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Desejo Muito que Possa Apreciá-lo. São Textos e Poemas Escritos Por Mim.
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domingo, 23 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - VI

Onde Nasce uma Paixão

Para mim cada momento tem de vir lentamente. Eu não gosto de agir sem pensar... E esta minha reação foi um pouco exagerada, eu sei!
Sempre pensei que tudo conquistado lentamente tem mais sabor, mais calor ou até mais amor!
Eu disse que ele teria que ter paciência e fui eu quem não teve nenhuma e... Se dependesse dele, o que parecia era que ele teria toda a paciência do mundo para estar ao meu lado!
O que eu sei disto tudo, foi que tudo que eu fiz... Eu senti que era o momento certo!
 Capítulo 5

E assim a estória continua... 
DESEJO... SOMENTE DESEJO.
EU SINTO... EU VEJO!

Momento louco... Momento extasiante... Momento insensato!
Dormia tranquilamente, não ouvia todo o barulho que ali naquele sítio existia por toda manhã. Estava tão agradável dormir abraçados, ele não me soltou por toda a noite e eu dormi calmamente...
Havia sons naquela casa, havia alguém que se movimentava causando sons que antes das dez horas não me fez acordar. Mas agora está cada vez mais lúcido.
Ao acordar nem quis me mover, estava tão gostoso ele ali do meu lado... Ele ainda dormia e se me movesse poderia acordá-lo. O seu abraço era tão forte como se quisesse dizer que eu não poderia sair de perto dele, como se dissesse nunca mais vou te largar! O que estou sentindo é maravilhoso e acho que para ele, também é o mesmo. Os seus gestos demonstram isto!
Mas o que poderia ser todo aquele barulho. Minha irmã juntamente com Lucas haviam programado de sair bem cedo... Talvez desistiram, talvez acordaram tarde e agora estão organizando um pouco as coisas ali no sitio. Mas porque não me chamou? Minha nossa, será que me viu aqui com ele e não quis atrapalhar este momento? Não minha irmã não é assim, ela gosta mesmo de intrometer e se tivesse me visto, faria um belo escândalo de felicidade por me ver ali tão agarrada com Júnior!
Sentirei vergonha desta situação, é tudo tão delicioso mas não estou pronta para olhar o casal e ver nos rostos deles a satisfação de aproveitar este momento para pegar no meu pé, pois durante a noite com toda aquela conversa de cobra que morde, agora seria o máximo para eles para dar boas risadas. Aquela Olívia que demonstrava de não querer nada com ele, agora estava aqui toda satisfeita, como se a todo tempo, a única coisa que desejava era estar ao lado dele. Que bom sentir este calor! Este abraço que já da muito tempo, nem mais sabia o que era!


A luz do sol entrava pela janela e clareava todo o ambiente e até me perturbava...Era muito forte e o calor que não sentia ao dormir, agora aumentava como se meu sangue estivesse borbulhando de desejo por sentir seu corpo junto a mim! Continuei quieta mas a minha respiração era diferente e acho que ele a sentia, pois se moveu e me apertou mais ainda... Eu apertei a sua mão bem forte como se quisesse dizer: "Bom dia! Eu acordei... acorda também!" E quando agi assim, ele sussurrou no meu ouvido: 
- Minha delícia... 
Quando estava girando meu corpo para o olhar e sorrir de satisfação, aproxima minha irmã na porta dizendo: 
- Toque, toque! Posso entrar? 
Mas já tinha praticamente entrado, aquilo era uma invasão de privacidade, coisa que eu não poderia fazer, pois se fizesse não conseguiria, eu teria a certeza que seu quarto estaria bem fechado a chaves. 
O meu em vez não estava trancado, não tinha nada a esconder, era somente um momento de carinho sem tanta malícia. Sentiria vergonha quando ao olhar seu rosto, notasse aquele ar satisfação que ela demonstraria, pois isto que estava acontecendo era tudo que ela queria que acontecesse!
Que pena! Eu não pude haver aquele pequeno tempo somente com ele ao acordar, aquele momento que todo casal ao acordar gosta de ter... E ele ali que me disse minha delicia! Eu nem pude apreciar, pois minha irmã veio toda alegre, falando alto, muito contente e praticamente voou no nosso leito, querendo me abraçar e me encher de bom dia! 
Letícia é assim, sempre foi assim pela manhã. Ela gostava de vir até a mim pulando na minha cama para brincar um pouco antes de levantar. Na nossa casa sempre foi assim, ela gostava demais de mim e um bom dia era necessário para ela se sentir bem por todo o dia. Quando não pulava em minha cama, estava agarrada com nossa mãe!
- Mas o que é que esta acontecendo aqui neste cantinho de amor? Minha nossa! Esta sim que está sendo a maior surpresa do momento! 
Vida! Vida! Lucas! Lucas!
Gritava infinitamente...
- Letícia não grita! Meu Deus não precisa de tanta euforia... Só dormimos juntos, mais nada... Estava com medo do barulho e foi só isto! Porque todo este alarme!
- Lucas! Lucas! Vem aqui agora, vem ver que lindo!
E continuava a chamá-lo! Estava completamente eufórica com tudo aquilo e queria que Lucas viesse ver, antes que eu me levantasse, queria dar a prova a ele que não mentia.
- Nós só dormimos juntos por causa do barulho? Foi só por isto?
Como explicar para ele naquele momento que não era só isto! Como explicar que eu só queria não alarmar ainda mais aqueles dois! Pronto... Abri a boca e falei algo que o magoou, que o feriu pois acho que ele queria que eu ficasse era eufórica junto a minha irmã, que assumisse que este momento foi a coisa mais agradável de tudo que ali vivi, e não falei... 
Quando o olhei, ele estava com o rosto magoado por ouvir aquilo de mim, então o beijei sorrindo e falei baixinho...
- Calma! Eu estou muito feliz! Muito, mas muito feliz mesmo! 
E ele mais baixinho ainda no meu ouvido falou:
- Então demonstre a todos... Que mal tem?
Neste momento eu o abracei muito forte, o beijei na frente de minha irmã ao longo, o olhei e disse:
- Mas este momento era meu, eu queria só para mim! 
- A gente vai ter milhões deles... Hoje foi novidade para ela, foi só por isto, amanhã eles nem irão ligar!
Falou sussurrando... Que gostoso o seu sussurro no meu ouvido!


