar saber qual seria a razão, me afastei e fiquei a tentar descobrir qual seria a razão.


Seria inútil tentar perguntar, pois, parecia que ele não falaria naquele momento. 
Letícia me chamou e ao mesmo tempo veio para perto de mim e me perguntou:
- O que houve? Porque se distanciou?
- Você não notou? Júnior está estranho comigo... a pouco tempo atrás, tudo estava às mil maravilhas, e quando voltamos fui abraçá-lo e ele foi rude. Não entendi  o porque... Letícia, ele ficou assim depois que falou com Lucas. Mas o que Lucas poderia ter dito para deixá-lo assim?
- Vou perguntar à Lucas.
- Não! Deixa quieto... se tem alguém aqui que deve falar, terá de ser ele. Eu não gosto disto. Se tem algo errado, deveria dizer logo e não se alterar e me ignorar.
- Mas ele é assim, Olívia... ele se enraivece e se cala, já percebi isto nele. O melhor a fazer é, quando vocês se falarem, não esconder nada dele.
- Será que foi isto? Será que foi algo que omiti? Mas como ele poderia saber? Lembra que você me disse lá no armazém de não dizer que Pedro havia me procurado?
- Lembro. Mas o que isto tem haver? Ele te perguntou algo sobre isto? 
- Sim, me perguntou esta manhã e eu não contei este fato, seguindo o seu conselho. 
Você falou algo para Lucas sobre isto, Letícia? Não me diga que você contou a Lucas?
- Sim, para Lucas eu contei, mas não imaginava que ele poderia falar algo, será que este meu namorado não soube fechar a boca? Vou agora perguntar a ele. 
- Letícia, deixa pra lá. Não vamos complicar mais... eu só omiti, não menti... tudo que falei para ele, foi pura verdade. Falei coisas que venho sentindo, e outras coisas que não disse foi só porque não quis me abrir. Eu não queria ficar colocando fantasmas, que não me interessam mais, no meio de nossa relação que está tão agradável de viver e apenas começando. Se ele não soube compreender isto, se não veio falar comigo, então eu também não vou ficar aqui demonstrando agonia e tristeza. Vou continuar tranquila e se ele quiser falar, estarei pronta para responder... enquanto isto, vou ficar normal. Afinal, eu vim aqui para me divertir, chega de sofrer por alguém. Meu Deus, estou acabando de conhecê-lo! O certo seria conversar, não? Teríamos que ter mil esclarecimentos em momentos como este que está iniciando e não se fechar como ele está fazendo.



Minha irmã falava comigo e ele, lá de longe, não tirava os olhos de mim. Agora era tarde, já estava chateada, e para falar comigo teria que sofrer um pouco. 
"Porque os homens são assim... incompreensíveis? Faz uma coisa tão simples se tornar complicada. Se ele tivesse vindo a mim e falado, eu diria toda a razão por ter agido daquela maneira. Afinal não estava mais sofrendo desde quando iniciei esta viagem. Havia tomado a decisão de não querer saber mais nada do meu ex. Tudo isto aconteceu e eu nem falei com meu ex, só tive noticias... fico aqui a imaginar, se eu falasse com este ex namorado, qual seria então a sua reação.  
Sou dramática, sofro por pouca coisa, mas não gosto de construir dramas... quanto menos drama puder existir em minha vida, eu prefiro. Se algo não estiver me deixando feliz eu falo no mesmo instante, eu faço desaparecer. Falo, esclareço... doa a quem doer! E Júnior é diferente de mim neste sentido, ele se cala"....
Tudo estava organizado e nos preparamos para partir. O silêncio dominava... o meu retorno, por toda aquela trilha, não foi nada agradável até o momento em que estando muito distraída, machuquei o meu pé...
Neste momento tudo mudou!

Autora: Aymée Campos Lucas 
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capítulo 11

Todos os direitos reservados 


Para quem deseja ler desde o inicio o Livro, deixo aqui o link:


Passei o meu domingo a escrever e postar este capítulo. Escolhi um tema muito polêmico: A omissão e a mentira. 
Muitos consideram ter o mesmo sentindo, que ambas significam a mesma coisa, mas eu não acho que seja a mesma coisa. 
A omissão pode, sim, ferir alguém, pode até atrapalhar e interromper algo de belo que esteja nascendo ou que já exista da tempo.  Mas pode também não atrapalhar algo de bom e penso que tem como remediar. Enquanto a mentira, entra na vida de alguém, porque realmente uma certa pessoa está fazendo algo que a cada dia prejudica um relacionamento. Está criando novos caminhos, novas estradas separadamente, e mentir é o melhor remédio, até o momento que o prejudicado não descubra. Descobrindo, é destruição na certa, mas ao mesmo tempo, um alívio para o mentiroso.
Este é o meu ponto de vista... E o seu, qual é?


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