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domingo, 9 de janeiro de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - II

 Onde Nasce uma Paixão

Em vez de curtir bem a viagem, eu estava iniciando a sentir saudades do meu ex, e só conseguia pensar nele. Queria aqueles seus braços, neste momento, para me proteger. Eu queria que ele me engaiolasse de novo para não ver o que estava vendo! 
Era tudo muito assustador para duas jovens em aventuras.
Capítulo 1

E assim, a estória continua...

Me Sentia um Ursinho Triste Desejando Amor...
Queria Calor!

Me sentia um ursinho desprotegido desejando amor!
Mas, o que eu estou pensando? Aquilo, não era amor!  Eu estava, ali, naquela viagem que para mim era tudo uma enorme aventura, que imaginando seria cheia de surpresas e começo a desejar o carinho e a proteção de quem não soube me dar proteção. Muitas vezes, ao pensar, me imagino de estar assim por ter vivido quatro anos de minha vida sem poder viajar, aprender a enfrentar meus medos, meus conflitos e, até mesmo, enfrentar uma viagem como esta de um modo mais receptivo às coisas que nunca fizeram parte de minha vida.
Eu, naquele momento, deveria me alegrar e querer sempre perto de mim pessoas como a minha mãe Helena. Proteções que ela nos doava sempre  fazia com que aprendêssemos crescer, reviver sempre! Ela nos protege de longe. Se ela pudesse, colocaria o mundo em nossas mãos e diria: "Vai que o mundo é seu! Mas... Volte sempre!"  Proteção de minha mãe Helena não nos criava dependência, e sim, experiência!
Naquele momento, despertei dos meus pensamentos quando ouvi minha irmã me chamando:
- Ei, maninha... Olívia!... Olívia!!!
Gritou Letícia.
Eu sou assim... Eu me perco, vou para longe e não volto fácil, só mesmo gritando.
Falei:
- Não precisava me assustar!
- Mas, você não me ouvia! Te chamei calmamente e você parecia no mundo da lua. Posso saber onde estava seus pensamentos?
Perguntou Letícia 
- Nem precisaria te dizer.
Respondi relembrando.
- Quer biscoito recheado?
Pergunta Letícia apontando um pacote para mim.
Minha nossa! A minha irmã não parava de comer! Acho que era ansiedade por saber que estava para encontrar seu namorado. Ela o amava tanto! O amor dos dois era sempre viver aventuras, correr em busca de um Sol maior que já existia em suas vidas!
- Biscoito recheado? Mas, nós não compramos isto!
- E nem maçã! Mas olha só que lindas!
- Como você conseguiu?
- Enquanto você dormia, eu fiz amizades com aquele rapaz, ali, e toda vez que vem falar comigo, me traz um presente.
- E você está aceitando? Você não tem jeito. Você não existe! Mas... Eu não dormi!
- Sim que dormiu! Pelo ao menos era o que estava parecendo quando você estava roncando!
- Roncando? Me diz que é mentira! Se isto for verdade... Ai, meu Deus! Eu não levanto mais desta cadeira para nada de tanta vergonha!
Eu sei que mentiu, eu não ronco.
Falei nervosa.
- Como você sabe se estava dormindo?
- O meu amor falava para mim! Falava que eu dormia como um anjo, sempre serena.
- Quando é que você vai parar de chamá-lo de amor? Penso que já está na hora, não?
- Eu sei! Você está completamente certa.
Minha irmã era assim comigo... Sempre me trazendo para a realidade, sempre me fazendo ver a razão de tudo. Muitas vezes, sentia raiva, eu não queria parar de pensar nele porque cada parte de mim e de meu viver existia Pedro em memoria e, as outras coisas se tornaram apenas outras...

Minha irmã era linda! Nos duas não parecíamos em nada. Havíamos uma personalidade completamente diferente e fisicamente então... Era tudo diferente. Quem nos olhava não poderia dizer nunca que éramos irmãs.
Ela era morena que mais parecia uma cabocla. Lábios grossos mas a boca era pequena. Seus olhos pareciam duas enormes jabuticabas e, também, era um pouco menor do que eu. Seu corpo era perfeito, havia curvas para todos os lados que olhasse...
Eu, me descrevendo, diria... Sou branca, pele muito branca, penso que os lábios era a única coisa mais parecida entre nós, porque os meus também são carnudos e pequenos mas meus olhos são verdes e curvas não se via... Quem me olhasse por detrás poderia imaginar uma tábua de passar roupa, quase não havia volume e sim largura. Os meus quadris são largos, mas havia um charme! Eu também sou linda! Eu sei disto por notar o quanto sou admirada ao passar pelas ruas. Acho que foi por isso que meu ex namorado sentia tanto ciúmes de mim! 
Olha só! Já estou novamente a falar dele, mas quando isto terá um fim?