E assim entra Lucas, agora era a vez dele encarar aquela situação, pois Lucas já chegou gritando:
- Jesus amado, a cobra atacou aqui neste lugar!
E gargalhava, pois Lucas não perdia momentos assim para encher a paciência de Júnior!
- Aqui sim... Mas eu queria saber se lá no seu quarto, teve alguma ao ataque!
- Você que não viu a Sucuri que apareceu lá!
- Lucas! Olha os modos... Sossega!
Todos riam e Letícia tentava esconder o que fizeram pela noite afora...
Eu querendo mudar o assunto falei:
- Letícia, você ouvia as cigarras cantarem por toda a noite?
Lucas respondeu para ela:
- Ela ouvia era outra música... cantei no ouvido dela o tempo todo!
Então Júnior continuava:
- Que eu saiba cobra Sucuri não canta não! Quem gosta de cantar é passarinho e tudo do passarinho é bem pequenino!
- Rapaz, olha o que você fala! Quando o passarinho entrava, a cobra o engolia e fazia a festa!
Pronto... a manhã daqueles dois já estava completa, depois de tanto brincar com a situação!
- Mas afinal de contas, o que vocês estavam fazendo hoje pela manhã que daqui se ouvia o barulho? Vocês já lavaram as vasilhas? Parecia que estavam organizando a casa. Mas, porque não foram cedo no armazém como programado?
Perguntei e Letícia responde:
- Acordamos tarde, acordamos agora! O barulho era de Cornélia! Deixou a casa toda organizada, trouxe uma porção de coisas para a gente, fez vários bolos. Até uns docinhos feitos em forma de coração ela preparou. Você precisa de ver Olivia, dá até vontade de guardar para sempre de tão lindos que são! Ela também lavou todas as vasilhas... seu marido Antônio, trouxe leite, queijo, pão, verdura... você precisa de ver o tamanho das cenouras!
Mais um motivo para gozação... Lucas assim falou:
- Nem queira ver! Senão você desiste desta cobra ai!
E gargalhava quando Letícia sorrindo fala:
- Eu vi e nem preciso me preocupar, não é vida?
- Não... aqui a Sucuri ganha da cenoura! 
E mais risos...
- Eu posso não parecer com Sucuri, porque aqui na verdade, tem estilo de tromba de elefante e não menor que esta cenoura que Letícia viu. Olívia não vai desejar nem provar o sabor desta cenoura que vocês viram!
Não tinha mais onde surgir tantas risadas com toda esta conversa de duplo sentido... Nada melhor que sorrir mas estava curiosa, pois falaram de Cornélia, e eu nem sabia quem era. Então, me pronunciei tentando mudar aquela conversa, pois, ele demonstrou muito seguro de si com sua grossa resposta e na verdade ele me assustou!
- Chega, não? Eu acho que vocês agora estão exagerando demais! 
Mas quem é Cornélia?
- Tudo bem, vamos falar sério agora porque eu estou com fome e quero tomar aquele café gostoso que está lá na mesa. 
Disse Lucas continuando:
- Cornélia é a esposa de Antônio que toma conta do sítio. Meu pai doou um pedaço de terra para ele poder produzir, viver aqui e tomar conta do sítio, mantendo a ordem. E de vez em quando, Cornélia que é a sua esposa, vem aqui para organizar tudo! Eles recebem também de meu pai um salário todo mês, para cuidar da casa e doar coisas que produzem quando algum de nós vem aqui! Mamãe avisa para eles e assim Antônio e Cornélia preparam tudo para a chegada deles e hoje eles fizeram isto para nós e foi surpresa para mim, eu não esperava...
- Agora a gente toma este delicioso café e depois vamos andar por ai, mas antes vamos lá no armazém do seu Filipe, ligamos para mãe e compramos mais algumas coisas que faltam.
Falou Letícia demonstrando ansiosa em tomar o café.


- Mas com tanto alimento assim, com este calor pode estragar não? Como aqui não tem luz, então não tem geladeira também. 
Falei e sorri com esta minha dedução tão lógica.
- Tem um porão, esqueci de mostrar. La na cozinha meu pai mandou construir um local subterrâneo pequeno e tudo se conserva lá dentro.
Falou Lucas desvendando o segredo que havia na casa.
- Nossa... Mas não era melhor colocar luz?
Perguntei.
- A luz não chega aqui nesta área... Tem luz lá na região do armazém, mas aqui não, é muito afastado.
Respondeu Lucas, enquanto Júnior com sua mão me fazia carinho, tocando o meu cabelo. Que gostoso... Estava todo carinhoso! O olhei novamente e falei baixinho... 
-Que tola eu fui em dizer aquilo...
E me beijou na frente dos dois quando Letícia fala:
- Vamos, anda logo,levantem! Vamos tomar café porque temos mil coisas a fazer!
Então levantamos e fomos para a cozinha beber aquele perfumado café! 
Cornélia eu nem conheci, pois já tinha ido embora! Queria poder agradecer a ela de ter lavado as vasilhas para mim... Que felicidade eu estava com esta noticia!
Lá na cozinha, as risadas continuavam ao tomar o café... Aqueles dois se deliravam com toda potência que haviam! Tudo era motivo para dizer que eram super homens!
Eu daquele meu modo sério de ser, me divertia muito também, apesar de tentar ser discreta por haver uma timidez contida em mim... E isto chamava a atenção de Júnior... Ele queria me alegrar! Queria realçar para mim aquele seu modo de ser todo descontraído!

Eu estava admirando demais aquele seu modo ser, havia dentro de mim uma felicidade que queria explodir, mas eu não queria demonstrar, não sei porque agia assim... Ele queria ver em mim total alegria, eu sentia com todo aquele seu olhar, mas eu procurava me conter. 
Me sentia culpada de estar me sentindo bem com um outro alguém que não era aquele em que um dia me apaixonei... Eu ainda não tinha falado sobre o que vivi e o quanto a pouco tempo atrás eu estava triste e sofrida. Eu não queria falar disto, ele sabia de toda a história através de Lucas, eu sei que sabia mas nem ele procurou aprofundar, até agora não tanto! 
Sentia um ar de curiosidade da parte dele em tudo que eu dizia e na noite anterior ele ao conversar andou interrogando discretamente mas eu evitava falar, não queria invasão naquele momento tão agradável, com todo o seu carinho ao me olhar! 
Não sei porque os homens tem esta mania de querer sempre colocar imagens indesejáveis em nossa mente, justamente quando estamos nos sentindo bem em um certo momento... Transportam fantasmas para a nossa mente, e se deixarmos eles estarão ali a nos atrapalhar de viver plenamente cada segundo de prazer que está existindo... 
O meu desejo por ele está aumentando, eu sinto! Não queria mais ninguém,  junto a nós dois...  
- Que café saboroso vida! E este queijo dentro de um pão caseiro ficou divino! Eu estava com fome e antes de saborear tudo isto, eu estava de água na boca. Sabia que iria apreciar!
Letícia falou e todos concordaram... 
Maravilhoso o nosso primeiro café da manhã em um sítio que parecia não ter nada para comer e agora a gente nem sabe o que escolher. Havia um bolo de fubá, outro de chocolate com nozes e uma torta de bananas, daquelas em que fazem com um bolo de baunilha que ao tirar da forma, vai estar no fundo somente muitas bananas caramelizadas... Que delícia, eu adoro este bolo! 
Alguém ali começou a falar de novo bobagem, depois que abri a minha boca para falar sério. Era Lucas... Perto de Lucas não se consegue falar sério, tudo vira outra conversa. Mas como posso ser romântica perto dos dois? Não tem como!
-  Eu já ouvi dizer que chocolate, nozes e bananas são alimentos afrodisíacos!
- Minha nossa! Então não posso comer nenhum deles senão nem saio de dentro do quarto depois!
Exclamou Lucas mostrando o quanto é viril...
- Pois eu acho que você deveria era comer todos eles!
Letícia suplica querendo desmoralizá-lo, por estar se gabando demais!
- Nossa pelo visto a Sucuri aí, estava era dormindo por toda a noite!
Fala Júnior gargalhando.
- Amor... Olha bem o que você fala! Está querendo me desmoralizar?
Dormindo nada... Se aqui tem alguém que se chama acordado, este alguém sou eu mesmo! E se caso comer todos estes bolos, eu vou para a fase da insônia.
Eu neste momento não aguentei, comecei a rir porque Lucas conseguiu se defender como um relâmpago!
E então perguntei para despertar a minha curiosidade quanto ao poder de Júnior na cama...
- Você vai precisar de comer algum deles?
Me responde ponderado...
- Eu vou comer um pouco de todos porque gosto de bolos, mas não precisaria de nenhum deles para sentir prazer ao seu lado, ontem a noite eu já tive a minha resposta do que senti, e não seria nada disto que me daria prazer... Afrodisíaco aqui é você!
- Minha nossa Senhora, eu fervi o sangue com sua resposta... Enquanto os dois ali procuram guerra, ele aqui do meu lado, desta vez usou todo o romantismo que uma mulher pode desejar! Meus olhos brilharam e sorriam juntamente com toda a minha timidez... estávamos atravessando a fase do desejo total, daqueles que ninguém poderia frear por nada neste mundo!


