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Desejo Muito que Possa Apreciá-lo. São Textos e Poemas Escritos Por Mim.
Eu Gosto Muito de Escrever... Na Verdade, Eu Amo Escrever.



sábado, 15 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - IV

Onde Nasce uma Paixão 

Mas,  eu tinha motivos. Ele estava sendo muito gentil comigo, até a porta do carro ele abria para que eu entrasse primeiro. Que lindo a sua gentileza! 
"Ai ,meu Deus, o que será que está me acontecendo? Parece que estou gostando... 
E será o que irei encontrar lá? Na verdade, eu estava muito ansiosa!"
Ali, eu estava em meu silencio a imaginar...
Capìtulo 3

E assim a estoria continua... 
O sitio nos espera 

Quando entramos naquele carro, imaginava absurdos para acalmar o meu silencio... 
Minha irmã neste momento estava enchendo de carinho Lucas, e falava baixinho ao seu ouvido, os dois sorriam quando contavam algo que viveram neste período separadamente, e eu deixei aquele momento existir unicamente para os dois. Eu não queria interromper ao vê-los tão agarradinhos. 
Todo este carinho era saudável para um casal que a distancia estava tomando conta e que a força dos dois não permitiam. Ao olhar os dois eu queria estar vivendo o mesmo e... Sem nem mover a minha cabeça girava os olhos para tentar entender o que ele fazia, e porque estava tão quieto. 
Conseguia ver só um pouquinho suas pernas e... Que pernas, nossa!
Eu não conseguia ver o rosto... Para conseguir, eu  teria de me girar mas eu não queria dar este gostinho para ele... Teria que ser ele a falar comigo, eu estava ali esperando!
O silencio dele me deixava curiosa e eu queria saber o que ele estava pensando... Eu sei que ele estava pensando! Mas não sabia o que ele estava pensando?
Eu sei disto porque todo mundo pensa, todo mundo tem mil imaginações na cabeça e quando estamos em silencio a mente vaga, mas onde ele estava vagando? 
Eu queria que fosse imaginações sobre mim! Mas porque eu estou assim? Depois que o conheci só fico pensando sobre ele... Oh meu Deus isto não é normal! Será que é normal? Na verdade eu perdi a noção de como se deve agir, eu não sabia mais como se flertava com um homem. Muitas vezes sinto vergonha de trocar olhares... Antes eu olhava todos que me agradavam bem nos olhos, e agora quando alguém me olha eu abaixo a cabeça. Maldito namorado que me fez ser assim! Ingênua eu que deixei ele me fazer ser assim... Mas isto vai mudar. Eu vou me encontrar e ninguém me segura quando esta nova Olívia desabrochar...Nova não, antiga Olivia porque eu era fugaz, eu era muito sapeca. E agora ao ver minha irmã, eu me vejo como dentro de um espelho aprisionada querendo sair e ser como ela!
Eu achava minha irmã tão forte, tão corajosa e sempre dizia isto a ela. Ela é muito inteligente de um modo diferente de mim, sabia viver comunicando e agindo e não somente vendo, lendo e imaginando! 
Eu também sempre fui muito viva mas o tempo vivido à anos atrás, me fez ser muito tímida. Aquela fase de descoberta eu não descobri nada, aos dezoito anos estava de olhos fechados para o mundo. Sentia sede de aprender, de saber e como não podia eu olhava os livros, revistas e filmes.


- Que coisa mais linda, Vida, o por do sol! A estrada para o sítio será sempre assim? Eu nunca vi coisa igual, é lindo demais!
Falou Letícia...
- Que bom que está gostando daqui, amor! A estrada será sempre assim, mas a um certo ponto não teremos mais o asfalto e a terra é muito vermelha, ela faz uma poeira louca ao passarmos por ela.
Falou Lucas.
- Realmente é divino este lugar, eu também nunca vi coisa igual em minha vida! Lucas, você está vivendo em um paraíso! Você está gostando daqui?
Perguntei.
- Eu estou adorando... Sinto falta demais do meu amor mas o lugar me acalma. Eu a muitos anos atrás tinha vindo aqui com meu pai, já conhecia um pouco. Meu pai comprou este sítio quando ainda vivíamos no Sul de Minas, porque ele gosta de caçar, pescar e nas férias ele vinha para cá para poder fazer o que gostava, então, eu vim uma vez com ele e foi uma super aventura! Aprendi a lidar com a natureza junto a ele.
Lucas me respondeu demonstrando um gosto incrível pelo o lugar. Penso que com ele  vai ser mesmo muito divertido, porque ele gosta da natureza e será capaz de nos mostrar o que realmente é belo!
- Eu não vejo a hora de poder mostrar a todos vocês a Chapada dos Guimarães, é lindo demais! Vamos fazer assim... Domingo, a gente acorda bem cedo, digo bem cedo mesmo para irmos até la, assim chegaremos quando o Sol estiver nascendo. Eu quero que vocês possam ver o sol nascer,  naquele lugar, porque é deslumbrante. Quando vocês puderem ver, sentirão que não estou mentindo... Parece que o Sol está debaixo da gente e, assim, a gente se sente poderoso!
Falou Lucas, sorrindo!
- Nada melhor que nos sentirmos um super homem, não, Lucas?
Disse Júnior... Quando ele abre a boca sempre diz algo estranho. Tenho sempre que procurar entender.


