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terça-feira, 6 de março de 2012

Nem Tatu... Nem Canguru... Eu Quero Ser um Urubu!

Acalma a minha alma! Acalma a minha alma!
Quero olhar a minha vida e bater palma!

O que tenho de fazer para me sentir bem?
O que faço para acabar com esta agonia que me circunda?
Não consigo me sentir bem, em alguns momentos, e isto me faz, muitas vezes, chorar. Queria me sentir protegida por algo que me fizesse reviver, alguém que me desse forças para me refazer, mas não consigo encontrar uma mão solidária e companheira aqui nesta Terra.  
Tudo que vivi me serviu para entender de quanto cada um de nós precisamos de um homem ou uma mulher para poder viver em liberdade e a esta liberdade o ser humano deu um nome... Amizade. 
Eu desejo uma mão amiga por todo instante... Uma mão não só amiga, mas uma que ocupasse os espaços abertos de meus dedos. Uma que estivesse ao meu lado por todo sempre! Uma que pudesse estar ao meu lado de dia e de noite me dando amor ao me proteger.


Não consigo ter isto sempre perto de mim, porque não sei pedir ajuda... Eu queria ser protegida sem ter que pedir porque eu sou assim e queria uma pessoa do meu lado que fosse igual à mim. Não sou de pedir ajuda porque penso que poderia estar incomodando... Todos neste mundo tem tanta coisa para resolver em suas vidas,  são tantas coisas que nos afligem, que se todos eles não cuidarem, poderão cair em trápola da qual venho me sentindo cair... A solidão, a falta de um alguém para amar verdadeiramente. 
Venho me sentindo mal, me sinto sozinha sem saber o que fazer. E neste momento, a minha única mão amiga é o meu Deus. Esta mão eu sinto e não solto por nenhum instante... Sem ela eu nem sei o que seria de mim.
Oh Deus meu... Acalma a minha alma! Acalma esta alma que vive em conflito dentro de um corpo que treme, que sente dor no coração de um jeito que não consigo entender e que me faz sentir  muita vontade de chorar! Acalma esta minha alma!

Tem vez que sinto vontade de ser um pássaro... Na verdade queria ser um pássaro que voasse para perto do céu. Acho que sendo um pássaro, eu poderia sentir a minha alma calma e lá de cima, eu poderia ver o caminho certo que deveria transitar aqui nesta terra. Sinto falta de minha casa, de minha família e sendo um pássaro eu poderia vê-los quando voasse, ao encontrar esta terra que está tão distante de mim.


Quero ser um urubu, sim. É isto que eu quero! Porque não?
Se pudesse ser um animal era isto que eu desejaria ser neste momento... Se penso em outros animais, não consigo ver razão de ser um animal que vive pisando aqui nesta terra, porque isto eu já sei o que é. Então, porque deveria ser por exemplo, um Tatu ou Canguru? Eu quero ser é Urubu!
Eu não quero me esconder como um Tatu! Não desejaria ficar parecendo uma fugitiva nesta vida, com medo de tudo e de todos. Eu quero mudar este meu jeito de ser, porque mesmo não sendo um Tatu, eu já pareço com ele, já tenho algo semelhante à ele e... Se eu não me corrijo agora, eu vou viver me escondendo, achando que fazendo deste jeito, poderia ser a solução para não sofrer. Mas isto é engano porque mesmo que eu me esconda igual a um Tatu, eu sempre consegui encontrar coisas que me fizeram sofrer, sentir dor, sentir agonia do mesmo jeito. Eu não procurei mas me encontraram e...Ultimamente, foi só sair do buraco por alguns instantes, que pude sentir alguma coisa me atropelando. Algo que parecia ser um caminhão mais que qualquer outra coisa. Se eu fosse um Urubu este caminhão não me atingiria e no final, eu iria limpar um pouco desta sujeira, ao sentir lá de cima cheiro de coisa ruim deste Mundo belo, ao qual o que eu mais quero é poder apreciá-lo serenamente... Se eu fosse um Urubu, eu também poderia chegar lá nas nuvens!
Canguru? Claro que não! Não mesmo!
Eu não quero ficar pulando daqui e dali como um louco por uma terra muitas vezes seca, árida, fugindo dos perigos por ter uma carne apetitosa para outros predadores! É um animal belo, diferente e que me faz sentir curiosidade de ver o seu modo de ser e agir... Deve ser belo ver de perto um Canguru, ver como ele transporta o seu filhote em seu próprio corpo, mas se penso, haja coluna e varizes para suportar se caso este filhote engordar!

Nem Tatu, nem Canguru, eu quero ser é Urubu!
Um Urubu parece que faz tudo direito. E' perfeito, parece do meu jeito.
Quando vai às alturas ele faz loucuras com suas asas... Plana como um aéreo por horas e horas em cima das casas,  aprecia esta linda terra bem lá de cima, corre aos céus como se as nuvens fossem como um ima!

E o corpo? Nossa, o corpo dele é formoso e com penas brilhosas em preto. Sim... Todo preto! 
O preto é a minha cor predileta e se eu fosse um animal não poderei vestir-me, então, desejaria que já tivesse sobre o meu corpo a minha cor predileta, cor de quem curte um belo heavy metal. Eu sei que sendo Urubu, continuarei sentir pelo vento a música que eu gosto e de longe ao escutar, estarei a aplaudir com minhas asas ao planar.


Ele é muito inteligente ou é preguiçoso, sei lá! Só sei que não terei que caçar, não precisarei de matar para poder me alimentar. Não preciso de trabalhar para ter de receber algo em troca. O meu esforço seria para recompensar à mim mesma. Devo só ser muito atento e ao respirar encontrar o meu alimento.
Tudo bem que não vou encontrar a carne assada, não vai estar em uma geladeira para que a carne não apodreça, mas me orgulho em pensar que não serei um assassino e também não serei um que perde tempo na vida. Enquanto tantos matam por ai, um Urubu lá do céu assiste tudo e nem liga... Acho que ele gosta de viver sentindo o vento ao voar ao horizonte...