Neste momento, perguntei:
- Quando será que chegaremos em Uberlândia? 
- Está quase chegando. Disseram que passaremos pela cidade antes de chegarmos à rodoviária. Muitos descerão ali. 
- Uma vez, ouvi dizer que suas ruas foram projetadas como em Brasília.
- Onde você ouviu isto?
- Alguém, uma vez, em um bate papo me falou isto. Ele dizia que a cidade de Uberlândia apresenta claras referências às teorias haussmannianas de urbanização. Mesmo que de forma incompleta ou distorcida, a cidade de Uberlândia reflete os princípios haussmannianos ao propor a “divisão da área em secções, quarteirões, lotes, com avenidas e ruas necessárias para a comunicação rápida e fácil de seus habitantes e para a boa aeração e higiene”. E depois eu andei pesquisando sobre esta teoria e descobri que se chamava assim por ter sido criações de Haussmann.
- Teorias haussmanniana... Haussmann? Senhor, o que é isto?
- Você nunca ouviu  falar de Haussmann?
- Minha irmã, já ouvi algo parecido, mas é um bala.
Assim é que se pode ver a diferença de nós duas... Minha irmã não se preocupava em haver uma enciclopédia na cabeça... Eu, ao invés, se pudesse, a cada dia estaria aprendendo algo diferente. 
Ela queria o sol, eu queria os livros!
-Letícia, a gente estudou sobre isto. Me recordo até das imagens dos livros.
Haussmann nasceu e morreu em Paris. Ele foi advogado, funcionário publico, politico, administrador francês e foi nomeado prefeito de Napoleão III. Ele tinha o titulo de barão.
Ele foi o grande remodelador de Paris, cuidando do planeamento da cidade, durante 17 anos, com a colaboração dos melhores arquitetos e engenheiros de Paris. 
Haussmann planejou uma nova cidade, melhorando os parques parisienses e criando outros, construindo vários edifícios públicos, como o L'Opera. Melhorou também o sistema de distribuição de água e criou a grande rede de esgotos.

 Paris e suas ruas projetadas.

- Olívia, eu realmente não sei o que faria sem você! Você parece um livro aberto!
- Eu também não saberia o que fazer sem você... Eu encho a sua alma de aprendizado, e você traz vida e muito sol para mim!
- Belo o que você disse!
Eu sorri...
Que lindo ao chegar e poder admirar Uberlândia! A descrição era realmente verdadeira, as ruas eram paralelas a outras e então, ao ver as luzes da cidade por ser noite, pareciam que todas estavam em fila... Toda a cidade era assim!
Estava ansiosa para chegar na rodoviária, porque poderíamos provavelmente trocar de lugar. Muitos desceriam ali, mas poderia acontecer de outros entrarem e não ter como poder mudar de lugar. Já estava orando e pedindo a Deus para que isto não acontecesse.
Chegando lá entrou somente um casal, havia então lugares livres... Que alegria que sentimos. Sentamos então, justo perto do rapaz que Letícia fez amizade e assim, passamos a conversar muito com ele. Era um jovem em que os pais viviam em Cuiabá e ele estudava em Minas e, como era período de férias, estava indo ao encontro deles. Ele nos falou que ao chegar em Goiás faríamos baldeação.
- O que é isto? 
Perguntou minha irmã... Mas, desta vez, nem eu sabia o que era.
- Vamos trocar de ônibus, porque a viagem é longa e este não resiste. 
Senti felicidade por isto, pois imaginei que poderíamos entrar em um ônibus melhor que este e disse:
- Espero que seja melhor que este!
- Não espere tanto! Esta empresa é uma das mais econômicas, por isto não nos oferece tanto conforto.
Disse ele.
- Ah, então é por isto que quando paramos são lugares diferentes e estranho?
Falei.
- Estranho? Falamos a verdade... E' um horror! Eu nunca vi igual!
Falou Letícia...
- Como é Goiás? E' belo?
Perguntei.
- Sim, Goiás tem seu encanto... Quando chegarmos lá penso que estará amanhecendo, então, vocês poderão ver o Sol nascer no horizonte, é maravilhoso! Parece que as nuvens se encontram com a  terra!
Depois, pela estrada vão poder ver tantos Cerrados que será uma vegetação típica de locais com as estações climáticas bem definidas (uma época bem chuvosa e outra seca) e regiões de solo de composição arenosa. Tem a sua beleza, por ser um horizonte sem fim!
- Eu desejaria fotografar, mas dentro do ônibus não sei se conseguirei.
Falei.

