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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - V


Onde Nasce uma Paixão

- Não consigo te entender... você tem um mundo em sua mente e sei que o importante será conseguir ver na sua mente o que tem por detrás de cada imagem que seus olhos me transmitem!
Sorri para ele e disse ainda sorrindo:
- Que lindo! Você acertou, o mundo gira, aqui!
E fiz o meu silêncio. 
Depois daquele momento, não demorou muito e chegamos no sitio tão desejado! Eu e Letícia estávamos muito cansadas, mas tinha tanta coisa ainda para organizar! E assim, descemos do carro todos muito eufóricos. 


E assim a estória continua... 
O MOMENTO CERTO... O DESEJO DE ESTAR PERTO!

- Esperem para descer, vou ligar a lanterna, temos de estar muito atentos porque pelo chão pode ter cobras e se pisar em algumas, elas se enraivecem.
Falou Lucas querendo nos assustar por estar tudo muito escuro!
- Você está dizendo a verdade Lucas, aqui no sítio pode ter cobras? Nem me diga que é verdade senão nem durmo mais!
Falei apavorada.
- Aqui é cheio de cobras, não é, Lucas? Acho que ela então nem vai dormir!
"Mas como pode ser atrevido! Tudo que ele fala tem de levar para outro lado, mas eu já tenho a resposta certa para ele agora!" Pensei...
- Dependendo da cobra ela não me assusta... consigo dormir tranquilamente, porque sei que existem cobras que não mordem!
Lucas gargalhava... gargalhava sem parar, e a lanterna começou a balançar iluminando por todo o lugar, e falou:
- Você poderia ter dormido sem essa, amigo! Ei, super homem, a cobra morde ou não morde?
E continuou a gargalhar juntamente com Letícia que se delirava com as piadas indiscretas...
- Vamos ver se não morde! 
Respondeu e no mesmo instante deu um sorriso indiscreto me olhando com desejo e continuou a falar...
- Talvez, morda com carinho e não mata, assim, quando morder, talvez até vai querer outras mordidas porque gostou!
Eu  abri os olhos naquela escuridão... simplesmente o olhei pensando:
"Achou esta resposta como se quisesse demonstrar carinho ao ponto de me fazer desejá-lo,  pensando que eu iria gostar... ele é realmente muito petulante, indiscreto! Ele está se achando um super! 
Vai ter de suar para que isto aconteça, mesmo que o deseje vai ter de suar!"
Parece que já estava conseguindo ler os meus pensamentos, através de meus olhos mesmo naquela escuridão. Notei que no mesmo instante, não brincava mais para não perder o pouco que pensava de ter me conquistado.
Não era pouco, era muito! Eu estava cada vez mais encantada com seu sorriso e seu desejo por mim, mas não poderia demonstrar assim de cara, o que ele poderia pensar! Iria se sentir um vitorioso muito veloz. Não ele vai ter de se cansar, afinal temos um mês pela frente! Mas será que eu resisto? Ele já estava irresistível para mim.


Letícia carinhosa com Lucas e apreciando o céu cortou aquele assunto dizendo:
- Vida, antes eu me deslumbrei com o por do Sol e agora ao olhar o céu e vendo esta enorme lua, eu não tenho palavras! Desliga um pouco a lanterna para que eu olhe na escuridão plena!
- Não!! Não Letícia... não inventa! Deixa a lanterna acesa! Gritei apavorada... 
- Credo! Mas você acreditou mesmo que tem cobra?
Falou minha irmã rindo de mim!
- Claro que acreditei, pois estamos a um passo do Pantanal e sei que ali é cheio delas!
Afinal, Lucas, tem ou não tem cobras aqui?
Meu Deus, não sei porque todos não paravam de rir, eu ali nervosa com aquele ambiente que ainda não conhecia e eles levando tudo na brincadeira.
Realmente o céu estava maravilhoso,mas não poderia aproveitar o cenário e me delirar com a beleza depois de um aviso como aquele!
E, neste momento, Júnior pegou a lanterna  e iluminou o caminho e mais, me ofereceu suas costas como se fizesse cavalinho... e eu aceitei o colo e foi neste momento que nos tocamos pela primeira vez... Meus braços estavam entrelaçados em seu ombro e ele se mostrou forte me carregando até dentro da casa. Lucas o imitou, pois não queria que Letícia se sentisse desamparada.


Neste instante, me senti tão tranquila nos braços dele... eu gosto muito da escuridão, mas gosto de estar no escuro em lugares em que me sinto bem, lugares que conheço. Ali tudo ainda me assustava... eles já haviam falado que iríamos ver animais em giro por existir uma mata nas redondezas do sitio, e que poderíamos apreciá-los quando fossemos caminhar... 
Ele brincava... era atrevido mas... ao mesmo tempo mostrava um lado carinhoso que me dava água na boca!
Finalmente entramos, o caminho era curto, eu não queria sair daquele colo... desci e o olhei sorrindo!
Quando tudo se iluminou com aquele lampião que Lucas acendeu que mais parecia luz elétrica, eu pude ver cada ângulo daquela pequena casa e pensei:
"Acho que realmente estamos no paraíso"
A casa era linda! Precisava dar uma arrumada, mas tudo ali era muito aconchegante. Tinha tantos troncos de árvores formando pilastras ao encontro do concreto e no teto havia também troncos grossos de árvore envernizados. 
Eu sempre gostei deste tipo casa com um estilo chalé de montanha e naquele instante me encontrava próprio dentro de uma. Toda a pintura da casa, portas e janelas eram brancas... o piso de tijolos envelhecidos também eram brancos dando um lindo contraste com as pilastras e teto de madeiras escuras e envernizadas.
Havia uma varanda que ia de encontro a um gramado e muitas árvores. Eram árvores altas bem ali perto da casa. Não via a hora de poder vê-las ao dia! Tudo parecia tão lindo ali fora, havia muito verde para se admirar.
Quando Lucas iluminou a varanda, deu pra observar alguns detalhes. Na varanda havia duas espreguiçadeiras com tecido verde dando cor para toda aquela varanda branca, com um cercado em madeira onde haviam gerânios em vasos  atacados a estes troncos e tudo para mim era lindo! Eu não conseguia deixar de apreciar e falei:
- Lucas, você disse que era muito simples, que poderíamos estranhar, mas eu estou achando maravilhosa a casa do sitio!
- Eu também gosto muito. 
O desconforto que disse foi sobre a energia que não tem, a água dentro da casa que também não tem, mas toda a casa foi bem cuidada por minha mãe. Ela queria um lugar tranquilo e aconchegante para estar ao lado de meu pai em períodos de ferias.
Quando meu pai comprou o sitio não era assim... Todas as vezes que ele vinha aqui em ferias, ele não deixava a minha mãe sozinha. Vinha para se aventurar mas gostava da presença de mamãe sempre perto dele, então juntos eles reformaram tudo para que ela pudesse estar em um lugar mais agradável. 
Agora vivendo aqui minha mãe novamente fez uma nova reforma porque nos fins de semana os dois sempre estão aqui... 
Falou Lucas demonstrando muito carinho pelos pais.
- Vida, então eles provavelmente virão aqui neste período em que estamos na casa? Estou com muita saudades dos dois, principalmente de sua mãe!
Disse Letícia.
- Não, neste período de férias não estarão aqui... Meus pais decidiram ir ao Sul de Minas por duas semanas. Certamente você poderá vê-los antes de partirem. Vou levar todos vocês lá em casa antes da partida deles, para um almoço. Mamãe vai preparar um almoço para nos! Já está tudo combinado!
Antes de entrarmos Lucas iluminou novamente o jardim para nos mostrar o tanque. Haviam três degraus para descer da varanda indo ao encontro do gramado e pouco mais adiante estava ali o tanque contornado de cimento e um chuveiro ao lado. Toda a água usada, Lucas disse que escorria formando um pequeno córrego, onde poderíamos ver alguns patinhos do sitio ali se banhando... 


