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domingo, 13 de março de 2011

Aventura de Louco, Todo Mundo Quer um Pouco - XIII

Onde Nasce uma Paixão

Nossos corpos desejavam aquele momento. A chuva era quente quando tocava em nossa pele! Fazer amor com a chuva era tudo de diferente que um dia pude viver... não existia nada de melhor!
Com o passar do  tempo ouvimos a buzina... era Lucas dizendo que estava chegando, e parecia bem próximo de nós  

Queria sair dali, estava toda molhada... queria ver minha irmã, porque sabia que ela estava preocupada e não demorou muito e nos encontramos. Ela me abraçava com tanto carinho. 

Júnior me pegou no colo por todo o tempo, até chegarmos ao carro, onde partimos para o sitio e comprando os medicamentos no armazém para que eu tivesse uma boa cura, pois, havíamos um programa a seguir e eu não queria perder por nada neste mundo!


E assim, a estória continua...
Segredos... Por que esconde isto de mim? 
Tão belo este amor sem fim!

Quase noite ao chegarmos no sítio... o retorno à casa, depois do encontro entre nós  após o acidente, se tornou tranquilo por todo o tempo. Sentada perto da janela do carro, apoiei meus pés no colo de Júnior, enquanto ele continuava a fazer em mim massagens que tranquilizavam a dor.
Quando chegamos no armazém, Lucas comprou tudo que  precisávamos para usar em meu pé e Elisa, a esposa de seu Filipe, abraçada com seu macaquinho, veio me ver. Ela queria ver o tamanho da gravidade em que o meu pé se encontrava. 
Elisa havia dotes para a cura. Ela, à muitos anos atrás, havia feito um curso com alguns médicos voluntários que circularam por um grande período naquela região. Elisa disse que eles pretendiam preparar muitas pessoas em regiões como esta, para que pudessem amparar doentes que ali viviam. Desde então, primeiros socorros, Elisa era profissional.
Ao ver meu pé, ela tocava, me fazendo perguntas a cada movimento diferente que fazia nele. Perguntava se sentia dor e com estes movimentos, ela pôde notar que não estava quebrado. Lucas havia razão, eu teria que estar de repouso pelo resto da semana e com faixas.
Elisa pegou no armazém um preparo feito com ervas medicinais, me explicando como usar porque assim, aliviaria o inchaço rapidamente. 
Quando agradeci a ela toda a sua atenção e carinho, ela passou a mão no meu rosto dizendo:
- Como você é linda! Augusto, você é um homem de muita sorte!
Elisa já conhecia bastante Júnior... Antes de chegarmos da viagem, eles, Júnior e Lucas, já estavam no sítio e o armazém de seu Filipe era o único lugar movimentado daquelas bandas. Lucas contou que iam sempre ali e jogavam cartas com um grupo de cinco homens que faziam do armazém como moradia.


Pelo caminho à casa, Lucas contava tudo isto. 
Contou que muitos destes homens diziam às suas mulheres que iriam para o plantio e em vez, desviavam caminhos só para estar longe das esposas. Contou também que as esposas gostavam mesmo de usá-los para servi-las de todos os modos em tarefas cansativas, se deslocando daqui e dali, por isso, eles escapavam. Era tudo como uma troca, pois, no tardio da noite, as esposas deveriam servi-los também... esta era a recompensa deles. Muitas vezes, o resultado era gravidez e a família crescia em um piscar de olhos. A falta de energia naquela região impedia de haverem distrações um pouco mais diferente que ir para o leito se distraírem. Em Minas, também havia regiões assim, mas eu particularmente não tinha o privilégio de estar próxima de pequenos lugarejos. Onde eu vivia havia uma grande população... era uma cidade rica de diversões, tanto para adultos quanto para jovens.