Ah, eu realmente quero ser um Urubu! Ninguém me caçaria, talvez porque me achariam feio ou não me matariam porque serei um animal que ajudará a limpar esta terra suja de impurezas. Que me importa... Faço isto para ser um bom samaritano!
Preocupar em fazer comida? Eu quero mais viver minha vida encontrando tudo pronto, basta somente avistar o ponto quando eu voar mais uma vez ao céu, com minhas grandes asas paradas que mais parece um dos mais belos aviões que se possa ter inventado... O planador! Iria planar aproveitando as correntes ascendentes de ar quente.


Em minha juventude, eu os via e ao olhar achava este animal diferente, completamente diferente de tudo.
Em minha cidade natal existiam tantos e quando eu viajava para uma cidade que existia o mar, eles voavam às alturas e eu estava ali a observá-los enquanto as ondas quebravam nas pedras. 
Eu os admirava! Que estranho...
Ao olhar, eu sempre pensava... "Se pudesse voltar para este mundo de uma forma diferente, eu desejaria ser Urubu, olha só como ele se impõe no meio da multidão. Quem o olha sente medo, parece que carrega grandes segredos, tem cara de mal, não tem igual!"
E agora depois de tanto tempo, eu ainda penso quero ser um Urubu, mas de preferência desejaria ser um Urubu macho...  De tudo que vivi, sendo um ser humano, eu gerei meus filhos e esta foi a parte de minha história que me marcou completamente e não gostaria de abrir mão desta minha experiência por nada neste mundo. O que vivi foi divino e mesmo me transformando em Urubu eu queria vivenciar isto novamente e... Sendo um Urubu macho eu também estaria ali perto dos ovos, eu ajudaria a chocar os ovos para ver de perto meus lindos filhos nascerem... Os machos também chocam os ovos, mas não sei dizer qual deles é quem cuida depois, eu só sei que a liberdade deles surgem rapidamente. Um Urubu nidifica normalmente no chão, onde põe dois ovos, chocados pelos pais por cerca de 39 dias. Os filhotes nascem brancos e ficam no ninho por dez semanas ou mais. Depois, a liberdade surge e voar é o que ele vai desejar sempre mais!

E... Imaginando tudo isto, acho que minha alma se acalmou um pouco, quando esqueceu do chão em que eu estou me sentindo um louco.


Autora: Aymée Campos Lucas

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mais um "Campionato de Pipas". Tantas Pipas a Voar e Todos a Admirar!

A TROCA

- Miguel, foi difícil demais, cara, conseguir sair de casa tentando enganar a minha mulher.
- Onde você falou que iria!
- Você sabe, não? Sabe que eu já perdi as contas dizendo que iria resolver um imprevisto no trabalho, mas isto estava ficando um pouco repetitivo e complicava porque ela estava desconfiando, então, hoje, eu resolvi matar um amigo de escola que não vejo da tempo, e estou no velório dele.

- Minha nossa, mas como é complicado esta vida, não? Eu também passei aperto para ter de dar explicação! Por mais desligada que seja a minha mulher, ela não se cansa de me perguntar onde vou e... Se caso ela venha a descobrir, não faz nada, só chora e depois me perdoa. A minha mulher é muito sensível e romântica... Ela é muito diferente de mim.
- E onde você falou que iria hoje?
 - Eu tive que viajar inesperadamente, nem poderia ir em casa para me despedir dela, então, cara, como eu sou mais esperto que você, já estou fora de casa desde ontem.

- Verdade? E onde você dormiu?
- Ah, nem te falo! Eu conheci uma estrangeira em uma festa, lá na casa do Ederaldo e dali, fomos para um hotel aqui em frente. Escolhi este hotel para poder escapar bem cedo, queria vir o mais rápido possível ao seu encontro aqui na praia, meu amigo! Aqui que será a melhor festa, este "CAMPEONATO DE PIPAS" está prometendo, cara! Aqui sim que vai ter mulher bonita para a gente azarar! Não vejo a hora de descolar uma gata para ficar aqui nos meus braços até amanhã!
- Até amanhã? Você só volta para casa amanhã? Definitivamente, você realmente é muito esperto e inteligente. Eu só consegui algumas horinhas e o pior que se eu chegar em casa bronzeado depois de vestir preto no velório, vai se complicar e eu vou ter de explicar tudo para ela, cara! Como vou poder explicar isto para ela? Com uma roupa de cor preta, nenhum raio solar consegue ultrapassar. Então, para não ficar assim tão bronzeado, eu vou ter de estar vestido aqui na praia o tempo todo.

- Nossa, que horror! Que mico, você aqui na praia todo vestido! Mas, você hem, Jorge! Não consegue raciocinar direito, não? Uma coisa não tem nenhuma afinidade com a outra. Velório e praia são completamente diferentes. Deveria dizer que iria em algum esporte como golf, tênis... Algum lugar que ela não gostasse de ir e que tivesse sol, meu amigo!
- Aquela minha mulher quer me seguir onde eu vou... Não tem nada que não faça ela desistir de me seguir, então, eu pensei que em um velório ela não viria, como não quis mesmo! Eu cheguei a convidar, mas ela rejeitou.
- Convidar? Mas você está louco? E se ela aceitasse em te acompanhar, o que você faria?

- Eu iria... Iria... Hum... Nossa, cara, sabe que não sei o que faria!
Mas Miguel, me diz uma coisa... Porque que ao invés de vir para praia você não ficou até amanhã com a estrangeira que você descolou na festa?
- Você não imagina o drama, Jorge! Quando acordei, já estando um pouco mais sóbrio, eu consegui ver melhor a mulher e quando vi o que estava do meu lado, eu queria sair correndo, cara! A mulher era feia demais. Sabe, feia? Ela era muito mais feia. Deus que me perdoe em dizer isto, mas nem sei como pude deixar a minha esposa em casa para ficar com uma peste daquela!
Mas, hoje não! Hoje eu vou encontrar a mulher mais gostosa desta praia, pode apostar que vou! Vou ser galante e um gentil homem e quando sentir que ela está no papo, eu vou fazer a melhor festa para compensar! Eu quero encontrar uma mulher assim... Bem aprumada e de preferência com o cabresto bem forte, daqueles que não rompe fácil. 
Quando eu olho lá para o céu e vejo estas pipas voando, eu vejo é na verdade, um monte de mulher... Mulheres de todos os tipos! Olha aquela lá por exemplo, que linda que é! Olhando, eu a vejo alta, magra, rabuda... Olha bem como ela dança e rebola, cara! E quando dá uma descida veloz, parece que vem para te comer! Isto é puro delírio! Olha aquela de cor azul e lilás, Está sacando a diferença? Dá para ver de longe como ela é todo desengonçada, gorda... Ela é gorda demais e nem tem rabo. Nem quero ver uma desta perto de mim! Hoje, não!