Eu sabia que quando tornássemos a ver tudo aquilo pela manhã, seria um pouco diferente do que a primeira visão... tudo ficaria mais memorável! E também, porque ao apreciar tudo, eu não sabia se olhava para todo aquele sitio ou se procurava o olhar dele para ver o que estava fazendo? 
A resposta que procurava era sempre a mesma... ele estava olhando para mim. Olhava sem fim! Ali eu senti de novo o prazer de flertar... o prazer de procurar me apaixonar por um alguém que não fazia outra coisa que não fosse me apreciar!


Ao entrar novamente, fomos organizar as bolsas em seus lugares e também apreciar a casa ao interno mais um pouco. Entrando tinha a cozinha e havia um fogão de lenha. Quando o vi senti vontade de aprender usá-lo. Me fez recordar a fazenda de minha tia, onde tudo era preparado no fogão de lenha ou em forno construído fora da casa, que ao preparar bolos, nos deixava ansiosos para prová-los.
A cozinha ia de encontro com uma pequena sala que havia uma janela e três portas. Duas portas ao interno e uma de entrada para casa. Poderia entrar na casa ou pela pequena sala ou pela varanda de fundos. Das duas portas que haviam ao interno, uma era aquela que vai para a cozinha, a outra iria para um quarto que seria o quarto que eu dormiria... ali havia duas camas de solteiro que ao olhar logo pensei: 
"Será que Júnior dorme aqui?" 
Antes que perguntasse, para acabar minha curiosidade Júnior diz:
- Eu também vou dormir aqui... 
"Ele dormiria ali também... minha nossa! Vou ter de sentir o seu respiro por toda a noite, espero não perder sono...espero que não ronque!"
Acho que meu rosto o fez entender mais uma vez o que pensei, porque naquele mesmo instante ele falou:
- Mas se você não quiser, eu levo a cama para a sala ou durmo no sofá... eu durmo lá!
Eu estava para dizer sim toda contente, quando Letícia, antes de mim, fala:
- Nem brincando pense nisto! Todos aqui terão direito de conforto e ali na sala é tudo aberto,  quando um passar quem estiver dormindo vai se sentir perturbado. Se Olivia não quiser que você durma no mesmo quarto com ela, cabe a ela tomar a decisão de ir para a sala e não você que já se organizou aqui!
Eu neste momento, dei uma olhada nervosa para minha irmã... eu pedi que estivesse do meu lado, que me desse força e agora está me tratando como uma que não merece um cantinho gostoso sem ninguém por perto. Que raiva dela eu estava... 
Parecia que estava querendo mais que depressa me fazer estar com ele... ela não entendeu que isto não poderia ser assim! 
"Ou será que pode? Talvez seja melhor mesmo, porque caso faça barulho lá fora, eu estarei perto dele a me proteger... Mas se ele dorme feito uma pedra? Assim nem poderá me acalmar falando comigo... 
Será que ele consegue dormir perto de mim sossegado? Bem, eu consigo! Eu nem vou ligar para ele só porque estará ali... eu nem vou ligar mesmo! 
...Tomara que o perfume dele não venha até a mim quando o vento soprar, porque é muito agradável o seu cheiro, eu já senti varias vezes no carro! E é delirante!"
Sempre a pensar coisas absurdas e contraditórias...  será que é só eu que penso aqui? Acho que não! Não é possível!


Deixamos as bolsas no chão e fomos ver o resto da casa... Para ir para o outro quarto deveríamos voltar para a cozinha, porque ali teria, quando entrasse pela varanda, uma porta à esquerda que vai de encontro a uma pequena saleta que tinha uma forma quadrada com uma parede em tijolos de vidros transparente que recebia toda a claridade vinda de fora. 
Ali havia um sofá de madeira e almofadas fofas e verdes e também havia plantas em vasos, daquelas em forma de folhagem que dava tanta beleza no local.. Quando olhei achei aquele cantinho diferente...
Para o lado esquerdo tinha uma porta... Era a porta do banheiro que foi construído na varanda, mas sua entrada era dentro da casa. E de frente havia o quarto onde minha irmã dormiria. Cheguei a pensar de dizer em dormimos juntas, mas nem me ousei em falar, sabia que todos iriam rir de mim! 
Os dois não desistiriam de momentos a sós. Momentos como aqueles que mais parecia uma lua de mel para os dois, eu não poderia invadir e atrapalhar. Eu nem me pronunciei porque sabia que seria inútil. Os dois se amavam e estarem juntos, não existiria tão cedo para os dois.
E assim fizemos e... Para a minha tristeza ou alegria eu deveria dormir ao lado dele e quem poderia dizer o que sentia, seria apenas o meu coração, somente ele poderia saber!...
E então depois de tudo organizado, cada um economizando água, pode tomar um banho pois Lucas e Júnior um dia antes, havia enchido a caixa  d'água pensando em nosso bem estar!
Havíamos comprado um frango assado em Cuiabá e minha irmã junto a Lucas preparou um arroz e salada e comemos. Foi um momento rápido e muito tranquilo, pois estávamos muito cansados. No outro dia quem iria lavar as vasilhas seria eu... Lá fora! Eu desde já, estava pensando nisto, porque comer é tão bom, mas lavar é horrível! 
Tomara que ele me ajude... Eu vou pedir com carinho! Dizem que é assim que a gente faz quando quer escapar de algo que não gosta... Pedir com carinho muitas vezes funciona, eu vejo a minha irmã, quando ela pede com carinho ela sempre consegue tudo!
Nos já estávamos deitados... E eu antes de dormir estava ali a pensar até dormir...
Eu estava gostando tanto do passeio que não sentia falta de casa... Sentia um pouco a falta de minha mãe de seu carinho, mas estava muito contente com a viagem, com tudo... Nada mais estava me assustando como antes... Quanto silencio naquele lugar, não via a hora de amanhecer, mas sentia muito sono. Quando estava quase dormindo começou um barulho de uma cigarra que não parava, parecia que estava dentro do quarto.
- Você está dormindo? 
Perguntei.
- Não... não consigo... 
- Por que? Por causa deste barulho de cigarra cantando? 
- Não a cigarra não me incomoda mais, eu já havia me acostumado.
- Então, o que não está te deixando dormir? Talvez você comeu muita carne...
- Também não... Acho que é porque antes estava dormindo junto com Lucas e hoje você aqui do lado... a gente nem se falou tanto, e eu na verdade queria falar um pouco com você, te conhecer mais... Eu queria conversar! Apenas conversar.
" Olha só todo dengoso... se fazendo de carente. Típico deles, os homens!" 
Pensei... e então, pedi que acendesse a vela para iluminar aquele ambiente.