"Eu agora estou aqui, não temos energia em casa, mas tenho tanto o que falar que acho que isto seria substituir uma televisão. Não desejo ser uma pessoa que ao viver em um lugar assim, seja destinada a procriar. Para mim isto seria um horror!
Tudo isto é muito estranho para mim. Não sei bem o que pensar, sobre um assunto assim..."
E ali, estava outra volta a imaginar...
"Esta troca de favores em um casal... Como eu poderia interpretar isto? Qual nome posso dar a situações assim? Seria submissão ou cumplicidade? 
Acho que o nome justo seria submissão de ambas as partes. Se fosse cumplicidade, as esposas saberiam todos os passos de seus maridos. Ao contrario, cada um deles desejam obediência, desejam que cumpram com suas obrigações. Sei que para muitas destas esposas, o sexo se torna uma destas obrigações. 
Porque não conseguem ter cumplicidade?
Eu acho que para saber sobre isto, terei de viver com alguém para que eu possa entender melhor a diferença destas duas palavras.
Eu desejo demais que meu relacionamento com um alguém especial, fosse baseado em cumplicidade, mas sei que pra haver isto, deverá ser uma conquista árdua... Os homens são insatisfeitos e carregam dentro de si o explorar, o conquistar...
Eu penso que Elisa, a esposa de seu Filipe é diferente das mulheres daqui. Elisa trabalhava junto com o seu marido, mas cada um tinha seu espaço, sua função. Tudo que ela fazia no armazém era o oposto do marido. Ele governava um bar e restaurante e ela tomava conta do comércio onde tinha de tudo e cuidava também da farmácia... Isto é muito interessante, e penso que é pura cumplicidade!"
Quando olhei Elisa pela primeira vez, notei que sua pele era muito branca. Tinha um jeito europeu de ser, ao se movimentar e também pelos modos cheios de requinte. Ela era muito delicada e linda! Sua altura chamava muito a atenção da gente, mas o que mais chamou a minha atenção em sua beleza, era o contraste, toda aquela mistura... havia sardas por todo o rosto e ombros, exageradamente. Seus cabelos eram ruivos e seus olhos azuis como um vidro! Realmente era muito linda!
Eu fico curiosa para saber, o que fez seu Filipe para conquistá-la? Parecia impossível, pois seu Filipe não era belo! E o seu bigode é extremamente ridículo! Era um bigode que aproximava no pescoço. Como pode ter coragem de se manter com uma coisa feia daquela? Ele é um que trabalha em restaurante, deveria estar com o rosto limpo, sem nenhum pelo. Com todo aquele calor, todo aquele bigode ficaria com um cheiro insuportável... Eu imagino assim.
 Estávamos quase chegando no sitio, faltava pouco e novamente iniciou uma chuva. Não era do tipo de chuva passageira, pois as gotas caiam calmamente. 