- Amigo, quando eu olho, eu só vejo muitas pipas querendo transformar o céu em pura beleza! As pipas que você chama de gordas, são praticamente vencedoras no céu, porque elas voam longe! Eu acho é bonito demais esta coisa de soltar pipas, você não acha? 
É maravilhoso olhar para este céu assim todo colorido! Me traz tantas recordações! Eu em lembro que minha mãe me levava para casa de meus avós quando estávamos de férias e chegando lá, eu soltava pipas com os amigos e me divertia muito. Foi lá na cidade de minha avó que eu aprendi a soltar pipas. Eles davam o nome para as pipas de "PAPAGAIOS E RAIAS" e eu achava estranho, porque aqui tem nomes diferentes.
- É sim, em cada região elas tem nomes diferentes e são tantos como: Raia, Pião, Pitete, Papagaio, Baratinha, Folhão, Cafifa, Pipa, são muitos e cada região tem seu jeito de falar. Sua avó é de onde?
- Era de Minas... Agora, ela já faleceu. Ela vivia próximo a uma fazenda muito grande e as minhas férias, eram férias para nunca mais esquecer.

- Eu também, até aos meus quinze anos, fazia viagens com minha família na casa dos meus avós no interior do Rio de Janeiro e lá eu aprendi demais a soltar minha pipa... Nossa, Jorge, você tinha que está lá para ver! Eu soltava a minha pipa para as mulheradas tudo ver. Foi lá no interior do Rio de Janeiro que eu perdi a minha virgindade e foi com uma mulher que desejou ver a minha pipa de perto! Eu deixei, é claro!
- Miguel, quando você vai deixar de ser uma pessoa assim tão sem-vergonha, meu amigo. Você, muitas vezes parece que é tarado!
Eu vou te confessar... Eu não estou nem aí se caso não encontrar uma mulher aqui na praia. Eu queria mesmo era ver o "Campeonato de Pipas" mas não queria ver tudo isto ao lado de minha mulher, entende? Eu não queria porque ela não me deixa em paz, Miguel. Ela iria me pedir por todo o tempo alguma coisa..."Jorge, faz aquilo... Jorge, faz isso... Jorge, vamos embora... Jorge, eu estou com fome... Jorge, não sai daqui de perto de mim... E assim por diante. Eu não teria paz, Miguel!
Mas, hoje, eu vou me esforçar e tentar ser um pouco mais audaz e vou conquistar uma bela mulher! Eu estou com vontade de conhecer uma mulher que me entenda melhor...
- Eu, ao contrário, quero conhecer uma mulher, para poder comê-la, comer, entende? Fazer sexo, sexo, sexo, por toda a noite! Eu quero encontrar uma que está cansado do marido metódico que tem em casa, uma que está querendo extravasar!
- Eu quero encontrar uma que está cansada do marido safado que tem e que não dá a atenção que ela quer!

- Agora eu vou é rir de você, jorge! Você tem uma mulher assim que te pede tudo, então para que você vai atrás de outra!
- Claro que não! Minha mulher quer somente mandar em mim, ela não me entende. Quando procuro um diálogo ou um modo mais carinhoso da parte dela, ela logo vai pensando que é para fazer sexo. Ou ela quer mandar, ou quer sexo, só isto que ela sabe fazer! 
- Então, vamos parar de papear e vamos para a luta , amigo! Cada um vai para um lado diferente e quem encontrar a mulher desejada, volta para o mesmo lugar para apresentar a sua conquista. Vamos ver o que a gente consegue pescar nesta praia, mãos à obra! Jorge,vê se não vai dar vexame, hem? Eu quero ver coisa que presta na sua mão!
- Olha quem fala... Você acabou de dizer que a estrangeira era um buxo e fica aí contando marra!
- Não vamos começar a brigar por causa de mulher, hem amigo? Aqui tem um mar delas, para que brigar?
Vamos logo estou louco para me aventurar! Vamos ver quem é o mais rápido nisto?
E... Assim foram cada um para lados diferentes...



E... As Horas Foram Passando, o Sol se Esquentando e as Pipas Voando!

 - Jorge, a pesca foi muito boa, amigo! Te apresento... Martha? O que você está fazendo aqui? 
- Eu que te pergunto, o que é que você está fazendo aqui? Você não estava fora da cidade em viagem a trabalho?
- Não é nada do que você está pensando, meu amor! Olha, eu posso te explicar tudo muito bem!
- Eu não quero mais as suas explicações! Eu quero mesmo é o divórcio! Saiba que com você, eu não quero viver por mais nenhum segundo.

E enquanto isto, um outro bate boca acontecia...

- Jorge, Que horror! Não posso acreditar que é você! Então, vai ou não me explicar? É assim o velório que você foi? Ai meu Deus, o sangue desta sua mulherzinha aqui, está fervendo! E quem é esta mocreia aí do seu lado?
- Olha aqui, mocreia é a sua mãe, sua vagabunda! Eu tenho nome, me chamo Martha. Respeito é bom e eu gosto! O que você está fazendo ao lado do meu marido?
- Marido, Martha? Quando nos falamos e te convidei, você não me disse que era casada?
- E nem você seu safado de praia! Chegou perto de mim como um anjo, quase que me prometia voar como estas pipas de tanto romantismo que você cuspiu! E eu acreditei. Acreditei, sabia?

-Olha aqui, primeiramente, safado é o seu marido, que veio até a mim dizendo palavras doces para me enganar e depois, o meu marido não é nada romântico, ao contrário, meu marido é muito silencioso, raramente conversa.
- Não foi isto que você falou para mim, Rebeca! Você falou que sofre demais com seu  "n a m o r a d o", porque ele é muito violento!
- R E B E C A? Namorado? V i o l e n t o? Miguel, a minha mulher se chama "D é b o r a" e não Rebeca! Ela mentiu em tudo para você. 
Débora, eu não converso com você porque é inútil. Você não sabe escutar, só quer mandar! E... Martha acredite, eu não cuspi palavras românticas como você acabou de falar. Eu disse a verdade para você, acredite em mim! Acredite, por favor!