O Amanhecer

E assim, vimos o amanhecer... Tudo era lindo demais! 
Já havíamos trocado de ônibus... Fizemos a tal da baldeação. Nossa que nome feio! Pensei... Parecia que iríamos entrar em um balde e não em um ônibus. E, na verdade, foi mais ou menos isto, pois o ônibus continuava desagradável, era desconforto total. Nossa sorte era que estaríamos longe do banheiro.
Eu e Letícia sentíamos raiva quando víamos outros ônibus a passar por nós, eles eram sempre grandes, muito diferente!
O calor começou a nos incomodar demais! Eu comecei a sentir mal e queria ficar bem quieta. 
Neste momento fizemos uma parada em um lugar um pouco mais interessante, havia um café da manhã bem gostoso e poderíamos usar o banheiro que era bem limpo. Seria uma parada daquelas longas, onde se quiséssemos tomar um banho antes do café, poderíamos. E assim fizemos...
Que sensação agradável de fresco e o café oferecido daquele lugar estava por demais saboroso! Eu durante toda a noite não havia merendado quase nada... Comi uma maçã e uns biscoitos... Eu sempre ao viajar sentia enjoo que muitas vezes não me deixava apreciar o melhor da viagem, que era conversar, brincar, sorrir!
Depois deste momento sublime que vivi; posso dizer sublime, visto que a maioria das vezes passamos por momentos que não esperávamos; tivemos de novamente partir. 
Dali em diante o que fazíamos era apreciar pela a janela aquele horizonte, plantações de sojas que pareciam infinitas, e muitas Emas no meio de toda a plantação... O motorista parou por pedido de um senhor, porque havia uma Ema próximo da estrada e ele queria fotografar.
Minha irmã tirou fotos de uns jovens que pediram ajuda a ela naquele momento. Esta foi uma das coisas mais agradáveis desta viagem. Poder parar e admirar, respirando aquele ar diferente, mas muito quente!

 
Um calor imenso, como se a respiração não existisse, como se faltasse oxigênio. Pobre empresa, nem um ar condicionado havia naquele ônibus, pobre de nós!
Quando chegou a hora do almoço eu não quis descer, não gostei do lugar. Perdi a fome e não via a hora de chegarmos em Cuiabá. Já tínhamos atravessado grande parte do Goiás. Me recordo bem de uma das cidades que se chamava Mineiros, pois foi esta cidade que destacou mais das outras, tanto pelo tamanho, quanto pelo nome Mineiros dentro de Goiás, em vez de Minas Gerais. 
Eu ali distraída dentro do ônibus olhava minha irmã que comprava coisas. Eu havia avisado a ela de comprar somente coisas fechadas e olhar a validade do produto. Antes dela sair me disse:
- Olivia você não muda mesmo, nem na hora da fome você dá uma trégua! Você quer algum refrigerante ou água?
Eu respondi: 
- Os dois. Bebo água agora e depois mais tarde bebo o refrigerante. 
- Acho melhor você fazer ao contrário, porque refrigerante é melhor gelado! 
E saiu rindo. Ela estava certa desta vez!
- Meu Deus! Ah! Letícia! Ah!
Eu comecei a gritar, gritar sem parar!
Minha irmã veio correndo com o seu amigo para ver o que era... Eu perdi todo o controle do meu corpo e entrei em desespero, quando o ônibus ali parado naquele Sol fortíssimo, começou a sair pela borracha da minha janela, muitas baratas. Isto mesmo, acreditem quem quiser, mas é a pura verdade, eram b a r a t a s... Eram enormes baratas... 
O motorista também veio até a mim e viu o meu desespero, e somente na minha janela que elas surgiram, mais nenhuma havia aquilo.
O motorista as matou com um veneno que havia, pois ele carregava consigo veneno por saber que isto poderia acontecer. Mudamos de lugar....  Naquele momento tive o privilégio de sentar bem mais na frente, mas eu não tive mais sossego... 
O que me fez distrair e esquecer aquela situação agoniante, foi uma bela criança que procurou falar comigo e me acalmar. 
Dizia:
- Olhe lá para fora! Não fique olhando para dentro não! Se você olhar para fora, você não vê coisas feias!
- Mas aqui dentro tem também coisas lindas! Olha só o quanto você é linda!
Falei para ela e ela sorria! 
Por todo o tempo ela estava a olhar para fora e a perguntar para sua mãe: 
- Mãe, falta muito para chegar?
Ela estava agoniada como eu em olhar para toda esta estrada que não tinha fim! Era tudo muito belo, mas sentíamos cansaço de tanto viajar!