Resolvi perguntar a Lucas sobre Elisa. Eu estava muito curiosa e ele era sempre muito informado:
- Lucas, eu reparei que Elisa é muito diferente de todos desta região, será que ela nasceu aqui?
- Eu também reparei isto, vida, ela é mesmo muito diferente!
Falou Letícia também curiosa.
- Vocês estão certas. Ela não nasceu aqui. 
Em prosas que já tive com seu Filipe, ele me contou que pegou Elisa a laço como um boiadeiro e trouxe para perto dele!
- Como assim,  vida? Nossa, que historia!
Eu também não via a hora de saber, e Lucas responde:
- Elisa vivia no Sul do Brasil. Na sua família, os avós e bisavós são holandeses. Seus Bisavós vieram para o Brasil no período da guerra, quando ainda seus filhos eram pequenos e aqui fizeram raízes. Seus avós se conheceram e se casaram, nascendo o pai de Elisa.
Elisa vivia em Santa Catarina e conheceu seu Filipe por um acaso. Se conheceram quando seu Filipe foi em um festival que existe naquela região chamado Oktoberfest e lá viu a linda Elisa. Ele conta que se apaixonou com um só beijo que Elisa o havia presenteado.
Seus pais a tiraram de perto dele, ele dizia que ela era prometida, que seus pais haviam escolhido quem seria o seu marido.  Seu Filipe conta que não teve mais paz, até quando conseguiu falar seriamente com ela . Quando ele conta a história é muito emocionante. Vocês acreditam que com apenas um beijo, ele a pediu em casamento?
- Que loucura, vida! Eu já te beijei milhões de vezes e até hoje nada... será que você não é apaixonado não?
- Amor, eu te amo! Só que não sou louco como seu Filipe.... o homem nem provou a moça!
E se fosse bela, mas sem sabor?
Falou Lucas e eu completei:
- Será o que seu Filipe fez pra que ela tomasse uma decisão assim? Será que arma ele usou?
Júnior me olhou com um ar curioso e perguntou:
- Amor , mas precisa de ter uma arma? E qual foi a minha para chamar a sua atenção?
- Sem duvidas o seu olhar!
Respondi...
- Eu sei qual foi a arma que fez Letícia estar comigo.
Fala Lucas, assim, com um ar irônico.
- Vida, é melhor você nem falar. Não começar. Eu te digo logo, não foi aquela em que você acabou de imaginar.
- E qual foi então?
Letícia não respondeu... deixou mistério no ar.
E assim, o outro mais curioso que Lucas fala:
- O olhar? Porque o olhar? O que você sente com ele?
Achei que Júnior estava se aprofundando demais. Resolvi responder em voz alta:
- O que eu sinto? Quer mesmo saber? Eu fervo! Eu fervo toda... fico muito quente e meu coração acelera!
- Poxa vida, Júnior, sua arma é muito poderosa... 
Fala Lucas e ainda continua:
- Mas amor, eu jurava que a minha arma era o meu sorriso. Agora, você dizendo que não é, esta me fazendo pensar que é aquela outra coisa que você acha bonitinho.
Quanta gargalhada... Júnior não parava de gargalhar... seus olhos estavam cheios d'água. Com dificuldade ele fala:
- Mano, você é demais! Você conseguiu voltar onde você queria chegar. Desse jeito eu vou explodir, cara. 
E olhando para mim falou ainda rindo descontrolado:
- Dona Olivia, acho que você esta mentindo, eu tenho certeza que você se enganou... Não é o meu olhar, eu sei que não! A minha arma é outra coisa e você sabe muito bem o que é. Confessa vai...
- Não... não posso confessar!
Falei para deixá-lo intrigado...
- Eu sei! São meus beijos... Quer ver? Vem aqui..
E começou a me puxar para perto dele, fazendo cócegas. Eu estava já descontrolada, gritava... 
O carro parecia que iria capotar. Então, me joguei em cima dele e o beijo desejado surgiu... realmente era esta a sua arma e ele sabia muito bem!
Que momento feliz... muitas gargalhadas com ele tentando me beijar e eu fugindo dele para provocá-lo! Mas ao beijá-lo sentia dele o mesmo desejo. Acho que esta também era a minha arma!