- Olivia, esquecemos de ligar para a mãe... Nossa! Como pude esquecer?
Vida lá no sítio tem telefone?
Júnior começou a rir juntamente com Lucas...
- Por qual motivo vocês dois estão rindo?
Perguntei, porque não via motivo de rirem...
- Amor la no sítio não tem telefone não, foi por isto que eu comecei a rir... 
Tenho de te dizer uma coisa que não tive tempo de dizer ainda. O sítio é muito simples e ao chegar lá, vocês duas terão um pouco de dificuldade para se habituarem, porque não tem tantas regalias.
Não tem corrente eléctrica, teremos de usar um lampião. Também não tem sistema hidráulico dentro da casa, somente na varanda de fundos tem um pequeno banheiro, onde os tubos hidráulicos alcançam, porque la foi usado um sistema simples para levar a água até a nós. Perto da varanda tem uma bomba que manuseando faz com que a água entre dentro de um deposito de água neste banheiro, mas é muito desgastante ficar bombeando para que a água entre neste deposito. 
- Você esta dizendo uma caixa d'água?
- Sim, só que todo o trabalho tem de ser feito com nossas mãos, é muito cansativo, então teremos sempre que economizar a água para não ter de ficar bombeando por todo o dia. E todos nos teremos de fazer um pouco este esforço e ir la para bombear. Um pouco cada um a gente consegue encher a caixa.
- Você esta falando serio Lucas ou é mais uma de suas brincadeiras? Eu não consigo fazer isto não!
Respondi 
- Mas vai ter de aprender porque senão não tem banho, e saiba que o calor é grande pra ficar sem banho. 
Me responde um pouco rude pois ele me conhecia e sabia que sempre fui um pouco bonequinha de luxo e coisas deste tipo eu lançava no ar a minha frescura!
- Olívia, não começa viu! Aqui cada um terá de ajudar o outro, e por favor vê deixa as frescura para outra hora, minha nossa você tem hora que parece rainha e aqui isto não vai poder existir...
Falou Letícia drasticamente como se quisesse defender o seu namorado, mostrando que  ali será maravilhoso se eu não ficar reclamando... Porque ela sempre faz assim comigo? Vive me trazendo para a realidade como se tudo fosse simples e para mim não é!
- Eu bombeio para você... Quando chegar a sua vez eu faço a sua parte!
Eu arregalei os olhos para ele como se fosse explodir um sorriso... Pois eu estava esperando ele falar e quando falou me defendeu e mais, vai cuidar do meu bem estar como se quisesse cuidar de mim!


- Ah não Júnior, isto não! Desse jeito eu vou ter de fazer a parte de Letícia, senão vai parecer que não sei cuidar dela!
Falou Lucas decepcionado...
- Mas você tem de fazer a parte dela! Letícia veio de longe para estar com você e o mínimo que você poderá fazer é cuidar dela.
Que lindo quando ele fala! Ele defende as mulheres, será mesmo que ele é assim? Talvez esta somente jogando, assim me conquista mais rápido.
- Tudo bem, não tem problema, eu vou cuidar de você amor... Eu vou cuidar muito bem mas só porque te amo muito!
Falou Lucas todo orgulhoso de seu sentimento.
- Vida mas eu quero ajudar, eu gosto dessas coisas, não é para mim nenhum sacrifício e você sabe!
Responde minha irmã Letícia.
- Quando amanhecer vocês irão ver um chuveiro  e uma torneira com um tanque perto desta bomba e ali a água chega mais veloz, então quando formos tomar banho, cozinhar, lavar algumas roupas e vasilhas a gente usa ali deixando a água do banheiro para quando formos utilizar o banheiro. 
E voltando ao assunto de telefonar para sua mãe, amanhã  bem cedo eu terei de ir no armazém do seu Filipe para comprar algumas coisas para a limpeza da casa e para comermos e la tem um telefone, assim você vem comigo e liga para a sua mãe.
Fala Lucas.
- Eu também quero ir... Eu queria poder falar com a mãe um pouco!
Disse assim porque fiquei preocupada de estar ali sozinha com ele, onde já se viu! Mas o que farei ali sem minha irmã por todo o tempo? Eu sei o quanto ficaria nervosa ao lado dele sozinha.
- Não poderemos ir todos, vocês dois ficariam e começariam a organizar a casa um pouco.
" Mas como posso aproveitar as férias assim? Sair de tão longe para estar a limpar uma casa de sitio? Isto não estava nos meus planos!" 
Pensei enraivecida, mas não falei nada, fiquei em silêncio me sentindo aprisionada, queria conhecer o lugar e não ficar limpando.
E o silencio reinou mais uma vez!
Já estava escurecendo e ainda tinha um grande caminho pela frente. Lucas disse que chegaríamos por volta das vinte horas. 
Alguém quebrou o silencio... Júnior se pronunciou:
- Andei observando vocês duas por um bom tempo e notei que vocês duas tem um jeito pratico de ver a vida. Você Letícia muito mais... Eu vejo que é muito corajosa como se estivesse sempre ao comando. Decididas é a palavras chave para tudo que observei. Alguém assim do nosso lado faz a gente se sentir viril! Você é um homem de sorte Lucas em ter conhecido Letícia!
Letícia estava respondendo e agradecendo o seu elogio e eu fiquei ali a pensar:
"Minha Santa Maria do Carmo, este homem custa a falar e quando fala diz sempre resumindo, usando poucas palavras. São palavras que amplificam... Mas o que eu estou pensando? Isto não é hora de estudar esta parte do seu ser.
Eu reparei que ele não tirou o olho de mim quando disse esta frase, usou o termo viril e isto significa que se sente macho, pleno de capacidade sexual... Então sente desejo! Se ele se sente viril ele esta me desejando...
Mas, porque não fala? Primeiro se sentiu um super homem, agora viril... Esta provocação me dá nos nervos. E' como se não fosse nada pratico ao falar. Quer jogar, só falta ter apostado com Lucas que vai me conquistar e está fazendo de difícil! Homens tem esta mania de sempre querer apostar e mostrar que é capaz de vencer!