Tudo se iluminou de uma maneira diferente por estar usando uma vela.  O ambiente estava com uma luz baixa, como se fosse um abajur fazendo se sentir mais aconchego e então comecei a falar novamente:
- Você acha que esta cigarra está aqui dentro?
Perguntei desejando que a encontrasse... 
- Não é apenas uma cigarra! São muitas e estão lá fora, mas quando você se acostumar nem vai ligar tanto!
Falando, ele sai da cama e senta em uma cadeira que tinha ali dentro do quarto e começou a contar como foi o seu primeiro dia ali... O quanto aquelas cigarras o perturbou! 


E continuou falando:
- Eu estou adorando aqui! Quando formos caminhar pelo sitio você vai ver macaquinhos atravessando a estrada. Eles se chamam Macaco Prego e são diferentes por serem pequenos, são diferentes de todos que já vi! Eles não tem medo de pessoas... a gente ao olhar para eles os fazem parar e ficam nos observando. 
Eu achei muito divertido quando vi. Eu e Lucas gritávamos para assustá-los, mas depois paramos por sentir medo de aparecer um bando em cima da gente e não ter como escapar. Com estas coisas da natureza não se brinca!
- Deve ser maravilhoso! Eu estou com sono!
- Então dorme... Eu vou apagar a vela e dormimos. Amanhã eu quero te mostrar o riacho que tem aqui perto, também é muito legal lá, tem até uma cachoeira pequena e a gente pode ficar debaixo dela... A água é cristalina, você vai gostar muito...
- Eu vou ter de lavar aquelas vasilhas, a Letícia disse que quando voltar terão que estar lavadas porque vai precisar delas para fazer o almoço...
- Eu te ajudo, não preocupar... serei eu a bombear a água lembra? 
- Você já viu o pantanal? 
- Não, ainda não, estávamos esperando vocês chegarem para irmos juntos!
- Aqui tudo é lindo não?
- Eu também? O que achou de mim? Porque depois que você chegou tudo ficou muito mais bonito! Você para mim é linda!
"Meu Deus, onde isto vai parar? Eu digo que o acho lindo? Vou dizer sim, porque não?"
E falei bem baixinho:
- Sim! 
- O que? Fala de novo!
- Sim mm! Você é lindo!
E o olhei profundamente, quando estava para saltar da cadeira e vir até a mim...
Apavorada falei:
- Acho que devemos dormir.
- Por que?
Mesmo assim ele se aproximou e me deu um beijo no rosto, mas eu não fiz nada... senti vergonha, não reagi, só senti de novo aquele friozinho na barriga, era uma sensação deliciosa, mas não fiz nada! 
Segundos depois, ao olhar para ele que estava sorrindo ao meu lado, lhe dei o primeiro beijo... o segundo... o terceiro...


Sempre achei que tudo na vida tem um momento certo para acontecer e não adianta tentar adiar mais. Aquele era o momento certo! Eu sentia isto... não poderia esperar mais, eu queria experimentar toda aquela sensação que estava vivendo...
E falei:
- Agora, vamos dormir!
Ele me respondeu:
- Agora, sim! Agora, eu durmo!


E assim a noite profunda se fez... cada um estava em seu leito buscando o sono depois de nos beijarmos...
Como dormir com todos aqueles pensamentos agradáveis..."como dormir se na verdade eu quero o seu abraço. Eu quero tocá-lo e beijar mais e mais!
Ele beija deliciosamente e que olhar mais lindo! Quando ele me olha é como se dissesse que estava feliz de ter me conhecido. Era um olhar calmo como se não quisesse me soltar mais!
Mas, porque eu disse de dormir? Que se dane o sono"... e assim, conversava comigo mesma:
"Sabe Olivia, naquele instante a ultima coisa que você poderia ter dito seria vamos dormir. Onde esta aquela Olivia que não se dá por vencida? Do que ela está fugindo? E' mesmo... do que eu estou fugindo? Ele é tão sereno e não faria nada que eu não quisesse".
Eu acho melhor parar de pensar.
Não dormia... o sono não vinha...
- Augusto Júnior!
O chamei de um modo diferente para demonstrar o quanto eu gostava do seu nome.
- Diz, me diga... você falou o meu nome! E eu gostei de senti-lo, com este som lindo da sua boca!
- Dorme pertinho de mim? Não estou conseguindo dormir, queria o seu calor!...
Eu não pude ver o rosto dele naquele momento porque tudo estava muito escuro. Mas quando iluminou novamente o ambiente, ele me olhava com os olhos brilhando, como se tivesse gostado de ouvir o seu nome e também aquele meu pedido inesperado. Sorria maliciosamente... então, pegou sua cama e a empurrou até perto da minha e ali nós dois começamos a colocar lençóis no meio para que não pudesse nos machucar, mas nem seria preciso... uma só cama já bastava para estarmos juntos.
"Mas o que eu estava fazendo? Eu mal o conhecia e queria estar nos braços dele!"
Tudo que pensei antes foi em vão... ele já havia me conquistado. Eu estava carente! E, ele todo quente!
Me beijou mil vezes e dormimos abraçados. 
Sim... apenas dormimos e para mim cada momento foi sublime! Sentir o seu corpo junto a mim foi muito agradável! Sentia tudo completamente excitado... que loucura!
Para mim cada momento tem de vir lentamente. Eu não gosto de agir sem pensar e esta minha reação foi um pouco exagerada eu sei!
Sempre pensei que tudo conquistado lentamente tem mais sabor, mais calor ou até mais amor!
Eu disse que ele teria que ter paciência e fui eu quem não teve nenhuma e... se dependesse dele, o que parecia era que ele teria toda a paciência do mundo para estar ao meu lado!
O que eu sei disto tudo, foi que tudo que eu fiz... eu senti que era o momento certo! O momento certo de sentir seu corpo perto do meu.