Chegamos ao sitio... Começamos a nos preparar para estarmos tranquilamente em repouso. Não poderíamos fazer nada do lado de fora, pois, a chuva, pelo jeito, iria continuar por muito tempo. 
Antônio ainda estava no sítio, estava cuidando dos animais e assim, viu quando chegamos. Ele veio para perto de nós e depois de cumprimentar com aquela sua voz rouca, viu que eu havia me machucado. Disse a Lucas que enviaria Cornélia para colocar em ordem coisas que precisássemos, pois, com a chuva ela não poderia fazer quase nada de suas obrigações.
Cornélia era outra mulher muito bonita, mas muito diferente... Ela era uma linda morena, nascida mesmo ali no pantanal. Seu cabelo era longo mas raramente o deixava solto. Depois que a conheci, de tanto que eu insistia, consegui fazer com que ela o soltasse e agora, sempre que vem me ver, o seu cabelo esta solto e muito brilhante. Realmente ela tem uma beleza destacável.
Cornélia conhecia tudo da região.  Nada para ela era mistério, ali. Conhecia passo a passo tudo que de belo poderia existir neste lugar e quando nos falávamos, descrevia lugares de um modo poético, era tão bom escutá-la. Parecia uma cabocla que nada sabia, mas ao contrário, uma das coisas que mais gostava de fazer em seus momentos tranquilos, era ler poesias de escritores famosos como Fernando Pessoa, e Cecília Meireles. Ela conta que quando Antônio vai lhe comprar algum presente, não pensa duas vezes e compra sempre para ela, livros. O silêncio de Antônio, ela supria lendo, como se encontrasse alguém para conversar com ela.
Quando a conheci, fiquei admirada com toda a sua dedicação comigo. Precisei de passar dias em repouso, perdi um pouco de diversão, mas Cornélia não deixava de vir me ver e ficar horas do meu lado a conversar. 
Muitas vezes, Júnior saia com Lucas e as mulheres se reuniam para escutar casos que Cornélia contava. Ela não tinha vergonha de falar o quanto era quente o seu companheiro. Não tinha vergonha de contar sobre como fazia sexo com ele, nos ensinando coisas que eu jamais poderia ter imaginado, coisas que eu só havia visto em livros... acho que ela lia e depois utilizava o que lia, transportando para sua vida a ilusão a transformando em realidade. Eu penso que funcionava muito bem para ela, porque o que pude notar, era que Antônio tinha um fascínio por sua mulher, de tal maneira, que não era do tipo de homem que saia para jogar cartas como os outros... ele tinha mais o que fazer! Ele tinha uma mulher extremamente quente à sua espera e até mesmo em momentos diários, ele encontrava jeito para estar momentos com ela. Acho que na verdade, ele tinha medo de não suprir o que ela desejava e assim, poderia encontrar em outro. 
Cornélia o amava demais... me falou isto várias vezes, falou que jamais o trairia por nada, mas sempre deixava ele inseguro, nunca dava a ele esta certeza.
E quando falava de sua vida sexual com ele! Nossa, ela contava tanta coisa... Do jeito que falava, só faltava fazer sexo no teto de uma casa ou debaixo da cama, pois o resto acho que não faltou nada. Ela nos fazia rir demais com suas histórias exageradas, histórias ricas em gritos, gemidos e suspiros...
Quando estávamos a falar, ela dizia que eu e minha irmã poderíamos estar tranquilas em relação ao amor e poderíamos aproveitar muito da situação, pois os dois namorados estavam mesmo apaixonados.


E assim, se passaram alguns dias, quando pela manhã Cornélia ao limpar o meu quarto, encontra algumas folhas dentro de um cesto toda amassada e me pergunta: 
- Você andou escrevendo? Se sentiu solitária ontem, depois que fui embora?
- Na verdade, passei toda a tarde dormindo, me senti mal e com frio Cornélia.
- Talvez fosse febre. Você está muito parada, deverá se levantar um pouco, andar na cozinha... isto te fará bem. Mas então, que escritos são estes?
Disse Cornélia...
- Me deixa ver? Que estranho... ontem Júnior ficou comigo por toda a tarde, me pedia carinho, mas eu dormi. Não conseguia ficar acordada... Talvez, foi ele quem escreveu. O que será que ele escreveu?
- Abre, vamos ver!
Neste momento quando eu estava abrindo para ler, Cornélia encontra um pequeno caderno e me diz:
- Veja só o que tinha debaixo do travesseiro dele!
E me mostrou uma agenda toda escrita por ele.
Quanta vontade de ler eu senti, mas poderia ser errado. Eu já estava errando demais e caso ele descobrisse, não me perdoaria. O que fazer? 
Iniciei a abrir os papeis amassados, e ao ver pedaços de frases do tipo:
"Amor, sinto que realmente encontrei o amor que tanto desejei um dia"...
Precisava ler... Por que ele esconde segredos assim, de mim? Um sentimento deste deveria dizer para mim!
Pedia a Cornélia para estar perto da janela, para vigiar caso eles voltassem e comecei a ler aquele seu diário, que eu violei... 
Quanto estava errando... Eu sei!