- MARTHA, VAMOS PARA A NOSSA CASA, AGORA!
- Não! Daqui eu não quero sair, saia você com esta vagabunda de perto de mim.
- Quer parar de me chamar de vagabunda? Olha só quem fala, toda aí quase deitada nos braços de meu marido e me chamando de vagabunda! 
Jorge, Vamos nós para a nossa casa agora, lá a gente lava a roupa suja, vamos!
 - Não Débora, eu não vou. Não volto mais para casa. Sabe Miguel, vocês dois formariam um belo casal... Te presenteio, você fez mesmo uma bela pesca. Vamos embora daqui, Martha?
- Vamos! 
Miguel, eu falei sério, eu quero o divórcio.
- Martha, eu queria te pedir somente uma coisa... Não minta mais para mim, tudo bem?
- Não vou mais mentir, Jorge!


E desde este dia, o "Campeonato de Pipas", Jorge a cada dia se apaixona mais por Martha. Naquele dia, foi amor à primeira vista e por isto aconteceu A TROCA!
Apesar de ter iniciado com mentiras aquele relacionamento, nunca mais mentiram um para o outro. Eles vivem juntos e pretendem ter um filho para concretizar este amor.
Miguel, ainda está sozinho e de vez em quando, quando não encontra algo melhor para fazer, procura Débora para sair, mas por todo o tempo que estão juntos, vivem mentindo um para o outro. 
Miguel e Débora, não mudariam jamais o seu modo de ser por ninguém, porque eles são egoístas e individualistas!


Autora do conto: Aymée Campos Lucas 
Autora da Tela:  Sueli Gallacci


Criando mais um conto, com a mesma Pintura em Tela! Visões diferentes, com a mesma imagem. 
Neste conto, procurei criar uma Comédia Romântica!
Estou dando continuidade a mais um trabalho em conjunto com Suely Gallacci, criando contos através de suas belas "Pinturas em Telas".
Quem desejar apreciá-las, poderá encontrar vários trabalhos em seu Blog "A Cor Da Gente"



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tantas Pipas... O Céu Se Coloriu Como Um Campo De Tulipas!


CAMPEONATO DE PIPAS... É O VERÃO QUE ANTECIPA.
MAIS PARECE UM CAMPO DE TULIPAS!

Aquela praia que por todo o Inverno e Primavera estava praticamente abandonada, ao improviso surge um imenso colorido por toda a areia e por todo o céu, com a antecipação de verão... Faltava apenas alguns dias para que o verão recomeçasse, mas aquele "Campeonato de Pipas" fez com que as pessoas saíssem de casa para festejar o sol que mesmo antes do verão chegar, já estava raiando tão cedo!
Tantas pessoas que haviam perdido a vontade de abrir as suas janela bem cedo, se despertaram com os barulhos que a muito tempo não existia naquela praia.
Os olhos de Alexia brilharam ao ver por todo o céu uma grande festa... O céu se coloria com todas as pipas que mais parecia um campo de tulipas. Ela vestiu correndo os seus trajes de banho e sem falar com ninguém, saiu para ver de perto todo aquele esplendor, com o desejo de depois poder se expressar criando um desenho para a sua nova pintura em tela. 
Para Alexia, era sempre um prazer poder ver algo diferente, porque ao ver, criava em sua mente uma imagem, para poder produzir mais um trabalho que na verdade era pura satisfação!
Naquela praia, ela sempre corria e exercitava, mas hoje iria fazer muito mais do que isto, iria admirar belezas criadas pelo homem, que faz a natureza ficar ainda mais bela!

- Viu que coisa mais linda, Alexia! Você chegou cedo na praia? Porque não me avisou? 

- Eu não quis te acordar tão cedo. Sabia que você viria. Realmente eu vim para cá muito cedo... Acordei com vozes e ao chegar na janela de meu quarto, havia tanta gente aqui na praia preparando as suas pipas que eu não resisti, senti muita vontade de descer para ver de perto. Acho que é um campeonato. Olhando bem, tem cada uma mais linda do que a outra!
Sabe, Denise, quando fiquei olhando, a um certo ponto, senti vontade de me sentir livre como uma destas pipas que estão no ar! Faz tempo que em minha vida me sinto privada das coisas... Na verdade, ela me aprisiona. Eu queria ter a liberdade delas, para sentir mais conforto. Estou tão cansada de lutar, lutar e não me sentir livre.

- E desde quando uma pipa é livre?
Alexia, não suporto este seu romantismo... Tem vez que ele me dá náuseas, sabia? Você é muito mais livre do que todas estas pipas que estão ai no céu. Na verdade, você cria toda esta ilusão romântica para poder criar os seus desenhos, mas não pode passar disso, Alexia! Olhe para você, veja o quanto você é linda e depois pense... A sua liberdade é você quem cria! 
Você de vez em quando precisa ver a realidade das coisas, a realidade da vida! Comece a pensar de uma forma realista e veja o quanto uma pipa está limitada a ter liberdade. Ela não voa se não houver um controle humano. Dependendo do dono que a controla daqui de baixo, dependendo das dificuldades financeiras dele, a linha que seria usada para controlá-la, não lhe daria nem cem metros de liberdade. Este então, seria o limite de liberdade que esta pipa teria. Isto sem falar do dono, que não podendo comprar a linha certa, poderia causar um desastre a esta pipa, ao surgir um vento forte. Ela cairia pelo chão, quando a linha arrebentasse.
Coitada, uma liberdade limitada que ao tentar escapar se soltando para se sentir livre, percebe que sua liberdade era muito limitada. Esta é a realidade minha amiga... Pipa solta, não voa... ela cai atoa! E depois, parece mais uma criança fugitiva... Desaparece e ninguém mais consegue encontrar.
Alexia, em qualquer objeto que olharmos, em qualquer parte da natureza que apreciarmos, poderemos ver a vida como ela é de verdade, em vez usar a ilusão para apreciá-la.
Este papo de que eu vou voar através de meus sonhos, pousar nas folhas como borboletas, sentir seu cheiro através do mar, é pura ilusão. Se for verdade, me fale agora se você já sentiu o cheiro de alguém quando está perto do mar? Se sentiu, te direi que esta criatura fede demais, porque o mar tem este cheiro de maresia que muitas vezes não é nada bom!