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capítulo 5
Todos os direitos reservados 
Segue capítulo 6



Atingi o 5° Capítulo desta aventura e pretendo escrever mais... muito mais!
Espero que consiga continuar atraindo pessoas para ler, desejando que tudo seja de agrado para todos que aqui passarem.  
Daqui a alguns dias, a estória vai continuar, aguardem.

Para quem deseja ler desde o inicio o Livro, deixo aqui o link:



sábado, 15 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - IV

Onde Nasce uma Paixão 

Mas,  eu tinha motivos. Ele estava sendo muito gentil comigo, até a porta do carro ele abria para que eu entrasse primeiro. Que lindo a sua gentileza! 
"Ai ,meu Deus, o que será que está me acontecendo? Parece que estou gostando... 
E será o que irei encontrar lá? Na verdade, eu estava muito ansiosa!"
Ali, eu estava em meu silencio a imaginar...
Capìtulo 3

E assim a estoria continua... 
O sitio nos espera 

Quando entramos naquele carro, imaginava absurdos para acalmar o meu silencio... 
Minha irmã neste momento estava enchendo de carinho Lucas, e falava baixinho ao seu ouvido, os dois sorriam quando contavam algo que viveram neste período separadamente, e eu deixei aquele momento existir unicamente para os dois. Eu não queria interromper ao vê-los tão agarradinhos. 
Todo este carinho era saudável para um casal que a distancia estava tomando conta e que a força dos dois não permitiam. Ao olhar os dois eu queria estar vivendo o mesmo e... Sem nem mover a minha cabeça girava os olhos para tentar entender o que ele fazia, e porque estava tão quieto. 
Conseguia ver só um pouquinho suas pernas e... Que pernas, nossa!
Eu não conseguia ver o rosto... Para conseguir, eu  teria de me girar mas eu não queria dar este gostinho para ele... Teria que ser ele a falar comigo, eu estava ali esperando!
O silencio dele me deixava curiosa e eu queria saber o que ele estava pensando... Eu sei que ele estava pensando! Mas não sabia o que ele estava pensando?
Eu sei disto porque todo mundo pensa, todo mundo tem mil imaginações na cabeça e quando estamos em silencio a mente vaga, mas onde ele estava vagando? 
Eu queria que fosse imaginações sobre mim! Mas porque eu estou assim? Depois que o conheci só fico pensando sobre ele... Oh meu Deus isto não é normal! Será que é normal? Na verdade eu perdi a noção de como se deve agir, eu não sabia mais como se flertava com um homem. Muitas vezes sinto vergonha de trocar olhares... Antes eu olhava todos que me agradavam bem nos olhos, e agora quando alguém me olha eu abaixo a cabeça. Maldito namorado que me fez ser assim! Ingênua eu que deixei ele me fazer ser assim... Mas isto vai mudar. Eu vou me encontrar e ninguém me segura quando esta nova Olívia desabrochar...Nova não, antiga Olivia porque eu era fugaz, eu era muito sapeca. E agora ao ver minha irmã, eu me vejo como dentro de um espelho aprisionada querendo sair e ser como ela!
Eu achava minha irmã tão forte, tão corajosa e sempre dizia isto a ela. Ela é muito inteligente de um modo diferente de mim, sabia viver comunicando e agindo e não somente vendo, lendo e imaginando! 
Eu também sempre fui muito viva mas o tempo vivido à anos atrás, me fez ser muito tímida. Aquela fase de descoberta eu não descobri nada, aos dezoito anos estava de olhos fechados para o mundo. Sentia sede de aprender, de saber e como não podia eu olhava os livros, revistas e filmes.


- Que coisa mais linda, Vida, o por do sol! A estrada para o sítio será sempre assim? Eu nunca vi coisa igual, é lindo demais!
Falou Letícia...
- Que bom que está gostando daqui, amor! A estrada será sempre assim, mas a um certo ponto não teremos mais o asfalto e a terra é muito vermelha, ela faz uma poeira louca ao passarmos por ela.
Falou Lucas.
- Realmente é divino este lugar, eu também nunca vi coisa igual em minha vida! Lucas, você está vivendo em um paraíso! Você está gostando daqui?
Perguntei.
- Eu estou adorando... Sinto falta demais do meu amor mas o lugar me acalma. Eu a muitos anos atrás tinha vindo aqui com meu pai, já conhecia um pouco. Meu pai comprou este sítio quando ainda vivíamos no Sul de Minas, porque ele gosta de caçar, pescar e nas férias ele vinha para cá para poder fazer o que gostava, então, eu vim uma vez com ele e foi uma super aventura! Aprendi a lidar com a natureza junto a ele.
Lucas me respondeu demonstrando um gosto incrível pelo o lugar. Penso que com ele  vai ser mesmo muito divertido, porque ele gosta da natureza e será capaz de nos mostrar o que realmente é belo!
- Eu não vejo a hora de poder mostrar a todos vocês a Chapada dos Guimarães, é lindo demais! Vamos fazer assim... Domingo, a gente acorda bem cedo, digo bem cedo mesmo para irmos até la, assim chegaremos quando o Sol estiver nascendo. Eu quero que vocês possam ver o sol nascer,  naquele lugar, porque é deslumbrante. Quando vocês puderem ver, sentirão que não estou mentindo... Parece que o Sol está debaixo da gente e, assim, a gente se sente poderoso!
Falou Lucas, sorrindo!
- Nada melhor que nos sentirmos um super homem, não, Lucas?
Disse Júnior... Quando ele abre a boca sempre diz algo estranho. Tenho sempre que procurar entender.