Quando lia, eu sentia a sua presença. Parecia que sentia seus dedos escrevendo para mim. 
Então falei para Cornélia me sentindo culpada:
- Cornélia, eu estou errando... Talvez ele me mostraria ou poderia me falar... Talvez tudo isto fosse um ensaio para ter coragem de se abrir... Agora, eu estou violando algo que quando ele me falar, não será mais surpresa. Mas eu vou ler, eu vou, não resisto... Claro que vou! 
E se ele nunca me falar o que escreveu? Por isso que eu vou ler.
- Anda logo, Olivia, para de se culpar! Diz logo o que tem aí dentro.
- Calma... Parece que você está mais curiosa do que eu!
- Ele pode chegar a qualquer momento e você não vai conseguir ler...  Eu estou curiosa sim, pois raramente a gente pode entender um homem, pois, a maiorias são sempre misteriosos. Não vê, olha ai! Se não fosse este caderninho encontrado, você jamais poderia entender a mente dele. 


Sabe Olívia, uma coisa como esta, eu queria na verdade que acontecesse comigo... Como eu queria encontrar coisas escritas por Antônio. Aquele ali, parece que nasceu com o pensamento em roça e a boca colada, só abre para comer e me beijar... E que beijo... O beijo do meu homem é bom demais!
- Não mais do que de Júnior, tenho certeza que o dele é melhor. E agora me deixa ler, esteja em silêncio e controla bem lá fora.
- Lê em voz alta, eu quero saber!
- Cornélia isto é muito intimo, depois te falo mais ou menos o que estava escrito. Agora quero sentir sozinha o segredo dele.
- Tudo bem, você tem razão, Olívia. Então, me dê estas folhas que eu vou jogar fora, enquanto você lê o livro.
- Cornélia! Não faz a esperta comigo... Mas você é impossível!
- Pelo ao menos as folhas, que te custa?
- Deste jeito, quando eles voltarem eu ainda não li nem a primeira página. Vai pegar um pedaço de bolo para nós... eu queria também um café quente, igual aquele que você fez ontem. Faz para mim, Cornélia, eu adoro aquele seu café. Tem um sabor inigualável.
- Amiga linda! Eu adoro você... vou fazer sim aquele café, mas depois quero tanto que você me conte o que tem escrito ai, por favor!
- Eu vou te contar sim... Esteja tranquila!
Falei com carinho...
Cornélia estava muito atacada à mim... Na verdade, eu acho que ela estava adorando estes momentos. Ela se libertou ao meu lado, tem alguém com quem falar. Antes, pelo que deu para observar, é que Antônio não gosta tanto de prosa, então, deveria estar sempre muito sozinha. 
Seu filho tem apenas dois anos e é dele que ela se ocupa todos os dias. Já sei que ela gosta muito de ler, gosta também de costurar e seus vestidos são todos feitos por ela mesmo. Sei que é uma grande pescadora, e que os peixes que ela pesca são grandes. 
Nestes dias em que ela está praticamente todas as manhãs ao meu lado, ela deixa seu filho na casa de sua mãe que também mora nas redondezas. Foi assim que ela conheceu Antônio. Ele trabalhava aqui e ela fugia de casa para cozinhar para ele, fazer café... Ela gostava de cuidar dele mas... depois de preparar as merendas, ela andava lá no meio da plantação e vendo Antônio, ela o provocava de um modo que ele não resistia, até se deitarem pelo chão e ali mesmo faziam tudo que desejavam. 
Esta é só uma de suas loucuras que contava para mim e Letícia. Eu adorava escutar!
Quando ela foi para a cozinha, me deixando tranquila em meu quarto, retornei a leitura e... Cada linha lida, sentia suas mãos escrevendo para mim... Única imagem que eu via era ele sentado, sereno a imaginar o que escrever... Talvez tudo saía de sua mente com muita facilidade. Muitas vezes, escrever é mais fácil do que falar.