Ai, ai, ai, que confusão... Afinal quem está fazendo de difícil aqui sou eu! Sou eu quem devo
me fazer de difícil, não ele!"
Estava irritada, muito irritada porque eu não gosto de perder em um desafio... E assim olhei
diretamente nos seus olhos e me pronunciei sem nem pensar o que iria dizer:
- Olha aqui, ou você começa a falar claramente ou eu não vou mais te dar ouvidos. Trata de ser mais pratico com suas palavras porque a minha mente esta ficando desgovernada aqui de tanto pensar e querer entender os seus enigmas. Fala três palavras como se fossem palavras chave e eu tenho que achar a chave, a resposta, assim não dá!
Minha nossa! O que estava dizendo? Que loucura, agora não tem mais como remediar...
- Eu não sou prático!
Falou rude...Senti ar de guerra e perguntei:
- O que é então?
- Talvez misterioso, sei lá
Respondeu com tanta calma e sorrindo.
- Olívia não queira adivinhar... Tudo que o Júnior diz é como se tivesse sempre duplo, triplo sentido. Ele sempre deixa um mistério no ar, ele é assim e cabe a você entender do seu modo porque ele não te dará respostas.
Falou Lucas querendo me ajudar...
- Eu não vou entender nada! Ou muda ou serei eu uma surda!
Falei enraivecida e Lucas sorriu porque me conhecia. O silêncio pairou no ar, não recebia nenhuma resposta quando ao improviso escuto:
- Te beijar! Seria te beijar!
Falou isto ao improviso, fiquei espantada, pois ele falou baixinho, quase no meu ouvido, enquanto o casal se curtiam e conversavam sozinhos.
- O que? O que está dizendo, não consegui...
Me interrompeu dizendo:
- Você antes me perguntou o que seria um momento especial em que eu abriria minha boca... Seria te beijar! Pronto falei, acabou o mistério tudo bem? Era assim que você queria não? Acabou... Não direi mais com mistérios... E agora o que me responde!
Ele queria respostas... Minha barriga deu aquele friozinho, eu não esperava aquela reação dele... Não esperava, e fiquei olhando para ele, olhava... Mas resisti e nem respondi. Ali naquele momento quem usou de mistério foi eu! Na verdade eu fugi, não estava pronta. Desejava, mas não soube reagir e fiquei quietinha, era um momento constrangedor. Assim ele se calou também... 
Neste instante fizemos uma parada para ver o pneu, Lucas sentiu algo estranho e foi verificar, mas Júnior não saiu do carro, parecia arrependido do que havia me falado, seu rosto demonstrava desilusão, decepção, arrependimento sei lá, estava triste... 
Eu queria e senti vontade de beijar mas não assim naquela hora... Eu não sei agir em momentos que me pressionam e de longe o observando pensei:
"Me deixe pensar... Eu também quero te beijar mas quero que seja tudo muito lindo! Agora não é hora! ainda não!"
E assim quando me olhou eu sorri para ele... 


Ao sorrir para ele, eu percebi que seu rosto se tranquilizou, como se tivesse recebido a resposta que desejava.
E, assim, entramos no carro e continuamos a viagem. Me sentia muito envergonhada como que sufocada. Ele, desta vez, preferiu grudar em mim ao invés de estar perto de sua janela. Eu sentia o seu respiro e digo de passagem que era bem ofegante.
"Mas onde isto vai parar? O que será que estou causando nele para respirar assim?
Acho que vou reclamar, sim eu vou falar! 
Mas o que é isto? A mão dele! A mão dele está tocando minha perna e eu estou gostando. Mas não quero! Oh, meu Deus, que delícia, tão suave! O que fazer Senhor, fico calada? Reclamo? Não, não vou reclamar! Vou sim reclamar! Não eu vou só afastar! Mas, já estou grudada na janela do carro, não tenho mais saída.
Neste instante, o fixei profundamente e falei baixinho quase suspirando... O meu respiro também estava ofegante. Que sensação deliciosa que sentia.
- Por favor, pare!
Me olhou e parou dizendo:
- Não consigo te entender. Você tem um mundo em sua mente e sei que o importante será conseguir entender o que tem por detrás de cada imagem que seus olhos me transmitem!
Sorri para ele e disse ainda sorrindo:
- Que lindo! Você acertou, o mundo gira aqui!
E fiz o meu silêncio... 
Depois daquele momento, não demorou muito e chegamos no sitio tão desejado! Eu e Letícia estávamos cansadas, mas tinha tanta coisa ainda para organizar! E assim, descemos do carro todos muito eufóricos.

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 4
Todos os direitos reservados


Segue capítulo 5 




Para quem desejar ler o início do meu livro, este é o Link:


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - III

Onde Nasce uma Paixão 

E assim, aconteceu a coisa mais desejada para a minha irmã que, por toda a viagem, desejava somente uma coisa... Desejava beijá-lo!
E que beijo! Não sabia se o beijava, se o olhava, se o abraçava... Os dois se tornaram um somente... E, eu? Eu olhava para um rapaz estranho, na minha frente, sorrindo para mim!
Capítulo 2

E assim, a estória continua...
 A Chegada

Quando desci do ônibus e vi minha irmã correr para os braços de Lucas, seu namorado, me fez sorrir tanto! Senti um arrepio ao ver a sua felicidade. Era contagiante! 
Neste mesmo instante, olhando para uma outra direção havia um rapaz que não parava de olhar para mim! Eu pude perceber que estava com Lucas, e em questão de segundos comecei a pensar em milhões de coisas de uma só vez. Sei que foram segundos porque, momentos seguidos, meu cunhado veio me dizer olá!
E, pensei:
"Mas, quem é este rapaz? Por que não tira o olho de mim? Por que sorri assim tão fervoroso para mim? 
Meu Deus, eu não quero nem conhecer! Acabei de terminar com meu namorado e no mais, ele é feio demais! Não estou pronta para uma nova história... 
Por que meu cunhado veio com este rapaz? Será que está querendo arranjar alguém para mim para que eu não atrapalhe o passeio dos dois? Mas, tinha que ser logo este? Tudo bem que parece jovem, mas nem tem tanto cabelo! Que estranho... Ele é calvo! Meu ex não era assim, meu gosto é completamente diferente... Gosto de homens com cabelos longos, gosto de homens mais fortes, mais alto! E, porquê não para de sorrir para mim, está me deixando completamente envergonhada. Não sei mais o que fazer, que droga, eu não pretendia isto!"
Eu me conheço e sei o quanto exagero nas coisas antes de vivê-las! Eu sou assim, não sei o porquê?