- Olivia, esquecemos de ligar para a mãe... Nossa! Como pude esquecer?
Vida lá no sítio tem telefone?
Júnior começou a rir juntamente com Lucas...
- Por qual motivo vocês dois estão rindo?
Perguntei, porque não via motivo de rirem...
- Amor la no sítio não tem telefone não, foi por isto que eu comecei a rir... 
Tenho de te dizer uma coisa que não tive tempo de dizer ainda. O sítio é muito simples e ao chegar lá, vocês duas terão um pouco de dificuldade para se habituarem, porque não tem tantas regalias.
Não tem corrente eléctrica, teremos de usar um lampião. Também não tem sistema hidráulico dentro da casa, somente na varanda de fundos tem um pequeno banheiro, onde os tubos hidráulicos alcançam, porque la foi usado um sistema simples para levar a água até a nós. Perto da varanda tem uma bomba que manuseando faz com que a água entre dentro de um deposito de água neste banheiro, mas é muito desgastante ficar bombeando para que a água entre neste deposito. 
- Você esta dizendo uma caixa d'água?
- Sim, só que todo o trabalho tem de ser feito com nossas mãos, é muito cansativo, então teremos sempre que economizar a água para não ter de ficar bombeando por todo o dia. E todos nos teremos de fazer um pouco este esforço e ir la para bombear. Um pouco cada um a gente consegue encher a caixa.
- Você esta falando serio Lucas ou é mais uma de suas brincadeiras? Eu não consigo fazer isto não!
Respondi 
- Mas vai ter de aprender porque senão não tem banho, e saiba que o calor é grande pra ficar sem banho. 
Me responde um pouco rude pois ele me conhecia e sabia que sempre fui um pouco bonequinha de luxo e coisas deste tipo eu lançava no ar a minha frescura!
- Olívia, não começa viu! Aqui cada um terá de ajudar o outro, e por favor vê deixa as frescura para outra hora, minha nossa você tem hora que parece rainha e aqui isto não vai poder existir...
Falou Letícia drasticamente como se quisesse defender o seu namorado, mostrando que  ali será maravilhoso se eu não ficar reclamando... Porque ela sempre faz assim comigo? Vive me trazendo para a realidade como se tudo fosse simples e para mim não é!
- Eu bombeio para você... Quando chegar a sua vez eu faço a sua parte!
Eu arregalei os olhos para ele como se fosse explodir um sorriso... Pois eu estava esperando ele falar e quando falou me defendeu e mais, vai cuidar do meu bem estar como se quisesse cuidar de mim!


- Ah não Júnior, isto não! Desse jeito eu vou ter de fazer a parte de Letícia, senão vai parecer que não sei cuidar dela!
Falou Lucas decepcionado...
- Mas você tem de fazer a parte dela! Letícia veio de longe para estar com você e o mínimo que você poderá fazer é cuidar dela.
Que lindo quando ele fala! Ele defende as mulheres, será mesmo que ele é assim? Talvez esta somente jogando, assim me conquista mais rápido.
- Tudo bem, não tem problema, eu vou cuidar de você amor... Eu vou cuidar muito bem mas só porque te amo muito!
Falou Lucas todo orgulhoso de seu sentimento.
- Vida mas eu quero ajudar, eu gosto dessas coisas, não é para mim nenhum sacrifício e você sabe!
Responde minha irmã Letícia.
- Quando amanhecer vocês irão ver um chuveiro  e uma torneira com um tanque perto desta bomba e ali a água chega mais veloz, então quando formos tomar banho, cozinhar, lavar algumas roupas e vasilhas a gente usa ali deixando a água do banheiro para quando formos utilizar o banheiro. 
E voltando ao assunto de telefonar para sua mãe, amanhã  bem cedo eu terei de ir no armazém do seu Filipe para comprar algumas coisas para a limpeza da casa e para comermos e la tem um telefone, assim você vem comigo e liga para a sua mãe.
Fala Lucas.
- Eu também quero ir... Eu queria poder falar com a mãe um pouco!
Disse assim porque fiquei preocupada de estar ali sozinha com ele, onde já se viu! Mas o que farei ali sem minha irmã por todo o tempo? Eu sei o quanto ficaria nervosa ao lado dele sozinha.
- Não poderemos ir todos, vocês dois ficariam e começariam a organizar a casa um pouco.
" Mas como posso aproveitar as férias assim? Sair de tão longe para estar a limpar uma casa de sitio? Isto não estava nos meus planos!" 
Pensei enraivecida, mas não falei nada, fiquei em silêncio me sentindo aprisionada, queria conhecer o lugar e não ficar limpando.
E o silencio reinou mais uma vez!
Já estava escurecendo e ainda tinha um grande caminho pela frente. Lucas disse que chegaríamos por volta das vinte horas. 
Alguém quebrou o silencio... Júnior se pronunciou:
- Andei observando vocês duas por um bom tempo e notei que vocês duas tem um jeito pratico de ver a vida. Você Letícia muito mais... Eu vejo que é muito corajosa como se estivesse sempre ao comando. Decididas é a palavras chave para tudo que observei. Alguém assim do nosso lado faz a gente se sentir viril! Você é um homem de sorte Lucas em ter conhecido Letícia!
Letícia estava respondendo e agradecendo o seu elogio e eu fiquei ali a pensar:
"Minha Santa Maria do Carmo, este homem custa a falar e quando fala diz sempre resumindo, usando poucas palavras. São palavras que amplificam... Mas o que eu estou pensando? Isto não é hora de estudar esta parte do seu ser.
Eu reparei que ele não tirou o olho de mim quando disse esta frase, usou o termo viril e isto significa que se sente macho, pleno de capacidade sexual... Então sente desejo! Se ele se sente viril ele esta me desejando...
Mas, porque não fala? Primeiro se sentiu um super homem, agora viril... Esta provocação me dá nos nervos. E' como se não fosse nada pratico ao falar. Quer jogar, só falta ter apostado com Lucas que vai me conquistar e está fazendo de difícil! Homens tem esta mania de sempre querer apostar e mostrar que é capaz de vencer!


Ai, ai, ai, que confusão... Afinal quem está fazendo de difícil aqui sou eu! Sou eu quem devo
me fazer de difícil, não ele!"
Estava irritada, muito irritada porque eu não gosto de perder em um desafio... E assim olhei
diretamente nos seus olhos e me pronunciei sem nem pensar o que iria dizer:
- Olha aqui, ou você começa a falar claramente ou eu não vou mais te dar ouvidos. Trata de ser mais pratico com suas palavras porque a minha mente esta ficando desgovernada aqui de tanto pensar e querer entender os seus enigmas. Fala três palavras como se fossem palavras chave e eu tenho que achar a chave, a resposta, assim não dá!
Minha nossa! O que estava dizendo? Que loucura, agora não tem mais como remediar...
- Eu não sou prático!
Falou rude...Senti ar de guerra e perguntei:
- O que é então?
- Talvez misterioso, sei lá
Respondeu com tanta calma e sorrindo.
- Olívia não queira adivinhar... Tudo que o Júnior diz é como se tivesse sempre duplo, triplo sentido. Ele sempre deixa um mistério no ar, ele é assim e cabe a você entender do seu modo porque ele não te dará respostas.
Falou Lucas querendo me ajudar...
- Eu não vou entender nada! Ou muda ou serei eu uma surda!
Falei enraivecida e Lucas sorriu porque me conhecia. O silêncio pairou no ar, não recebia nenhuma resposta quando ao improviso escuto:
- Te beijar! Seria te beijar!
Falou isto ao improviso, fiquei espantada, pois ele falou baixinho, quase no meu ouvido, enquanto o casal se curtiam e conversavam sozinhos.
- O que? O que está dizendo, não consegui...
Me interrompeu dizendo:
- Você antes me perguntou o que seria um momento especial em que eu abriria minha boca... Seria te beijar! Pronto falei, acabou o mistério tudo bem? Era assim que você queria não? Acabou... Não direi mais com mistérios... E agora o que me responde!
Ele queria respostas... Minha barriga deu aquele friozinho, eu não esperava aquela reação dele... Não esperava, e fiquei olhando para ele, olhava... Mas resisti e nem respondi. Ali naquele momento quem usou de mistério foi eu! Na verdade eu fugi, não estava pronta. Desejava, mas não soube reagir e fiquei quietinha, era um momento constrangedor. Assim ele se calou também... 
Neste instante fizemos uma parada para ver o pneu, Lucas sentiu algo estranho e foi verificar, mas Júnior não saiu do carro, parecia arrependido do que havia me falado, seu rosto demonstrava desilusão, decepção, arrependimento sei lá, estava triste... 
Eu queria e senti vontade de beijar mas não assim naquela hora... Eu não sei agir em momentos que me pressionam e de longe o observando pensei:
"Me deixe pensar... Eu também quero te beijar mas quero que seja tudo muito lindo! Agora não é hora! ainda não!"
E assim quando me olhou eu sorri para ele... 