Você, meu amor, está dormindo profundamente por toda à tarde e a chuva lá fora não vai ter fim por um bom tempo... Então, o que me resta é escrever para passar as horas que mais parecem infinitas quando você não está falando e sorrindo para mim. Por onde iniciar tudo que estou pensando? Tenho tanta coisa para falar!
Nunca fui bom nisto, a caneta não coloca os meus pensamentos em ordens, mas hoje, vou tentar... Mas, não estou escrevendo para mim. Estou escrevendo para você, meu amor... 
Olívia, eu sinto que realmente você é  o meu amor! 
Enquanto você dorme, eu te aprecio o tempo inteiro. Eu já conheço todos os traços de seu rosto, cada detalhe que vejo, mais eu amo! Nem sei realmente se posso chamar o que sinto de amor, porque penso que nunca amei. Sei o que é gostar muito de uma pessoa, mas não era amor. Só sei que venho sentindo tudo diferente... Sim, é completamente diferente do que um dia eu senti. Sinto tudo em mim mais ativo, mais forte. Sinto necessidade de estar ao seu lado.
Meu Deus, como você é linda, Olívia e também muito inteligente e forte! Sempre quando te observo, te vejo com os seus olhos direcionados, parece que sabe o que quer e isto para mim é admirável. Além de te ver tão linda, eu te admiro com este seu modo de ser. Toda tímida e muitas vezes, temperamental.
Eu queria poder falar de mim para você, contar a você sobre tudo que um dia vivi, tudo que em minha vida aconteceu, mas, eu temo, muitas vezes, penso que seria cansativo e você não veio de tão longe para ouvir lamentos e revelações.

Autora: Aymée Campos Lucas
Aventura de Louco, Todo Mundo quer um Pouco
Capitulo 13 - Primeira parte
Todos os direitos reservados
Segue capítulo 13 -Ultima parte 


Para quem desejar ler o inicio do meu livro, este é o Link:


Capitulo 13 quase pronto. Dará continuidade em uma próxima postagem, onde esta carta terá continuação com uma revelação profunda de Augusto Júnior... 
Teremos o Augusto Júnior revelando parte de sua vida em uma carta que Olivia vai ler e se surpreender. Será que ela vai esconder isto dele depois do que havia feito antes? Aguardem.



11 comentários:

  1. Lido e ansioso pelo próximo post com certeza Aymée, você escreve muito bem um beijo.

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  2. Aymée...

    Passei pra te dizer que estou feliz pelo novo capitulo... Apenas que hoje estou indo levar mudança de minha filha pra sua nova moradia nna faculdade e estou tremendamente enrolado de afazeres... hehee

    Volto com tempo e leio com o carinho de sempre.. ok

    grande beijo de seu leitor maluco... Tatto
    Deusssssssssskiajude

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  3. Oi Aymée, tudo bem? Estou chegando agora no seu blog e vou-te dizer estou gostando muito viu? Ta de Parabéns pelo blog e eu irei acompanhar sempre. Se possível da uma passadinha no meu também e segue lá, acho que você ira gostar do meu trabalho, da minha história e dos meus sonhos o link para o meu blog segue abaixo.

    http://galeriadephotoos.blogspot.com/

    Novamente lhe parabenizo pelo blog!

    Grande abraço!

    Suedivaldo

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  4. Aymée, as mulheres sempre falam nesta tal cumplicidade, que eu acho nunca ter entendido direito, parece assim como fazer algo proibido junto com alguém e dividir a culpa...
    Mas o lance da Elisa e Felipe no bar não é cumplicidade, é divisão de tarefas mesmo!
    A sua curiosa Olívia, além de xeretar no diário do rapaz, ainda quer privacidade para...violar a privacidade dele!
    Sabe de uma coisa? O que está escrito naquele caderno é apenas uma lista de tarefas que o garoto tem que fazer, e contas a pagar, e o que ela pensa estar lendo é tudo coisa da imaginação dela!
    Na verdade, é o que ela queria que ele tivesse escrito, pois assim, ela poderia ter certeza dos sentimentos dele!
    Este é um dos sonhos de toda a mulher: ter segurança sobre a sinceridade do amor de um homem!
    Gostou da análise? Nem a Regina faria melhor!
    Abraços!
    Desculpe a brincadeira!
    Você é muito criativa quando escreve!