- Denise, você algumas vezes me enraivece com suas realidades. Ela tira de mim uma felicidade que poderia estar nascendo. Você é minha grande amiga, mas este seu realismo também me dá náuseas. Eu acho que para vivermos com mais tranquilidade nesta vida, muitas vezes devemos nos iludir, porque muitas vezes a ilusão são sonhos que podemos realizar. 
Tudo bem, voar sem ter asas é um pouco absurdo, mas se sentir livre foi o que eu vi ao olhar estas pipas. Senti vontade de ser livre assim... Eu vi todas elas livres de qualquer coisa em volta que pudesse trazer desconforto. Eu vi seres em busca de alguma coisa, não é que eu vi pipas e cordas e gente controlando... Eu vi o buscar de alguma coisa.

- Ah! Entendi. Mas, porque você precisa de olhar coisas para entender o que quer fazer? Porque não faz e pronto! 
Tudo bem, vamos supor que você consiga a liberdade que deseja, sair sem que nada pudesse te incomodar... O que você faria com ela? Para onde iria?
Este mundo é tão grande, mas em qualquer lugar que você for, pode ter certeza que terá de seguir regras. Até em uma ilha deserta você teria de seguir algumas regras para sobreviver. 
Não se engane, Alexia. A liberdade é e será sempre momentânea. Ela é como a felicidade! Tente, e depois me fala se antes de sua morte, você conquistou esta total liberdade.

- Foi só um desejo que senti, só isto!

- Quer liberdade, Alexia? Você realmente a quer? Não é difícil, na verdade é muito simples... Se tranque em um quarto, onde poderá se conectar com a internet, escute uma bela música, não se preocupe com os problemas lá fora, respire fundo, se acalme e depois ligue o seu computador. Saiba que não tem liberdade maior que esta. O mundo todo estaria diante de seus olhos. E você? Você poderia ir para onde você quisesse, apesar de sabermos que o computador, também vai te ditar algumas regras.


- Denise, não é este tipo de liberdade que estou falando. Me trancar, não ver coisas verdadeiras, não respirar este ar que é tão bom quando estamos perto da natureza, não sentir a pele molhada em águas cristalinas dos mares... Sabe, é muito difícil conversar com você. Esta liberdade que falou, eu não desejo... Se você acha que liberdade é isto, Aproveite você tudo isto que falou.


- Desconjuro! Só falei deste modo, para poder te mostrar que uma liberdade plena, nos leva a uma prisão. Porque se uma pessoa não vive as regras, é porque ela se isola e se isolando vive em solidão e vivendo assim, só dentro de um lugar onde ninguém e nada pudesse entrar. Citei o computador porque ele te mostraria coisas do mundo, sem ter de estar fazendo parte desta vida, seguindo regras. 


- Que eu saiba, isto só tem um nome! Eu acho que jamais poderíamos igualar liberdade plena com uma prisão. Eu sempre ouvi dizer que estando dentro de um comodo sem sair, é o mesmo que uma prisão e não liberdade. 


- É, seria se não tivesse um computador... Com ele tudo muda! Mas, eu não suporto estar perto de um computador por muito tempo. Eu quero sair, seguir as regras e muitas vezes conseguir ignorá-las. Eu quero mesmo é me aprisionar nos braços de um homem, eu quero festejar, me acorrentar dentro de um iate... Eu quero viver os pequenos momentos de liberdade que eu tiver, eu quero aproveitar!


- Denise, você está certa desta vez... A liberdade é mesmo momentânea. Mas, ao ver todas estas pipas pelo céu, neste dia de quase um novo verão, me trouxe tantos desejos e olhando eu comecei ver muito mais do que pipas... Eu via Tulipas colorindo tudo, como se todas estas pessoas estivessem ofertando flores para Deus e ele nos presenteando com este sol, que hoje está radiante!


- É a vida, Alexia. E nesta vida, cada um vê como deseja! Hoje você acordou desejando isto, e Deus te mostrou de uma forma bela o que você desejou. 
Temos sempre de agradecer de estarmos vivos, Alexia! Porque quando fecharmos os olhos, só Deus é que vai saber o que veremos. Então viva da maneira que ele te ofertou e se você tiver que buscar algo para você, esteja muita atenta aos sinais dele, porque ele sempre estará te mostrando de alguma forma.

E... Depois de discutirem sobre a vida, saíram caminhando para perto de todos aqueles que festejavam aquele dia de um quase verão! Aquele dia de liberdade!


Autora do conto: Aymée Campos Lucas

Autora da Tela:  Sueli Gallacci


E assim, estou dando continuidade a mais um trabalho em conjunto com Suely Gallacci, criando contos através de suas belas "Pinturas em Telas". 
Quem desejar apreciá-las, poderá encontrar vários trabalhos em seu Blog "A Cor Da Gente"



sábado, 31 de dezembro de 2011

Um Novo Ritual Para o Ano Novo!

 Rituais de Ano Novo? 
Prefiro Inventar Algo Novo!


Espero que meias pretas façam parte dos rituais de Fim de Ano... Não fazem? Então o jeito é inventar!
Este é o novo ritual e quem gostar que me sigam, Porque... Será desta maneira que vou passar o Fim de Ano, é assim que quero estar... O frio aqui é intenso, eu não sinto vontade de festejar, como por exemplo ir para tão longe de minha casa, só para ver os fogos colorir todo o céu! Eu acho isto muito pouco para sair de casa e sem dinheiro não é que iria tão longe.
Então resolvi fazer deste dia, como se fosse um dia qualquer e vou ver filmes com meu namorado debaixo dos lençóis, com meias pretas, com direito a pipocas e tudo mais.

Um Ritual nada formal!

Ele e Ela
Tire a roupa
Não me poupa
fique nua,
Minha carne crua!