E assim todos comeram de tudo e depois do café, pela a primeira vez fomos lá fora para ver toda aquela beleza! O campo, flores... Enquanto estava ali apreciando tudo, ele me abraçava e sua mão não tinha sossego...
- Que tal lavarmos o que sujamos? Vamos gente... Eu quero andar por aí e ligar para minha mãe! 
Falou Letícia... Nada a faria estar ali tranquila. A paciência não faz parte do seu ser!
Então pegamos tudo que teria de lavar e fomos para o tanque... Ao lavar tudo, demorei tanto! Mais parecia uma lesma quando caminha. 
 Que sensação estranha... A casa tinha de tudo, era tão linda, mas para lavar as vasilhas teríamos que sofrer um pouco! Mas na verdade, nos dava era mais diversão e tudo virava brincadeira... Os patinhos ao ver a água se aproximavam e Júnior os molhava, enquanto eu pedia para não fazer aquilo por sentir pena... Eram lindos!
Quando acabei o trabalho, enchi uma vasilha d'água sem que ele percebesse e falei:
- Consegui! Acabei de lavar tudo! Ah não... Ainda está faltando uma coisa... 
Então peguei a bacia d'água e joguei tudo nele como se quisesse demonstrar, o que os patinhos sentiam... Ele não se deu por vencido e correu atrás de mim para me molhar, mas ao implorar por favor, ele não teve coragem! Assim... Jogou a bacia no chão e fez melhor... Ele me beijou! 
Que delicia estar com ele, era bom demais!
Pouco depois, Lucas pediu ajuda a Júnior... Foram controlar coisas no carro e nós duas, fomos nos preparar. 
Vesti um Jeans e enquanto não resolviam tudo, me sentei na janela para apreciar toda aquela paisagem. As árvores balançavam com o soprar do vento. Que bela sensação... Eu aqui a sentir o vento e ele ali no campo fazendo coisas que homens gostam de fazer para se mostrar mais homens!
Ele sabia que eu estava na janela, e de vez em quando lá de longe me olhava... 
"Mas porque ele é assim inquieto? Poderia estar longe de mim mas seus olhos me procuravam, me seguia... Se eu não estivesse sentindo o que venho sentindo, isto seria mesmo era um tormento! Mas ao contrario virou foi desejo sem ritmo, desejo sem pudor, desejo... Somente desejo!"


Letícia veio ao meu encontro e aproveitamos para fofocar... E então pude me expressar como sempre fiz ao lado dela... Pude falar o que senti, como foi que tudo aconteceu...
- Não acredito que você fez isto? Você pediu que ele viesse a você? Não! Eu não acredito!
- Porque não? Isto faz parte da gente maninha... Esqueceu o que nossa mãe sempre ensinou? Ela sempre dizia:
"Nunca, mas nunca mesmo desejem algo e sintam medo de realizá-lo, caso seja algo de valor ou algo que poderia dar a vocês felicidade!  Nunca se esqueçam que só existe um modo de concretizar... Ou será comprando por ser uma coisa material ou será pedindo! 
Quando se trata de sentimento, o segredo é pedir... Peçam!"
- Claro, é verdade, ela fala isto para gente o tempo todo! 
- Eu amo esta dona Helena mais que tudo nesta vida!
- Eu também... Não tenho palavras para dizer qual é o tamanho do meu amor por ela! 
E por falar nela, vamos chamar aqueles dois para irmos. Quero ligar... Ela deve estar muito preocupada.
E assim fizemos, e lá vamos nós para a estrada rumo ao armazém do seu Filipe... 
 
Autora: Aymée Campos Lucas 
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco.
Capítulo 6 

Todos os direitos reservados
 Segue capítulo 7




Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link:


Não sei bem o que as pessoas que estão lendo, possam estar pensando porque não me falam, não descrevem o que sentiu... Mas sei o que venho sentindo ao escrever este romance meio água com açúcar... Eu estou gostando demais de tudo que ali esta escrito! Tem um sabor de conquista para mim!

Gosto de colocar musicas para quem gosta de ler com musica... Então fiz a minha escolha como se fosse uma trilha sonora! 
Em breve a aventura continua!





 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - V


Onde Nasce uma Paixão

- Não consigo te entender... você tem um mundo em sua mente e sei que o importante será conseguir ver na sua mente o que tem por detrás de cada imagem que seus olhos me transmitem!
Sorri para ele e disse ainda sorrindo:
- Que lindo! Você acertou, o mundo gira, aqui!
E fiz o meu silêncio. 
Depois daquele momento, não demorou muito e chegamos no sitio tão desejado! Eu e Letícia estávamos muito cansadas, mas tinha tanta coisa ainda para organizar! E assim, descemos do carro todos muito eufóricos. 


E assim a estória continua... 
O MOMENTO CERTO... O DESEJO DE ESTAR PERTO!