Quando chegamos em Cuiabá e descemos daquele ônibus, eu estava com um só pensamento: "Assim, eu não viajo nunca mais!"
E, aconteceu a coisa mais desejada para a minha irmã que por toda a viagem desejava somente uma coisa... Desejava  beijá-lo! 
E que beijo! Não sabia se o beijava, se o olhava, se o abraçava... Os dois se tornaram um somente... E, eu? Eu olhava um rapaz estranho na minha frente sorrindo para mim!

Autora: Aymée Campos Lucas
 Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 2
Todos os direitos reservados

Segue capítulo 3



Para quem quer acompanhar aqui é o inicio:

Esta estória ainda continua... Tanta coisa ainda vai acontecer! 
E' um livro, um romance em que pretendo atingir muitos capítulos. Preferivelmente escrever de 29 a 30 capítulos.
Pesquisas realizadas sobre Haussmann foram retiradas da Wikipedia - Google.it

9 comentários:

  1. Me faz aprimorar a leitura , a qual à tempos não o fazia... rsss
    Lembrei-me de uma viagem que fiz ha uns 8 anos que levei meus pais para visitar um irmão que morava em Cristalina.... Foram 1000km inesquecíveis.. rss

    Bejo moça escrevedeira
    Tatto

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  2. Aymée, minha linda, obrigada pelas suas palavras!

    Quanta emoção cada vez que leio o que vc me escreve!

    Te mandei um email, não sei se irá receber, as vezes eles não chegam qdo são enviados pelo blog.

    O pintor ao qual se refere deve ser Degas, era ele quem mais pintava bailarinas.

    Eu já pintei muitas bailarinas, dezenas delas, mas faz tempo que não as pinto. Vou aceitar a sua sugestão e voltar a pintá-las. Mas primeiro tenho que colocar as coisas em dia e tirar o atraso das encomendas rsrs.

    Bjo grande, amiga!!!

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  3. Como você está? - Valtarei para comentar seu "post".
    Bjs!...

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  4. Você com saudade do Brasil e, eu com vontade de conhecer a Itália, Portugal, França, Inglaterra, Espanha, etc...
    Olha, dia 18 está chegando, heim?
    Haja Festa! (Risos!...)

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  5. Eu tenho pavor de baratas! Aqui elas sao completamente diferentes das baratas do Brasil...
    Aqui elas nao me assustam tanto quanto as do Brasil. Elas parecem com besouros, rsrs mas mesmo assim eu tenho medo e quando as mato, eu falo com elas: "Quem mandou vim para perto de mim, agora aguenta!" E depois eu as esmago com gosto!kkkkk

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  6. Querida, acabei de ler a segunda parte da estória, super interessante.
    Pois é, ela ainda se sente presa ao passado, a um amor que não a deixava nem respirar, mas ela tem medo, e pensa que estando com ele estará segura....como aconteceu comigo....

    Adorei o Haussmann, com certeza ela se lembrou do drops Halls, rsrsrs.
    Affff, que ônibus horrível esse hein, ter até barata...só de ler me deu arrepio, detesto barata.
    rsrsrs.
    Agora esse beijo foi tudibom...
    Hummmmm, quem será esse rapaz estranho a sorrir para ela?
    Curiosa fiquei.
    Vou ver se leio mais um capítulo.
    Beijos querida.

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  7. Meeeu Deus !! Querida vc escreve muiiiiiiiiiiito beeem !! Uma escritora de mão cheiia... muito talento ! Parabéns heeiin!
    [Tô curiosaa para os próximos capítulos]

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  8. Moça fina e culta essa Olívia hein?
    Pois sabe que hoje eu tive um dia cheio, dirigí por uns 80km e fiquei um pouco cansada; ao ler esse capítulo fiquei mais cansada ainda... tadinha da Olívia... ninguém merece aquele ônibus hein? Mas o lugar no qual ela parou para tomar café me fez lembrar lugares parecidos por onde eu passei na minha vida; cheguei a sentir o cheiro do café de beira de estrada, servido no copo mesmo, com pastel que não foi feito na hora ... saudades!
    Agora tenho que ir... vou ler mais um capítulo...

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