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  5. Meus leitores queridos, obrigada pela atençao!
    Dj Saiba que amo seu blog, e muito obrigada pela indicaçao. Adorei.

    Xipan, estou feliz e orgulhosa por voce. Imagino o quanto este dia para sua filha esta sendo importante. Pega aquele seu fusca turbinado e volte logo para ler a estoria, pois quero suas criticas.

    Agora tenho mais um amigo para fazer parte desta Aventura, seja bem vindo Suedivaldo!

    Leonel, voce nao imagina o quanto eu gargalhei aqui com suas deduçoes. Sua experiencia nos ensina, pois eu pensei que aquilo fosse cumplicidade... Mas afinal, o que é cumplicidade? kkkkkkkkkkkkkk Vou ter que olhar no google kkkkkkkkkkkkk Adorei sobre a privacidade, rsrs
    A gente quando escreve tem que escrever coisas para chamar a atençao, mostrar erros é divertido. Eu gosto de ver o leitor sorrir ao ler o que eu escrevo. Voce viu la do bigode ou sobre a arma e sobre Cornelia ajudar no errado? rsrsrs
    E vamos ver se naquela agenda tinha mesmo isto que voce falou. Saiba que sera uma carta escrita por um homem, espero que ele seja tudo que Olivia deseja! kkkkkk
    Leonel estou te devendo uma visita, irei esta semana e vou responder sobre o que voce me falou dos filmes.
    Beijos a todos!

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  6. Gostei muito do texto,e tb
    ficou show sua participação na confraternização poética do xipanzeca,tive o grande prazer em participar também.
    Boas energias,paz,saúde,e muito amor nesse dia do poeta!
    bjs.
    Mari

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  7. Aymée querida, te aplaudo de pé por sua linda e marcante poesia lá no blog do Tatto, Xipan Zéca.
    Estou até agora sentindo-me invadida por suas palavras.
    PARABÉNS!!!!!!!!
    Lindo demais, a mais bela poesia que apareceu por lá.
    Beijos cheios de admiração por você.

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  8. Ola Majoli,
    Quanta emoçao voce me presenteou com suas palavras.
    Majoli eu fiz em 15minutos a poesia ou poema... Sei la como posso chamar. rsrsrs Nao corrigi nem uma virgula, saiu assim nas pressas quando estava no trabalho.
    Eu também achei muito linda.
    Beijos

    Mari, queria te agradecer também. Obrigada pelo carinho.
    Eu vou posta-la aqui no meu Blog depois que a poeira abaixar, rsrsrs

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  9. Aymée, há uma lembrança especial para você na Egrégora. Dê uma passadinha lá.
    Beijo afetuoso

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  10. Vim conhecê-la atravez da sua bela participação no Xispan Zeca. Montão de bjs e abraços de Parabéns!

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  11. MeuDeussssssDuCéu..... rss

    Hoje irei apenas dizer que!!! ... Fiquei PAXÔNADO pela Elisa ( A descrição que tu fez dela me chamou a atenção... Ou melhor me tirou a atenção do resto da estória... rsss ), Percebi que pairou uma trégua de aventura e os personagens ficaram assim mais "analíticos" numa analogia entre eles... Mas não consigo parar de pensar na Elisa... rsss Juro! Inda mais que tu botou o macaco no colo dela... uhuuuuu!!

    Parabéns querida Aymée estou adorando te ler.... como sempre né!

    Deussssssssssssskiajude
    Beijo
    Tatto

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Obrigada por comentar... A sua opinião, para mim, é muito gratificante.

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