Eu sou sua!
Faz direito
Daquele Jeito
Faz bem feito
No chão, no leito!

E esta meia preta?
Ela está careta.
Você tem caneta?
Te tatuo um Cometa,
É! 
No seu pé
Bota fé!

Gosto dela
Não a queimo nem com vela!
Não vou tirar
Faz sem olhar!
Tire você sua camisa! 

A minha camisa,
Tire... Me alisa,
Vem Elisa!
Olha a hora,
Vem agora
 Me adora!

Não me implora!
Ouviu lá fora?
Chegou a hora
Quero ver,
 Quero descer.
Que bonito!
Tem apito,
Tem Grito,
Não crie atrito!

Ai, estou frito!
Larga disto,
Ali é tudo misto.
Aqui tem festa,
Faço tudo que presta.
Até beijo sua testa!
Te dou carinho,
Vem! Bebe o vinho!

Não, não quero!
Eu vou e te espero!
Vem Romero!

Serei severo!
Se desobedece
Faço o que merece
Melhor fazer prece!
Daqui eu não saio!
Só se for em Maio
Ou se cai um raio!
E ainda...
Te esqueço, linda!

Quer brigar?
Deveria festejar
Este ano está acabando
Quer me deixar chorando?
Será onde errei?
Ah, já sei!
Esqueci do ritual
Aquele normal
Inventei um nada formal!
So pode ser isto,
Cristo!
Quem manda não acreditar 
Inventando de mudar!

Autora: Aymée Campos Lucas



quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo. 3


Um jeans, um blaizer esportivo e camisa de algodão passa a sensação de descontração e liberdade de ação. 
E assim é um pouco de Guilherme. Tem tanto ainda para falar de Guilherme... Amigo, vizinho, companheiro de risada e melancolias. Uma pessoa que pensa coisas que sente por Júlia, mas não se expõe para ela por não ter coragem. Ele deseja que Júlia possa sentir o mesmo que ele e que não seja preciso falar e sim quando o olhar, desejá-lo. Então, ele espera... Espera sempre! 
Para Guilherme se isto um dia acontecer, tudo para ele seria contentamento.
Um Guilherme sempre presente na vida de Júlia, mas para Frederico um ser não existente.
Capítulo 2


Capítulo 3


E assim a estória continua...
TEM UM ESTRANHO NO MEU NINHO.
Será Que Ele Me Fez Carinho?
 
- Oh, meu Deus! Oh, meu Deus! Por Favor, me diz que isto que está acontecendo aqui, não é verdade.
Mas, o que você está fazendo aqui? Como você conseguiu entrar? Por que está na minha casa, na minha cama?
- Calma, Júlia! Eu posso explicar, não se apavore. Não precisa gritar... Sinceramente, você me assustou! É assim que você acorda pela manhã, assustando a gente? 

Neste exato momento, Júlia sai veloz de sua cama, pegando o seu roupão para se vestir... Ela estava só de calcinha e seu rosto estava desfigurado. Havia um nervoso dentro de si que a deixava apavorada. Ela não conseguia recordar o que aquele homem estranho poderia estar fazendo, ali, em sua cama. Não conseguia entender o que poderia ter acontecido, para que ele estivesse em seu quarto.
Na verdade, ele não era tão estranho assim. Júlia o conhecia. Na noite passada, Virgílio estava presente na festa que aconteceu na casa de Júlia. Virgílio era o primo de Francesco... Estava ali, porque Francesco o levou.
Foi uma pequena reunião de amigos, onde se divertiram um pouco, beberam, enquanto não saiam para ir à discoteca. 
Júlia, nesta discoteca não iria, mas pouco antes em sua casa, com insistência dos amigos, decidiu beber um pouco. Para quem não tem costume de beber, bastava duas doses daquela bebida que Guilherme havia preparado, para se embriagar.
Agora, ao amanhecer, ela se encontrava em uma situação que não sabia o que fazer. Júlia não recordava de nada, não sabia nem menos se havia feito sexo com aquele homem que parecia mais um estranho do que qualquer outra coisa. Na sua cabeça, ainda tonta e dolorida, procurava respostas e... Ao mesmo tempo, pensava incessantemente em Frederico.  

"O que eu fiz? O que posso ter feito na noite passada? Se Frederico descobre sobre isto, ele jamais vai querer falar comigo novamente. Que vergonha! Meu Deus, me ajuda, me ilumina, me dê uma ideia!"


- Me desculpe por toda esta situação, eu estou completamente envergonhada. Não me lembro bem das coisas, aliás, não me lembro de nada... Eu sei o seu nome... Sei que você se chama Virgílio, sei também que  é  primo de Francesco, sei que você veio em minha casa com ele e Valentina, me recordo que, de tanto Guilherme insistir, eu acabei bebendo um pouco e depois, não me lembro de mais nada. Não me lembro quando vocês saíram para a discoteca, na verdade, eu não me lembro nem de ter ido com vocês! Então, depois de tudo, como pude te encontrar aqui em minha casa, na minha cama?
- Não, Júlia, você não foi à discoteca.
- Eu não fui? Então, como você está aqui comigo? Porque você voltou para cá?
. Júlia, acalma-se, eu vou explicar tudo. 
Na verdade, eu não voltei, porque eu não fui, entende? Eu fiquei aqui com você, queria te ajudar depois que você me beijou. 
- Me ajudar? Ai meu Deus! 
- Não, não é isto que você está pensando... Sim, você me beijou, mas foi só isto, depois você se sentiu muito mal, então, eu decidi não ir à discoteca, deveria ficar aqui com você.
- Por que justo você? Por que não ficou comigo a Valentina, por exemplo?
- Nossa, você realmente não se lembra de nada! Pelo visto, não se lembra nem do beijo delicioso que me deu... Você queria me beijar o tempo todo. Me deixou até muito constrangido porquê te vendo naquela situação, eu não queria ser indelicado com você. Te digo mais... O seu beijo é delicioso, me deixou em fogo, sabia?
Eu acabei adormecendo em seu leito, mas não foi propositalmente. Você estava muito mal. Bem, deixa eu te explicar do início, assim, tudo se esclarece.