- Esperem para descer, vou ligar a lanterna, temos de estar muito atentos porque pelo chão pode ter cobras e se pisar em algumas, elas se enraivecem.
Falou Lucas querendo nos assustar por estar tudo muito escuro!
- Você está dizendo a verdade Lucas, aqui no sítio pode ter cobras? Nem me diga que é verdade senão nem durmo mais!
Falei apavorada.
- Aqui é cheio de cobras, não é, Lucas? Acho que ela então nem vai dormir!
"Mas como pode ser atrevido! Tudo que ele fala tem de levar para outro lado, mas eu já tenho a resposta certa para ele agora!" Pensei...
- Dependendo da cobra ela não me assusta... consigo dormir tranquilamente, porque sei que existem cobras que não mordem!
Lucas gargalhava... gargalhava sem parar, e a lanterna começou a balançar iluminando por todo o lugar, e falou:
- Você poderia ter dormido sem essa, amigo! Ei, super homem, a cobra morde ou não morde?
E continuou a gargalhar juntamente com Letícia que se delirava com as piadas indiscretas...
- Vamos ver se não morde! 
Respondeu e no mesmo instante deu um sorriso indiscreto me olhando com desejo e continuou a falar...
- Talvez, morda com carinho e não mata, assim, quando morder, talvez até vai querer outras mordidas porque gostou!
Eu  abri os olhos naquela escuridão... simplesmente o olhei pensando:
"Achou esta resposta como se quisesse demonstrar carinho ao ponto de me fazer desejá-lo,  pensando que eu iria gostar... ele é realmente muito petulante, indiscreto! Ele está se achando um super! 
Vai ter de suar para que isto aconteça, mesmo que o deseje vai ter de suar!"
Parece que já estava conseguindo ler os meus pensamentos, através de meus olhos mesmo naquela escuridão. Notei que no mesmo instante, não brincava mais para não perder o pouco que pensava de ter me conquistado.
Não era pouco, era muito! Eu estava cada vez mais encantada com seu sorriso e seu desejo por mim, mas não poderia demonstrar assim de cara, o que ele poderia pensar! Iria se sentir um vitorioso muito veloz. Não ele vai ter de se cansar, afinal temos um mês pela frente! Mas será que eu resisto? Ele já estava irresistível para mim.


Letícia carinhosa com Lucas e apreciando o céu cortou aquele assunto dizendo:
- Vida, antes eu me deslumbrei com o por do Sol e agora ao olhar o céu e vendo esta enorme lua, eu não tenho palavras! Desliga um pouco a lanterna para que eu olhe na escuridão plena!
- Não!! Não Letícia... não inventa! Deixa a lanterna acesa! Gritei apavorada... 
- Credo! Mas você acreditou mesmo que tem cobra?
Falou minha irmã rindo de mim!
- Claro que acreditei, pois estamos a um passo do Pantanal e sei que ali é cheio delas!
Afinal, Lucas, tem ou não tem cobras aqui?
Meu Deus, não sei porque todos não paravam de rir, eu ali nervosa com aquele ambiente que ainda não conhecia e eles levando tudo na brincadeira.
Realmente o céu estava maravilhoso,mas não poderia aproveitar o cenário e me delirar com a beleza depois de um aviso como aquele!
E, neste momento, Júnior pegou a lanterna  e iluminou o caminho e mais, me ofereceu suas costas como se fizesse cavalinho... e eu aceitei o colo e foi neste momento que nos tocamos pela primeira vez... Meus braços estavam entrelaçados em seu ombro e ele se mostrou forte me carregando até dentro da casa. Lucas o imitou, pois não queria que Letícia se sentisse desamparada.


Neste instante, me senti tão tranquila nos braços dele... eu gosto muito da escuridão, mas gosto de estar no escuro em lugares em que me sinto bem, lugares que conheço. Ali tudo ainda me assustava... eles já haviam falado que iríamos ver animais em giro por existir uma mata nas redondezas do sitio, e que poderíamos apreciá-los quando fossemos caminhar... 
Ele brincava... era atrevido mas... ao mesmo tempo mostrava um lado carinhoso que me dava água na boca!
Finalmente entramos, o caminho era curto, eu não queria sair daquele colo... desci e o olhei sorrindo!
Quando tudo se iluminou com aquele lampião que Lucas acendeu que mais parecia luz elétrica, eu pude ver cada ângulo daquela pequena casa e pensei:
"Acho que realmente estamos no paraíso"
A casa era linda! Precisava dar uma arrumada, mas tudo ali era muito aconchegante. Tinha tantos troncos de árvores formando pilastras ao encontro do concreto e no teto havia também troncos grossos de árvore envernizados. 
Eu sempre gostei deste tipo casa com um estilo chalé de montanha e naquele instante me encontrava próprio dentro de uma. Toda a pintura da casa, portas e janelas eram brancas... o piso de tijolos envelhecidos também eram brancos dando um lindo contraste com as pilastras e teto de madeiras escuras e envernizadas.
Havia uma varanda que ia de encontro a um gramado e muitas árvores. Eram árvores altas bem ali perto da casa. Não via a hora de poder vê-las ao dia! Tudo parecia tão lindo ali fora, havia muito verde para se admirar.
Quando Lucas iluminou a varanda, deu pra observar alguns detalhes. Na varanda havia duas espreguiçadeiras com tecido verde dando cor para toda aquela varanda branca, com um cercado em madeira onde haviam gerânios em vasos  atacados a estes troncos e tudo para mim era lindo! Eu não conseguia deixar de apreciar e falei:
- Lucas, você disse que era muito simples, que poderíamos estranhar, mas eu estou achando maravilhosa a casa do sitio!
- Eu também gosto muito. 
O desconforto que disse foi sobre a energia que não tem, a água dentro da casa que também não tem, mas toda a casa foi bem cuidada por minha mãe. Ela queria um lugar tranquilo e aconchegante para estar ao lado de meu pai em períodos de ferias.
Quando meu pai comprou o sitio não era assim... Todas as vezes que ele vinha aqui em ferias, ele não deixava a minha mãe sozinha. Vinha para se aventurar mas gostava da presença de mamãe sempre perto dele, então juntos eles reformaram tudo para que ela pudesse estar em um lugar mais agradável. 
Agora vivendo aqui minha mãe novamente fez uma nova reforma porque nos fins de semana os dois sempre estão aqui... 
Falou Lucas demonstrando muito carinho pelos pais.
- Vida, então eles provavelmente virão aqui neste período em que estamos na casa? Estou com muita saudades dos dois, principalmente de sua mãe!
Disse Letícia.
- Não, neste período de férias não estarão aqui... Meus pais decidiram ir ao Sul de Minas por duas semanas. Certamente você poderá vê-los antes de partirem. Vou levar todos vocês lá em casa antes da partida deles, para um almoço. Mamãe vai preparar um almoço para nos! Já está tudo combinado!
Antes de entrarmos Lucas iluminou novamente o jardim para nos mostrar o tanque. Haviam três degraus para descer da varanda indo ao encontro do gramado e pouco mais adiante estava ali o tanque contornado de cimento e um chuveiro ao lado. Toda a água usada, Lucas disse que escorria formando um pequeno córrego, onde poderíamos ver alguns patinhos do sitio ali se banhando... 


Eu sabia que quando tornássemos a ver tudo aquilo pela manhã, seria um pouco diferente do que a primeira visão... tudo ficaria mais memorável! E também, porque ao apreciar tudo, eu não sabia se olhava para todo aquele sitio ou se procurava o olhar dele para ver o que estava fazendo? 
A resposta que procurava era sempre a mesma... ele estava olhando para mim. Olhava sem fim! Ali eu senti de novo o prazer de flertar... o prazer de procurar me apaixonar por um alguém que não fazia outra coisa que não fosse me apreciar!