E, ainda pensando:
"Talvez não seja nada do que imagino, talvez, seja somente um amigo que tinha carro para nos buscar na rodoviária. Talvez, seja até casado, ou já existe em sua vida uma namorada! Queira a Deus que sim, porque eu não gostei nem um pouco dele... Mas, porquê meu cunhado fez isto comigo? Ele sabia que eu só queria momentos de paz!
Não Gostei! Não gostei disto! Poxa vida, estas coisas eu gosto de escolher sozinha, odeio que me façam viver coisas que para mim não são bem vindas! Não tinha um outro mais interessante que este não?
Não... Não... Me desculpe, mas com este eu não fico por nada neste mundo! Nada! Eu não estou pronta nem para falar com um homem quanto mais namorar... Não daria certo e mesmo se eu quisesse seria impossível! Este é completamente diferente fisicamente , não faria sentido. Seria como mudar da água para o vinho. Meu ex jamais seria calvo, ele tem cabelos nos ombros e este  que nem sei quem é ... 
Ai, meu Deus, ele está vindo para minha direção! Eu sou obrigada a sorrir para ele, porque ele não quer parar de sorrir... Que vergonha!

Neste momento, me despertei daquele espaço perdido onde milhões de coisas eu pude pensar em segundos, minha mente parecia que estava para explodir de tantos pensamentos exagerados, de tantas perguntas sem respostas. Mas, porquê eu sou assim?


Assim, Lucas vem em minha direção, trazendo seu amigo pelo braço, como se estivesse querendo me entregar um presente.
- Olá, Olívia, fez uma boa viagem?
Antes que eu respondesse, Letícia responde por mim:
- Nossa, Olívia terá muito o que contar desta viagem, vocês irão se divertir com tudo que aconteceu, mas, antes de tudo, por favor teremos que ir imediatamente em um banheiro, meu amor!
- Esperem! Eu queria apresentar o meu grande amigo Júnior!
Reclamou Lucas...
- Olá, Júnior, muito prazer... Desculpe, mas temos de ir ao banheiro, depois a gente se conhece como se deve. Te peço mil desculpas, mas não estou mais aguentando de vontade de fazer um pipi! Vamos, Olívia?
E assim, Letícia me puxou pelo braço e saímos em uma velocidade que não pude nem falar nada!
Ela sabia que eu poderia agir sem pensar e que daria uma resposta juntamente com mil perguntas... Ela viu o meu rosto com uma expressão diferente como de costume. Meu rosto estava demonstrando um nervoso e, ela me conhecendo mais que tudo, antes que eu agisse sem pensar, quis me tirar dali para falar comigo, e assim, fomos ao banheiro. 
Me lembro que a única coisa que fiz foi dar um sorriso completamente sem graça, visto que eu não me sentia bem com aquela situação!


E lá vamos nós para aquele banheiro correndo como duas loucas. Eu querendo falar e Letícia interrompendo: 
- Você viu como ele é lindinho?
Ao entrar no banheiro não havia ninguém, apenas nós duas. Que alívio, pois, assim poderia descarregar a minha ira tranquilamente! Não sei porquê eu comecei a imaginar que Letícia sabia disto tudo, mesmo antes de partirmos, mas não quis me dizer porque saberia que desistiria da viagem, mas ela jurou que não sabia de nada, que  tudo aquilo foi surpresa para ela também.
Então, respondi:
- Lindinho? Ele é horrível, mas porque Lucas inventou de trazer alguém?
- Olívia, ele é lindo! Tudo bem que é muito diferente da pessoa com quem namorou por quatro anos, mas ele é lindo, e mais ainda... Ele é mais bonito que Pedro! Seus olhos não conseguem ver nada mais! Tem apenas uma direção. Eu desejaria poder abri-los minha irmã.
Falou minha irmã daquele jeito como se quisesse me beliscar, acordar...
- Tudo bem , você está certa novamente. Ele é bonito sim, só é diferente, mas é bonito. Mas, eu não quero estar com ninguém, ninguém, entende?E, isto, está me deixando muito nervosa!
Enquanto você estava com Lucas, ele não parou de sorrir para mim! Eu já estava totalmente sem graça.
Respondi preocupada.
- Eu sei que para você, coisas assim, neste momento, é muito difícil de viver, mas tenta ser receptiva, não estrague tudo! Tanto você não precisa ficar com ele, ao ponto de namorar ou beijá-lo. Apenas seja amigo, deixe o tempo te levar e viva o máximo estes momentos. Vamos nos divertir muito, eu tenho certeza!
Lucas disse que iremos para o sítio do pai dele, e lá estaremos por todo o tempo... Longe de tudo, e este Júnior é o melhor amigo dele. 
Quando Lucas viveu no Sul de Minas, por muitos anos, ele fez uma enorme amizade com Júnior e então, ao se mudar para cá, Júnior veio para conhecer o lugar e passar todas as férias com ele. Lucas não esperava, mas ele disse que será muito divertido, porque Júnior é uma pessoa muito alegre!
Ela falou novamente me surpreendendo mais uma vez!
- Nós vamos para um sítio? Mas, eu pensei que estaríamos na casa de seus pais! Minha nossa, esta viagem está se transformando em confusão. Eu pensei que estaríamos na cidade para conhecer tudo, porque dizem que é muito interessante. Por que temos que ir para um sitio? Assim, parece que não será como imaginei!
Falei toda surpresa.
- Este é o seu problema, sabia? Você imagina demais e depois, se não é como imaginou, parece que tudo se transforma em tragédia. E não pode ser assim. A vida é sempre uma caixinha de surpresas, não queira imaginar, porque, amanhã, talvez, nem estaremos mais aqui.
Respondeu Letícia
- Cruzes, Letícia, que horror! Não fale mais assim porque me assusta.
- Olívia, a vida é assim, não tem horror, tudo é surpresa, e a gente tem de viver certas coisas para se alegrar, reviver, aprender. Confessa minha irmã, confessa, vai! Não vai me dizer que não está gostando desta aventura? Está sendo tudo maravilhoso desde a nossa partida, pois apesar de haver tantos transtornos, nós conseguimos superar todos. 
- Maninha, você está certa! Eu nunca vivi algo parecido e, a cada experiência, lá no fundo, eu fico é feliz da vida! Estou sorrindo por dentro!
Será que no sítio tem telefone? Devemos chamar a mamãe e dizer que chegamos salvas! 
- Acho que não, tenho de perguntar a Lucas. Caso não tenha, ligaremos antes de partirmos para o sítio. Lucas disse que vai mostrar um pouco de Cuiabá para nós. Ele disse que aqui tem muita coisa linda para admirar! Mas teremos que partir antes de escurecer, por volta das cinco horas.
- Letícia, eu estou morrendo de vergonha dele... Não me deixe sozinha enquanto eu não me sentir bem com esta situação , tudo bem?
- Te adoro, minha irmã! Eu não faria nada que pudesse te deixar mal!
- Letícia, você sabe qual é o nome dele, pois Júnior é porque herdou o nome do pai dele... Você sabe?
- Não, eu só ouvi Júnior! Olha ai! Este seria um bom motivo para iniciar uma conversa, pergunte a ele. 
Lucas disse que ele é muito brincalhão e que perto dele estaremos sempre dando risadas.
Naquele instante, me acalmei... Já não o via como um monstro e sim como uma pessoa normalíssima... No  mais, já conseguia imaginar que era até bonito!
 