Ao sorrir para ele, eu percebi que seu rosto se tranquilizou, como se tivesse recebido a resposta que desejava.
E, assim, entramos no carro e continuamos a viagem. Me sentia muito envergonhada como que sufocada. Ele, desta vez, preferiu grudar em mim ao invés de estar perto de sua janela. Eu sentia o seu respiro e digo de passagem que era bem ofegante.
"Mas onde isto vai parar? O que será que estou causando nele para respirar assim?
Acho que vou reclamar, sim eu vou falar! 
Mas o que é isto? A mão dele! A mão dele está tocando minha perna e eu estou gostando. Mas não quero! Oh, meu Deus, que delícia, tão suave! O que fazer Senhor, fico calada? Reclamo? Não, não vou reclamar! Vou sim reclamar! Não eu vou só afastar! Mas, já estou grudada na janela do carro, não tenho mais saída.
Neste instante, o fixei profundamente e falei baixinho quase suspirando... O meu respiro também estava ofegante. Que sensação deliciosa que sentia.
- Por favor, pare!
Me olhou e parou dizendo:
- Não consigo te entender. Você tem um mundo em sua mente e sei que o importante será conseguir entender o que tem por detrás de cada imagem que seus olhos me transmitem!
Sorri para ele e disse ainda sorrindo:
- Que lindo! Você acertou, o mundo gira aqui!
E fiz o meu silêncio... 
Depois daquele momento, não demorou muito e chegamos no sitio tão desejado! Eu e Letícia estávamos cansadas, mas tinha tanta coisa ainda para organizar! E assim, descemos do carro todos muito eufóricos.

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 4
Todos os direitos reservados


Segue capítulo 5 




Para quem desejar ler o início do meu livro, este é o Link:


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - III

Onde Nasce uma Paixão 

E assim, aconteceu a coisa mais desejada para a minha irmã que, por toda a viagem, desejava somente uma coisa... Desejava beijá-lo!
E que beijo! Não sabia se o beijava, se o olhava, se o abraçava... Os dois se tornaram um somente... E, eu? Eu olhava para um rapaz estranho, na minha frente, sorrindo para mim!
Capítulo 2

E assim, a estória continua...
 A Chegada

Quando desci do ônibus e vi minha irmã correr para os braços de Lucas, seu namorado, me fez sorrir tanto! Senti um arrepio ao ver a sua felicidade. Era contagiante! 
Neste mesmo instante, olhando para uma outra direção havia um rapaz que não parava de olhar para mim! Eu pude perceber que estava com Lucas, e em questão de segundos comecei a pensar em milhões de coisas de uma só vez. Sei que foram segundos porque, momentos seguidos, meu cunhado veio me dizer olá!
E, pensei:
"Mas, quem é este rapaz? Por que não tira o olho de mim? Por que sorri assim tão fervoroso para mim? 
Meu Deus, eu não quero nem conhecer! Acabei de terminar com meu namorado e no mais, ele é feio demais! Não estou pronta para uma nova história... 
Por que meu cunhado veio com este rapaz? Será que está querendo arranjar alguém para mim para que eu não atrapalhe o passeio dos dois? Mas, tinha que ser logo este? Tudo bem que parece jovem, mas nem tem tanto cabelo! Que estranho... Ele é calvo! Meu ex não era assim, meu gosto é completamente diferente... Gosto de homens com cabelos longos, gosto de homens mais fortes, mais alto! E, porquê não para de sorrir para mim, está me deixando completamente envergonhada. Não sei mais o que fazer, que droga, eu não pretendia isto!"
Eu me conheço e sei o quanto exagero nas coisas antes de vivê-las! Eu sou assim, não sei o porquê?

E, ainda pensando:
"Talvez não seja nada do que imagino, talvez, seja somente um amigo que tinha carro para nos buscar na rodoviária. Talvez, seja até casado, ou já existe em sua vida uma namorada! Queira a Deus que sim, porque eu não gostei nem um pouco dele... Mas, porquê meu cunhado fez isto comigo? Ele sabia que eu só queria momentos de paz!
Não Gostei! Não gostei disto! Poxa vida, estas coisas eu gosto de escolher sozinha, odeio que me façam viver coisas que para mim não são bem vindas! Não tinha um outro mais interessante que este não?
Não... Não... Me desculpe, mas com este eu não fico por nada neste mundo! Nada! Eu não estou pronta nem para falar com um homem quanto mais namorar... Não daria certo e mesmo se eu quisesse seria impossível! Este é completamente diferente fisicamente , não faria sentido. Seria como mudar da água para o vinho. Meu ex jamais seria calvo, ele tem cabelos nos ombros e este  que nem sei quem é ... 
Ai, meu Deus, ele está vindo para minha direção! Eu sou obrigada a sorrir para ele, porque ele não quer parar de sorrir... Que vergonha!

Neste momento, me despertei daquele espaço perdido onde milhões de coisas eu pude pensar em segundos, minha mente parecia que estava para explodir de tantos pensamentos exagerados, de tantas perguntas sem respostas. Mas, porquê eu sou assim?


Assim, Lucas vem em minha direção, trazendo seu amigo pelo braço, como se estivesse querendo me entregar um presente.
- Olá, Olívia, fez uma boa viagem?
Antes que eu respondesse, Letícia responde por mim:
- Nossa, Olívia terá muito o que contar desta viagem, vocês irão se divertir com tudo que aconteceu, mas, antes de tudo, por favor teremos que ir imediatamente em um banheiro, meu amor!
- Esperem! Eu queria apresentar o meu grande amigo Júnior!
Reclamou Lucas...
- Olá, Júnior, muito prazer... Desculpe, mas temos de ir ao banheiro, depois a gente se conhece como se deve. Te peço mil desculpas, mas não estou mais aguentando de vontade de fazer um pipi! Vamos, Olívia?
E assim, Letícia me puxou pelo braço e saímos em uma velocidade que não pude nem falar nada!
Ela sabia que eu poderia agir sem pensar e que daria uma resposta juntamente com mil perguntas... Ela viu o meu rosto com uma expressão diferente como de costume. Meu rosto estava demonstrando um nervoso e, ela me conhecendo mais que tudo, antes que eu agisse sem pensar, quis me tirar dali para falar comigo, e assim, fomos ao banheiro. 
Me lembro que a única coisa que fiz foi dar um sorriso completamente sem graça, visto que eu não me sentia bem com aquela situação!