Ao entrar novamente, fomos organizar as bolsas em seus lugares e também apreciar a casa ao interno mais um pouco. Entrando tinha a cozinha e havia um fogão de lenha. Quando o vi senti vontade de aprender usá-lo. Me fez recordar a fazenda de minha tia, onde tudo era preparado no fogão de lenha ou em forno construído fora da casa, que ao preparar bolos, nos deixava ansiosos para prová-los.
A cozinha ia de encontro com uma pequena sala que havia uma janela e três portas. Duas portas ao interno e uma de entrada para casa. Poderia entrar na casa ou pela pequena sala ou pela varanda de fundos. Das duas portas que haviam ao interno, uma era aquela que vai para a cozinha, a outra iria para um quarto que seria o quarto que eu dormiria... ali havia duas camas de solteiro que ao olhar logo pensei: 
"Será que Júnior dorme aqui?" 
Antes que perguntasse, para acabar minha curiosidade Júnior diz:
- Eu também vou dormir aqui... 
"Ele dormiria ali também... minha nossa! Vou ter de sentir o seu respiro por toda a noite, espero não perder sono...espero que não ronque!"
Acho que meu rosto o fez entender mais uma vez o que pensei, porque naquele mesmo instante ele falou:
- Mas se você não quiser, eu levo a cama para a sala ou durmo no sofá... eu durmo lá!
Eu estava para dizer sim toda contente, quando Letícia, antes de mim, fala:
- Nem brincando pense nisto! Todos aqui terão direito de conforto e ali na sala é tudo aberto,  quando um passar quem estiver dormindo vai se sentir perturbado. Se Olivia não quiser que você durma no mesmo quarto com ela, cabe a ela tomar a decisão de ir para a sala e não você que já se organizou aqui!
Eu neste momento, dei uma olhada nervosa para minha irmã... eu pedi que estivesse do meu lado, que me desse força e agora está me tratando como uma que não merece um cantinho gostoso sem ninguém por perto. Que raiva dela eu estava... 
Parecia que estava querendo mais que depressa me fazer estar com ele... ela não entendeu que isto não poderia ser assim! 
"Ou será que pode? Talvez seja melhor mesmo, porque caso faça barulho lá fora, eu estarei perto dele a me proteger... Mas se ele dorme feito uma pedra? Assim nem poderá me acalmar falando comigo... 
Será que ele consegue dormir perto de mim sossegado? Bem, eu consigo! Eu nem vou ligar para ele só porque estará ali... eu nem vou ligar mesmo! 
...Tomara que o perfume dele não venha até a mim quando o vento soprar, porque é muito agradável o seu cheiro, eu já senti varias vezes no carro! E é delirante!"
Sempre a pensar coisas absurdas e contraditórias...  será que é só eu que penso aqui? Acho que não! Não é possível!


Deixamos as bolsas no chão e fomos ver o resto da casa... Para ir para o outro quarto deveríamos voltar para a cozinha, porque ali teria, quando entrasse pela varanda, uma porta à esquerda que vai de encontro a uma pequena saleta que tinha uma forma quadrada com uma parede em tijolos de vidros transparente que recebia toda a claridade vinda de fora. 
Ali havia um sofá de madeira e almofadas fofas e verdes e também havia plantas em vasos, daquelas em forma de folhagem que dava tanta beleza no local.. Quando olhei achei aquele cantinho diferente...
Para o lado esquerdo tinha uma porta... Era a porta do banheiro que foi construído na varanda, mas sua entrada era dentro da casa. E de frente havia o quarto onde minha irmã dormiria. Cheguei a pensar de dizer em dormimos juntas, mas nem me ousei em falar, sabia que todos iriam rir de mim! 
Os dois não desistiriam de momentos a sós. Momentos como aqueles que mais parecia uma lua de mel para os dois, eu não poderia invadir e atrapalhar. Eu nem me pronunciei porque sabia que seria inútil. Os dois se amavam e estarem juntos, não existiria tão cedo para os dois.
E assim fizemos e... Para a minha tristeza ou alegria eu deveria dormir ao lado dele e quem poderia dizer o que sentia, seria apenas o meu coração, somente ele poderia saber!...
E então depois de tudo organizado, cada um economizando água, pode tomar um banho pois Lucas e Júnior um dia antes, havia enchido a caixa  d'água pensando em nosso bem estar!
Havíamos comprado um frango assado em Cuiabá e minha irmã junto a Lucas preparou um arroz e salada e comemos. Foi um momento rápido e muito tranquilo, pois estávamos muito cansados. No outro dia quem iria lavar as vasilhas seria eu... Lá fora! Eu desde já, estava pensando nisto, porque comer é tão bom, mas lavar é horrível! 
Tomara que ele me ajude... Eu vou pedir com carinho! Dizem que é assim que a gente faz quando quer escapar de algo que não gosta... Pedir com carinho muitas vezes funciona, eu vejo a minha irmã, quando ela pede com carinho ela sempre consegue tudo!
Nos já estávamos deitados... E eu antes de dormir estava ali a pensar até dormir...
Eu estava gostando tanto do passeio que não sentia falta de casa... Sentia um pouco a falta de minha mãe de seu carinho, mas estava muito contente com a viagem, com tudo... Nada mais estava me assustando como antes... Quanto silencio naquele lugar, não via a hora de amanhecer, mas sentia muito sono. Quando estava quase dormindo começou um barulho de uma cigarra que não parava, parecia que estava dentro do quarto.
- Você está dormindo? 
Perguntei.
- Não... não consigo... 
- Por que? Por causa deste barulho de cigarra cantando? 
- Não a cigarra não me incomoda mais, eu já havia me acostumado.
- Então, o que não está te deixando dormir? Talvez você comeu muita carne...
- Também não... Acho que é porque antes estava dormindo junto com Lucas e hoje você aqui do lado... a gente nem se falou tanto, e eu na verdade queria falar um pouco com você, te conhecer mais... Eu queria conversar! Apenas conversar.
" Olha só todo dengoso... se fazendo de carente. Típico deles, os homens!" 
Pensei... e então, pedi que acendesse a vela para iluminar aquele ambiente.


Tudo se iluminou de uma maneira diferente por estar usando uma vela.  O ambiente estava com uma luz baixa, como se fosse um abajur fazendo se sentir mais aconchego e então comecei a falar novamente:
- Você acha que esta cigarra está aqui dentro?
Perguntei desejando que a encontrasse... 
- Não é apenas uma cigarra! São muitas e estão lá fora, mas quando você se acostumar nem vai ligar tanto!
Falando, ele sai da cama e senta em uma cadeira que tinha ali dentro do quarto e começou a contar como foi o seu primeiro dia ali... O quanto aquelas cigarras o perturbou! 