Virgílio não fez nada que prejudicasse Júlia, não poderia porque Virgílio é um gentil homem. Jamais abusaria de alguém, em uma situação como aquela. Ele se encantou com Júlia desde que entrou naquela casa junto à Francesco, seu primo.
Virgílio passou toda a madrugada a socorrer Júlia. Se não fosse por ele, Júlia estaria sozinha naquela casa se sentindo muito mal e... Apesar dela insistir em dormir com ele, ele se conteve.
Júlia estava nua, porque Virgílio teve de despi-la. Ela tinha vomitado, sujando todo o seu vestido. Virgílio a despiu para lhe dar um banho, mas mesmo assim, ela não melhorou.
  
- Júlia, eu estava saindo de sua casa para ir à discoteca junto com Francesco, Valentina e Guilherme e você de maneira alguma quis ir conosco. Você dizia o tempo todo que alguém lá do Brasil iria te contatar através da internet, e por isto não poderia ir. 
- Sim, é verdade. Eu... Frederico iria falar comigo. Ai meu Deus, será que ele apareceu e eu não dei a atenção que ele esperava? Mas então, porquê você voltou? 
- Depois de tanto Guilherme insistir que você fosse conosco, Valentina conseguiu fazer com que ele desistisse e, assim, saímos. 
Cada um iria com o seu carro e quando eu estava para entrar no meu carro, percebi que tinha deixado as chaves dele na cozinha de sua casa, então, subi novamente para pegá-la e quando você abriu a porta, você me sorriu e antes que eu falasse qualquer coisa, você me beijou.
- Eu fiz isto? Isto não pode ser verdade, eu jamais faria isto.
- É, eu também achei estranho, mas foi o que você fez. Me beijava e me puxava para dentro me provocando... Você chegou a me jogar no tapete, e nem fechou a porta. Ao improviso, você tentava me despir dizendo que me desejava. Você estava realmente me descontrolando. Eu, quase não resisti e...
- Fale, por favor, fale tudo. O que mais eu fiz?
- Deixa pra lá, não foi nada demais, foi somente um susto. Você logo em seguida, depois de vomitar, apagou completamente em meus braços e eu tentei te socorrer, tentei te acordar de todas as maneiras e quando vi que não acordava, eu te despi e te dei um banho... Precisava te limpar e a água poderia ajudar fazer você se sentir melhor. Foi o que eu pensei naquele momento.
Depois disto, eu percebi que você melhorou um pouco, mas não quis sair de perto de você, senti medo de você piorar. 
Quando tudo estava mais tranquilo, eu achei que não seria necessário telefonar para Valentina. Eles estavam em uma discoteca, estavam querendo se divertir e achei que não seria justo atrapalhar. Qualquer coisa que acontecesse de pior, eu estaria aqui para te ajudar, mas como vi que você estava melhor e que respirava tranquilamente, eu acabei adormecendo do seu lado. Foi só isto!


- Só isto? E você acha isto pouco? Ai, que vergonha! 
Sabe, eu não posso beber, eu nunca bebo e por isto, quando isto acontece, eu me altero. Me lembro que quando comecei a beber, eu gostei... Gostei, porque a bebida preparada por Guilherme era doce. Me lembro que gostei do sabor e quis repetir, mas não imaginava o quanto me faria mal. Mas, porquê será que ela não me fez mal quando vocês estavam aqui dentro? Por que só depois que eu estava sozinha, foi que fiquei eufórica?
- Bem, para dizer a verdade, você estava eufórica desde a primeira dose. Estava muito falante, muito alegre e brincava demais com Guilherme e eu, lá no meu canto, te observava e, de vez em quando, sentia o seu olhar sobre mim. Confesso que estava muito atraído por você, mas não me aproximei demais, porque tinha toda aquela gente e Guilherme nem te deixava respirar. 
- É, o Guilherme gosta muito de mim... Eu o considero um grande amigo, mas ele sempre quer de mim algo mais. Tem vez que ele me sufoca com suas vontades incontroláveis. Eu tento fazer ele entender que amo outra pessoa, mas ele não aceita.
- Você ama alguém? Ele vive aqui em Milão? 
- Deixa pra lá, eu não quero falar disto. É uma coisa só minha, entende? Me desculpe por tudo, eu não deveria ter bebido. Eu quero te agradecer pela ajuda que me deu... Se não fosse por você, nem sei o que poderia ter me acontecido, obrigada! 
Ei, você aceita um café? Tem coisas gostosas, lá na cozinha e... Vem, vamos lá na cozinha que vou te preparar algo. Isto poderia ser o meu agradecimento.
- Não, não! Fique quieta aí no seu leito que eu vou lá e preparo algo de bom e trago aqui para você. Se você se levantar, vai se sentir mal.
- Será?
- Eu tenho certeza. 
- Olha, na geladeira tem queijo e presunto e nos armários de cima tem o pó café, tem o açúcar, tem brioches, tem outros tipos de biscoitos.
- Esteja tranquila, eu vou encontrar tudo, não se preocupe.
"Meu Deus, que homem é este? Nossa como é gentil e é lindo também! Mas, porque será que Valentina nunca me falou dele? Talvez seja porque eu só penso em Frederico e não dou espaço para que ela possa falar de outros homens.
Ele é muito lindo. Que vergonha! Agarrar um homem sem que ele esperasse de mim um comportamento assim... Que maluquice! Definitivamente, eu não posso beber! E agora, toda esta situação que criei! E Frederico? Preciso de entrar em contato com ele urgente! Ele deve estar muito nervoso. Eu tinha prometido que falaríamos por toda a noite.
Enquanto Virgílio está preparando o meu café, eu vou aproveitar e ligar o computador, preciso ver se tem recados de Frederico. Como poderei explicar para ele esta minha bebedeira e todo o resto? Melhor não dizer nada."
- Pronto, estou de volta e o café ficou até gostoso! 


Eles se olharam e sorriram, mas o sorriso de Júlia parecia forçado, porque naquele momento, ela estava ficando ansiosa e muito nervosa, ao ver que de Frederico não existia nem sombra em seu computador. 
Depois que olhou as suas mensagens, Júlia ficou muito furiosa... Em seu computador, não havia nenhum recado e Frederico também não telefonou como sempre fazia, não deu sinal de vida.
Júlia mesmo estando irritada, ao ver Virgílio entrar com aquela bandeja toda preparada de um modo romântico como se quisesse adoçar a sua vida, ela sentiu vontade de aproveitar o momento e se vingar de Frederico. Sentiu vontade de fazer isto, sem nem saber porque Frederico não pôde lhe dar atenção.  