E lá vamos nós para aquele banheiro correndo como duas loucas. Eu querendo falar e Letícia interrompendo: 
- Você viu como ele é lindinho?
Ao entrar no banheiro não havia ninguém, apenas nós duas. Que alívio, pois, assim poderia descarregar a minha ira tranquilamente! Não sei porquê eu comecei a imaginar que Letícia sabia disto tudo, mesmo antes de partirmos, mas não quis me dizer porque saberia que desistiria da viagem, mas ela jurou que não sabia de nada, que  tudo aquilo foi surpresa para ela também.
Então, respondi:
- Lindinho? Ele é horrível, mas porque Lucas inventou de trazer alguém?
- Olívia, ele é lindo! Tudo bem que é muito diferente da pessoa com quem namorou por quatro anos, mas ele é lindo, e mais ainda... Ele é mais bonito que Pedro! Seus olhos não conseguem ver nada mais! Tem apenas uma direção. Eu desejaria poder abri-los minha irmã.
Falou minha irmã daquele jeito como se quisesse me beliscar, acordar...
- Tudo bem , você está certa novamente. Ele é bonito sim, só é diferente, mas é bonito. Mas, eu não quero estar com ninguém, ninguém, entende?E, isto, está me deixando muito nervosa!
Enquanto você estava com Lucas, ele não parou de sorrir para mim! Eu já estava totalmente sem graça.
Respondi preocupada.
- Eu sei que para você, coisas assim, neste momento, é muito difícil de viver, mas tenta ser receptiva, não estrague tudo! Tanto você não precisa ficar com ele, ao ponto de namorar ou beijá-lo. Apenas seja amigo, deixe o tempo te levar e viva o máximo estes momentos. Vamos nos divertir muito, eu tenho certeza!
Lucas disse que iremos para o sítio do pai dele, e lá estaremos por todo o tempo... Longe de tudo, e este Júnior é o melhor amigo dele. 
Quando Lucas viveu no Sul de Minas, por muitos anos, ele fez uma enorme amizade com Júnior e então, ao se mudar para cá, Júnior veio para conhecer o lugar e passar todas as férias com ele. Lucas não esperava, mas ele disse que será muito divertido, porque Júnior é uma pessoa muito alegre!
Ela falou novamente me surpreendendo mais uma vez!
- Nós vamos para um sítio? Mas, eu pensei que estaríamos na casa de seus pais! Minha nossa, esta viagem está se transformando em confusão. Eu pensei que estaríamos na cidade para conhecer tudo, porque dizem que é muito interessante. Por que temos que ir para um sitio? Assim, parece que não será como imaginei!
Falei toda surpresa.
- Este é o seu problema, sabia? Você imagina demais e depois, se não é como imaginou, parece que tudo se transforma em tragédia. E não pode ser assim. A vida é sempre uma caixinha de surpresas, não queira imaginar, porque, amanhã, talvez, nem estaremos mais aqui.
Respondeu Letícia
- Cruzes, Letícia, que horror! Não fale mais assim porque me assusta.
- Olívia, a vida é assim, não tem horror, tudo é surpresa, e a gente tem de viver certas coisas para se alegrar, reviver, aprender. Confessa minha irmã, confessa, vai! Não vai me dizer que não está gostando desta aventura? Está sendo tudo maravilhoso desde a nossa partida, pois apesar de haver tantos transtornos, nós conseguimos superar todos. 
- Maninha, você está certa! Eu nunca vivi algo parecido e, a cada experiência, lá no fundo, eu fico é feliz da vida! Estou sorrindo por dentro!
Será que no sítio tem telefone? Devemos chamar a mamãe e dizer que chegamos salvas! 
- Acho que não, tenho de perguntar a Lucas. Caso não tenha, ligaremos antes de partirmos para o sítio. Lucas disse que vai mostrar um pouco de Cuiabá para nós. Ele disse que aqui tem muita coisa linda para admirar! Mas teremos que partir antes de escurecer, por volta das cinco horas.
- Letícia, eu estou morrendo de vergonha dele... Não me deixe sozinha enquanto eu não me sentir bem com esta situação , tudo bem?
- Te adoro, minha irmã! Eu não faria nada que pudesse te deixar mal!
- Letícia, você sabe qual é o nome dele, pois Júnior é porque herdou o nome do pai dele... Você sabe?
- Não, eu só ouvi Júnior! Olha ai! Este seria um bom motivo para iniciar uma conversa, pergunte a ele. 
Lucas disse que ele é muito brincalhão e que perto dele estaremos sempre dando risadas.
Naquele instante, me acalmei... Já não o via como um monstro e sim como uma pessoa normalíssima... No  mais, já conseguia imaginar que era até bonito!
 