E continuou falando:
- Eu estou adorando aqui! Quando formos caminhar pelo sitio você vai ver macaquinhos atravessando a estrada. Eles se chamam Macaco Prego e são diferentes por serem pequenos, são diferentes de todos que já vi! Eles não tem medo de pessoas... a gente ao olhar para eles os fazem parar e ficam nos observando. 
Eu achei muito divertido quando vi. Eu e Lucas gritávamos para assustá-los, mas depois paramos por sentir medo de aparecer um bando em cima da gente e não ter como escapar. Com estas coisas da natureza não se brinca!
- Deve ser maravilhoso! Eu estou com sono!
- Então dorme... Eu vou apagar a vela e dormimos. Amanhã eu quero te mostrar o riacho que tem aqui perto, também é muito legal lá, tem até uma cachoeira pequena e a gente pode ficar debaixo dela... A água é cristalina, você vai gostar muito...
- Eu vou ter de lavar aquelas vasilhas, a Letícia disse que quando voltar terão que estar lavadas porque vai precisar delas para fazer o almoço...
- Eu te ajudo, não preocupar... serei eu a bombear a água lembra? 
- Você já viu o pantanal? 
- Não, ainda não, estávamos esperando vocês chegarem para irmos juntos!
- Aqui tudo é lindo não?
- Eu também? O que achou de mim? Porque depois que você chegou tudo ficou muito mais bonito! Você para mim é linda!
"Meu Deus, onde isto vai parar? Eu digo que o acho lindo? Vou dizer sim, porque não?"
E falei bem baixinho:
- Sim! 
- O que? Fala de novo!
- Sim mm! Você é lindo!
E o olhei profundamente, quando estava para saltar da cadeira e vir até a mim...
Apavorada falei:
- Acho que devemos dormir.
- Por que?
Mesmo assim ele se aproximou e me deu um beijo no rosto, mas eu não fiz nada... senti vergonha, não reagi, só senti de novo aquele friozinho na barriga, era uma sensação deliciosa, mas não fiz nada! 
Segundos depois, ao olhar para ele que estava sorrindo ao meu lado, lhe dei o primeiro beijo... o segundo... o terceiro...


Sempre achei que tudo na vida tem um momento certo para acontecer e não adianta tentar adiar mais. Aquele era o momento certo! Eu sentia isto... não poderia esperar mais, eu queria experimentar toda aquela sensação que estava vivendo...
E falei:
- Agora, vamos dormir!
Ele me respondeu:
- Agora, sim! Agora, eu durmo!


E assim a noite profunda se fez... cada um estava em seu leito buscando o sono depois de nos beijarmos...
Como dormir com todos aqueles pensamentos agradáveis..."como dormir se na verdade eu quero o seu abraço. Eu quero tocá-lo e beijar mais e mais!
Ele beija deliciosamente e que olhar mais lindo! Quando ele me olha é como se dissesse que estava feliz de ter me conhecido. Era um olhar calmo como se não quisesse me soltar mais!
Mas, porque eu disse de dormir? Que se dane o sono"... e assim, conversava comigo mesma:
"Sabe Olivia, naquele instante a ultima coisa que você poderia ter dito seria vamos dormir. Onde esta aquela Olivia que não se dá por vencida? Do que ela está fugindo? E' mesmo... do que eu estou fugindo? Ele é tão sereno e não faria nada que eu não quisesse".
Eu acho melhor parar de pensar.
Não dormia... o sono não vinha...
- Augusto Júnior!
O chamei de um modo diferente para demonstrar o quanto eu gostava do seu nome.
- Diz, me diga... você falou o meu nome! E eu gostei de senti-lo, com este som lindo da sua boca!
- Dorme pertinho de mim? Não estou conseguindo dormir, queria o seu calor!...
Eu não pude ver o rosto dele naquele momento porque tudo estava muito escuro. Mas quando iluminou novamente o ambiente, ele me olhava com os olhos brilhando, como se tivesse gostado de ouvir o seu nome e também aquele meu pedido inesperado. Sorria maliciosamente... então, pegou sua cama e a empurrou até perto da minha e ali nós dois começamos a colocar lençóis no meio para que não pudesse nos machucar, mas nem seria preciso... uma só cama já bastava para estarmos juntos.
"Mas o que eu estava fazendo? Eu mal o conhecia e queria estar nos braços dele!"
Tudo que pensei antes foi em vão... ele já havia me conquistado. Eu estava carente! E, ele todo quente!
Me beijou mil vezes e dormimos abraçados. 
Sim... apenas dormimos e para mim cada momento foi sublime! Sentir o seu corpo junto a mim foi muito agradável! Sentia tudo completamente excitado... que loucura!
Para mim cada momento tem de vir lentamente. Eu não gosto de agir sem pensar e esta minha reação foi um pouco exagerada eu sei!
Sempre pensei que tudo conquistado lentamente tem mais sabor, mais calor ou até mais amor!
Eu disse que ele teria que ter paciência e fui eu quem não teve nenhuma e... se dependesse dele, o que parecia era que ele teria toda a paciência do mundo para estar ao meu lado!
O que eu sei disto tudo, foi que tudo que eu fiz... eu senti que era o momento certo! O momento certo de sentir seu corpo perto do meu.

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capítulo 5
Todos os direitos reservados 
Segue capítulo 6



Atingi o 5° Capítulo desta aventura e pretendo escrever mais... muito mais!
Espero que consiga continuar atraindo pessoas para ler, desejando que tudo seja de agrado para todos que aqui passarem.  
Daqui a alguns dias, a estória vai continuar, aguardem.

Para quem deseja ler desde o inicio o Livro, deixo aqui o link:



sábado, 15 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - IV

Onde Nasce uma Paixão 

Mas,  eu tinha motivos. Ele estava sendo muito gentil comigo, até a porta do carro ele abria para que eu entrasse primeiro. Que lindo a sua gentileza! 
"Ai ,meu Deus, o que será que está me acontecendo? Parece que estou gostando... 
E será o que irei encontrar lá? Na verdade, eu estava muito ansiosa!"
Ali, eu estava em meu silencio a imaginar...
Capìtulo 3