  
Assim, retornamos ao encontro deles, observando de longe, notei que realmente ele era muito bonito! Seu sorriso tinha algo surpreendente. Ele sorria e seus olhos sorriam juntos!
Me aproximei muito envergonhada e disse um oi meio sem graça.E, quando Lucas veio ao meu encontro, me abraçou com o seu jeito carinhoso de ser, dizendo de estar muito contente de nos ver, ali, junto a ele.
Lucas sempre foi muito comunicativo, carinhoso, e divertido. Quem o olhasse junto à minha irmã, poderia pensar que ele era irmão dela, porque haviam alguns traços em comum. Lucas também tinha uma pela morena, olhos escuros e com um cabelo, assim, como se tivesse um corte onde ao passar as mãos se movimentavam. Era um rapaz com uma bela estatura e havia ombros largos, por praticar natação. Natação era o seu esporte favorito. 
Minha irmã alcançava seus ombros, mas formavam um lindo casal. Mas, de todos os seus atrativos o que eu gostava mesmo era do seu sorriso! Quando Lucas sorria transformava a sua face com toda aquela pele sedosa, tudo brilhava quando sorria. A sua alegria era contagiante!
- E a viagem? Letícia falou que aconteceu coisas imprevistas?
Perguntou Lucas
- Sim... tanta coisa aconteceu, sem falar das baratas que surgiram pela janela.
Respondi.
- Baratas? Você está brincando?
- Claro que não! Foi assim...
E, ali, me perdi na conversa contando tudo aos dois que gargalhavam quando falava de todo o meu desespero. Logo em seguida, nos dirigimos para o seu carro e entramos. Tínhamos uma aventura pela frente!
Naquele carro em nenhum momento havia silêncio. Todos queriam falar de uma só vez, estávamos com enormes saudades. Somente Júnior estava, ali, à canto observando e muito calado como se estivesse estudando cada mente. Mais ainda, cada pensamento meu. Sentia isto, pois ele não tirava os olhos de mim.
Neste instante, Lucas o olha pelo retrovisor e diz:
- Ei, Júnior, não vai abrir a boca não?
Ele deu uma risada, assim, meio tímido e respondeu:
- Agora não! Estou conservando para abri-la em um momento bem especial!
"Minha nossa! Mas o que ele quis dizer com uma frase como esta?"
Pensei e ao mesmo tempo lancei uma pergunta daquelas que ninguém poderia esperar:
- E como seria para você um momento especial? Este, não é? Me desculpe, mas, para mim, ele está sendo mais que especial por ser tudo muito diferente.
Enquanto todos riam com a resposta dele eu agi diferente o deixando constrangido e sem resposta por alguns segundos. Era como se quisesse fazer guerra. Não sei porquê agia assim.
Quando Lucas começou a falar novamente, ele me responde:
- Eu também estou achando este momento muito especial, mas creio que haverá outros melhores ainda. Momentos de tirar o fôlego!
" Mas que atrevido! Está parecendo que quando ele fala assim, quer me mostrar que virá ao ataque e que vai me conquistar... Mas quem ele pensa que é?  Acho que está pensando que tudo será muito fácil, mas está amargamente enganado!"
E, assim, vai mais um pouquinho de minha imaginação...
De repente, Letícia quebra o gelo daquele silêncio:
- Eu também concordo com você! Estes dias de férias serão cada dia mais emocionantes. Serão dias e dias melhores que este  que estamos vivendo hoje e quando chegar o final de tudo sentiremos aquela vontade de não nos deixarmos, de tão agradável que será. Eu imagino assim!
- E' verdade! Vai ser bom demais!
Responde Lucas
- Espero que sim. Estou precisando de me divertir. Quero poder me sentir bem, como da muito tempo não me sinto!
Falei sem pensar desta vez.
- Por que? Por que não se sentia bem da muito tempo?
Ele me pergunta.
Neste momento, tentei mudar o assunto, pois não pretendia derramar lágrimas de tristeza e, assim, perguntei em cima da pergunta dele:
- Júnior, qual é o seu nome? Gostaria de saber, porque Júnior, muitas vezes, me dá a impressão de que a pessoa não tem nome... Parece que está faltando algo.
E sorri timidamente o olhando fixo pela primeira vez.
- Augusto... Me chamo Augusto!
Respondeu carinhosamente.
- Nossa, que lindo! Você gosta do seu nome? Eu achei lindo!
Perguntei tentando continuar um dialogo
- Sim. Eu gosto muito, para dizer a verdade, mas poucos me chamam assim.
Respondeu com um olhar que buscava ver alguém do passado.
- Quem em especial?
Perguntei sorrindo.
- A minha avó e minha mãe. Elas só me chamam por Augusto e quando minha mãe está nervosa comigo, sempre diz com um tom de raiva "Augusto Júnior!" Quando ela fala assim pode saber que vem bomba!
Respondeu animado.
Lucas iniciou a gargalhar e falou:
- Cara, não sei como você está inteiro. Porque tenho certeza que sua mãe te joga bombas todos os segundos do dia! 
Todos riram e Júnior tentou concertar mas não teve jeito, pois Lucas o conhecia demais e sabia que era um que fazia o que gostava, quase não escutava a sua mãe! 
Era um que desafiava a tudo e a todos!
"Será que ele vai querer me desafiar?" 
Pensei... 
Parecia que ali estava nascendo uma atração, misturada com desafio e... De mim, uma pitada de não vem que não tem! Mais ou menos assim! Não vem que não tem!  Seria como se já existisse uma guerra dentro de mim, pois ele me atrai quando fala, quando olha, quando sorri... Ele me atrai em tudo, mas... Não vem que não tem!