  
Assim, retornamos ao encontro deles, observando de longe, notei que realmente ele era muito bonito! Seu sorriso tinha algo surpreendente. Ele sorria e seus olhos sorriam juntos!
Me aproximei muito envergonhada e disse um oi meio sem graça.E, quando Lucas veio ao meu encontro, me abraçou com o seu jeito carinhoso de ser, dizendo de estar muito contente de nos ver, ali, junto a ele.
Lucas sempre foi muito comunicativo, carinhoso, e divertido. Quem o olhasse junto à minha irmã, poderia pensar que ele era irmão dela, porque haviam alguns traços em comum. Lucas também tinha uma pela morena, olhos escuros e com um cabelo, assim, como se tivesse um corte onde ao passar as mãos se movimentavam. Era um rapaz com uma bela estatura e havia ombros largos, por praticar natação. Natação era o seu esporte favorito. 
Minha irmã alcançava seus ombros, mas formavam um lindo casal. Mas, de todos os seus atrativos o que eu gostava mesmo era do seu sorriso! Quando Lucas sorria transformava a sua face com toda aquela pele sedosa, tudo brilhava quando sorria. A sua alegria era contagiante!
- E a viagem? Letícia falou que aconteceu coisas imprevistas?
Perguntou Lucas
- Sim... tanta coisa aconteceu, sem falar das baratas que surgiram pela janela.
Respondi.
- Baratas? Você está brincando?
- Claro que não! Foi assim...
E, ali, me perdi na conversa contando tudo aos dois que gargalhavam quando falava de todo o meu desespero. Logo em seguida, nos dirigimos para o seu carro e entramos. Tínhamos uma aventura pela frente!
Naquele carro em nenhum momento havia silêncio. Todos queriam falar de uma só vez, estávamos com enormes saudades. Somente Júnior estava, ali, à canto observando e muito calado como se estivesse estudando cada mente. Mais ainda, cada pensamento meu. Sentia isto, pois ele não tirava os olhos de mim.
Neste instante, Lucas o olha pelo retrovisor e diz:
- Ei, Júnior, não vai abrir a boca não?
Ele deu uma risada, assim, meio tímido e respondeu:
- Agora não! Estou conservando para abri-la em um momento bem especial!
"Minha nossa! Mas o que ele quis dizer com uma frase como esta?"
Pensei e ao mesmo tempo lancei uma pergunta daquelas que ninguém poderia esperar:
- E como seria para você um momento especial? Este, não é? Me desculpe, mas, para mim, ele está sendo mais que especial por ser tudo muito diferente.
Enquanto todos riam com a resposta dele eu agi diferente o deixando constrangido e sem resposta por alguns segundos. Era como se quisesse fazer guerra. Não sei porquê agia assim.
Quando Lucas começou a falar novamente, ele me responde:
- Eu também estou achando este momento muito especial, mas creio que haverá outros melhores ainda. Momentos de tirar o fôlego!
" Mas que atrevido! Está parecendo que quando ele fala assim, quer me mostrar que virá ao ataque e que vai me conquistar... Mas quem ele pensa que é?  Acho que está pensando que tudo será muito fácil, mas está amargamente enganado!"
E, assim, vai mais um pouquinho de minha imaginação...
De repente, Letícia quebra o gelo daquele silêncio:
- Eu também concordo com você! Estes dias de férias serão cada dia mais emocionantes. Serão dias e dias melhores que este  que estamos vivendo hoje e quando chegar o final de tudo sentiremos aquela vontade de não nos deixarmos, de tão agradável que será. Eu imagino assim!
- E' verdade! Vai ser bom demais!
Responde Lucas
- Espero que sim. Estou precisando de me divertir. Quero poder me sentir bem, como da muito tempo não me sinto!
Falei sem pensar desta vez.
- Por que? Por que não se sentia bem da muito tempo?
Ele me pergunta.
Neste momento, tentei mudar o assunto, pois não pretendia derramar lágrimas de tristeza e, assim, perguntei em cima da pergunta dele:
- Júnior, qual é o seu nome? Gostaria de saber, porque Júnior, muitas vezes, me dá a impressão de que a pessoa não tem nome... Parece que está faltando algo.
E sorri timidamente o olhando fixo pela primeira vez.
- Augusto... Me chamo Augusto!
Respondeu carinhosamente.
- Nossa, que lindo! Você gosta do seu nome? Eu achei lindo!
Perguntei tentando continuar um dialogo
- Sim. Eu gosto muito, para dizer a verdade, mas poucos me chamam assim.
Respondeu com um olhar que buscava ver alguém do passado.
- Quem em especial?
Perguntei sorrindo.
- A minha avó e minha mãe. Elas só me chamam por Augusto e quando minha mãe está nervosa comigo, sempre diz com um tom de raiva "Augusto Júnior!" Quando ela fala assim pode saber que vem bomba!
Respondeu animado.
Lucas iniciou a gargalhar e falou:
- Cara, não sei como você está inteiro. Porque tenho certeza que sua mãe te joga bombas todos os segundos do dia! 
Todos riram e Júnior tentou concertar mas não teve jeito, pois Lucas o conhecia demais e sabia que era um que fazia o que gostava, quase não escutava a sua mãe! 
Era um que desafiava a tudo e a todos!
"Será que ele vai querer me desafiar?" 
Pensei... 
Parecia que ali estava nascendo uma atração, misturada com desafio e... De mim, uma pitada de não vem que não tem! Mais ou menos assim! Não vem que não tem!  Seria como se já existisse uma guerra dentro de mim, pois ele me atrai quando fala, quando olha, quando sorri... Ele me atrai em tudo, mas... Não vem que não tem!


Lucas começou a mostrar lugares lindos em Cuiabá e notei que era uma Capital bem desenvolvida. Ela tinha um verde que a contornava e isto a deixava rica! Quanto verde, era por toda a parte que passávamos... Tinha uma Avenida que ao passarmos, só se via Bancos de todos os Estados... Somente Bancos e restaurantes e depois de muito ver a cidade, Lucas disse:
- Imagino que a fome deve ter tomado contas de vocês?
- Meu amor eu to morrendo de fome! E queria comer peixe. Queria aquele Pintado que você falou no telefone ao qual comeu. Desde aquele dia eu só penso em provar um!
- Amor eu te dou pintado, descolorido, preto e branco, do jeito que você quiser, porque hoje o dia é todo seu!
Todos riram, pensando maldade!
Ali fomos em um lugar onde poderíamos ver o Rio Cuiabá de perto. Havia um restaurante e um balneário onde muitas pessoas frequentavam e nas águas tinha muitas lanchas que circulavam com jovens a surfar... A lancha os guiavam. Era tudo muito diferente do que havia visto em minha vida e eu admirava cada coisa bela deste lugar.
- O peixe tem um sabor maravilhoso, que delícia!
Falei comendo como uma louca! Eu estava com muita fome porque passamos um dia só comendo merendas. 
- Estava pensando uma coisa... Talvez a gente vai poder visitar a Chapada dos Guimarães. Eu tenho de levar vocês até lá. Vocês precisam de ver, é a imagem mais linda que uma pessoa possa admirar. Ali parece que estamos a voar ao encontro do céu!
- Que lindo vida! Eu quero ir.
- Nos vamos, mas agora chegou a hora de irmos para o sítio, porque a estrada é bem longa!
E assim fizemos. Entramos no carro e partimos para mais uma aventura! 
E ele não tirava o olho de mim! E isto me deixava nervosa! Parecia que se eu desse a atenção que ele queria, ali mesmo me beijaria! 
"Será como seria o seu beijo? Do jeito que me olha, parece que não seria nada mal! Olivia, Olivia, esquece isto agora!" 
Pensei demais, ultrapassei limites da minha imaginação...


Mas, eu tinha motivos. Ele estava sendo muito gentil comigo, até a porta do carro ele abria para que eu entrasse primeiro... Que lindo a sua gentileza! 
"Ai, meu Deus, o que será que está me acontecendo? Parece que estou gostando. E será o que irei encontrar lá? 
Na verdade, eu estava muito ansiosa!"
Ali, eu estava em meu silêncio a imaginar...

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 3

Todos os direitos reservados


Segue capítulo 4 




Daqui a alguns dias, esta estoria terá mais um capitulo do meu livro.  Ainda não acabou a tal aventura!

Para quem desejar ler desde o inicio, Aqui foi onde tudo iniciou:

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