E assim a estoria continua... 
O sitio nos espera 

Quando entramos naquele carro, imaginava absurdos para acalmar o meu silencio... 
Minha irmã neste momento estava enchendo de carinho Lucas, e falava baixinho ao seu ouvido, os dois sorriam quando contavam algo que viveram neste período separadamente, e eu deixei aquele momento existir unicamente para os dois. Eu não queria interromper ao vê-los tão agarradinhos. 
Todo este carinho era saudável para um casal que a distancia estava tomando conta e que a força dos dois não permitiam. Ao olhar os dois eu queria estar vivendo o mesmo e... Sem nem mover a minha cabeça girava os olhos para tentar entender o que ele fazia, e porque estava tão quieto. 
Conseguia ver só um pouquinho suas pernas e... Que pernas, nossa!
Eu não conseguia ver o rosto... Para conseguir, eu  teria de me girar mas eu não queria dar este gostinho para ele... Teria que ser ele a falar comigo, eu estava ali esperando!
O silencio dele me deixava curiosa e eu queria saber o que ele estava pensando... Eu sei que ele estava pensando! Mas não sabia o que ele estava pensando?
Eu sei disto porque todo mundo pensa, todo mundo tem mil imaginações na cabeça e quando estamos em silencio a mente vaga, mas onde ele estava vagando? 
Eu queria que fosse imaginações sobre mim! Mas porque eu estou assim? Depois que o conheci só fico pensando sobre ele... Oh meu Deus isto não é normal! Será que é normal? Na verdade eu perdi a noção de como se deve agir, eu não sabia mais como se flertava com um homem. Muitas vezes sinto vergonha de trocar olhares... Antes eu olhava todos que me agradavam bem nos olhos, e agora quando alguém me olha eu abaixo a cabeça. Maldito namorado que me fez ser assim! Ingênua eu que deixei ele me fazer ser assim... Mas isto vai mudar. Eu vou me encontrar e ninguém me segura quando esta nova Olívia desabrochar...Nova não, antiga Olivia porque eu era fugaz, eu era muito sapeca. E agora ao ver minha irmã, eu me vejo como dentro de um espelho aprisionada querendo sair e ser como ela!
Eu achava minha irmã tão forte, tão corajosa e sempre dizia isto a ela. Ela é muito inteligente de um modo diferente de mim, sabia viver comunicando e agindo e não somente vendo, lendo e imaginando! 
Eu também sempre fui muito viva mas o tempo vivido à anos atrás, me fez ser muito tímida. Aquela fase de descoberta eu não descobri nada, aos dezoito anos estava de olhos fechados para o mundo. Sentia sede de aprender, de saber e como não podia eu olhava os livros, revistas e filmes.


- Que coisa mais linda, Vida, o por do sol! A estrada para o sítio será sempre assim? Eu nunca vi coisa igual, é lindo demais!
Falou Letícia...
- Que bom que está gostando daqui, amor! A estrada será sempre assim, mas a um certo ponto não teremos mais o asfalto e a terra é muito vermelha, ela faz uma poeira louca ao passarmos por ela.
Falou Lucas.
- Realmente é divino este lugar, eu também nunca vi coisa igual em minha vida! Lucas, você está vivendo em um paraíso! Você está gostando daqui?
Perguntei.
- Eu estou adorando... Sinto falta demais do meu amor mas o lugar me acalma. Eu a muitos anos atrás tinha vindo aqui com meu pai, já conhecia um pouco. Meu pai comprou este sítio quando ainda vivíamos no Sul de Minas, porque ele gosta de caçar, pescar e nas férias ele vinha para cá para poder fazer o que gostava, então, eu vim uma vez com ele e foi uma super aventura! Aprendi a lidar com a natureza junto a ele.
Lucas me respondeu demonstrando um gosto incrível pelo o lugar. Penso que com ele  vai ser mesmo muito divertido, porque ele gosta da natureza e será capaz de nos mostrar o que realmente é belo!
- Eu não vejo a hora de poder mostrar a todos vocês a Chapada dos Guimarães, é lindo demais! Vamos fazer assim... Domingo, a gente acorda bem cedo, digo bem cedo mesmo para irmos até la, assim chegaremos quando o Sol estiver nascendo. Eu quero que vocês possam ver o sol nascer,  naquele lugar, porque é deslumbrante. Quando vocês puderem ver, sentirão que não estou mentindo... Parece que o Sol está debaixo da gente e, assim, a gente se sente poderoso!
Falou Lucas, sorrindo!
- Nada melhor que nos sentirmos um super homem, não, Lucas?
Disse Júnior... Quando ele abre a boca sempre diz algo estranho. Tenho sempre que procurar entender.


- Olivia, esquecemos de ligar para a mãe... Nossa! Como pude esquecer?
Vida lá no sítio tem telefone?
Júnior começou a rir juntamente com Lucas...
- Por qual motivo vocês dois estão rindo?
Perguntei, porque não via motivo de rirem...
- Amor la no sítio não tem telefone não, foi por isto que eu comecei a rir... 
Tenho de te dizer uma coisa que não tive tempo de dizer ainda. O sítio é muito simples e ao chegar lá, vocês duas terão um pouco de dificuldade para se habituarem, porque não tem tantas regalias.
Não tem corrente eléctrica, teremos de usar um lampião. Também não tem sistema hidráulico dentro da casa, somente na varanda de fundos tem um pequeno banheiro, onde os tubos hidráulicos alcançam, porque la foi usado um sistema simples para levar a água até a nós. Perto da varanda tem uma bomba que manuseando faz com que a água entre dentro de um deposito de água neste banheiro, mas é muito desgastante ficar bombeando para que a água entre neste deposito. 
- Você esta dizendo uma caixa d'água?
- Sim, só que todo o trabalho tem de ser feito com nossas mãos, é muito cansativo, então teremos sempre que economizar a água para não ter de ficar bombeando por todo o dia. E todos nos teremos de fazer um pouco este esforço e ir la para bombear. Um pouco cada um a gente consegue encher a caixa.
- Você esta falando serio Lucas ou é mais uma de suas brincadeiras? Eu não consigo fazer isto não!
Respondi 
- Mas vai ter de aprender porque senão não tem banho, e saiba que o calor é grande pra ficar sem banho. 
Me responde um pouco rude pois ele me conhecia e sabia que sempre fui um pouco bonequinha de luxo e coisas deste tipo eu lançava no ar a minha frescura!
- Olívia, não começa viu! Aqui cada um terá de ajudar o outro, e por favor vê deixa as frescura para outra hora, minha nossa você tem hora que parece rainha e aqui isto não vai poder existir...
Falou Letícia drasticamente como se quisesse defender o seu namorado, mostrando que  ali será maravilhoso se eu não ficar reclamando... Porque ela sempre faz assim comigo? Vive me trazendo para a realidade como se tudo fosse simples e para mim não é!
- Eu bombeio para você... Quando chegar a sua vez eu faço a sua parte!
Eu arregalei os olhos para ele como se fosse explodir um sorriso... Pois eu estava esperando ele falar e quando falou me defendeu e mais, vai cuidar do meu bem estar como se quisesse cuidar de mim!