Lucas começou a mostrar lugares lindos em Cuiabá e notei que era uma Capital bem desenvolvida. Ela tinha um verde que a contornava e isto a deixava rica! Quanto verde, era por toda a parte que passávamos... Tinha uma Avenida que ao passarmos, só se via Bancos de todos os Estados... Somente Bancos e restaurantes e depois de muito ver a cidade, Lucas disse:
- Imagino que a fome deve ter tomado contas de vocês?
- Meu amor eu to morrendo de fome! E queria comer peixe. Queria aquele Pintado que você falou no telefone ao qual comeu. Desde aquele dia eu só penso em provar um!
- Amor eu te dou pintado, descolorido, preto e branco, do jeito que você quiser, porque hoje o dia é todo seu!
Todos riram, pensando maldade!
Ali fomos em um lugar onde poderíamos ver o Rio Cuiabá de perto. Havia um restaurante e um balneário onde muitas pessoas frequentavam e nas águas tinha muitas lanchas que circulavam com jovens a surfar... A lancha os guiavam. Era tudo muito diferente do que havia visto em minha vida e eu admirava cada coisa bela deste lugar.
- O peixe tem um sabor maravilhoso, que delícia!
Falei comendo como uma louca! Eu estava com muita fome porque passamos um dia só comendo merendas. 
- Estava pensando uma coisa... Talvez a gente vai poder visitar a Chapada dos Guimarães. Eu tenho de levar vocês até lá. Vocês precisam de ver, é a imagem mais linda que uma pessoa possa admirar. Ali parece que estamos a voar ao encontro do céu!
- Que lindo vida! Eu quero ir.
- Nos vamos, mas agora chegou a hora de irmos para o sítio, porque a estrada é bem longa!
E assim fizemos. Entramos no carro e partimos para mais uma aventura! 
E ele não tirava o olho de mim! E isto me deixava nervosa! Parecia que se eu desse a atenção que ele queria, ali mesmo me beijaria! 
"Será como seria o seu beijo? Do jeito que me olha, parece que não seria nada mal! Olivia, Olivia, esquece isto agora!" 
Pensei demais, ultrapassei limites da minha imaginação...


Mas, eu tinha motivos. Ele estava sendo muito gentil comigo, até a porta do carro ele abria para que eu entrasse primeiro... Que lindo a sua gentileza! 
"Ai, meu Deus, o que será que está me acontecendo? Parece que estou gostando. E será o que irei encontrar lá? 
Na verdade, eu estava muito ansiosa!"
Ali, eu estava em meu silêncio a imaginar...

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 3

Todos os direitos reservados


Segue capítulo 4 




Daqui a alguns dias, esta estoria terá mais um capitulo do meu livro.  Ainda não acabou a tal aventura!

Para quem desejar ler desde o inicio, Aqui foi onde tudo iniciou:

domingo, 9 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - II

 Onde Nasce uma Paixão

Em vez de curtir bem a viagem, eu estava iniciando a sentir saudades do meu ex, e só conseguia pensar nele. Queria aqueles seus braços, neste momento, para me proteger. Eu queria que ele me engaiolasse de novo para não ver o que estava vendo! 
Era tudo muito assustador para duas jovens em aventuras.
Capítulo 1

E assim, a estória continua...

Me Sentia um Ursinho Triste Desejando Amor...
Queria Calor!

Me sentia um ursinho desprotegido desejando amor!
Mas, o que eu estou pensando? Aquilo, não era amor!  Eu estava, ali, naquela viagem que para mim era tudo uma enorme aventura, que imaginando seria cheia de surpresas e começo a desejar o carinho e a proteção de quem não soube me dar proteção. Muitas vezes, ao pensar, me imagino de estar assim por ter vivido quatro anos de minha vida sem poder viajar, aprender a enfrentar meus medos, meus conflitos e, até mesmo, enfrentar uma viagem como esta de um modo mais receptivo às coisas que nunca fizeram parte de minha vida.
Eu, naquele momento, deveria me alegrar e querer sempre perto de mim pessoas como a minha mãe Helena. Proteções que ela nos doava sempre  fazia com que aprendêssemos crescer, reviver sempre! Ela nos protege de longe. Se ela pudesse, colocaria o mundo em nossas mãos e diria: "Vai que o mundo é seu! Mas... Volte sempre!"  Proteção de minha mãe Helena não nos criava dependência, e sim, experiência!
Naquele momento, despertei dos meus pensamentos quando ouvi minha irmã me chamando:
- Ei, maninha... Olívia!... Olívia!!!
Gritou Letícia.
Eu sou assim... Eu me perco, vou para longe e não volto fácil, só mesmo gritando.
Falei:
- Não precisava me assustar!
- Mas, você não me ouvia! Te chamei calmamente e você parecia no mundo da lua. Posso saber onde estava seus pensamentos?
Perguntou Letícia 
- Nem precisaria te dizer.
Respondi relembrando.
- Quer biscoito recheado?
Pergunta Letícia apontando um pacote para mim.
Minha nossa! A minha irmã não parava de comer! Acho que era ansiedade por saber que estava para encontrar seu namorado. Ela o amava tanto! O amor dos dois era sempre viver aventuras, correr em busca de um Sol maior que já existia em suas vidas!
- Biscoito recheado? Mas, nós não compramos isto!
- E nem maçã! Mas olha só que lindas!
- Como você conseguiu?
- Enquanto você dormia, eu fiz amizades com aquele rapaz, ali, e toda vez que vem falar comigo, me traz um presente.
- E você está aceitando? Você não tem jeito. Você não existe! Mas... Eu não dormi!
- Sim que dormiu! Pelo ao menos era o que estava parecendo quando você estava roncando!
- Roncando? Me diz que é mentira! Se isto for verdade... Ai, meu Deus! Eu não levanto mais desta cadeira para nada de tanta vergonha!
Eu sei que mentiu, eu não ronco.
Falei nervosa.
- Como você sabe se estava dormindo?
- O meu amor falava para mim! Falava que eu dormia como um anjo, sempre serena.
- Quando é que você vai parar de chamá-lo de amor? Penso que já está na hora, não?
- Eu sei! Você está completamente certa.
Minha irmã era assim comigo... Sempre me trazendo para a realidade, sempre me fazendo ver a razão de tudo. Muitas vezes, sentia raiva, eu não queria parar de pensar nele porque cada parte de mim e de meu viver existia Pedro em memoria e, as outras coisas se tornaram apenas outras...