Frederico, do outro lado do mundo, teve um trabalho árduo durante todo o seu dia e noite e nem pode se preocupar com Júlia, naquele momento. Seus pensamentos se perderam ao ponto de se distrair, por estar muito ocupado.

Depois que Virgílio se sentou perto dela e começou a falar, ela começou a refletir melhor e percebeu que seu pensamento estava vago, não conseguia se concentrar na conversa, porque só pensava em Frederico. 
Virgílio é um homem muito paciente e calmo. É também uma pessoa muito tímida e apesar de ser muito inteligente, não consegue se expor com facilidade, mas com Júlia, ele estava se sentindo muito livre. 
Virgílio é do tipo que passa dias em casa durante as noites com seu pijama, só para ler mais um de seus livros. Ele não dá muita importância para diversões, como seu primo Francesco faz. 
Ele, na verdade, é o oposto de seu primo e tudo que viveu ao lado de Júlia, ele gostou muito... Gostou porque pôde cuidar dela com carinho e por poder ter escapado da noite que Francesco estava lhe oferecendo. Virgílio odeia discoteca, não conseguiria ficar tranquilo, lá dentro. Foi como se Júlia o tivesse salvado de uma aventura desastrosa.


Júlia, desde o momento que o viu, o achou charmoso e sedutor. Ela o olhava sempre naquela reunião e apesar dele ter sempre em seu rosto, aquele óculos que ofuscava um pouco os seus olhos pretos como jabuticaba, ela, mesmo assim, o achava um belo homem. Os óculos, na verdade, o deixava ainda mais sedutor. 
Virgílio tem uma pele morena e cabelos castanhos. Sua altura chega em torno de 1:78 cm e perto de Júlia ele não é tão alto. Olhando bem, eles formariam um belo par.
Formariam, se Júlia conseguisse esquecer um pouco Frederico. Ela o ama e qualquer outro homem, é outro homem, nada mais. 
Virgílio notou que ela estava muito silenciosa e constrangida, então, decidiu ir embora. Ele olhou para fora por um instante, procurando o que dizer e ao olhar novamente para ela falou...


- Júlia, agora que te vejo melhor, eu vou embora, tudo bem? Não quero que pense que estou aproveitando de toda a situação. 
Acho que você deveria repousar mais um pouco e o melhor que tenho a fazer, é ir embora. Se você me permitir, eu poderia te ligar novamente. Você me daria o seu número de telefone?
- Claro! Seria bom poder falar novamente com você. Eu adoraria!
Você está certo, Virgílio, eu estou mesmo com sono, me sinto um pouco enjoada. Tenho que repousar... Vou te dar o meu número e depois você pode me Telefonar. Me chama, tudo bem!
Quando você vai para sua cidade?
- Daqui a dois dias... Tenho dois dias livres à noite e se você aceitar, te levaria ao cinema ou a um restaurante. Bem, você escolhe.
- Eu prefiro ir ao cinema ou poderíamos nos reunir novamente aqui em casa, ou na casa de Francesco e Valentina, seria divertido. Desta vez, prometo não beber.
- Tudo bem, a gente combina quando eu te telefonar. Quero que saiba que adorei muito te conhecer, muito mesmo.
- Eu também... Aliás, eu adorei o seu café e a sua ajuda foi de grande valor, nem sei o que seria de mim, se você não estivesse por perto. Me desculpe pelo escândalo matutino, não esperava encontrar um homem em minha cama, apesar de agora saber que você foi muito carinhoso comigo. 
Quanto ao beijo, eu não sabia o que estava fazendo, foi horrível, estou muito envergonhada!
- Não! O beijo foi tudo! Eu adorei ter te beijado.
- Acho que é melhor você ir, Virgílio... Depois a gente se fala mais. 
- Eu sei. Então, depois a gente se fala... Eu vou ligar. 

Júlia o acompanhou até à porta e ao se olharem, ele a beijou novamente. Foi um leve toque em sua boca, mas ela deixou que ele o fizesse. 
Quando fechou a porta, ela começou a pensar imediatamente em Frederico e novamente se sentiu culpada.  
"Mas, e Frederico? Por que ele durante a noite passada não me procurou? O que Frederico poderia estar fazendo de tão importante, que pela primeira vez se esqueceu de mim?" 

Esta distância que os dois continuam vivenciando, faz com que o relacionamento se misture, entre o bom e o mal, entre o desejo e a indiferença, entre o amor e a ilusão. Mas, dentro de seus corações, existirá sempre uma luta, para que tudo isto possa sempre reviver e um dia se tornar real por ser muito forte, apesar de cada um encontrar pessoas que os façam pensar em desistir.
Júlia tornou a pegar o seu computador e estando mais calma, carinhosamente começou a escrever uma mensagem... Uma mensagem como se fosse uma brincadeira que a fazia sorrir novamente e no final, o que ela escreveu, virou um pequeno poema.
Sem Você
 
Sem você, o que eu posso fazer?
 Sem você, eu não consigo um bem viver!
Eu queria sentir sua pele, teu rosto,
Queria te beijar com gosto!
Sem você, está faltando um pouco de mim,
Porque você faz assim?
Me provoca, mas você vive tão longe...
Parece que vive perto dos monges,
lugar de montanhas e muita neve!
 Eu queria poder me sentir mais leve,
Com seus toques a me perturbar.
Porque ao imaginar,
 Eles me aliviam e me enlouquecem, 
Eu queria te tocar!
 Eles me aliviam e me enlouquecem, 
Mas, de longe, só me jogam para o ar!
Te amo tanto, meu amor!
 Quero poder sentir o seu olhar,
Para esquecer a minha dor
Ao sentir o seu calor!
 De Júlia para Frederico

 
Autora: Aymée Campos Lucas
Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo
capitulo 3
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Para quem desejar ler o início do meu livro, este é o link:
Introdução de: Bate Papo sem Nexo de um Casal Querendo Sexo
 




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