- Ah não Júnior, isto não! Desse jeito eu vou ter de fazer a parte de Letícia, senão vai parecer que não sei cuidar dela!
Falou Lucas decepcionado...
- Mas você tem de fazer a parte dela! Letícia veio de longe para estar com você e o mínimo que você poderá fazer é cuidar dela.
Que lindo quando ele fala! Ele defende as mulheres, será mesmo que ele é assim? Talvez esta somente jogando, assim me conquista mais rápido.
- Tudo bem, não tem problema, eu vou cuidar de você amor... Eu vou cuidar muito bem mas só porque te amo muito!
Falou Lucas todo orgulhoso de seu sentimento.
- Vida mas eu quero ajudar, eu gosto dessas coisas, não é para mim nenhum sacrifício e você sabe!
Responde minha irmã Letícia.
- Quando amanhecer vocês irão ver um chuveiro  e uma torneira com um tanque perto desta bomba e ali a água chega mais veloz, então quando formos tomar banho, cozinhar, lavar algumas roupas e vasilhas a gente usa ali deixando a água do banheiro para quando formos utilizar o banheiro. 
E voltando ao assunto de telefonar para sua mãe, amanhã  bem cedo eu terei de ir no armazém do seu Filipe para comprar algumas coisas para a limpeza da casa e para comermos e la tem um telefone, assim você vem comigo e liga para a sua mãe.
Fala Lucas.
- Eu também quero ir... Eu queria poder falar com a mãe um pouco!
Disse assim porque fiquei preocupada de estar ali sozinha com ele, onde já se viu! Mas o que farei ali sem minha irmã por todo o tempo? Eu sei o quanto ficaria nervosa ao lado dele sozinha.
- Não poderemos ir todos, vocês dois ficariam e começariam a organizar a casa um pouco.
" Mas como posso aproveitar as férias assim? Sair de tão longe para estar a limpar uma casa de sitio? Isto não estava nos meus planos!" 
Pensei enraivecida, mas não falei nada, fiquei em silêncio me sentindo aprisionada, queria conhecer o lugar e não ficar limpando.
E o silencio reinou mais uma vez!
Já estava escurecendo e ainda tinha um grande caminho pela frente. Lucas disse que chegaríamos por volta das vinte horas. 
Alguém quebrou o silencio... Júnior se pronunciou:
- Andei observando vocês duas por um bom tempo e notei que vocês duas tem um jeito pratico de ver a vida. Você Letícia muito mais... Eu vejo que é muito corajosa como se estivesse sempre ao comando. Decididas é a palavras chave para tudo que observei. Alguém assim do nosso lado faz a gente se sentir viril! Você é um homem de sorte Lucas em ter conhecido Letícia!
Letícia estava respondendo e agradecendo o seu elogio e eu fiquei ali a pensar:
"Minha Santa Maria do Carmo, este homem custa a falar e quando fala diz sempre resumindo, usando poucas palavras. São palavras que amplificam... Mas o que eu estou pensando? Isto não é hora de estudar esta parte do seu ser.
Eu reparei que ele não tirou o olho de mim quando disse esta frase, usou o termo viril e isto significa que se sente macho, pleno de capacidade sexual... Então sente desejo! Se ele se sente viril ele esta me desejando...
Mas, porque não fala? Primeiro se sentiu um super homem, agora viril... Esta provocação me dá nos nervos. E' como se não fosse nada pratico ao falar. Quer jogar, só falta ter apostado com Lucas que vai me conquistar e está fazendo de difícil! Homens tem esta mania de sempre querer apostar e mostrar que é capaz de vencer!


Ai, ai, ai, que confusão... Afinal quem está fazendo de difícil aqui sou eu! Sou eu quem devo
me fazer de difícil, não ele!"
Estava irritada, muito irritada porque eu não gosto de perder em um desafio... E assim olhei
diretamente nos seus olhos e me pronunciei sem nem pensar o que iria dizer:
- Olha aqui, ou você começa a falar claramente ou eu não vou mais te dar ouvidos. Trata de ser mais pratico com suas palavras porque a minha mente esta ficando desgovernada aqui de tanto pensar e querer entender os seus enigmas. Fala três palavras como se fossem palavras chave e eu tenho que achar a chave, a resposta, assim não dá!
Minha nossa! O que estava dizendo? Que loucura, agora não tem mais como remediar...
- Eu não sou prático!
Falou rude...Senti ar de guerra e perguntei:
- O que é então?
- Talvez misterioso, sei lá
Respondeu com tanta calma e sorrindo.
- Olívia não queira adivinhar... Tudo que o Júnior diz é como se tivesse sempre duplo, triplo sentido. Ele sempre deixa um mistério no ar, ele é assim e cabe a você entender do seu modo porque ele não te dará respostas.
Falou Lucas querendo me ajudar...
- Eu não vou entender nada! Ou muda ou serei eu uma surda!
Falei enraivecida e Lucas sorriu porque me conhecia. O silêncio pairou no ar, não recebia nenhuma resposta quando ao improviso escuto:
- Te beijar! Seria te beijar!
Falou isto ao improviso, fiquei espantada, pois ele falou baixinho, quase no meu ouvido, enquanto o casal se curtiam e conversavam sozinhos.
- O que? O que está dizendo, não consegui...
Me interrompeu dizendo:
- Você antes me perguntou o que seria um momento especial em que eu abriria minha boca... Seria te beijar! Pronto falei, acabou o mistério tudo bem? Era assim que você queria não? Acabou... Não direi mais com mistérios... E agora o que me responde!
Ele queria respostas... Minha barriga deu aquele friozinho, eu não esperava aquela reação dele... Não esperava, e fiquei olhando para ele, olhava... Mas resisti e nem respondi. Ali naquele momento quem usou de mistério foi eu! Na verdade eu fugi, não estava pronta. Desejava, mas não soube reagir e fiquei quietinha, era um momento constrangedor. Assim ele se calou também... 
Neste instante fizemos uma parada para ver o pneu, Lucas sentiu algo estranho e foi verificar, mas Júnior não saiu do carro, parecia arrependido do que havia me falado, seu rosto demonstrava desilusão, decepção, arrependimento sei lá, estava triste... 
Eu queria e senti vontade de beijar mas não assim naquela hora... Eu não sei agir em momentos que me pressionam e de longe o observando pensei:
"Me deixe pensar... Eu também quero te beijar mas quero que seja tudo muito lindo! Agora não é hora! ainda não!"
E assim quando me olhou eu sorri para ele... 


Ao sorrir para ele, eu percebi que seu rosto se tranquilizou, como se tivesse recebido a resposta que desejava.
E, assim, entramos no carro e continuamos a viagem. Me sentia muito envergonhada como que sufocada. Ele, desta vez, preferiu grudar em mim ao invés de estar perto de sua janela. Eu sentia o seu respiro e digo de passagem que era bem ofegante.
"Mas onde isto vai parar? O que será que estou causando nele para respirar assim?
Acho que vou reclamar, sim eu vou falar! 
Mas o que é isto? A mão dele! A mão dele está tocando minha perna e eu estou gostando. Mas não quero! Oh, meu Deus, que delícia, tão suave! O que fazer Senhor, fico calada? Reclamo? Não, não vou reclamar! Vou sim reclamar! Não eu vou só afastar! Mas, já estou grudada na janela do carro, não tenho mais saída.
Neste instante, o fixei profundamente e falei baixinho quase suspirando... O meu respiro também estava ofegante. Que sensação deliciosa que sentia.
- Por favor, pare!
Me olhou e parou dizendo:
- Não consigo te entender. Você tem um mundo em sua mente e sei que o importante será conseguir entender o que tem por detrás de cada imagem que seus olhos me transmitem!
Sorri para ele e disse ainda sorrindo:
- Que lindo! Você acertou, o mundo gira aqui!
E fiz o meu silêncio... 
Depois daquele momento, não demorou muito e chegamos no sitio tão desejado! Eu e Letícia estávamos cansadas, mas tinha tanta coisa ainda para organizar! E assim, descemos do carro todos muito eufóricos.

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 4
Todos os direitos reservados


Segue capítulo 5 




Para quem desejar ler o início do meu livro, este é o Link:


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