Minha irmã era linda! Nos duas não parecíamos em nada. Havíamos uma personalidade completamente diferente e fisicamente então... Era tudo diferente. Quem nos olhava não poderia dizer nunca que éramos irmãs.
Ela era morena que mais parecia uma cabocla. Lábios grossos mas a boca era pequena. Seus olhos pareciam duas enormes jabuticabas e, também, era um pouco menor do que eu. Seu corpo era perfeito, havia curvas para todos os lados que olhasse...
Eu, me descrevendo, diria... Sou branca, pele muito branca, penso que os lábios era a única coisa mais parecida entre nós, porque os meus também são carnudos e pequenos mas meus olhos são verdes e curvas não se via... Quem me olhasse por detrás poderia imaginar uma tábua de passar roupa, quase não havia volume e sim largura. Os meus quadris são largos, mas havia um charme! Eu também sou linda! Eu sei disto por notar o quanto sou admirada ao passar pelas ruas. Acho que foi por isso que meu ex namorado sentia tanto ciúmes de mim! 
Olha só! Já estou novamente a falar dele, mas quando isto terá um fim?


Neste momento, perguntei:
- Quando será que chegaremos em Uberlândia? 
- Está quase chegando. Disseram que passaremos pela cidade antes de chegarmos à rodoviária. Muitos descerão ali. 
- Uma vez, ouvi dizer que suas ruas foram projetadas como em Brasília.
- Onde você ouviu isto?
- Alguém, uma vez, em um bate papo me falou isto. Ele dizia que a cidade de Uberlândia apresenta claras referências às teorias haussmannianas de urbanização. Mesmo que de forma incompleta ou distorcida, a cidade de Uberlândia reflete os princípios haussmannianos ao propor a “divisão da área em secções, quarteirões, lotes, com avenidas e ruas necessárias para a comunicação rápida e fácil de seus habitantes e para a boa aeração e higiene”. E depois eu andei pesquisando sobre esta teoria e descobri que se chamava assim por ter sido criações de Haussmann.
- Teorias haussmanniana... Haussmann? Senhor, o que é isto?
- Você nunca ouviu  falar de Haussmann?
- Minha irmã, já ouvi algo parecido, mas é um bala.
Assim é que se pode ver a diferença de nós duas... Minha irmã não se preocupava em haver uma enciclopédia na cabeça... Eu, ao invés, se pudesse, a cada dia estaria aprendendo algo diferente. 
Ela queria o sol, eu queria os livros!
-Letícia, a gente estudou sobre isto. Me recordo até das imagens dos livros.
Haussmann nasceu e morreu em Paris. Ele foi advogado, funcionário publico, politico, administrador francês e foi nomeado prefeito de Napoleão III. Ele tinha o titulo de barão.
Ele foi o grande remodelador de Paris, cuidando do planeamento da cidade, durante 17 anos, com a colaboração dos melhores arquitetos e engenheiros de Paris. 
Haussmann planejou uma nova cidade, melhorando os parques parisienses e criando outros, construindo vários edifícios públicos, como o L'Opera. Melhorou também o sistema de distribuição de água e criou a grande rede de esgotos.

 Paris e suas ruas projetadas.

- Olívia, eu realmente não sei o que faria sem você! Você parece um livro aberto!
- Eu também não saberia o que fazer sem você... Eu encho a sua alma de aprendizado, e você traz vida e muito sol para mim!
- Belo o que você disse!
Eu sorri...
Que lindo ao chegar e poder admirar Uberlândia! A descrição era realmente verdadeira, as ruas eram paralelas a outras e então, ao ver as luzes da cidade por ser noite, pareciam que todas estavam em fila... Toda a cidade era assim!
Estava ansiosa para chegar na rodoviária, porque poderíamos provavelmente trocar de lugar. Muitos desceriam ali, mas poderia acontecer de outros entrarem e não ter como poder mudar de lugar. Já estava orando e pedindo a Deus para que isto não acontecesse.
Chegando lá entrou somente um casal, havia então lugares livres... Que alegria que sentimos. Sentamos então, justo perto do rapaz que Letícia fez amizade e assim, passamos a conversar muito com ele. Era um jovem em que os pais viviam em Cuiabá e ele estudava em Minas e, como era período de férias, estava indo ao encontro deles. Ele nos falou que ao chegar em Goiás faríamos baldeação.
- O que é isto? 
Perguntou minha irmã... Mas, desta vez, nem eu sabia o que era.
- Vamos trocar de ônibus, porque a viagem é longa e este não resiste. 
Senti felicidade por isto, pois imaginei que poderíamos entrar em um ônibus melhor que este e disse:
- Espero que seja melhor que este!
- Não espere tanto! Esta empresa é uma das mais econômicas, por isto não nos oferece tanto conforto.
Disse ele.
- Ah, então é por isto que quando paramos são lugares diferentes e estranho?
Falei.
- Estranho? Falamos a verdade... E' um horror! Eu nunca vi igual!
Falou Letícia...
- Como é Goiás? E' belo?
Perguntei.
- Sim, Goiás tem seu encanto... Quando chegarmos lá penso que estará amanhecendo, então, vocês poderão ver o Sol nascer no horizonte, é maravilhoso! Parece que as nuvens se encontram com a  terra!
Depois, pela estrada vão poder ver tantos Cerrados que será uma vegetação típica de locais com as estações climáticas bem definidas (uma época bem chuvosa e outra seca) e regiões de solo de composição arenosa. Tem a sua beleza, por ser um horizonte sem fim!
- Eu desejaria fotografar, mas dentro do ônibus não sei se conseguirei.
Falei.

O Amanhecer

E assim, vimos o amanhecer... Tudo era lindo demais! 
Já havíamos trocado de ônibus... Fizemos a tal da baldeação. Nossa que nome feio! Pensei... Parecia que iríamos entrar em um balde e não em um ônibus. E, na verdade, foi mais ou menos isto, pois o ônibus continuava desagradável, era desconforto total. Nossa sorte era que estaríamos longe do banheiro.
Eu e Letícia sentíamos raiva quando víamos outros ônibus a passar por nós, eles eram sempre grandes, muito diferente!
O calor começou a nos incomodar demais! Eu comecei a sentir mal e queria ficar bem quieta. 
Neste momento fizemos uma parada em um lugar um pouco mais interessante, havia um café da manhã bem gostoso e poderíamos usar o banheiro que era bem limpo. Seria uma parada daquelas longas, onde se quiséssemos tomar um banho antes do café, poderíamos. E assim fizemos...
Que sensação agradável de fresco e o café oferecido daquele lugar estava por demais saboroso! Eu durante toda a noite não havia merendado quase nada... Comi uma maçã e uns biscoitos... Eu sempre ao viajar sentia enjoo que muitas vezes não me deixava apreciar o melhor da viagem, que era conversar, brincar, sorrir!
Depois deste momento sublime que vivi; posso dizer sublime, visto que a maioria das vezes passamos por momentos que não esperávamos; tivemos de novamente partir. 
Dali em diante o que fazíamos era apreciar pela a janela aquele horizonte, plantações de sojas que pareciam infinitas, e muitas Emas no meio de toda a plantação... O motorista parou por pedido de um senhor, porque havia uma Ema próximo da estrada e ele queria fotografar.
Minha irmã tirou fotos de uns jovens que pediram ajuda a ela naquele momento. Esta foi uma das coisas mais agradáveis desta viagem. Poder parar e admirar, respirando aquele ar diferente, mas muito quente!

 
Um calor imenso, como se a respiração não existisse, como se faltasse oxigênio. Pobre empresa, nem um ar condicionado havia naquele ônibus, pobre de nós!
Quando chegou a hora do almoço eu não quis descer, não gostei do lugar. Perdi a fome e não via a hora de chegarmos em Cuiabá. Já tínhamos atravessado grande parte do Goiás. Me recordo bem de uma das cidades que se chamava Mineiros, pois foi esta cidade que destacou mais das outras, tanto pelo tamanho, quanto pelo nome Mineiros dentro de Goiás, em vez de Minas Gerais. 
Eu ali distraída dentro do ônibus olhava minha irmã que comprava coisas. Eu havia avisado a ela de comprar somente coisas fechadas e olhar a validade do produto. Antes dela sair me disse:
- Olivia você não muda mesmo, nem na hora da fome você dá uma trégua! Você quer algum refrigerante ou água?
Eu respondi: 
- Os dois. Bebo água agora e depois mais tarde bebo o refrigerante. 
- Acho melhor você fazer ao contrário, porque refrigerante é melhor gelado! 
E saiu rindo. Ela estava certa desta vez!
- Meu Deus! Ah! Letícia! Ah!
Eu comecei a gritar, gritar sem parar!
Minha irmã veio correndo com o seu amigo para ver o que era... Eu perdi todo o controle do meu corpo e entrei em desespero, quando o ônibus ali parado naquele Sol fortíssimo, começou a sair pela borracha da minha janela, muitas baratas. Isto mesmo, acreditem quem quiser, mas é a pura verdade, eram b a r a t a s... Eram enormes baratas... 
O motorista também veio até a mim e viu o meu desespero, e somente na minha janela que elas surgiram, mais nenhuma havia aquilo.
O motorista as matou com um veneno que havia, pois ele carregava consigo veneno por saber que isto poderia acontecer. Mudamos de lugar....  Naquele momento tive o privilégio de sentar bem mais na frente, mas eu não tive mais sossego... 
O que me fez distrair e esquecer aquela situação agoniante, foi uma bela criança que procurou falar comigo e me acalmar. 
Dizia:
- Olhe lá para fora! Não fique olhando para dentro não! Se você olhar para fora, você não vê coisas feias!
- Mas aqui dentro tem também coisas lindas! Olha só o quanto você é linda!
Falei para ela e ela sorria! 
Por todo o tempo ela estava a olhar para fora e a perguntar para sua mãe: 
- Mãe, falta muito para chegar?
Ela estava agoniada como eu em olhar para toda esta estrada que não tinha fim! Era tudo muito belo, mas sentíamos cansaço de tanto viajar!


Quando chegamos em Cuiabá e descemos daquele ônibus, eu estava com um só pensamento: "Assim, eu não viajo nunca mais!"
E, aconteceu a coisa mais desejada para a minha irmã que por toda a viagem desejava somente uma coisa... Desejava  beijá-lo! 
E que beijo! Não sabia se o beijava, se o olhava, se o abraçava... Os dois se tornaram um somente... E, eu? Eu olhava um rapaz estranho na minha frente sorrindo para mim!

Autora: Aymée Campos Lucas
 Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 2
Todos os direitos reservados

Segue capítulo 3



Para quem quer acompanhar aqui é o inicio:

Esta estória ainda continua... Tanta coisa ainda vai acontecer! 
E' um livro, um romance em que pretendo atingir muitos capítulos. Preferivelmente escrever de 29 a 30 capítulos.
Pesquisas realizadas sobre Haussmann foram retiradas da Wikipedia - Google.it

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